Via Repiquete no meio do mundo.
Quando vi a notícia, pensei que fosse um prédio pequeno, mas era o maior prédio da área. Já pensou se tivesse caído depois de inaugurado, com os moradores? A tragédia seria ainda maior.
segunda-feira, janeiro 31, 2011
Os trapalhões em "Papai eu quero me casar"
Um dos momentos mais hilários do quarteto com uma interpretação fenomenal do Zacarias.
Selo Pulsar comemora 10 títulos
Com a publicação do romance Angela entre dois Mundos, de Jorge Luiz Calife, em dezembro de 2010, o selo Pulsar da Devir chega à marca de dez livros publicados. É um reforço substancial à publicação de ficção científica no Brasil, com títulos particularmente significativos, como os multipremiados romances de Orson Scott Card, O Jogo do Exterminador e Orador dos Mortos; o quarto livro de contos de André Carneiro, Confissões do Inexplicável, a mais volumosa coletânea de FC brasileira já editada; Os Melhores Contos Brasileiros de Ficção Científica, a primeira antologia retrospectiva da história do gênero no Brasil, e um sucesso de vendas; Tempo Fechado, do escritor cyberpunk Bruce Sterling, romance que antecipou as mudanças climáticas globais; Trilogia Padrões de Contato, de Jorge Luiz Calife, reunindo pela primeira vez três romances clássicos da FC brasileira em um único volume; Anjos, Mutantes e Dragões, o primeiro livro de contos do destacado autor brasileiro de FC e fantasia, Ivanir Calado; e o quarto romance de Calife, Angela entre dois Mundos.
Os Dez Títulos da Pulsar:
1. O Jogo do Exterminador (Ender’s Game), Orson Scott Card
2. Confissões do Inexplicável, André Carneiro
3. Orador dos Mortos (Speaker for the Dead), Orson Scott Card
4. Os Melhores Contos Brasileiros de Ficção Científica, Roberto de Sousa Causo, ed.
5. Tempo Fechado (Heavy Weather), Bruce Sterling
6. Trilogia Padrões de Contato, Jorge Luiz Calife
7. Os Melhores Contos Brasileiros de Ficção Científica: Fronteiras, Roberto de Sousa Causo, ed.
8. Xenocídio (Xenocide), Orson Scott Card
9. Anjos, Mutantes e Dragões, Ivanir Calado
10. Angela entre dois Mundos, Jorge Luiz Calife
Os títulos da Pulsar contam com traduções de especialistas em ficção científica como Carlos Angelo e Sylvio Monteiro Deutsch, e artes de capa de artistas talentosos como Vagner Vargas e Felipe Campos. Para o futuro imediato, a Pulsar promete manter o alto nível e a ousadia editorial que a tem caracterizado até aqui.
Alguns dos Próximos Lançamentos do selo Pulsar:
O Último Teorema (The Last Theorem), de Arthur C. Clarke & Frederik Pohl. Um complexo romance de primeiro contato com inteligências alienígenas e de política internacional, é o último livro escrito por Clarke, o grande mestre da ficção científica, morto em 2008.
Os Filhos da Mente (Children of the Mind), de Orson Scott Card. Romance que fecha o primeiro ciclo de aventuras de Ender Wiggin, iniciado com o multipremiado (Prêmios Hugo e Nebula) O Jogo do Exterminador (Ender’s Game), um best-seller com mais de dois milhões de exemplares vendidos no mundo.
The Windup Girl (ainda sem título em português), de Paolo Bacigalupi. O romance ganhador dos Prêmios Hugo, Nebula e Locus de 2009, é um dos mais premiados livros de estréia de um autor de ficção científica, comparável apenas a Neuromancer (1984), de William Gibson.
A Cidade e as Estrelas (The City and the Stars), de Arthur C. Clarke, marcará o retorno às livrarias brasileiras deste que é o principal romance da melhor fase do mestre inglês da ficção científica, um dos grandes nomes do gênero no século 20 e autor de 2001: Uma Odisséia no Espaço.
Assembléia Estelar: Histórias de Ficção Científica Política, organizada pelo jornalista e cientista político Marcello Simão Branco, é a primeira antologia internacional com esse tema montada no Brasil. Com histórias de André Carneiro, Ataíde Tartari, Bruce Sterling (EUA), Carlos Orsi, Daniel Fresnot, Fernando Bonassi, Flávio Medeiros, Henrique Flory, Luís Filipe Silva (Portugal), Miguel Carqueija, Orson Scott Card (EUA), Roberto de Sousa Causo, Roberval Barcellos e Ursula K. Le Guin (EUA).
