Até o início do século XIX o natal era uma data pouco comemorada e muitas vezes proibida por ser considerada não-cristã. Tudo mudou em 1843, quando Charles Dickens escreveu seu pequeno conto de natal sobre um homem rico e avaro que é visitado por fantasmas.
É sobre esse livro que se debruça Les Standiford no volume O homem que inventou o Natal.
O autor entremeia a biografia do autor (da infância miserável ao sucesso, passando pela decadência nas vendas, da qual seria salvo exatamente pelo Conto de Natal) ao processo de criação da história, passando pela ideologia de Dickens, segundo o qual a ignorância e a miséria eram males a serem combatidos (e seu conto seria uma arma importante nessa guerra).
Algo a se destacar é que o pequeno livro de Dickens (que dificilmente daria mais de 100 páginas) gerou uma obra de quase 200 páginas, o que mostra o quanto era rico o texto original.
Standiford faz um bom histórico do natal antes de Dickens e uma boa análise de como o conto influenciou a visão que hoje temos dessa data, com quase todos os elementos presentes na obra do autor inglês (exceto a troca de presentes, aspecto comercial que não se encaixava na proposta de Dickens).
A prosa é fluída mesmo quando o autor se dedica a analisar literariamente o texto de Dickens.
Talvez o aspecto mais fraco seja a parte referente às adaptações. São referenciadas apenas as adaptações diretas e o autor simplesmente ignora duas adaptações de grande sucesso. A primeira, delas, o Tio Patinhas (cujo nome original, Uncle Scrooge, é uma referência direta ao protagonista do conto de natal). A segunda, o filme Do mundo nada se leva, de Frank Kapra, talvez o mais famoso filme de natal de todos os tempos, diretamente retirado do livro seguinte de Dickens sobre o tema, Os Carrilhões.
É sobre esse livro que se debruça Les Standiford no volume O homem que inventou o Natal.
O autor entremeia a biografia do autor (da infância miserável ao sucesso, passando pela decadência nas vendas, da qual seria salvo exatamente pelo Conto de Natal) ao processo de criação da história, passando pela ideologia de Dickens, segundo o qual a ignorância e a miséria eram males a serem combatidos (e seu conto seria uma arma importante nessa guerra).
Algo a se destacar é que o pequeno livro de Dickens (que dificilmente daria mais de 100 páginas) gerou uma obra de quase 200 páginas, o que mostra o quanto era rico o texto original.
Standiford faz um bom histórico do natal antes de Dickens e uma boa análise de como o conto influenciou a visão que hoje temos dessa data, com quase todos os elementos presentes na obra do autor inglês (exceto a troca de presentes, aspecto comercial que não se encaixava na proposta de Dickens).
A prosa é fluída mesmo quando o autor se dedica a analisar literariamente o texto de Dickens.
Talvez o aspecto mais fraco seja a parte referente às adaptações. São referenciadas apenas as adaptações diretas e o autor simplesmente ignora duas adaptações de grande sucesso. A primeira, delas, o Tio Patinhas (cujo nome original, Uncle Scrooge, é uma referência direta ao protagonista do conto de natal). A segunda, o filme Do mundo nada se leva, de Frank Kapra, talvez o mais famoso filme de natal de todos os tempos, diretamente retirado do livro seguinte de Dickens sobre o tema, Os Carrilhões.