quarta-feira, setembro 30, 2009

O Brasil de Lula é inimigo do golpismo

De Elio Gaspari:
Lula disse bem: "O Brasil não acata ultimato de governo golpista. E nem o reconheço como um governo interino (...) O Brasil não tem o que conversar com esses senhores que usurparam o poder".
Os golpistas hondurenhos depuseram um presidente remetendo-o, de pijama, para outro país, preservam-se à custa de choques de toque de recolher e invadiram emissoras. Eles encarnam praga golpista que infelicitou a América Latina por quase um século.
Foram mais de 300 as quarteladas, uma dúzia das quais no Brasil, que resultaram em 29 anos de ditaduras. Na essência, destinaram-se a colocar no poder interesses políticos e econômicos que não tinham votos nem disposição para respeitar o jogo democrático. Leia mais

terça-feira, setembro 29, 2009

Desastres do Photoshop


O blog do curso de Design do CEAP publicou post sobre o uso equivocado do Photoshop (como essa imagem acima, da menina que o designer jura estar segurando uma CPU). Para conferir, clique aqui.

Crânio de Hitler é de mulher


Digam a verdade: isso não dava um belo roteiro de cinema? Pesquisadores descobriram que o crânio de Hitler, única prova de que ele está morto, é de uma mulher. Leia a notícia aqui.

Lançamento de Uhuru

Acontece na Livraria Cultura (no Shopping Casa Park, em Brasília), dia 3 de outubro, às 16 horas, o lançamento do livro Uhuru, uma história de liberdade. Alexandre é um dos grandes roteiristas da nova geração dos quadrinhos nacionais. Além de quadrinhos, escreve para cinema e já tem outro livro de sucesso publicado (O nome da águia). É uma pena que eu não possa comparecer ao lançamento, mas fica a dica para os leitores que moram em Brasília.

segunda-feira, setembro 28, 2009

Memória das pornochanchadas


Marcos Rey é um dos escritores mais subestimados do Brasil. Por conta de sua atuação como roteirista de televisão e cinema (ele chegou a escrever para o Sítio do Picapau Amarelo na década de 1970 e para mais de 30 pornochanchadas), uma grande névoa de preconceito obscureceu sobre sua obra. No entanto, ele é um dos mais líricos e interessantes escritores nacionais. Prova disso é o livro Esta noite ou nunca (Global Editora, 2009, 208 págs.).Em Esta noite..., Rey faz uma espécie de exorcismo da fase mais controversa de sua carreira: a de roteirista de pornochanchadas. O personagem principal, cujo nome nunca conhecemos, é um escritor que cai em desgraça depois de participar de uma passeata pelo fim da ditadura militar. Ao ser preso, é encontrado com livros evidentemente comunistas, como O Vermelho e o Negro, A safra vermelha, Um estudo em vermelho e até um livro de contos de Carlos Marques (Foi esse que escreveu O capital, explicou um dos soldados). Leia mais

domingo, setembro 27, 2009

Lançamento da Alter ego






Aconteceu ontem, na livraria Martins Fontes, em São Paulo, o lançamento do livro Alter Ego (ed. Terracota), com contos sobre super-heróis, contando vários autores nacionais organizados pelo Octávio Cariello. Eu contribui com o conto "Intangível", mas não pude comparecer ao lançamento por razões óbvias (a passagem Macapá-São Paulo não está barata). Mas as notícias é de que foi um sucesso. Todos os livros disponíveis esgotaram e tiveram que buscar mais. Foi o recorde de vendas em lançamentos este ano na livraria. Pelo que sei, o livro já está venda nas livrarias, inclusive nas virtuais. Se encontrar aqui em Macapá, eu indico. Coloco abaixo algumas fotos do lançamento (até o Raphael, editor da MAD, apareceu). Mais fotos no blog da editora.

Livaria cheia.

O Rapha, editora da MAD, ao lado do Cariello.

sábado, setembro 26, 2009

Video viral

Olha que legal esse viral (pelo que entendi, é de uma empresa e colchões):

Minha primeira história de Crepúsculo


Alan Yango é um velho amigo do movimento de quadrinhos de Belém. Há algum tempo ele criou um universo de heróis que chamou de Yangoverso. Na minha visita mais recente a Belém, ele me pediu para que escrevesse um arco de histórias curtas do personagem Crepúsculo, cujo clima lembra mais muito o tipo de quadrinhos que eu escrevia no início de carreira. Aceitei o desafio e criou o arco Nêmesis. A primeira história já foi desenhada pelo competente E. Thomaz. Para ler, clique aqui.