As Melhores Novelas Brasileiras de Ficção Científica, antologia organizada por Roberto de Sousa Causo, com novelas e noveletas clássicas da ficção científica nacional: “Zanzalá” (1928), de Afonso Schmidt; “A Escuridão” (1963), de André Carneiro; “O 31.º Peregrino” (1993), de Rubens Teixeira Scavone; e “A nós o Vosso Reino” (1998), de Finisia Fideli.
Trilhas do Tempo, de Jorge Luiz Calife. O segundo livro de contos de Calife, autor da Trilogia Padrões de Contato, o grande clássico da ficção científica hard brasileira.
sexta-feira, janeiro 28, 2011
Pintura mediúnica
Independente de se acreditar ou não em mediunidade, é impressionante acompanhar a produção desse quadro (em 10 minutos!) e o resultado final.
Programação do MIS para o aniversário de Macapá
O Museu da Imagem e do Som tem o prazer de divulgar sua programação para a semana na qual Macapá completa 253 anos. As atrações programadas pelo MIS, em parceira com o SESC-AP, buscam evidenciar a diversidade histórica e cultural da capital do estado: música, artes plásticas, poesia, fotografia, vídeo e cinema estarão a disposição do público que poderá, sem dúvida nenhuma, aprender mais sobre a história da “estância das bacabas”. Para conferir a programação, clique aqui.
quinta-feira, janeiro 27, 2011
Dia do quadrinho nacional em Belo Horizonte
No último dia 12 de janeiro de 2011 o prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda sancionou a lei aprovada na Câmara Municipal (projeto de lei nº 906/09 de autoria do vereador Paulinho Motorista) criando a lei 10.071/2011 que institui o dia 30 de janeiro como dia oficial do quadrinho na capital mineira. Leia mais
terça-feira, janeiro 25, 2011
Coletânea Eu acredito
A editora Literata abrirá, dia 15 de fevereiro, as inscrições para a coletânea Eu acredito, sobre histórias sobre fadas e duendes e sua relação com o mundo dos humanos. Boa pedida para escritores de fantasia.
Para maiores informações, clique aqui.
Para maiores informações, clique aqui.
Um milhão de reais
Um milhão de reais. Esse foi o valor oferecido pelo Governo do Estado à Liga das Escolas de Samba para realização do carnaval. E foi recusado. A Liesa queria 1,5 milhão, 25% do orçamento anual da Secretaria de Cultura, que é de 6 milhões.
A Liesa não aceitou a oferta do Governo e preferiu não fazer o carnaval. Isso tem levado muita gente a algumas reflexões, entre elas a de que chegou a época do carnaval amapaense se profissionalizar e buscar outras fontes de recurso. Não é possível que um único evento gaste 25 % do orçamento para cultura do estado. Há opções, como patrocínios. Poderia ser usada, por exemplo, a Lei de incentivo fiscal, que já existe, mas não foi colocada em prática.
Além disso, o que é pouco para as escolas de samba, é muito para outras classes artísticas. Um milhão de reais dava para fazer quantas peças de teatro?
Vou dar um exemplo de duas áreas que conheço melhor:
Com 100 mil reais dá para fazer um bom edital de audiovisual, com um curta-metragem de ficção e um documentário.
Com 25 mil reais dá para fazer um ótimo edital de histórias em quadrinhos, incluindo já a publicação das obras escolhidas, preparação, etc.
Dá o que pensar, não dá?
A Liesa não aceitou a oferta do Governo e preferiu não fazer o carnaval. Isso tem levado muita gente a algumas reflexões, entre elas a de que chegou a época do carnaval amapaense se profissionalizar e buscar outras fontes de recurso. Não é possível que um único evento gaste 25 % do orçamento para cultura do estado. Há opções, como patrocínios. Poderia ser usada, por exemplo, a Lei de incentivo fiscal, que já existe, mas não foi colocada em prática.
Além disso, o que é pouco para as escolas de samba, é muito para outras classes artísticas. Um milhão de reais dava para fazer quantas peças de teatro?
Vou dar um exemplo de duas áreas que conheço melhor:
Com 100 mil reais dá para fazer um bom edital de audiovisual, com um curta-metragem de ficção e um documentário.
Com 25 mil reais dá para fazer um ótimo edital de histórias em quadrinhos, incluindo já a publicação das obras escolhidas, preparação, etc.
Dá o que pensar, não dá?
segunda-feira, janeiro 24, 2011
Situação de risco
Esse é o mais novo curta metragem do meu filho. Desta vez fiz questão de não me envolver. Roteiro, produção, direção e edição foram dele e dos amigos. Na verdade, só acabei atuando como ator, pois eles precisavam de um adulto para fazer o tio. Na próxima vez, ao invés do humor, eles prometem investir no terror. Vamos esperar. Enquanto isso, fiquem com Situação de risco:
domingo, janeiro 23, 2011
sábado, janeiro 22, 2011
Liga da Justiça - um mundo melhor
Assisti ontem o episódio Um mundo melhor, da segunda temporada do desenho da Liga da Justiça. Esse desenho se destaca pelos excelentes roteiros, com muita ação, mas também uma excelente caracterização de personagens e até alguma reflexão.
