Ontem fui fazer uma visita à reserva Revecom, no município de Santana. Trata-se de uma área particular, de propriedade do Paulo Roberto Neme do Amorin, transformada em reserva ambiental. Quando soube que a área ia ser comprada para ser desmatada, ele comprou e preservou. É para lá que vão boa parte dos animais presos em operações da polícia ambiental, inclusive uma enorme anta (que servia de alvo para crianças atirarem pedras) e até uma onça, encontrada na casa de um traficante de drogas.
A trilha é uma verdadeira aula de ecologia. É impossível sair de lá sem estar convencido da importância da natureza para a sobrevivência humana. Hoje, a mentalidade é destruir a floresta. Na Amazônia, isso inevitavelmente vai provocar uma desertificação, pois é a floresta que conserva a umidade. Não se trata só de iniciativas grandes, mas também as pequenas. Hoje, quem compra um terreno, manda derrubar todas as árvores e cimentar todo o quintal. Isso provoca um calor insuportável, então colocam ar-condicionado (já vi casas com ar-condicionado até na cozinha). O ar-condicionado aumenta ainda mais o calor, num círculo vicioso.
Para quem quiser visitar a reserva, o telefone para agendamento de trilhas é 3281 3849.
Bem, abaixo algumas fotos da visita (a foto com a Miau, a onça, não ficou boa).
domingo, outubro 31, 2010
sexta-feira, outubro 29, 2010
Livro de Monteiro Lobato pode ser banido de escolas
Um dos livros escritos por Monteiro Lobato, o autor que povoa o imaginário de diversas gerações com sua obraSítio do Picapau Amarelo, pode ser barrado nas escolas públicas brasileiras.
Um parecer publicado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) no Diário Oficial da União, sugere que o livro Caçadas de Pedrinho não seja distribuído a alunos e professores, sob a alegação de que a obra é racista.
O parecer foi aprovado por unanimidade pela Câmara de Educação Básica do CNE e foi feito a partir de denúncia da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial.
Publicado em 1933, o livro de Monteiro Lobato, um dos maiores nomes da literatura infantil brasileira, narras as aventuras da turma do Sítio em busca de uma onça-pintada. Segundo o CNE, os traços racistas da obra estariam na forma como se refere à personagem Tia Nastácia e a alguns animais, como o urubu e macaco.
Um dos trechos da obra que sustenta a argumentação do CNE diz: “Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão”. Outro diz: Não é a toa que macacos se parecem tanto com os homens. Só dizem bobagens.” De acordo com Nilma Lino Gomes, professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e autora do parecer, o livro deve ser banido das escolas ou só poderá ser adotado caso a obra seja acompanhada de nota sobre os "estudos atuais e críticos que discutam a presença de estereótipos raciais na literatura".Fonte: Veja
Ps: Como eu esperava, depois da perseguição aos quadrinhos na sala de aula, chegou-se ao Monteiro Lobato. Logo, toda a obra dele será banida das bibliotecas infantis, como aconteceu com os álbuns de Will Eisner em São Paulo. Logo vão proibir também os livros de Marcos Rey, que escrevia romances policiais para jovens. E chegará um tempo que todos os livros serão banidos, pois ofendem alguém, como acontece em Fahrenheit 451.
quinta-feira, outubro 28, 2010
Um pérola dos anos 1980
Essa capa é ou não é uma pérola? Recebi através da lista Gibilândia, capitaneada pelo Roberto Guedes (autor do livro A era de bronze dos super-heróis). O desafio aí é encontrar os 7 ou mais erros, como o Homem-aranah com a boca aparecendo, o Shang Shi com kimono preto, etc. Parece que só quem se salva é mesmo a Mulher Maravilha...
Jasão e os argonautas
Ontem assisti parte de Jasão e os argonautas, filme de 1963, produzido pelo mestre da animação stop motion Ray Harryhausen . Eu tinha assistido no sábado a primeira versão de Fúrias de Titãs, também de Ray Harryhausen . Na comparação, Jasão é um filme melhor, com roteiro mais consistente, apesar dos efeitos especiais nem de longe serem tão bons quanto o filme da década de 1970. Lembro que Jasão passava muito na sessão da tarde, da Globo, e foi o filme que apresentou a mitologia grega a muitas crianças, eu inclusive. Minhas duas referências sobre o assunto eram os filmes de Ray Harryhausen e as histórias do Sítio, do Monteiro Lobato. Algo interessante aí é a participação dos deuses, que aumentavam ainda mais a aura de magia da película. Nesse sentido, mais um ponto para Jasão. Em Fúria de Titãs, os deuses são por demais sérios. Em Jasão, eles parecem estar se divertindo, como se estivessem realizando um jogo, em que os humanos eram as peças.
terça-feira, outubro 26, 2010
Resenha do e-book Caligari: do cinema aos quadrinhos
O César T. Silva, conhecido como Cerito nos meios literários, publicou uma elogiosa resenha do meu livro virutal Caligari do cinema aos quadrinhos, publicado pela Marca de Fantasia. Para ler, clique aqui.
