As lendas de vampiros são muito
antigas e aparecem em diversos povos. Muitas delas estão associadas ao beijo.
Acreditava-se que, através do beijo, era possível roubar a vida de uma pessoa.
Alguns povos africanos acreditavam que
o beijo era um ato diabólico e que a pessoa beijada teria sua alma absorvida.
Entre os astecas, o beijo simbolizava
a oferta ritual de uma pessoa que seria sacrificada aos deuses.
Em muitas culturas, o sangue simboliza
a vida, a paixão, o poder e a força. A cor vermelha é historicamente associada
tanto ao perigo quanto ao sexo. Na época da ditadura e da censura, as revistas
masculinas podiam mostrar muito pouco, os fotógrafos estouravam a cor vermelha
para dar mais sensualidade às fotos. A relação com o perigo ficou claro numa
campanha contra a violência no trânsito que mostrava um sinal de trânsito
vermelho se transformar numa bolsa de sangue.
Assim, o ato do vampirismo é uma troca
de fluídos, como o sexo, e como no sexo, o líquido trocado é ligado à vida.
Mas, por outro lado, é também associado ao medo. É possível que o fascínio dos
vampiros esteja justamente na associação de vida e morte, sexo e horror. Eros
(deus grego do amor e do erotismo) e Thanatos (encarnação grega da morte),
representam justamente essas duas facetas da realidade que parecem se unir no
mito vampiresco.
Assim, o mito do vampiro fala sobre
verdades universais que são igualmente tabus e com as quais os adolescentes
precisam lidar, embora muitas vezes não possa lidar diretamente com elas.
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