Livro analisa as tiras de Calvin e Haroldo

Acesse o site da Marca de Fantasia para comprar esse livro e aproveite para comprar os meus livros Watchmen e a teoria do caos e Ciência e Quadrinhos.

sexta-feira, setembro 25, 2009

O gerador de lero lero

Tem gente que acha que escrever científicamente é escrever difícil. O texto enrolado e incompreensível virou sinônimo de ciência. Infelizmente, pois um dos princípios científicos básicos é o da simplicidade, também chamado de Navalha de Ockan (segundo o qual, diante de duas explicações para o mesmo fato, a mais simples é a correta).
Já tivemos o famoso caso do físico Alan Sokal, que mandou um artigo para uma revista científica de sociologia, que foi publicado, com direito a elogios no editorial. Pouco depois, publicou um outro texto: "Físico faz experiência com revista social" no qual dizia que o artigo publicado pela revista de sociologia era apenas um amontoado de besteiras e só havia sido aceito porque: 1) ninguém tinha entendido nada, então acharam genial; 2) por causa do seu título de doutor em física; 3) ele falava o que eles queriam ouvir.
Infelizmente, poucos aprenderam com o caso Sokal e ainda se escreve muita bobagem que passa por ciência. Pior, muitas dessas bobagem são aceitas. Já existe até um gerador de Lero-lero que promete fazer uma dissertação de mestrado apenas juntando palavras sem sentido. Coloquei as palavras "método científico" e vejam o que saiu:

É claro que o entendimento das metas propostas apresenta tendências no sentido de aprovar a manutenção dos métodos utilizados na avaliação de resultados. O que temos que ter sempre em mente é que a expansão dos mercados mundiais prepara-nos para enfrentar situações atípicas decorrentes das diversas correntes de pensamento.

Ou seja: um texto prolíxo, sem nenhum significado. Tudo, menos um texto científico.

Plágio?

A internet é realmente um território complicado. Além dos plágios, há aqueles que reproduzem um texto e o creditam a outra pessoa. Há um texto famoso sobre um homem que chama a polícia quando um ladrão entra em seu terreno. O texto é creditado a Luis Fernando Veríssimo, que já declarou que não é dele, mas continua sendo repassado como sendo do Veríssimo. Agora a minha amiga Lilian Dalledone foi vítima de uma situação assim. Postaram uma poesia dela neste blog creditando como sendo da Lia Luft. Clique aqui para ler o blog da Lilian.

quinta-feira, setembro 24, 2009

Apostilas de metodologia científica


Clique aqui para baixar a apostila de Redação científica e aqui para baixar a apostila de formatação de textos acadêmicos.

A situação em Honduras


A situação em Honduras está cada vez mais complicada. Depois do golpe militar, a Anistia Internacional tem denunciado prisões em massa, assassinatos e censura à imprensa.
Os golpistas se sentem tão confortáveis que chegaram ao ponto de cortar a água e a luz da Embaixada Brasileira, ameaçando invadi-la caso o embaixador não entregue o presidente eleito Manuel Zelaya.
Bom deixar bem claro: embaixa brasileira é território brasileiro. O corte de água e energia foi um ato de hostilidade. A invasão seria um ato de guerra. Não interessa como Zelaya chegou à embaixada brasileira. Estando lá, deve ser defendido, até porque é um presidente eleito, enquanto o outro, que está no poder, é um golpista. É obrigação de todo presidente eleito da América Latina condenar a ditadura que se estabeleceu em Honduras, pois, se virar moda, logo teremos de novo um surto de ditaduras, como aconteceu nas décadas de 1960 e 1970.
Enquanto isso, o senador Heráclito Fortes revela sua simpatia à ditadura ao criticar o asilo dado pela embaixada brasileira a Zelaya. Bom lembrar: na época da ditadura militar, Heráclito fazia parte da Arena, o partido do regime. Seria saudade?

quarta-feira, setembro 23, 2009

Dica de link

Esta é para o pessoal da área jurídica. O curso de Direito do CEAP já tem um blog. Para conhecer, clique aqui.

O polêmico comercial das Havaianas

Todo mundo viu o anúncio das Havaianas em que uma neta conversa com a avó num restaurante. Muitos ficaram escandalizados e a empresa foi obrigada a retirar o anúncio do ar, deixando-o apenas na internet. Chegaram até mesmo a postar um vídeo sugerindo que o comercial das Havaianas era responsável pelos casos de pedofilia (numa lógica estranha, a autora do vídeo sugere que a culpa não é do estuprador, mas da criança, que assistiu muitos comerciais das sandálias). Apesar da polêmica, a empresa saiu ganhando, pois o vídeo tornou-se um viral, sendo reproduzido em dezenas de blogs e assistido por milhões de pessoas no Youtube. Abaixo, o comercial original e vídeo que acusa as Havainas de estimularem a pedofilia.