Nosso Lar
Nosso Lar é um dos grandes best-seller brasileiros. Escrito pelo espírito André Luiz, através do médium Chico Xavier, popularizou a literatura espírita com a história de um médico em uma colônia espiritual. Publicado em 1944, o livro já vendeu mais de 2 milhões de exemplares e gerou uma versão cinematográfica assinada por Wagner de Assis (A Cartomante).
Bastante conhecido, o enredo do livro inicia com o narrador chegando aoUmbral após a sua morte. O relato lembra muito as descrições do inferno católico, com o protagonista assediado por formas diabólicas de expressões animalescas. Ele sofre ali por oito anos, até finalmente ser levado para a colônia espiritual de Nosso Lar. A grande falta do médico, que o leva ao Umbral, é o ceticismo e o orgulho, que fazem com que ele demore tanto a pedir ajuda.
Uma vez na colônia, André Luiz é iniciado nos mistérios da vida espiritual, da cura, da comunicação com os vivos etc. Há, em todo o livro, um excesso de adjetivos que atrapalha a leitura: o aposento é confortador; as luzes, cariciosas. Mas essa característica, hoje considerada um vício de linguagem, era comum na maioria dos autores antigos. Fora isso, o livro passaria tranquilamente por uma boa obra de ficção científica da primeira metade do século XX.
A linguagem antiquada foi facilmente resolvida na versão cinematográfica com uma bem pensada atualização. Mas a história apresentava um outro problema: um certo caráter de"diário de viagem", que torna difícil sua adaptação para a sétima arte. Um filme precisa ter uma trama, com conflitos e uma estrutura narrativa que caminha na direção da resolução do conflito.
Em Nosso Lar, todos são bons demais e não existe uma possível figura de vilão. Da mesma forma, não há um destino que represente o conflito, já que os personagens gozam de livre-arbítrio. Em suma: não há quase nenhum conflito visível na obra original. Como transportar isso para o cinema sem que o resultado seja duas horas de sono?
O diretor Wagner de Assis optou por focar a narrativa no conflito interno dos personagens (apenas sugerida no livro), especialmente André Luiz e Eloísa, uma moça que aparece rapidamente no livro se lamentando de ter morrido antes de casar e de saber que seu noivo encontrou uma nova esposa.
André Luiz luta contra a arrogância, o egoísmo e o ceticismo (e, no final do filme, contra o ciúme), e Eloísa quer a todo momento voltar para seu noivo. Boa parte da narrativa se sustenta nessa sustentação. André será capaz de ultrapassar seus conflitos internos, e, dessa forma, ajudar a moça, fazendo com a que a trama paralela se una à principal num roteiro bem costurado.
Ou seja: o diretor optou por uma inteligente estrutura narrativa, que prende o espectador exatamente pela identificação. Alguns talvez se identifiquem com André, outros com Eloísa.
Se o roteiro é competente e enxuto, a direção é outro ponto forte. Os efeitos especiais são grandiosos (o filme custou 20 milhões de reais, boa parte deles gastos com efeitos), mas usados em favor da narrativa. Não há efeitos apenas pelo efeito, como Hollywood muitas vezes tem feito. Entretanto, muitos que assistiram à fita comentaram que gostaram de ver esse nível de efeitos num filme nacional de FC ou fantasia.
O diretor também trabalha muito bem a imagem, em ótimas cenas sem diálogos, como no reencontro de André Luiz com sua esposa. Com pouquíssimas falas, toda a tensão da situação é repassada aos espectadores.
Há algumas cenas que chamam a atenção dos mais atentos: quando começa a II Guerra Mundial, a colônia espiritual recebe centenas de desencarnados. A maioria deles usando a estrela de Davi (judeus), mas há também pessoas com outros símbolos usados em campos de concentração, o que se relaciona com os ensinamento de Chico Xavier de que o sofrimento liberta. A mesma cena traz um conteúdo de tolerância religiosa que se reflete também na cena da sala do governador, cujas paredes ostentam símbolos das principais religiões terrenas.
Sobre a questão da II Guerra, Chico conta, no livro, que os nazistas, ao morrerem na guerra, fugiam dos que iam resgatá-los, chamando-os de "fantasmas da cruz". Esse ponto, no entanto, não foi explorado pelo filme.
Outro aspecto curioso da versão cinematográfica é inverter o paradigma convencional do ser humano com relação à dualidade vida-morte. EmNosso Lar, vemos personagens chorando e lamentando a partida de entes queridos que vão reencarnar. Nesse ponto o roteiro foi particularmente eficiente ao mostrar que vida e morte são apenas dois lados da mesma moeda em um ciclo de reencarnações. Chega, inclusive, a brincar com isso, como na cena em que uma senhora reclama que o marido estava sempre muito doente, "Mas morrer que é bom, nada!".