O episódio em questão gira em torno de um fato básico para quem assistiu outros episódios: por que o Superman nunca consegue derrotar definitivamente Lex Luthor. Ele é inteligente e super-poderoso, mas tem um freio ético e legal que o impede de ir além de determinado ponto. Já Luthor não tem freio nenhum, é um homem totalmente amoral.
No episódio, que se passa em uma terra paralela Luthor chega à presidência e cria uma guerra com super-heróis, chegando a matar o Flash. A Liga (que nessa realidade se chama Lordes da Justiça) entra na casa Branca e Luthor está prestes a apertar o botão que aciona uma arma nuclear. Quando o Superman chega para impedi-lo, Luthor diz o que parece óbvio: que ele só adiaria um novo confronto. Pois o ciclo irá iniciar de novo: mais uma vez Luthor será preso, irá escapar, fazer um novo plano, etc. A única maneira de impedir isso seria matá-lo. E é justamente o que o Superman faz.
Três anos depois, o mundo se transformou em uma ditadura, sem crimes, mas sem liberdade de expressão.
A trama realmente começa quando eles descobrem a realidade da Liga e tentam implantar uma ditadura nesse novo mundo.
Segue-se um ótimo episódio, com muita ação, ótima caracterização de personagens e uma lição interessante: Não existe desculpa para romper os limites da legalidade ou da ética. Os resultados sempre serão negativos.
Numa referência história, dá para comparar com a ditadura militar. Quando os militares tomaram o poder, em 1964, eles deixaram de ser os heróis que foram na II Guerra Mundial para se transformarem em vilões. Vale lembrar a famosa frase de Jarbas Passarinho (Ministro da Educação do governo militar) quando da instalação do AI-5, que cassou direitos civis: "Às favas com a ética!".
O episódio em questão gira em torno de um fato básico para quem assistiu outros episódios: por que o Superman nunca consegue derrotar definitivamente Lex Luthor. Ele é inteligente e super-poderoso, mas tem um freio ético e legal que o impede de ir além de determinado ponto. Já Luthor não tem freio nenhum, é um homem totalmente amoral.
No episódio, que se passa em uma terra paralela Luthor chega à presidência e cria uma guerra com super-heróis, chegando a matar o Flash. A Liga (que nessa realidade se chama Lordes da Justiça) entra na casa Branca e Luthor está prestes a apertar o botão que aciona uma arma nuclear. Quando o Superman chega para impedi-lo, Luthor diz o que parece óbvio: que ele só adiaria um novo confronto. Pois o ciclo irá iniciar de novo: mais uma vez Luthor será preso, irá escapar, fazer um novo plano, etc. A única maneira de impedir isso seria matá-lo. E é justamente o que o Superman faz.
Três anos depois, o mundo se transformou em uma ditadura, sem crimes, mas sem liberdade de expressão.
A trama realmente começa quando eles descobrem a realidade da Liga e tentam implantar uma ditadura nesse novo mundo.
Segue-se um ótimo episódio, com muita ação, ótima caracterização de personagens e uma lição interessante: Não existe desculpa para romper os limites da legalidade ou da ética. Os resultados sempre serão negativos.
Numa referência história, dá para comparar com a ditadura militar. Quando os militares tomaram o poder, em 1964, eles deixaram de ser os heróis que foram na II Guerra Mundial para se transformarem em vilões. Vale lembrar a famosa frase de Jarbas Passarinho (Ministro da Educação do governo militar) quando da instalação do AI-5, que cassou direitos civis: "Às favas com a ética!".
quinta-feira, janeiro 20, 2011
Google terá que indenizar mulher chamada de feia em comunidade do Orkut
O Google Brasil terá que indenizar uma usuária do Orkut em R$ 5.100 por danos morais. A internauta diz que foi atacada pela comunidade “Mais feia que (nome da usuária).? Duvido” e pediu ao Google que a página fosse excluída, mas a empresa não retirou a comunidade. A decisão é da 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Leia mais
Comentário: Essa decisão abre uma interessante jurisprudência. Diante da dificuldade de processar usuários que fazem bullying, e da dificuldade de conseguir com provedores informações sobre eles, a estratégia agora poderá se voltar a processar as empresas que não tiram o material ofensivo do ar. Os próximos processos poderão incluir pedidos de informações sobre usuários.
Comentário: Essa decisão abre uma interessante jurisprudência. Diante da dificuldade de processar usuários que fazem bullying, e da dificuldade de conseguir com provedores informações sobre eles, a estratégia agora poderá se voltar a processar as empresas que não tiram o material ofensivo do ar. Os próximos processos poderão incluir pedidos de informações sobre usuários.