Livro traz o melhor da fantasia internacional


A Devir Livraria, editora de São Paulo, está colocando nas livrarias do Brasil a antologia internacional *Rumo à Fantasia*, editada por Roberto de Sousa Causo. São aventuras de espada&magia, fábulas, jornadas além da morte. Entre os autores reunidos estão clássicos, como Ambrose Bierce (EUA) e Eça de Queiroz (Portugal) ou escritores contemporâneos, como Braulio Tavares (Brasil) Ursula K. Le Guin (EUA). O livro traz um conto meu, chamado "Mapinguari", que se passa na Amazônia. Essa antologia de contos que inaugura um novo selo da Devir, destinado à literatura de fantasia: Quymera.
O livro deve estar em breve nas livrarias e bancas de revistas de todo o país. Se seguir o esquema de outras publicações da Devir, deve chegar até mesmo às bancas de Macapá.

terça-feira, setembro 22, 2009

Empresas apostam em redes sociais para aumentar a interação com os clientes e melhorar a imagem entre os consumidores

Fernando Braga
Publicação: 21/09/2009 11:38 Atualização: 21/09/2009 11:58
Foi-se o tempo em que o atendimento 0800 era o único meio de o cliente entrar em contato com uma empresa para sanar dúvidas ou saber mais informações sobre serviços e produtos. Em tempos de web 2.0, é cada vez maior a lista de ferramentas que permitem interagir, colaborar e até seguir ações de diferentes companhias do mercado. Mídias sociais como YouTube, Orkut, Twitter e blogs têm se tornado essenciais no planejamento de campanhas e divulgações de marcas na internet e vêm estreitando as relações entre as empresas e clientes.

Fábia e Thiago alimentam um blog criado por um shopping da cidade: projeto custou R$ 120 milSe, no início, esse tipo de ação na internet era tido como um investimento de risco, hoje a realidade é diferente. Os profissionais responsáveis por divulgar as marcas de empresas para o mercado têm se engajado cada vez mais para entender e fazer parte dessas comunidades onlines. Um estudo da WhitePaperSource, que ouviu cerca de 700 profissionais da área, apontou que 88% deles afirmam usar redes sociais como Facebook e Twitter como mídia para promover seus produtos — e os resultados (1) são animadores. Do total de pessoas ouvidas, 81% acreditam que a empreitada no mundo virtual resultou numa maior exposição do seu negócio, além de constatarem uma melhora na posição da empresa em rankings de buscas. Além disso, metade dos profissionais de marketing disseram ter encontrado oportunidades qualificadas nas redes sociais, e um terço deles fecharam negócios com a ajuda dessas ferramentas. Leia mais

Veja aqui o blog o blog Amor, leva minha sacola, criado por um shoping e que conta com dois redatores (um homem e uma mulher)que narram suas aventuras no local.

O posicionamento das agências de propaganda

O blog CHMKT publicou um post sobre o posicionamento das agências de propaganda. Muito interessante. Uma se posiciona como artística, outra como a que quebra as regras, outra como a que tem os melhores resultados... Para ler, clique aqui.