Nosso Lar conta com uma equipe internacional: o fotógrafo suíço Ueli Steiger (O dia depois de amanhã, Godzilla, 10.000 a.C), os canadenses da Intelligent Creatures para os efeitos especiais (Watchmen), a diretora de arte brasileira Lia Renha (A muralha, Hoje é dia de Maria, Auto da Compadecida), e o músico Philip Glass (As horas, O ilusionista).
É um filme que irá agradar tanto aos espíritas quanto aos não espíritas ou simples simpatizantes da doutrina. Mesmo aqueles que forem assisitir Nosso Lar apenas como um filme de ficção científica provavelmente irão gostar. Prova disso é que apenas 5 dias após o lançamento ele já ultrapassou a marca de um milhão de espectadores.
Texto originalmente publicado no Digestivo Cultural.
Bastante conhecido, o enredo do livro inicia com o narrador chegando aoUmbral após a sua morte. O relato lembra muito as descrições do inferno católico, com o protagonista assediado por formas diabólicas de expressões animalescas. Ele sofre ali por oito anos, até finalmente ser levado para a colônia espiritual de Nosso Lar. A grande falta do médico, que o leva ao Umbral, é o ceticismo e o orgulho, que fazem com que ele demore tanto a pedir ajuda.
Uma vez na colônia, André Luiz é iniciado nos mistérios da vida espiritual, da cura, da comunicação com os vivos etc. Há, em todo o livro, um excesso de adjetivos que atrapalha a leitura: o aposento é confortador; as luzes, cariciosas. Mas essa característica, hoje considerada um vício de linguagem, era comum na maioria dos autores antigos. Fora isso, o livro passaria tranquilamente por uma boa obra de ficção científica da primeira metade do século XX.
A linguagem antiquada foi facilmente resolvida na versão cinematográfica com uma bem pensada atualização. Mas a história apresentava um outro problema: um certo caráter de"diário de viagem", que torna difícil sua adaptação para a sétima arte. Um filme precisa ter uma trama, com conflitos e uma estrutura narrativa que caminha na direção da resolução do conflito.
Em Nosso Lar, todos são bons demais e não existe uma possível figura de vilão. Da mesma forma, não há um destino que represente o conflito, já que os personagens gozam de livre-arbítrio. Em suma: não há quase nenhum conflito visível na obra original. Como transportar isso para o cinema sem que o resultado seja duas horas de sono?
O diretor Wagner de Assis optou por focar a narrativa no conflito interno dos personagens (apenas sugerida no livro), especialmente André Luiz e Eloísa, uma moça que aparece rapidamente no livro se lamentando de ter morrido antes de casar e de saber que seu noivo encontrou uma nova esposa.
André Luiz luta contra a arrogância, o egoísmo e o ceticismo (e, no final do filme, contra o ciúme), e Eloísa quer a todo momento voltar para seu noivo. Boa parte da narrativa se sustenta nessa sustentação. André será capaz de ultrapassar seus conflitos internos, e, dessa forma, ajudar a moça, fazendo com a que a trama paralela se una à principal num roteiro bem costurado.
Ou seja: o diretor optou por uma inteligente estrutura narrativa, que prende o espectador exatamente pela identificação. Alguns talvez se identifiquem com André, outros com Eloísa.
Se o roteiro é competente e enxuto, a direção é outro ponto forte. Os efeitos especiais são grandiosos (o filme custou 20 milhões de reais, boa parte deles gastos com efeitos), mas usados em favor da narrativa. Não há efeitos apenas pelo efeito, como Hollywood muitas vezes tem feito. Entretanto, muitos que assistiram à fita comentaram que gostaram de ver esse nível de efeitos num filme nacional de FC ou fantasia.
O diretor também trabalha muito bem a imagem, em ótimas cenas sem diálogos, como no reencontro de André Luiz com sua esposa. Com pouquíssimas falas, toda a tensão da situação é repassada aos espectadores.
Há algumas cenas que chamam a atenção dos mais atentos: quando começa a II Guerra Mundial, a colônia espiritual recebe centenas de desencarnados. A maioria deles usando a estrela de Davi (judeus), mas há também pessoas com outros símbolos usados em campos de concentração, o que se relaciona com os ensinamento de Chico Xavier de que o sofrimento liberta. A mesma cena traz um conteúdo de tolerância religiosa que se reflete também na cena da sala do governador, cujas paredes ostentam símbolos das principais religiões terrenas.
Sobre a questão da II Guerra, Chico conta, no livro, que os nazistas, ao morrerem na guerra, fugiam dos que iam resgatá-los, chamando-os de "fantasmas da cruz". Esse ponto, no entanto, não foi explorado pelo filme.