Clube do cinema
Depois de voltar da comunidade de Campina Grande, a trupe do Clube de
Cinema organiza mais uma sessão em Macapá. O filme da vez é Cinema ,
aspirinas e urubus, do diretor brasileiro Marcelo Gomes. A dinâmica de
trabalho do Clube de Cinema estimula a formação de público para o
audiovisual de maneira ampla e em especial para produção independente
e nacional. Após a exibição, a curadoria do cineclube apresenta
informações adicionais sobre o filme exibido no que diz respeito a
aspectos técnicos, estéticos e históricos.
Serviço
Clube de Cinema (Auditório do MIS, segundo piso do Teatro das Bacabeiras)
Filme: Cinema, aspirinas e urubus
Data: 22.01
Hora: 18:30
Entrada: Franca
Sinopse:
1942. No meio do sertão nordestino, dois homens se encontram: Johann
(Peter Ketnath), um alemão que fugiu da guerra, e Ranulpho (João
Miguel), um brasileiro que quer escapar da seca que assola a região.
Viajando de povoado em povoado, eles exibem filmes para pessoas que
jamais haviam conhecido o cinema, a fim de vender um remédio
"milagroso". Nesta jornada, os dois aprendem a respeitar as diferenças
e surge entre eles uma amizade incomum, mas que marcará suas vidas
para sempre.
Cinema organiza mais uma sessão em Macapá. O filme da vez é Cinema ,
aspirinas e urubus, do diretor brasileiro Marcelo Gomes. A dinâmica de
trabalho do Clube de Cinema estimula a formação de público para o
audiovisual de maneira ampla e em especial para produção independente
e nacional. Após a exibição, a curadoria do cineclube apresenta
informações adicionais sobre o filme exibido no que diz respeito a
aspectos técnicos, estéticos e históricos.
Serviço
Clube de Cinema (Auditório do MIS, segundo piso do Teatro das Bacabeiras)
Filme: Cinema, aspirinas e urubus
Data: 22.01
Hora: 18:30
Entrada: Franca
Sinopse:
1942. No meio do sertão nordestino, dois homens se encontram: Johann
(Peter Ketnath), um alemão que fugiu da guerra, e Ranulpho (João
Miguel), um brasileiro que quer escapar da seca que assola a região.
Viajando de povoado em povoado, eles exibem filmes para pessoas que
jamais haviam conhecido o cinema, a fim de vender um remédio
"milagroso". Nesta jornada, os dois aprendem a respeitar as diferenças
e surge entre eles uma amizade incomum, mas que marcará suas vidas
para sempre.
quarta-feira, janeiro 19, 2011
A curiosa biblioteca do BBB
Você pode ver um participante do Big Brother Brasil malhando. Você pode acompanhar um BBB se empanturrando de comida ou enchendo a cara de cerveja. Você também pode ouvir os confinados armando intrigas ou, simplesmente, fofocando. O que você dificilmente vai conseguir ver (mesmo com o pay-per-view) é um ‘brother’ ou ‘sister’ dedicando um pouco do seu ócio ao exercício da leitura – será que eles andam lendo debaixo do edredom?
Ainda assim, segundo o perfil dos BBB’s, divulgado no site oficial do reality da Globo, a maioria dos confinados tem um livro de cabeceira. Religião e autoajuda estão no topo da lista – seguidos de perto daqueles que não responderam ou mandaram uma generalidade do tipo: “Todos do Nelson Rodrigues”, como fez Maria. Mas nem só dos poemas de Pedro Bial vive um BBB. Diana, por exemplo, surpreendeu ao escolher Morangos Mofados, de Caio Fernando Abreu, como seu livro preferido. A loirinha de cabelo curto foi mais ousada do que seu colega jornalista, o baiano Lucival, que fez uma escolha confortável, o Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez.
A resposta mais original de todas foi a da modelo Talula. Segundo o perfil da moça, sua obra preferida é… Onde está Wally? Ou Talula, além de linda, tem um senso de humor incrível ou, e essa é uma grande possibilidade, ela é uma legítima BBB. Leia mais
terça-feira, janeiro 18, 2011
Editora especializada em quadrinhos da década de 1930 lança álbuns de luxo
Os traços heroicos e saudosos de Flash Gordon, Príncipe Valente e Fantasma estão voltando às livrarias brasileiras. A obra é da Editorial Kalaco, recém-criada, e responsável por editar não só heróis clássicos como esses, mas também séries cômicas e cartunescas, como as do Recruta Zero e da Betty Boop.