segunda-feira, setembro 21, 2009

História dos quadrinhos

Esquadrão Atari

Em 1984, a editora DC lançou uma versão em quadrinhos baseada nos jogos de vídeo-games da Atari. Não era a primeira adaptação de games da Atari, mas esse estava destinado a entrar para a história como um dos melhores trabalhos da era de bronze dos quadrinhos. A equipe criativa era composta por dois grandes nomes dos comics: o roteirista Gerry Conway e o desenhista José Luis Garcia Lopes.
Gerry Conway, nascido em 1952, começou a escrever quadrinhos ainda na juventude com histórias para revistas de histórias curtas da DC Comics, como a House of Secrets, mas seu grande sonho era trabalhar com um título de super-heróis. Graças a um amigo, ele conheceu Roy Thomas, editor da Marvel, lhe entregou um argumento e pediu que ele desenvolvesse. Roy gostou do resultado e, com 19 anos, Conway foi efetivado no cargo de roteirista oficial do Homem-aranha.
Apesar de inseguro no início (as primeiras histórias eram co-escritas com o desenhista do título, John Romita Senior), Conway logo se destacou e acabou escrevendo algumas das mais importantes histórias do aracnídeo na década de 1970, entre elas a controversa morte de Gwen Stacy. Conway foi também, junto com o desenhista Ross Andru, responsável pela criação do Justiceiro, que surgiria como personagem secundário na série do Aranha, mas se tornaria um dos mais populares da Marvel na década de 1980.
Em meados da década de 1970, ele foi contratado pela DC, onde faria o primeiro crossover entre as duas maiores editoras do mercado norte-americano: o encontro de Superman e homem-aranha.
José Luis Garcia Lopez nasceu na Galícia, mas mudou para a Argentina ainda jovem, onde leu muito quadrinho norte-americano, especialmente os trabalhos de Alex Raymond e Roy Crane.
Indo para os EUA, Garcia Lopes substituiu Joe Kubert na revista Tarzan, o que acrescentaria mais uma influência seu traço, já que na época era comum um desenhista que entrava num título imitar o anterior, para os leitores não sentirem o impacto da mudança.
Depois de trabalhar para a Charlton, ele se fixou na DC Comics, onde desenvolveria um dos traços mais dinâmicos e bonitos dos comics americanos. Seu visual do Super-homem atlético praticamente redefiniu a imagem do Homem-de-aço. Uma das imagens mais famosas, do personagem arrebentando correntes com a simples flexão dos músculos do peito, é de autoria de Garcia Lopes.
Garcia Lopes foi responsável pelo traço do segundo grande encontro da década de 1970: entre o Hulk e Batman, com roteiro de Len Wein.
Esquadrão Atari juntava, portanto, dois dos nomes mais importantes da era de bronze dos quadrinhos americanos. E ambos não decepcionaram. A primeira história mostrava personagens bastante originais: os mercenários Dart e Blackjack, o gigante bebê, que é seqüestrado de seus planeta natal, a telepata Morféa, vinda de uma civilização em que as crianças são criadas sem identidade (e sempre se refere a si mesmo como “este ser”), o ladrão Paco Rato, o rapaz Tormenta, que tem a capacidade de se teleportar e seu pai, Martin Champion, um homem obcecado com a idéia de que o universo está sendo ameaçado por uma força poderosíssima chamada Destruidor Negro. Esse time improvável irá se juntar, alguns contra a vontade, para salvar o universo.
Embora a primeira história fosse essencialmente uma apresentação de personagens, ela já apresentava algumas das mais interessantes características da série: a ação vertiginosa e o suspense muito bem trabalhado. A estrela dos primeiros números é Dart, que junto com seu namorado Blackjack vão cobrar uma dívida e são atacados por um exército, mas conseguem escapar. A sequência inicial mostrava os dois lutando contra os soldados do general Ki numa página dupla que é um dos momentos mais clássicos dos quadrinhos da era de bronze. Dart e Blackjack estão no quadro maior, que é invadido por uma mão vinda de fora do quadro, apontando uma arma para Dart. Na sequência lateral, a heroína nocauteia o dono da mão. Ali estão os elementos que fariam de Garcia Lopes um dos desenhistas mais requisitados para capas: a composição inovadora, o dinamismo e o perfeito domínio da anatomia.
Se Garcia Lopes tinha perfeito domínio da parte visual, Gerry Conway se revelou um mestre do roteiro, com uma ótima caracterização de personagens, narrativas paralelas, e uma trama muito bem costurada. Os dois, inclusive, voltariam a se encontrar anos mais tarde, na minissérie Cinder e Ash, e voltariam a revelar uma grande sinergia.
A dupla foi responsável pelo título até o número 12. O número 13 contou com roteiro de Conway e desenhos do estreante Eduardo Barreto, que emulava o estilo de Garcia Lopes. No número 14 a equipe se modificou completamente com a entrada de Mike Baron no texto. Ainda assim a revista continuou com um bom nível de qualidade até o número 20, quando a trama finalmente fechou.
No Brasil, Esquadrão Atari era uma das principais atrações de revistas como Herois em Ação e Superamigos. Infelizmente, questões de direitos autorais com a Atari fizeram que com essa série não fosse republicada, razão pela qual poucos leitores da nova geração desconhecem essa obra-prima da ficção-científica.

sábado, setembro 19, 2009

Outdoors criativos

O outdoor é uma mídia convencional, que costuma ser usada de forma convencional, mas que pode ser usada de forma totalmente inovadora. Abaixo alguns exemplos que flertam com o marketing de guerrilha.









sexta-feira, setembro 18, 2009

Música do dia



Sutilmente

Skank Composição: Samuel Rosa / Nando Reis

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste

Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe
E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace

E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

PS: Esse clipe está concorrendo ao VBM MTV.

quinta-feira, setembro 17, 2009

Sherlock Holmes e a navalha de Ockan

Existe um princípio científico chamado Navalha de Ockan segundo o qual, entre duas respostas para a mesma pergunta, deve-se escolher a mais simples, com menos variáveis. É o princípio da simplicidade, de não complicar o que pode ser simples. A história abaixo, que me foi enviada por uma aluna, mostra bem isso:

Sherlock Holmes e Dr. Watson vão acampar…
Montam a barraca e, depois de uma boa refeição e uma garrafa de vinho, deitam-se para dormir.
Algumas horas depois, Holmes acorda e cutuca seu fiel amigo:
- Meu caro Watson, olhe para cima e diga-me o que vê.
Watson responde:
- Vejo milhares e milhares de estrelas.
Holmes então pergunta:
- E o que isso significa?
Dr Watson pondera por um minuto, depois enumera:
Astronomicamente, significa que há milhares e milhares de galáxias e, potencialmente, bilhões de planetas.
Astrologicamente, observo que Saturno está em Leão e teremos um dia de sorte.
Temporalmente, deduzo que são aproximadamente 03 horas e 15 minutos pela altura em que se encontra a Estrela Polar.
Teologicamente, posso ver que Deus é todo poderoso e somos pequenos e insignificantes.
Meteorologicamente, suspeito que teremos um lindo dia amanhã.
- Correto?
Então o maior detetive de todos os tempos, sr. Holmes fica um minuto em silêncio, então responde:- Watson, seu idiota! Significa apenas que alguém roubou nossa barraca!!!