Outro aspecto curioso da versão cinematográfica é inverter o paradigma convencional do ser humano com relação à dualidade vida-morte. EmNosso Lar, vemos personagens chorando e lamentando a partida de entes queridos que vão reencarnar. Nesse ponto o roteiro foi particularmente eficiente ao mostrar que vida e morte são apenas dois lados da mesma moeda em um ciclo de reencarnações. Chega, inclusive, a brincar com isso, como na cena em que uma senhora reclama que o marido estava sempre muito doente, "Mas morrer que é bom, nada!".
Nosso Lar conta com uma equipe internacional: o fotógrafo suíço Ueli Steiger (O dia depois de amanhã, Godzilla, 10.000 a.C), os canadenses da Intelligent Creatures para os efeitos especiais (Watchmen), a diretora de arte brasileira Lia Renha (A muralha, Hoje é dia de Maria, Auto da Compadecida), e o músico Philip Glass (As horas, O ilusionista).
É um filme que irá agradar tanto aos espíritas quanto aos não espíritas ou simples simpatizantes da doutrina. Mesmo aqueles que forem assisitir Nosso Lar apenas como um filme de ficção científica provavelmente irão gostar. Prova disso é que apenas 5 dias após o lançamento ele já ultrapassou a marca de um milhão de espectadores.
Texto originalmente publicado no Digestivo Cultural.
sábado, outubro 23, 2010
Fundação denuncia esquema golpista patrocinado pela CIA no Brasil
Não bastasse o governador eleito do Rio Grande do Sul e ex-ministro da Justiça, Tarso Genro, denunciar “uma campanha de golpismo político só semelhante aos eventos que ocorreram em 1964 para preparar as ofensivas” contra o então governo estabelecido, o jornal da Strategic Culture Foundation – a partir de sua seção norte-americana, especializada em geopolítica – publicou, nesta semana, reflexão na qual avalia o esforço dos setores mais conservadores dos EUA para denegrir as “imaturas” democracias da América Latina e do Caribe.
No artigo intitulado “Elections in Brazil and the US Intelligence Community” (Eleições no Brasil e a comunidade de inteligência dos EUA), assinado pelo analista Nil Nikandrov, a instituição lembra que “o Brasil nunca pediu permissão para afirmar o seu direito à soberania e à posição de independência na política internacional em causa ao longo dos oito anos da presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, e era amplamente esperado que G. Bush acabaria por perder a paciência e tentar domar o líder brasileiro. Nada disso aconteceu, embora, evidentemente, porque os EUA se sentiram sobrecarregados demais com problemas com a Venezuela para ficar trancado em um conflito adicional na América Latina”. Leia mais
sexta-feira, outubro 22, 2010
Dica de site
Uma novidade divertidíssima é o site Diário de Barrelas, que mistura humor e jornalismo em matérias fictícias que parecem de verdade, mas não são.Coloco abaixo uma das matérias mais interessantes.
“Milhões de pessoas morreram durante Governo do PT”, ataca PSDB
Para colocar fogo na corrida presidencial, o líder do PSDB no Congresso, o deputado Lacerda Abadia (PSDB-SE) disparou nesta sexta-feira fortes ataques ao governo do presidente Lula. Segundo Abadia, dados preliminares do resultado do Censo 2010 revelam que milhões de brasileiros morreram desde 2003.
“Quando o PT assumiu o governo, cerca de 8,5 milhões de brasileiros tinham 85 anos de idade ou mais. Hoje, oito anos depois, quase todos esses brasileiros estão mortos. É um absurdo, o presidente Lula assistiu essa carnificina e nada fez!”, vociferou o deputado.
Desde 2003, o número de mortos no país é medido pela Agência Nacional de Falecimentos, criada por Lula no início de sua administração.
“O Lula e a Dilma adoram falar que o PSDB não governava para os pobres ou que privatizava as estatais. Mas sempre se esquecem de dizer que, conosco no governo, todos esses quase 9 milhões de cidadãos estavam vivos. Porém, quando o PT assumiu, eles faleceram. Isso foi obra de Deus?”, questionou Abadia.
A direção nacional do PT rebateu as críticas do tucano afirmando que no mesmo período, milhões de pessoas nasceram no país.
“Durante o governo do PSDB, milhões de pessoas também morreram. Infelizmente, muitas delas já não estão mais entre nós para fazer a diferença nessas eleições”, declarou o senador petista Roberto Peixoto. “É uma fatalidade”.
quarta-feira, outubro 20, 2010
Nova logo?
Os leitores costumazes devem ter percebido uma diferença na cabeça deste blog: a logo mudou. Esta nova logo foi feita por um aluno do curso de Design do CEAP, o Édipo Tomé, que leu, gostou do blog e se proprôs redesenhar a logo. E então, gostaram? Se a maioria dos leitores gostar, ela fica. Então, a bola está com vocês... A pedidos, coloco também a logo antiga, para comparação.
