sexta-feira, março 11, 2022

Fundo do baú - A turma do Charlie Brown

 


Em 1950, Charles Schulz criou, para a United Feature Syndicate uma tira sobre um garoto e um cachorro. Tiras sobre crianças não eram novidades nos jornais, mas o diferencial de Peanuts era o conteúdo psicológico das histórias. Charlie Brown, o protagonista, era fracassado e inseguro, o que gerou grande identificação com os leitores.

O sucesso das tiras foi tão grande que em 1965 a tira transformou-se em um especial de natal dirigido por Bill Meléndez. A recepção foi estrondosa, levando o produtor Lee Mendelson a transformar os personagens numa série animada que marcou gerações.

A animação unia fidelidade às tiras de Schulz com uma direção inspirada e uma trilha sonora de jazz marcante.

As histórias giravam, quase sempre, no fracasso de Charlie Brown – com ocasionais interlúdios cômicos de Snoopy. Em um dos episódios, Charlie Brown ganhava como prêmio um corte de cabelo – e ele é careca, e seu pai é barbeiro. Em outro, ele dançava no baile com a menina ruiva, sua eterna paixão, mas depois não conseguia se lembrar de nada.

Animações continuaram sendo feitas ao longo das décadas. Em uma das mais recentes, “A felicidade é um cobertor quentinho”, Linus é pressionado por Lucy a abandonar sua dependência do cobertor. À certa altura, Linus diz para os outros personagens: “Vocês querem que eu seja um fracassado? Querem que eu seja uma pessoa triste? Querem que eu seja um Charlie Brown?”.

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