Mad



quarta-feira, setembro 16, 2009

As máquinas de guerra de Leonardo da Vinci


O grande Leonardo da Vinci, talvez o maior artista do Renascimento, era um personagem multifacetado: pintor, arquitecto, cientista, matemático, poeta, músico e, não menos importante, inventor. Da sua imaginação delirante saíram inventos incríveis e máquinas fabulosas, a maioria delas impossíveis de concretizar com a tecnologia da época. É o caso do helicóptero, que teve de esperar anos para poder ser construído. Mas o que à primeira vista parece chocante num tal génio é que grande parte das suas invenções eram terríveis máquinas de guerra. Como pôde a mente mais brilhante de todos os tempos desperdiçar o seu talento na criação de engenhos de destruição e morte? Leia mais

Carlinhos tem uma vantagem


Censura na MAD

O blog da MAD publicou uma prévia da história No Limite do Senado, de minha autoria. Ao ver o blog, eu me espantei ao descobrir que meu texto foi censurado.

terça-feira, setembro 15, 2009

Qual o verdadeiro negócio de um jornal?


Em memorando interno distribuído aos jornalistas nesta segunda-feira, Arthur Sulzberger e Janet Robinson, diretor geral e presidente do New York Times, respectivamente, afirmam que o NYTimes é uma empresa de notícias e não de jornal. O negócio deles é informação e não jornal.
Um peso histórico tremendo carrega esse comunicado interno. Mostra que conceitualmente o jornal deixou de ser jornal, além do fim de uma fase de crise de identidade na empresa.
Nesse processo de transição mais acentuada dos átomos para os bits, muitas empresas acabaram perdendo o rumo, não conseguiram decidir mais em qual negócio estavam. A Kodak foi (ou ainda é) símbolo desse questionamento. Não se decidia se estava no negócio de imagens e memórias visuais ou de filmes para câmeras fotográficas. Leia mais

Festival de vídeos virais

Para quem gostou da minha palestra sobre Marketing de guerrilha, conheça o Festival de vídeos virais.

