No
número 82 da série Perry Rhodan o administrador do império solar (eu nunca entendi
porque é império, mas quem governa é um administrador, e não um imperador, mas
tudo bem) está de volta e as coisas começam a entrar nos eixos.
Mas
o perigo do computador regente de Árcon e dos druufs continua, pois ambas as
forças são capazes de exterminar a Terra. Assim, Rhodan elabora um plano para
forçar esses dois gigantes estelares e guerrearem entre si, rompendo a guerra
fria que se estabeleceu na fronteira entre as dimensões.
Para
isso que isso aconteça, uma artimanha se estabelece. Os terranos fingem que o coronel Tiff desertou com mais 14 homens. Seu
objetivo é ir para a dimensão temporal dos druufs e convencê-los a atacar a
frota arcônida.
A
parte inicial do livro é toda uma tentativa de simular um sequestro de Tiff
totalmente desnecessária, que parece ter o único objetivo de incluir um pouco
de ação no início modorrento.
Além
disso, Rhodan avisa o computador regente sobre os desertores, o que coloca boa
parte da frota arcônida em busca da nave que pode revelar a localização da
Terra, o que não parece muito inteligente e quase acaba provocando uma tragédia
(na verdade, provoca).
Além
disso, o plano dá certo apenas por um acaso que não fazia parte do plano
original e mesmo assim não provoca uma diminuição nas frotas dos inimigos a
ponto dos terranos poderem enfrentá-los. Há um fator lá no final do livro, meio
aleatório, que acaba fazendo toda essa aventura valer a pena, mas até ali
fiquei me perguntando se esse livro era realmente relevante para a série.
Kurt
Mahr escreve uma boa história de ação e de batalhas espaciais, embora provavavelmente
não tão boa quando o faria K. H. Scheer, que serviu na II em um submarino alemão,
o que provavelmente contribuiu para que ele se tornasse um especialista em
relatos de guerras entre naves.
Há
uma pequena sequência do livro que mostra uma preocupação de Mahr em dar mais
contextos para o livro. Ela é focado no responsável pela limpeza em uma nave
arcônida: “Panjel Dreeb era um homem de Iriam. Pelos padrões da Terra, teria um
metro e meio de altura, cabeleira densa e cabeça ovalada (...) Os serviços que
Panjel executava eram muito humildes –
tinha de apanhar o lixo miúdo e jogá-lo no conversor. Era um trabalho para cuja
execução seria antieconômico o uso de um robô. E um homem como Panjel parecia
nascido para essa função”.
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