O Gralha é o personagem símbolo de Curitiba.
Criado por mim e mais 8 artistas em 1997, ele se tornou bastante popular na
capital paranaense a ponto de até mesmo que não curte quadrinhos conhece-lo. E
tem toda a história do Capitão Gralha, que seria o personagem original e avô do
herói.
Além de ter sido publicado por mais de um ano no
jornal Gazeta do Povo, o Gralha ganhou três álbuns. O herói, o pinhão, o louco
e a morte é o terceiro.
Neste eu colaborei com o roteiro de duas
histórias. O que acho interessante no personagem é seu ecletismo. É um herói
que você pode usar para histórias mais densas, mais de aventura, mais
cotidianas ou até histórias de humor.
Na HQ Encontros e desencontros eu explorei o lado
pouco convencional do personagem: ele vai fazer compras em um supermercado e
encontra o vilão Bagre humano também fazendo compras. Começa um diálogo aparentemente
pueril, mas recheado de suspeitas e sentidos ocultos (o vilão estaria apenas
fazendo compras ou planejando um assalto ou um atentando?). O tom aí é de
humor, acentuado pelo divertido traço de Paulo Gerloff.
Ainda nessa edição colaboro com a história final,
Dias Duvidosos, que introduz na cronologia do Gralha o grande vilão do Capitão
Gralha, o Doutor Destruição. A história começa metalinguística, com o herói
lendo um gibi com as aventuras do avô. Uma curiosidade: o que é mostrado no
gibi é a parte final da trama que aparece no livro Francisco Iwerten, a
biografia de uma lenda, mas na forma de radionovela. Sim, o Gralha é um
personagem intertextual e transmídia! Os desenhos de Edson Kohatsu, que
consegue ir do vintage ao contemporâneo, dão todo o charme da história.
O álbum está à venda na loja da Quadrinhópole: https://quadrinhopole.com/loja/
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