O primeiro lançamento aconteceu no ano passado, com um álbum de luxo de Flash Gordon, reunindo as duas primeiras histórias do famoso aventureiro espacial --"No Planeta Mongo" e "No Reino das Cavernas", originalmente publicadas entre 1934 e 1936. Leia mais
O primeiro lançamento aconteceu no ano passado, com um álbum de luxo de Flash Gordon, reunindo as duas primeiras histórias do famoso aventureiro espacial --"No Planeta Mongo" e "No Reino das Cavernas", originalmente publicadas entre 1934 e 1936. Leia mais
domingo, janeiro 16, 2011
Kick ass
Assistimos Kick ass, filme de Matthew Vaughn baseado na história em quadrinhos de Mark Millar e John Romita Jr. Para quem não conhece, é a história de um nerd que resolve virar super-herói após comprar um uniforme na internet. Acaba se tornando um sucesso quando um vídeo dele enfrentando marginais vai parar no Youtube.
O filme é muito bom. Um dos melhores filmes de super--heróis que já vi e certamente uma das melhores adaptações. Curiosamente, quem acaba se destacando mais não é o protagonista, mas a heroina infantil Hit Girl, interpretada por Chloe Moretz.
Pelo toque de humor, Kick Ass lembra muito outro filme recente, Zumbilândia. Ambos não se levam a sério e funcionam justamente por isso.
sábado, janeiro 15, 2011
Dois artistas para Sandman
Carlos Schwabe foi um artista alemão que, ao se mudar para Paris, filiou-se ao grupo simbolista. Gostava de temas mitológicos, alegóricos e oníricos. Seria um perfeito ilustrador de Sandman.
Aliás, olhando as capas de Sandman, percebemos uma forte influência simbolista. Comparem, por exemplo, com o trabalho de Odilon Redon (abaixo).Aliás, é possível perceber também influências dadaistas e surrealistas e do art-nouveau nas capas feitas por Dave McKean. Um grande artista, sem dúvida.
E, para lembrar, uma bela capa de Sandman.
Aliás, olhando as capas de Sandman, percebemos uma forte influência simbolista. Comparem, por exemplo, com o trabalho de Odilon Redon (abaixo).Aliás, é possível perceber também influências dadaistas e surrealistas e do art-nouveau nas capas feitas por Dave McKean. Um grande artista, sem dúvida.
E, para lembrar, uma bela capa de Sandman.
quarta-feira, janeiro 12, 2011
Banda larga no Amapá e no Maranhão
A Telebrás divulgou a lista das 100 cidades que serão contempladas pelo Programa Nacional de Banda Larga. A ideia é oferecer internet com velocidade mínima de 500 kbps com valores entre R$ 15 e R$ 35. O curioso é que serão contempladas QUATRO cidades no Maranhão NENHUMA no Amapá.
Obrigado, José Sarney... sempre usando sua influência a favor... do Maranhão...
Obrigado, José Sarney... sempre usando sua influência a favor... do Maranhão...
terça-feira, janeiro 11, 2011
MSP abre vagas para roteiristas
O estúdio Maurício de Sousa Produções abriu vaga para roteiristas. Para maiores informações, clique aqui.
Concurso FC do B
A hora do vampiro
Li A hora do vampiro, de Stephen King.
O livro é de 1975 e foi lançado na sequência de Carrie. Mostra um King em plena forma: na pequena cidade de Salem´s Lot, uma antiga mansão, na qual um homem se matou e matou a esposa, volta a ser ocupada. Desde o começo, o leitor advinha que os novos moradores são vampiros, mas na primeira metade da obra, o que mais interessa são os ótimos personagens (entre eles o protagonista, um escritor que volta para a cidade natal) e a ambientação. King cria uma cidade tão realista que, quando surge o terror,você fica pensando: Será que os heróis serão presos por homicídio após cravarem a estaca no coração do vampiro? Quem leu a história sobre vampiros escrita por Alan Moore para o Monstro do Pântano vai lembrar imediatamente dessa HQ ao ler A hora do vampiro. Moore nitidamente se inspirou em King ao estabalecer a ideia de uma cidade habitada por vampiros.
A hora do vampiro também é interessante por antecipar o King da escrita automática, solta, que veríamos em Saco de ossos, por exemplo.
A garotada que hoje curte Crepúsculo deveria ler King para saber o que realmente é trabalhar com vampiros.
Como não poderia deixar de ser, A hora do vampiro virou filme e fez tanto sucesso que surgiram vários outros títulos semelhantes em português. Quando a Sampa resolveu fazer uma copilação de histórias minhas e do Bené, eles a chamaram de A hora do Crepúsculo. Abaixo, o trailer do filme. Reparem na cena em que aparece o vampiro: é o Nosferatu.
