Quando o roteirista Reginald Hudlin contou aos amigos que ia escrever a revista do Pantera Negra, eles perguntaram: Quem? Isso o levou a escrever uma história que não só apresenta o personagem, mas também o reino de Wakanda e mas também criou as principais bases do que viria a ser o filme de enorme sucesso de 2018. Essa história, reunida no volume 38 da coleção de graphic novels Marvel chamou-se “Quem é o Pantera Negra?”.
Hudlin avança muito além do que até então tinha sido feito, remontando ao passado longíncuo de Wakanda, mais precisamente no século V, quando uma tribo rival tenta invadir o local e seus guerreiros são dizimados pelo sistema de defesa incluindo balestras gigantes. Depois, no século XIX, um grupo de aventureiros belgas tenta invadir o local com metralhadoras e é igualmente repelido.
A história pula para o presente, quando o rei de Wakanda está enfrentando adversários em uma disputa pela coroa enquanto dois grupos planejam invadir o país: de um lado vilões, chefiados pelo Garra Sônica, e do outro os americanos interessados nas riquezas naturais do país.
A história não só amplia em muito a mitologia do personagem, acrescentando informações (como a de que o Garra Sônica é descendente do belga que foi morto tentando invadir Wakanda no século XIX). E faz isso com muita ação e uma trama envolvente e empolgante. Além disso, acrescenta uma viva crítica social sobre como os países de primeiro mundo sempre viram a África como um quintal do qual poderiam retirar o que quisessem.
Os desenhos ficam por conta de John Romita Jr. Ele é adorado por muitos e odiado por outros (no geral eu gosto muito). Mas mesmo quem odeia dificilmente diria que ele não foi uma boa escolha. Fortemente influenciado por Jack Kirby, ele traz de volta toda a grandiosidade de Wakanda e cria um visual que seria a principal influencia para o design do filme.
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