Amapá comemora Dia Internacional do Cinema de Animação
Pelo terceiro ano consecutivo o Amapá comemora o DIA (Dia Internacional de Cinema de Animação), 28.10. No estado, três cidades receberão as mostras: Macapá, Santana e Itaúbal. Na capital a programação será realizada pelo FIM (Festival Imagem-Movimento) e pelo MIS-AP (Museu da Imagem e do Som do Amapá) e acontecerá no Teatro das Bacabeiras a partir das 16 horas.
O evento será composto por cinco mostras que atingem todos os públicos e primam pela acessibilidade:
· Mostra para deficientes visuais (classificação livre);
· Mostra para deficientes auditivos (classificação livre);
· Mostra infantil (classificação livre);
· Mostra nacional (classificação 12 anos);
· Mostra internacional (classificação 14 anos);
Essa diversidade toda reflete um momento especial do cinema de animação no Brasil. Ele vem crescendo consideravelmente e já conta com público expressivo, além de editais de financiamentos específicos e cada vez mais cursos e mostras. Prova disso são as mais de 400 cidades que compõem o evento deste ano. No dia 28.10, quando os relógios marcarem 19H30MIN (horário local), todos os estados do Brasil estarão olhando para a tela sensibilizada por imagens animadas. É simplesmente o maior evento simultâneo de audiovisual do Brasil.
Por trás da data, no longínquo ano de 1892, portanto três anos antes do cinematógrafo dos irmãos Lumierre, Émile Reynaud iniciou um mundo mágico: realizou a primeira projeção do seu teatro óptico no Museu Grevin, em Paris, sempre lá não é mesmo? Os franceses inventaram o cinema da animação, a fotografia e o cinema. Essa projeção foi a primeira exibição pública de imagens animadas (desenhos animados) no mundo. Foi para comemorar esta data que a Associação Internacional do Filme de Animação (ASIFA) lançou o evento, contando com o apoio de diferentes grupos internacionais filiados. Em 2010 o Dia Internacional da Animação está sendo realizado em 30 países.
Além das mais de seis horas de filmes inéditos no Amapá provenientes de diversos lugares do globo, a programação do DIA conta com refinado tempero local: na ocasião será lançada oficialmente a programação do VII FIM (Festival Imagem-Movimento), evento audiovisual com DNA amapaense que está, assim como o DIA, comemorando sete anos de existência.
Então temos um bom programa para o dia 28.10, com certeza não vai faltar animação a todos os públicos que comparecerem ao Teatro das Bacabeiras. Agende-se, porque outro evento desses, só ano que vem.
Serviço:
DIA – Dia Internacional do Cinema de Animação
Data: 28.10.2010
Local: Teatro das Bacabeiras
Hora: A partir das 16H
terça-feira, outubro 19, 2010
Dica de blog
Uma boa dica de blog é o Contraversão, do Rafael Fernandes, editor da MAD. Coloco abaixo uma parte de um dos posts mais interessantes, sobre os anjos da noite. Para conhecer, clique aqui.
Mês passado tive uma experiência que me quebrou as pernas e me fez ver o centro de São Paulo com outros olhos! Imagine como é distribuir comida para os moradores de rua depois das 23h com os voluntários da Anjos da Noite, uma ONG. Não, eu não sou nenhum daqueles babacas que acham que tem que fazer isso pra “ir pro céu”. Nem mesmo tava com vontade de ir, mas acho que foi isso que tornou tudo ainda mais marcante!
Quem queria ir de verdade era minha noiva Michelle, que me chamou umas 10 vezes, mas eu sempre inventava uma desculpa para não ir. Calma, não sou nenhum desalmado! Só acho que a maioria das ONGs costumam fazer apenas “pilantropia”, dando dinheiro pra golpistas que ainda pagam de bonzinhos.
Chegou uma hora que eu tive que dar o braço a torcer, mas se era pra ir teria que fazer de coração e foi o que eu fiz. Mesmo porque não era uma boa idéia deixá-la ir sozinha. Então, paguei pra ver qual era a desse grupo.
domingo, outubro 17, 2010
Tropa de Elite 2
Fomos assistir Tropa de Elite 2. O risco das continuações é repetir uma fórmula e se tornar pura redundância. Isso não acontece com Tropa de Elite 2. Em muitos sentidos, são dois filmes diferentes. Se o foco do primeiro é o tráfico, o foco do segundo são as milícias. Parece uma mudanças pequena, mas que amplia muito tanto as possibilidade narrativas quanto do ponto de vista da análise da situação atual do Rio de Janeiro. Se a questão da ligação de políticos com bandidos já se insinuava no primeiro filme, no segundo isso se torna o principal foco.
Do ponto de vista de roteiro, o segundo filme não tem um ponto importante, que chamou a atenção no primeiro: o treinamento do BOPE. Isso torna a primeira parte desse segundo filme muito menos interessante. O suspense e ação começam mesmo a partir do momento em que o BOPE invade uma favela, um efeito borboleta que irá provocar vários outros fatos. Para evitar que o expectador perdesse o interesse, a história começa no presente, com a cena do atentado ao agora Tenente Coronel Nascimento sofrendo um atentado e todo o resto é contado em flash back.