O livro é de 1975 e foi lançado na sequência de Carrie. Mostra um King em plena forma: na pequena cidade de Salem´s Lot, uma antiga mansão, na qual um homem se matou e matou a esposa, volta a ser ocupada. Desde o começo, o leitor advinha que os novos moradores são vampiros, mas na primeira metade da obra, o que mais interessa são os ótimos personagens (entre eles o protagonista, um escritor que volta para a cidade natal) e a ambientação. King cria uma cidade tão realista que, quando surge o terror,você fica pensando: Será que os heróis serão presos por homicídio após cravarem a estaca no coração do vampiro? Quem leu a história sobre vampiros escrita por Alan Moore para o Monstro do Pântano vai lembrar imediatamente dessa HQ ao ler A hora do vampiro. Moore nitidamente se inspirou em King ao estabalecer a ideia de uma cidade habitada por vampiros.
A hora do vampiro também é interessante por antecipar o King da escrita automática, solta, que veríamos em Saco de ossos, por exemplo.
A garotada que hoje curte Crepúsculo deveria ler King para saber o que realmente é trabalhar com vampiros.
Como não poderia deixar de ser, A hora do vampiro virou filme e fez tanto sucesso que surgiram vários outros títulos semelhantes em português. Quando a Sampa resolveu fazer uma copilação de histórias minhas e do Bené, eles a chamaram de A hora do Crepúsculo. Abaixo, o trailer do filme. Reparem na cena em que aparece o vampiro: é o Nosferatu.
terça-feira, janeiro 04, 2011
A geração que salvou Hollywood
No final da década de 1960, Hollywood vivia o seu pior momento. Poucos filmes faziam sucesso, muitos estúdios estavam em vias de fechar e o sistema que perdurou durante décadas se revelava um beco sem saída. A venda de ingressos, que em 1946 era de 78,2 milhões de dólares por semana, caíra para 15,8 milhões e estava ladeira abaixo.
Esse sistema permitia, por exemplo, a existência de um diretor quase cego, como Norman Taroug, de Canções e Confusões, com Elvis Presley. Os diretores eram funcionários de luxo que estava no setapenas para garantir que os atores ficassem nos lugares certos quando a câmera começasse a filmar. A maioria dos diretores não podia nem entrar na sala de projeção para ver o corte final.
Era também uma situação que dificultava a inovação. Só dirigia um filme quem já tivesse dirigido um filme. A média de idade nas equipes técnicas era de 60 anos.
Foi justamente nesse período que um grupo de diretores jovens, a maioria amigos, revolucionou a indústria de cinema, com equipamentos novos, mais leves, e a vontade de fazer as coisas de maneira totalmente diferente.
É a história desses revolucionários que Peter Biskind conta no livro Como a geração sexo, drogas e rock'n'roll salvou Hollywood (Intrínseca, 2009, 520 págs.). Biskind é editor-executivo da revista Premiere e editor-chefe da American Film, sendo um famoso crítico de cinema.
O autor conta a história dos filmes, diretores, roteiristas, produtores e atores que formaram a chamada Nova Hollywood usando uma narrativa deliciosa, que vai pulando de um personagem para outro, conforme eles se encontram. Embora vivessem uma guerra de egos, a maioria desses astros eram amigos, ou tão amigos quanto Hollywood permite. Spielberg, Scorsese e Coppola frequentavam as festas na casa de Brian De Palma. George Lucas servia comida nas recepções na casa de Copolla e tinha com ele uma relação pai-filho, inclusive nos seus conflitos...
David Newman, analisando o sucesso de Bonnie e Clyde, filme roteirizado por ele, diz que os personagens foram mortos não porque roubavam bancos ("Ninguém gostava da porra dos bancos"), mas por serem revolucionários estéticos. E provavelmente por colocarem na tela o conflito de gerações que caracterizou toda a década de 1970 e todo o cinema do período.
A mudança estética proposta por Bonnie e Clyde não ficou apenas nas películas, mas em todos os aspectos. Na nova Hollywood, executivos, diretores e produtores trocavam ternos e gravatas por calças boca de sino, colares, cabelos compridos, barba e sandálias. Também mergulhavam nas drogas ― qualquer droga que estivesse na moda, até gás do riso.
Bert Schneider e Bob Rafelson são exemplos disso. Donos da BBS, a mais importante produtora do período, eles pareciam ter caído de outro planeta, mesmo estando ligados à Colúmbia, o mais conservador dos estúdios. Na BBS, as secretárias passavam a maior parte do tempo enrolando baseados para os visitantes.
Poucos filmes sintetizaram, tanto no resultado final quanto na produção, o melhor e o pior da década quanto Sem Destino, de Dennis Hopper.
Hopper era um bad boy odiado pelos estúdios. Costumava ir às festas e, quando via um produtor, o ameaçava perguntando por que não estava dirigindo nenhum filme. Era violento (batia na mulher) e vivia à base de drogas e álcool. Mesmo assim, o ator Peter Fonda o chamou quando teve a ideia de fazer um filme sobre motoqueiros que atravessam o país depois de conseguirem muito dinheiro vendendo cocaína.