domingo, setembro 13, 2009

O início da cibernética: a mesa redonda

No final da década de 30, um grupo de cientistas se reunia na cidade de Boston para discutir assuntos científicos.
Eles se sentavam ao redor de uma mesa redonda, jantavam e um deles propunha um assunto para discussão.
Embora a maioria fosse procedente da Universidade de Havard, eram pesquisadores dos mais variados campos do conhecimento. Havia psicólogos, biólogos, matemáticos, físicos, filósofos, neurologista, engenheiros...
As reuniões haviam surgido a partir de uma percepção compartilhada por todos os integrantes do grupo: a especialização cada vez maior dos cientistas estava se tornando um problema. Psicólogos desconheciam completamente o trabalho de biólogos. Físicos não se interessavam minimamente pelas pesquisas dos matemáticos...
Em outras palavras, os cientistas de diferentes áreas se especializavam em campos cada vez menores e desconsideravam inteiramente o trabalho de outros pesquisadores que não faziam parte desses campos.
Esse estado de coisas poderia ser exemplificado pela anedota de Bernard Shaw: “O especialista é um homem que sabe cada vez mais num terreno cada vez menor, o que o fará chegar a saber tudo... sobre nada”.
Em pouco tempo agregou-se ao grupo um professor do Massachusetts Institute of Technology chamado Nobert Weiner.
Weiner era uma dessas inteligências enciclopédicas, que dominam vários campos de conhecimento. Aos 18 meses ele já aprendera a ler. Aos sete anos já estava familiarizado com a teoria da evolução, de Charles Darwin, que iria influenciar toda a sua obra. Aos 14 anos se licenciou em ciência. Aos 18 já havia terminado o doutorado.
Weiner estava plenamente de acordo com o promotor dos encontros, o Dr. Arturo Roseblueth, da Havard Medical School, em deplorar a especialização excessiva para a qual a ciência estava se direcionando.
“Cada um tem grande tendência a considerar o tema vizinho como pertencente, com exclusividade, ao seu colega da terceira porta à direita do corredor”, escreveu Weiner.
A maioria dos participantes da mesa redonda compreendia que estava se criando ali um novo paradigma, uma nova forma de ver o mundo e a natureza. A idéia era não separar para conhecer melhor, como previa o pensamento de Descartes, mas analisar as partes em suas relações entre si e com o todo.
Mas era necessário dar um nome a esse novo paradigma.
Embora boa parte das discussões envolvessem máquinas e mecanismos de calcular, Weiner não queria um nome que lembrasse muito a máquina, afinal a idéia era justamente criar um campo de estudo que pudesse explicar tanto fenômenos mecânicos quanto humanos, tanto computadores quanto homens. Por essa mesma razão, não era aconselhável usar um nome que fosse muito humano.
O objetivo era encontrar uma nomeclatura que representasse uma ciência que estudasse homens, animais e máquinas como um todo; uma ciência que estivesse mais interessada nas semelhanças que nas diferenças entre esses três reinos.
Um dos problemas básicos da cibernética era o do controle e foi dessa característica que surgiu o nome da nova ciência: cibernética.
A palavra cibernética havia sido utilizada antes pelo fisico inglês James Maxwell num artigo de 1886 sobre controle de máquinas.
Muito antes disso, Platão havia usado a palavra com o sentido de “a arte de governar os homens”.
Os gregos usavam o termo para se referir à arte de governar navios. Em outras palavras, era o ofício do piloto. Necessariamente não é o piloto que traça o percurso do navio, mas ele é o responsável por fazê-lo chegar ao seu destino. Para isso, o piloto corrige continuamente o navio, que é afetado por uma série de ruídos: ventos, correntes maríticas...
O melhor piloto é aquele capaz de perceber rapidamente as alterações na rota e de responder a elas, corrigindo o curso.
É, portanto, um problema de comunicação. A cibernética irá se interessar muito por problemas de comunicação, especialmente a comunicação entre máquina-máquina e máquina-homem.
Isaac Epstein lembra que o conceito de cibernética não é necessariamente positivo: “As sociedades não têm alvos claros e aceitos por consenso. O equilíbrio e a homeostase podem estar a serviço de sistemas autoritários e iníquos. Às vezes até do genocídio”. (Epstein, 1986, p. 9)
Muitas vezes, o objetivo traçado pode não estar a serviço da humanidade. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a IBM, que utilizou seus sofisticados equipamentos para identificar judeus que seriam exterminados pelos nazistas.
Epstein propõe que, em situações como essa, em que os objetivos não são aceitáveis, seja utilizada a cibernética como anti-cibernética. É o que fazem, por exemplo, os ciberpunks.
A primeira oportunidade de colocar a cibernética em prática surgiu com a II Guerra Mundial.
Havia uma preocupação generalizada por parte dos aliados de evitar que a Inglaterra fosse derrotada por um ataque aéreo fulminante. Para isso seria necessário desenvolver máquinas de ataque anti-aéreo.
O problema não era apenas de física ou de matemática. Se fosse, bastava calcular o local em que estaria o avião após efetuar o bombardeio.
Acontece que o piloto, sabendo que seria alvejado, desviava.
A questão, portanto, envolvia física, psicologia e biologia (a curvatura seria limitada pela resistência fisiológica do piloto). Era um problema cibernético em sua essência. E só um grupo de pesquisadores de várias áreas trabalhando em conjunto poderia solucioná-lo.
A resposta foi encontrada no feedback, ou retroalimentação.
A idéia de feedback é antiguíssima. A própria vida tem uma série de processos auto-reguladores. Hipócrates já havia formulado a hipótese de que existem mecanismos no corpo humano que tendem a ser opor às patologias.
O que a cibernética fez e diferente foi estudar a fundo a retroação e compreender seu funcionamento.
No campo da comunicação, o conceito de feedback como elemento essencial do processo de comunicação influenciou a maior parte dos autores posteriores à cibernética, entre eles o educador Paulo Freire.
O feedback torna menos unilateral o processo de comunicação, pois só podemos dizer que houve, de fato, comunicação, quando há uma resposta ao estímulo inicial.
Se chamo um cachorro e ele se aproxima, estabeleceu-se uma comunicação. Embora o feedeback não tenha ocorrido no mesmo canal e mesmo código, é inegável que o receptor respondeu à mensagem.
Se, por outro lado, o animal não se mexe, o processo de comunicação não se estabeleceu, talvez em decorrência de um ruído (o cachorro pode, por exemplo, ser surdo).
Essa nova maneira de ver os fenômenos encarando-os como problemas de comunicação e de controle (que deveriam ser estudados por várias disciplinas em conjunto) forneceu uma poderosa percepção que influenciaria muitos pensadores e voltaria com grande força com a teoria do caos e o pensamento complexo de Edgar Morin.

sábado, setembro 12, 2009

UP - uma obra-prima


Fomos assistir UP, a nova animação da Pixar. Hoje, o nível das animações melhorou muito. A maioria dos estúdios faz filmes muito bons. Mas só a Pixar faz obras-primas: Toy Story, Wall-E e, agora, UP.
UP, como Wall-E, é uma aula de como escrever um bom roteiro. O primeiro ato (que tem como objetivo mostrar quem são os personagens e o ambiente em que eles vivem, e que costuma ser chato) acaba sendo um dos melhores momentos do filme. A fórmula é a mesma de Wall-E: apelar para o lirismo. Assim, conhecemos um garoto apaixonado por aventuras, que conhece uma menina que compartilha da mesma paixão. E, numa bela sequência sem falas, vemos os dois crescendo, casando, envelhecendo, e sempre adiando os planos de sair em uma aventura.
Já velho, viúvo, nosso protagonista acaba embarcando nessa aventura ao fazer sua casa voar com balões coloridos.
Não é necessário esperar a trama começar, no final do primeiro ato, para perceber que estamos diante de uma obra acima da maioria das animações produzidas por Hollywood. O restante não decepciona: o filme tem lirismo, emoção e muita ação. Todos os personagens são muito bem construídos. A voz do velhinho, feita pelo Chico Anísio, ajuda ainda mais a compor o velhinho carrancudo.