Em suma, um filme que merece as imensas filas que estão se formando nos cinemas.
Do ponto de vista de roteiro, o segundo filme não tem um ponto importante, que chamou a atenção no primeiro: o treinamento do BOPE. Isso torna a primeira parte desse segundo filme muito menos interessante. O suspense e ação começam mesmo a partir do momento em que o BOPE invade uma favela, um efeito borboleta que irá provocar vários outros fatos. Para evitar que o expectador perdesse o interesse, a história começa no presente, com a cena do atentado ao agora Tenente Coronel Nascimento sofrendo um atentado e todo o resto é contado em flash back.
Em suma, um filme que merece as imensas filas que estão se formando nos cinemas.
Comercial com a Turma da Mônica
Maurício de Sousa sempre se detacou pelo ótimo uso de seus personagens em propagandas. Isso desde a década de 1960. Abaixo, um comercial das ervilhas Jurema que conta com a participação da Turma da Mônica, inclusive do Nico Demo, um personagem que durante anos esteve fora dos gibis e só agora está retornando em séries de tiras históricas.
E, abaixo, um comercial do extrato de tomate Elefante. A piada aí está no fato da mãe da Mônica ter pedido um extrato de tomate elefante e a Mônica ter levado o Jotalhão. Com o sucesso desse anúncio muitas crianças, ao ir à mercearia, não pediam extrato de tomate, mas um elefante.
E, abaixo, um comercial do extrato de tomate Elefante. A piada aí está no fato da mãe da Mônica ter pedido um extrato de tomate elefante e a Mônica ter levado o Jotalhão. Com o sucesso desse anúncio muitas crianças, ao ir à mercearia, não pediam extrato de tomate, mas um elefante.
sábado, outubro 16, 2010
Jingles
Os jingles são elementos essenciais em uma boa campanha publicitária e, muitas vezes, são a verdadeira estrela. Exemplo disso foi a campanha do guaraná Antartica que revolucionou o mercado de refrigerantes associando o guaraná à pizza e à pipoca. Lembro que na época, comer pizza com outro refrigerante era quase uma heresia. Um efeito colateral da propaganda: toda vez que o anúncio passava na TV, aumentavam os pedidos de entrega de pizza a domicílio.
O interessante dos jingles é que eles podem ser usados tanto no rádio quanto na TV, quando ganham o reforço das imagens.
O interessante dos jingles é que eles podem ser usados tanto no rádio quanto na TV, quando ganham o reforço das imagens.
sexta-feira, outubro 15, 2010
10a reunião do Clube de Cinema
Amanhã, 16.10, haverá a 10ª reunião do Clube de Cinema do MIS. O tema da sessão será:
EXTRAS DE FILMES
Seguidos de discussões sobre as formas de fazer filmes. A sessão inicia as 18:30, no auditório do MIS, segundo piso do teatro das Bacabeiras, entrada franca.
EXTRAS DE FILMES
Seguidos de discussões sobre as formas de fazer filmes. A sessão inicia as 18:30, no auditório do MIS, segundo piso do teatro das Bacabeiras, entrada franca.
quinta-feira, outubro 14, 2010
Entes Perpétuos revela segredos da criação de Neil Gaiman
A Editorial Kalaco está lançando o livro Entes Perpétuos. Uma obra que se dedica a desvendar o “Universo Onírico de Neil Gaiman”, que foi constituído a partir do lançamento da intocável série da DC Comics Sandman. Um sucesso de público e crítica, que arregimentou uma verdadeira legião de leitores- especialmente do sexo feminino –no plano das HQs adultas.
O idolatrado escritor inglês Neil Gaiman, adora futebol. Tentou abraçar a profissão de jornalista, mas consagrou-se logo como roteirista de quadrinhos. E seu talento para a escrita o conduziu a literatura e assim conquistou o mundo. Depois de tantos anos de êxito, não só no estrangeiro como também nas bancas e livrarias daqui, Gaiman acaba de inspirar um livro sobre sua carreira escrito por um brasileiro.Heitor Pitombo passou anos pesquisando a obra do escritor e o resultado foi Entes Perpétuos, um compêndio dedicado aos fãs do argumentista e àqueles que querem entender a razão do prestígio desse artista inglês.
