Edgar
Allan Poe é um dos mais importantes escritores norte-americanos e considerado
pai não só dos relatos de terror, mas principalmente das narrativas policiais.
Seu poema O Corvo é considerado um dos mais importantes da literatura
norte-americana. Além de ter influenciado decididamente gêneros populares, como
a ficção-científica, o terror e o policial, Poe também influenciou grandes
escritores, como o argentino Jorge Luís Borges.
Poe
nasceu em 19 de janeiro de 1809. Era filho de atores de teatro. O pai abandonou
a família e a mãe morreu de tuberculose. O rapaz foi, então, adotado por John
Allan, próspero comerciante da cidade de Richmond.
Quando
era adolescente, Edgar apaixonou-se pela mãe de um amigo. A paixão era
correspondida, mas impossível na sociedade puritana da época. A mulher acabou
se matando. Esse fato marcou definitivamente os textos do autor, que sempre
tinham algo de mórbida paixão.
Poe
tentou a carreira militar, mas foi expulso por indisciplina e passou se dedicar
exclusivamente à literatura. A publicação de seu poema O Corvo o transformou em
astro literário. Posteriormente, ele escreveu uma análise do processo de
criação de seu próprio poema, inaugurando a crítica literária nos EUA.
O
escritor chocou o país ao se casar com a prima Virgínia, de apenas 13 anos, que
morreu jovem.
Essa
sucessão de fatos tristes fez de Poe o maior representante do romantismo mal do
século, especialmente nos seus contos de terror.
Poe
criou um tipo de terror em que nada de realmente terrível parecia acontecer,
senão no interior dos personagens. Nos seus contos não havia monstros ou
demônios, exceto os do espírito, como na história O demônio da perversidade.
Nesse, um homem comete um crime perfeito. Só uma coisa poderia delatá-lo: o
impulso incontrolável de gritar aos quatro ventos a própria culpa.
Os
personagens de Poe eram perturbados e românticos como ele mesmo: gente
apaixonada e impulsionada por seus delírios depressivos.
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