Publicidade em Redes Sociais Online

O Orkut foi visitado, em maio de 2008, segundo o Ibope Net/Ratings, por 16 milhões de usuários únicos no Brasil. A página, que possui o endereço mais visitado no país, tem sido alvo de diversas ações de comunicação, mas geralmente amadoras e sem unidade, porque faltam modelos de utilização do espaço. O relatório “Publicidade em Redes Sociais Online” apresentou como o Orkut, Sonico e MySpace vem sendo utilizados com fins publicitários e as tendências, especialmente os aplicativos sociais baseados no código OpenSocial. Leia mais

Pergunta do dia

Por que todo jogador diz que veio para somar e não para dividir se o contrário da soma é a subtração?

Música do dia



Você Já Me Esqueceu
(Fred Jorge)
Vem Você bem sabe que aqui é o seu lugar
E sem você consigo apenas compreender
Que sua ausência faz a noite se alongar
Vem
Há tanta coisa que eu preciso lhe dizer
Quando o desejo que me queima se acalmar
Preciso de você para viver
É noite amor
E o frio entrou no quarto que foi seu e meu
Pela janela aberta onde eu me debrucei
Na espera inútil e você não apareceu
Você já me esqueceu
E eu não vejo um jeito de fazer você lembrar
De tantas vezes que eu ouvi você dizer
Que eu era tudo pra você
Você já me esqueceu
E a madrugada fria agora vem dizer
Que eu já não passo de nada pra você
Você já me esqueceu

Vargas x Militares


Dia desses eu conversava com uma professora de história sobre as ditaduras de Vargas e dos militares. Os dois momentos eram ditaduras, mas foram momentos muito diferentes.
Vargas sempre foi muito mais inteligente. Entre a repressão e o apoio, ele preferia o apoio. Muitos inimigos da ditadura Vargas ganharam cargos no governo. A cultura era incentivada como forma de colocar Vargas no imaginário popular. O DIP (Departamento de Informação e Propaganda) chegava ao ponto de dar dinheiro para poetas populares do nordeste imprimirem seus cordeis. Claro que, com isso, eles acabavam fazendo cordeis sobre Vargas.
Os militares, ao contrário, nunca se preocuparam com a questão da comunicação de forma inteligente. Para eles, censurar sempre foi mais interessante que estimular.
Talvez a razão disso esteja no que me parece a principal difernça entre a ditadura Vargas e a ditadura militar: Vargas era nacionalista, os militares eram entreguistas. Dois exemplos mostram bem isso: o cinema popular e os quadrinhos.

Na década de 1960, o Brasil tinha um florescente movimento de quadrinhos que tinha tudo para tomar o mercado. A ditadura militar perseguiu os quadrinhos brasileiros como forma de abrir espaço para os comics americanos. Para se ter uma ideia, Maurício de Souza teve que desaparecer por uns tempos para não ser preso. Cláudio Seto, que introduziu a linguagem de mangás no Brasil, só não foi preso porque morava em uma cidade do interior. Mesmo assim, os militares foram na editora, confiscaram os originais de seus quadrinhos e prenderam numa cela.
Também na década de 1960 e início da década de 1970, o Brasil tinha também um forte movimento de cinema popular, com as famosas pornochanchadas. Como mostra Marcos Rey no livro Esta noite ou nunca mais (relato de sua experiência como roteirista), esse cinema foi perseguido como forma de abrir o espaço para o domínio do cinema americano.
Faz sentido: os EUA apoiaram a ditadura em militar.

sexta-feira, setembro 11, 2009

Site interativo da turma da Mônica


Maurício de Souza sempre foi um visionário em termos de marketing. Algumas das estratégias que só se tornaram comuns atualmente, como buzz marketing, ele já usava na década de 1960. Agora, ele inovou mais uma vez ao lançar um site totalmente interativo, a Máquina de Quadrinhos, onde o leitor pode criar suas próprias histórias com a turma. Para conhecer, clique aqui.

Carlinhos e o hino nacional


Palestra sobre marketing de guerrilha


Anotem em suas agendas: acontece hoje uma palestra ministrada por mim sobre Marketing de Guerrilha. O evento acontece no Centro de Ensino Superior do Amapá, às 19 horas e faz parte das comemorações do Dia do Administrador. Não é necessário fazer inscrição ou pagar taxa para assistir.