Heitor Pitombo já fez de tudo na área das letras. Mas é com os quadrinhos que ele se realiza profissionalmente. Criou, em 1990, a primeira página de jornal diário no Rio de Janeiro dedicada exclusivamente à cobertura da cena de quadrinhos no jornal Tribuna da Imprensa. Participou da organização de todas as edições da Bienal Internacional de Quadrinhos do RJ e de eventos como a Comic Mania e o Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte. Trabalhou ativamente na editoria de quadrinhos da Editora Record durante os anos 90 e escreveu para quase todas as revistas especializadas que foram editadas no Brasil no período, como aHerói, a Heróis do Futuro, a HQ Express e a Comix Book Shop Magazine. Em 1998, ganhou um HQ Mix pelo CD-ROM O Universo dos Super-Heróis. Como tradutor de HQs, colaborou para a Panini Comics, a Opera Graphica e a Pixel Media. Fez a pesquisa iconográfica para o Almanaque dos Quadrinhos da Ediouro e assinou a coluna Comic Riffs nas revistas independentes Moshe Jukebox.
Entes Perpétuos- O Universo Onírico de Neil Gaiman é quase um almanaque sobre a obra do astro britânico. O livro traz um compêndio de tudo do roteirista que foi lançado no Brasil, lista obras que nunca foram publicadas em português, navega pela sua carreira literária, e destaca uma entrevista inédita de Gaiman, concedida para o autor e depoimentos de seu parceiro mais frequente, o ilustradorDave McKean.
Em tempo: O livro Entes Perpétuos- O Universo Onírico de Neil Gaiman esta presente neste Fest Comix, onde estará sendo autografado por seu autor Heitor Pitombo.
Entes Perpétuos- O Universo Onírico de Neil Gaiman
Autor: Heitor Pitombo
Formato 16 x 23 cm
192 páginas
Preço: R$ 39,00
Distribuição exclusiva: Comix Book Shop
fones: (11) 3951-5029 – (11) 3951-5037
Editorial Kalaco
Caligari: do cinema aos quadrinhos
Caligari: do cinema aos quadrinhosGian Danton Série Veredas, 19 João Pessoa: Marca de Fantasia, 2010. 44p. Ebook em pdf. 978-85-7999-016-8 Arquivo grátis (solicite cópia ao editor). |
Em 1920, na Alemanha, um filme alcançou o prestígio de ser um dos mais importantes da história mundial e, sem dúvida, o mais influente do cinema alemão. Trata-se de O Gabinete do Dr. Caligari , dirigido por Robert Wiene e escrito por Hans Janowitz e Carl Mayer. Sua influência foi tão grande que cunhou-se o neologismo caligarismopara se referir ao cinema expressionista alemão.
Alguns dos méritos desse filme foram a utilização de cenários pintados representando um clima sufocante de um estranho ambiente urbano e a história repleta de flash backs , com final surpreendente. Estes elementos inovadores para a época mostraram que o cinema poderia ir muito além de uma simples diversão popular, abrindo caminho para sua ascensão à sétima arte.
Em Caligari: do cinema aos quadrinhos , o roteirista Gian Danton (Ivan Carlo Andrade de Oliveira) analisa o filme desde a elaboração do roteiro à sua influência para o cinema mundial e em especial para o cinema alemão. Aborda também questões polêmicas, como a moldura introduzida no roteiro por Fritz Lang, e os cenários pintados com a técnica expressionista, que permitiu à película mostrar uma realidade mental, absolutamente revolucionária para a época.
Em complemento ao estudo, Gian Danton apresenta a adaptação do filme para os quadrinhos, trabalho realizado em parceria com o desenhista curitibano José Aguiar. O processo criativo da adaptação também é analisado, o que transforma o livro numa peça didática, mas com a leveza de quem é um reconhecido e premiado roteirista de quadrinhos.
Caligari, do cinema os quadrinhos , é uma obra essencial tanto para os fãs de cinema quanto os de quadrinhos.
Para pedir uma cópia, escreva para: editora@marcadefantasia.com
terça-feira, outubro 12, 2010
E-book Exploradores do Desconhecido
sábado, outubro 09, 2010
quarta-feira, outubro 06, 2010
10 anos de Digestivo Cultural
O mais importante site cultural do Brasil está aniversariando. Trata-se do Digestivo Cultural. Há nove anos eu participo dessa história. Eu já conhecia o Digestivo e lia suas colunas. Um dia, recebi uma ligação do Júlio Daio Borges , dono do site, me convidando para ser um dos colaboradores. Na época eu lecionava no curso de comunicação. E o Digestivo acabou se transformando na leitura predileta dos alunos de jornalismo. Na época era difícil criar um site ou blog, então, a forma da garotada se expressar era mesmo comentando nos sites mais badalados, como o Digestivo.
Ter coluna naquela época era coisa de doido: uma por semana. Como muitas vezes os textos eram resenhas, era o pique de ler um livro por semana e resenhar. O alívio era dado pelos textos, a maioria na área de comunicação, que faziam a delícia dos alunos e provocavam discussões acaloradas em sala de aula. Algumas vezes essas discussões iam para os comentários, embora eu não fosse, nem de longe, um dos colunistas mais polêmicos.