Como ninguém queria patrocinar, eles procuraram a BBS, que na época se chamava Raybert. "Esse cara é louco pra caralho, mas eu acredito totalmente nele, e acho que faria um filme brilhante para nós", disse Peter.
Os produtores deram 40 mil dólares de teste para que a dupla filmasse o carnaval de Nova Orleans. A reunião da equipe reuniu um monte de gente cabeluda, todos sentados no chão. Eles não tinham iluminador. Uma garota que não tinha nenhuma experiência na área se ofereceu. "Você quer fazer isso mesmo? Tô curtindo! Você vai iluminar o filme!", responde Hopper, sem se preocupar com o fato de que o iluminador é um dos técnicos mais importantes da equipe.
Eles não tinham roteiro e ninguém sabia exatamente o que filmar, só sabiam que se tratava de uma viagem de ácido. O diretor mantinha consigo sempre duas armas de fogo e gostava de gritar com a equipe, lembrando que o filme era dele. Numa cena no cemitério, Dennis insistiu para que Peter Fonda subisse no colo de Nossa Senhora e falasse sobre o seu relacionamento com a mãe, que havia se suicidado há pouco tempo. Fonda aceitou, mas nunca mais perdoou o diretor e a partir daí virou praticamente um inimigo público do mesmo.
Esse sistema permitia, por exemplo, a existência de um diretor quase cego, como Norman Taroug, de Canções e Confusões, com Elvis Presley. Os diretores eram funcionários de luxo que estava no setapenas para garantir que os atores ficassem nos lugares certos quando a câmera começasse a filmar. A maioria dos diretores não podia nem entrar na sala de projeção para ver o corte final.
Era também uma situação que dificultava a inovação. Só dirigia um filme quem já tivesse dirigido um filme. A média de idade nas equipes técnicas era de 60 anos.
Foi justamente nesse período que um grupo de diretores jovens, a maioria amigos, revolucionou a indústria de cinema, com equipamentos novos, mais leves, e a vontade de fazer as coisas de maneira totalmente diferente.
É a história desses revolucionários que Peter Biskind conta no livro Como a geração sexo, drogas e rock'n'roll salvou Hollywood (Intrínseca, 2009, 520 págs.). Biskind é editor-executivo da revista Premiere e editor-chefe da American Film, sendo um famoso crítico de cinema.
O autor conta a história dos filmes, diretores, roteiristas, produtores e atores que formaram a chamada Nova Hollywood usando uma narrativa deliciosa, que vai pulando de um personagem para outro, conforme eles se encontram. Embora vivessem uma guerra de egos, a maioria desses astros eram amigos, ou tão amigos quanto Hollywood permite. Spielberg, Scorsese e Coppola frequentavam as festas na casa de Brian De Palma. George Lucas servia comida nas recepções na casa de Copolla e tinha com ele uma relação pai-filho, inclusive nos seus conflitos...
David Newman, analisando o sucesso de Bonnie e Clyde, filme roteirizado por ele, diz que os personagens foram mortos não porque roubavam bancos ("Ninguém gostava da porra dos bancos"), mas por serem revolucionários estéticos. E provavelmente por colocarem na tela o conflito de gerações que caracterizou toda a década de 1970 e todo o cinema do período.
A mudança estética proposta por Bonnie e Clyde não ficou apenas nas películas, mas em todos os aspectos. Na nova Hollywood, executivos, diretores e produtores trocavam ternos e gravatas por calças boca de sino, colares, cabelos compridos, barba e sandálias. Também mergulhavam nas drogas ― qualquer droga que estivesse na moda, até gás do riso.
Bert Schneider e Bob Rafelson são exemplos disso. Donos da BBS, a mais importante produtora do período, eles pareciam ter caído de outro planeta, mesmo estando ligados à Colúmbia, o mais conservador dos estúdios. Na BBS, as secretárias passavam a maior parte do tempo enrolando baseados para os visitantes.
Poucos filmes sintetizaram, tanto no resultado final quanto na produção, o melhor e o pior da década quanto Sem Destino, de Dennis Hopper.
Hopper era um bad boy odiado pelos estúdios. Costumava ir às festas e, quando via um produtor, o ameaçava perguntando por que não estava dirigindo nenhum filme. Era violento (batia na mulher) e vivia à base de drogas e álcool. Mesmo assim, o ator Peter Fonda o chamou quando teve a ideia de fazer um filme sobre motoqueiros que atravessam o país depois de conseguirem muito dinheiro vendendo cocaína.
Como ninguém queria patrocinar, eles procuraram a BBS, que na época se chamava Raybert. "Esse cara é louco pra caralho, mas eu acredito totalmente nele, e acho que faria um filme brilhante para nós", disse Peter.