A propósito da Semana do Administrador, ontem assisti uma ótima palestra com o dono do restaurante Dom Garcia. Uma verdadeira aula sobre pistas de qualidade, segmentação e posicionamento.

quarta-feira, setembro 09, 2009

Besouro - nasce um herói

Acho que já comentei aqui que fui praticamente expulso de uma lista de discussão de roteiristas porque falei de quadrinhos. Vingança é um prato que se come frio. A linguagem de quadrinhos está cada vez mais se alastrando por outras mídias. Na televisão tivemos Os Mutantes (que infelizmente era de qualidade ruim) e agora temos até um bom filme brasileiro sobre o assunto, que talvez venha a concorrer ao Oscar. Besouro é um personagem histórico, lutador de capoeira baiano, mas na versão cinematográfica, ganhou o poder de voar e belos efeitos especiais. Pelo trailer, parece muito bom. Clique aqui para conferir o blog.

Esquadrão classe A no cinema


O site Melhores do Mundo noticiou que já foi escolhido o ator que fará o Mister T na adaptação para cinema do seriado Esquadrão Classe A. Parece que dessa vez o filme sai mesmo. Esquadrão Classe A era uma das maiores audiências do SBT no início dos anos 1980. Eu adorava a série. Assisti há pouco tempo e achei um pouco repetitivo, mas a história dos soldados que fogem do exército enquanto tentam ajudar pessoas necessitadas ainda tem seu charme. Eu gostava particularmente do Anibal, com sua estratégias mirabolante e disfarces. Uma das coisas interessantes do seriado era descobrir qual personagem era um disfarce de Anibal.

segunda-feira, setembro 07, 2009

Campanha polêmica


Uma campanha publicitária (a fonte, o blog Davi Digital, não diz o país) mostra Hitler, Stalin e Sadam Hussein fazendo sexo. A ideia é mostrar o perigo do sexo sem camisinha. Abaixo, o vídeo e acima o cartaz.

domingo, setembro 06, 2009

Música do dia

Os clipes do Pato Fu são sempre muito bem produzidos, ótimo exemplo é esse da música Uh Uh La Le Le:

sábado, setembro 05, 2009

A biblioteca dos sonhos


Clique aqui para conhecer a biblioteca de Neil Gaiman, um dos melhores roteiristas de quadrinhos de todos os tempos.


Moral da história: Nem todo mundo que lê muito vira um bom roteirista, mas todo bom roteirista precisa ler muito.

Alcinéa Cavalcante na revista Época

A revista Época publicou uma ótima matéria sobre os blogs amazônicos. No Amapá, o destaque foi para a Alcinéa Cavalcante, claro. Clique aqui para ler a matéria.

Carlinhos apronta mais uma


sexta-feira, setembro 04, 2009

Fotos tiradas na hora certa.




Sabe aquele fotógrafo que tem a sorte de registrar um momento único? Engraçado, curioso, interessante, inesperado... Selecionei dois exemplos particularmente curiosos, mas é possível ver mais exemplos clicando aqui.

quinta-feira, setembro 03, 2009

7 vidas


Estou com muito pouco tempo para ler. Mas ontem reservei um tempinho para conferir 7 vidas, o mais recente trabalho do roteirista André Diniz, com desenhos de Antonio Eder. O quadrinho conta da experiência do roteirista com regressões a vidas passadas. Muito bom. Logo publico uma resenha aqui.

70 anos da II Guerra Mundial

Para não deixar em branco a data, coloco aqui uma das perguntas do meu Livro 200 perguntas sobre nazismo (ed. Escala - clique aqui para comprar)


Como a Polônia reagiu à invasão nazista?
Hitler pretendia invadir a Polônia para reconquistar o porto alemão de Dantzig e o corredor polonês. Ele dizia que tomaria o país em três semanas com seu exército mecanizado. Apesar de isso estar claro, os poloneses desdenhavam do perigo, achando que, se houvesse uma invasão, seria uma oportunidade de dar uma lição nos alemães. O embaixador da Polônia em Paris, ao ser informado de que a alemanha pretendia invadir seu país em três semanas, declarou: “Isso é absurdo! Nós é que invadiremos a Alemanha no momento em que começarem as hostilidades. Se eles nos atacarem, vamos entrar em Berlim!”.
A guerra começou no primeiro dia de setembro de 1939. O encouraçado alemão Schleswig-Holstein abriu fogo às 4:45 sobre o território de Wasterplate. A Luftiwaffe atacou tão rapidamente que a maioria dos aviões poloneses foi destruída no solo. Em dois dias já não existia mais nada da obsoleta força aérea polonesa. Em uma semana os alemães já estavam caindo sobre Varsóvia, fazendo com que o governo fugisse do país.
Os poloneses ofereceram resistência, mas suas obsoletas armas e, principalmente, seu método de guerra, não era páreo para a Blitzkrieg alemã, que cercava e aniquilava as tropas polonesas, como em Bzura, Vístula e Lvov.