O primeiro texto que publiquei no Digestivo foi uma resenha do livro Baudolino, de Umberto Eco, no dia 10 de dezembro de 2001. Eu fazia uma referência entre o romance e o conceito de obra aberta, também de Eco. Uma garota comentou: “obrigada!!!!!! vcs me salvaram...... estou com uma resenha crítica para fazer sobre "obra aberta"”.
Pelo menos não pediu para eu fazer o trabalho por ela, como já aconteceu em diversas ocasiões. Como muitas vezes meus artigos tratavam de assuntos acadêmicos, tornou-se muito comum receber e-mails do tipo: “Preciso de texto sobre esse assunto para segunda-feira para entregar na faculdade. Sem falta, ok?” Outros são até mais exigentes: “A professora pediu um trabalho sobre esse assunto com duas páginas. Pode me mandar ainda hoje?”.
Meu segundo texto foi uma resenha do livro Para ler o Pato Donald, que provocou muita polêmica. Uma senhora me acusou de fazer parte da esquerda festiva, que “curte o final de semana em Búzios enquanto se planeja para passar as férias na Europa”.
Foi outro aprendizado: logo descobri que muita gente não consegue diferenciar o resenhista do autor da obra. Quem escreve sobre quadrinhos com certeza já recebeu comentários do tipo: “Vocês deviam ter colocado outro vilão no filme do Superman”.
Pode parecer que não, mas escrever para o Digestivo era sim muito divertido , e leitores que me confundiam com o autor e outros que queriam trabalhos de escola só tornavam a coisa ainda mais divertida.
Mas chegou a um ponto que as atividade profissionais tornaram impossível continuar com uma coluna semanal de 5 mil toques. Deixei de ser colunista do Digestivo, mas continuei sendo leitor e colaborador ocasional. Os especiais de final de ano tornaram-se uma tradição, não só para escrever, mas também para ler os dos outros. Lembro que no primeiro especial, um dos colaboradores escreveu um texto delicioso que contava exatamente a dificuldade de escolher o que de melhor havia acontecido em termos culturais no ano anterior.
Em 2009, o Júlio me convidou para voltar a ser colunista. Escaldado com a possibilidade de não dar conta do recado, recusei. Ele tentou e tentou de novo, até dizer a palavra mágica: a coluna seria mensal, não semanal.
Desde então tenho publicado um texto a cada mês, sentindo muito orgulho de ser um dos primeiros colaboradores do site. E espero ainda estar no Digestivo quando ele fizer 20 anos.
50 anos do Cebolinha
Neste mês de outubro, o personagem Cebolinha, criado por Maurício de Sousa completa 50 anos e o blog Planeta Gibi fez uma retrospectiva histórica do personagem, desde sua primeira aparição aos dias atuais. Para ler, clique aqui. Acima, uma das primeiras imagens do personagem, na época em que ele ainda era cabeludo.
terça-feira, outubro 05, 2010
O grão de mostarda
Uma jovem mulher, tendo perdido seu primeiro filho, estava tão desolada e aflita que perambulava pelas ruas, implorando algum remédio mágico que restituísse a vida do menino. Alguns se afastavam com piedade; outros riam e a consideravam louca; ninguém tinha palavras para consolá-la. Até que um velho sábio, notando seu desespero, disse:
- Existe apenas um homem em todo o mundo que pode fazer esse milagre. Ele é o ser perfeito e reside no alto da montanha. Vai até ele, e pede.
A jovem mulher subiu a montanha e, de pé diante do ser perfeito, suplicou:
- Ó Buda, devolvei a vida de meu filho.
E Buda disse:
- Volte para a cidade, vá de casa em casa, e traga-me um grão de mostarda de uma casa onde ninguém jamais tenha morrido.
O coração da jovem mulher estava cheio de esperança quando ela desceu a montanha às pressas e correu para a cidade. Na primeira casa em que bateu, disse: “Buda me mandou conseguir um grão de mostarda de uma casa que nunca tenha conhecido a morte”.
- Nesta casa, muitos já morreram – disseram-lhe.
Ela seguiu para a próxima casa, e perguntou de novo.
- Impossível contar o número dos que já morreram aqui – foi a resposta.
Foi à terceira casa, e à quarta, à quinta casa, e mais e mais, através da cidade, e não pôde encontrar uma só casa, que a morte já não tivesse visitado.
Assim, a jovem mulher voltou ao topo da montanha.
- Trouxeste o grão de mostarda? – perguntou o Buda.
- Não – disse ela – nem procurarei mais. A dor e o desespero me tornaram cega; pensava que somente eu tinha sofrido nas mãos da morte.
- Então, por que voltaste? – insistiu o ser perfeito.
- Para pedir que me ensine a verdade – respondeu a mulher.
E foi isto que o Buda lhe disse:
- No mundo do homem e no mundo dos deuses, a Lei é uma só: todas as coisas são passageiras.
Cartões criativos
O cartão é um elemento importantíssimo para qualquer profissional. Se ele for criativo, então... Abaixo, alguns exemplos muito interessantes.
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