Os produtores deram 40 mil dólares de teste para que a dupla filmasse o carnaval de Nova Orleans. A reunião da equipe reuniu um monte de gente cabeluda, todos sentados no chão. Eles não tinham iluminador. Uma garota que não tinha nenhuma experiência na área se ofereceu. "Você quer fazer isso mesmo? Tô curtindo! Você vai iluminar o filme!", responde Hopper, sem se preocupar com o fato de que o iluminador é um dos técnicos mais importantes da equipe.
Eles não tinham roteiro e ninguém sabia exatamente o que filmar, só sabiam que se tratava de uma viagem de ácido. O diretor mantinha consigo sempre duas armas de fogo e gostava de gritar com a equipe, lembrando que o filme era dele. Numa cena no cemitério, Dennis insistiu para que Peter Fonda subisse no colo de Nossa Senhora e falasse sobre o seu relacionamento com a mãe, que havia se suicidado há pouco tempo. Fonda aceitou, mas nunca mais perdoou o diretor e a partir daí virou praticamente um inimigo público do mesmo.
Além de diretor, Dennis fazia Billy e Peter fazia o Capitão América. O terceiro papel, de um advogado que se junta à dupla, deveria ser interpretado por Rip Torn, mas depois de uma briga com o diretor em que os dois quase se mataram, acabou sendo substituído por Jack Nicholson, no seu primeiro papel importante. Em meio a brigas pela autoria do roteiro e muita droga, as filmagens acabaram sendo feitas, mas o filme não ficava pronto. Dennis Hopper era um péssimo montador e não conseguia diminuir para menos de 4 horas. Tiveram que pagar-lhe uma passagem de férias para Laos. Quando voltou, ficou furioso ao descobrir que tinham diminuído seu filme para uma duração normal ("Você arruinou meu filme! Você transformou meu filme num programa de TV!", gritou ele), mas não matou ninguém, de modo que Sem Destinoestava finalmente pronto para as salas de cinema.
Mesmo assim, a Colúmbia não queria lançá-lo. Só depois do sucesso no festival de Cannes o estúdio resolveu colocá-lo no circuito. Foi um sucesso estrondoso. O filme custou apenas 501 mil dólares e faturou 19 milhões.
Os donos de estúdios ficaram estarrecidos com a possibilidade de fazer filmes baratos que iriam faturar alto. Qualquer um que aparecesse com uma ideia diferente ganhava a possibilidade de realizar o seu projeto. Se alguém aparecesse querendo fazer um filme sem imagens, eles provavelmente aceitariam.
Foi esse esquema que permitiu o surgimento de nomes como Francis Ford Coppola, William Friedklin, George Lucas, Bob Rafelson, Martin Scorsese, Hal Ashby, Robert Altman, Brian De Palma e Peter Bogdanovich e criou um sonho que duraria quase uma década antes de ser soterrado pela cocaína e pelos orçamentos descontrolados, já que os diretores, longe da ditadura dos produtores, gastavam até não poder mais e chegavam a se dar o luxo de passar o dia se drogando enquanto toda a equipe esperava para filmar ou mandar vir comida da Itália num jatinho enquanto filmavam na selva.
É essa história que Peter Biskind conta com maestria em Como a geração sexo, drogas e rock'n'roll salvou Hollywood, provavelmente um dos melhores livros sobre o cinema norte-americano e seus bastidores.
Mesmo assim, a Colúmbia não queria lançá-lo. Só depois do sucesso no festival de Cannes o estúdio resolveu colocá-lo no circuito. Foi um sucesso estrondoso. O filme custou apenas 501 mil dólares e faturou 19 milhões.
Os donos de estúdios ficaram estarrecidos com a possibilidade de fazer filmes baratos que iriam faturar alto. Qualquer um que aparecesse com uma ideia diferente ganhava a possibilidade de realizar o seu projeto. Se alguém aparecesse querendo fazer um filme sem imagens, eles provavelmente aceitariam.
Foi esse esquema que permitiu o surgimento de nomes como Francis Ford Coppola, William Friedklin, George Lucas, Bob Rafelson, Martin Scorsese, Hal Ashby, Robert Altman, Brian De Palma e Peter Bogdanovich e criou um sonho que duraria quase uma década antes de ser soterrado pela cocaína e pelos orçamentos descontrolados, já que os diretores, longe da ditadura dos produtores, gastavam até não poder mais e chegavam a se dar o luxo de passar o dia se drogando enquanto toda a equipe esperava para filmar ou mandar vir comida da Itália num jatinho enquanto filmavam na selva.
É essa história que Peter Biskind conta com maestria em Como a geração sexo, drogas e rock'n'roll salvou Hollywood, provavelmente um dos melhores livros sobre o cinema norte-americano e seus bastidores.
Texto originalmente publicado no Digestivo Cultural.
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