segunda-feira, junho 30, 2008
Já vi gente dizendo que, ao invés de se preocupar com as casas noturnas, os policiais deveriam se preocupar com a violência. Acontece que uma coisa está diretamente relacionada com a outra. Todas as cidades que conseguiram diminuir sua criminalidade reduziram o horário de funcionamento de bares e boates. Exemplos: Diadema, Nova York e Bogotá.
Bogotá era uma das cidades mais violentas do mundo. Hoje tem um nível de criminalidade baixíssimo. Uma das coisas que as autoridades de Bogotá descobriram é que os policiais perdiam a maior parte do seu tempo atendendo ocorrências nesses estabelecimentos. Eram clientes que não pagavam, brigas de bar... Com as casas noturnas fechando mais cedo, o policiamente podia se concentrar em evitar os assaltos.
Parabéns à polícia civil e ao delegado Ericlaudio pela iniciativa.
Wall-E
domingo, junho 29, 2008
Um novo olhar sobre o gato
Dinheiro no lixo
História dos quadrinhos
Em 1963, a Marvel vivia o auge da criatividade. Personagens como Homem-aranha, Thor, Hulk e Quarteto Fantástico revolucionavam os quadrinhos de super-heróis. Foi nesse ano que surgiu um dos personagens mais políticos da editora: o Homem de ferro.
Stan Lee queria fazer um personagem que fosse bilionário e inteligente, um ricaço (talvez em oposição ao pé-rapado Homem-aranha). Mas, como sempre acontecia com os personagens da Marvel, este precisava ter um ponto fraco, um pé de barro. O Demolidor, por exemplo, era cego. Que problema tornaria esse novo personagem frágil? ¨E se o nosso herói tivesse uma falha no coração? E se esse problema o obrigasse a usar um dispositivo metálico para se manter vivo? Ora, esse dispositivo poderia ser o elemento básico numa armadura capaz de lhe dar poderes, e, ao mesmo tempo, esconder sua identidade¨, pensou Stan Lee.
O personagem surgiu em plena guerra do Vietnã e foi usado como propaganda patriótica.
Assim, o herói é Tony Stark, um homem que fabrica armas para o exército norte-americano. Em um de suas visitas ao campo de batalha, ele é atingido por estilhaços de granadas e feito prisioneiro pelos vietcongs. O famigerado general comunista Wong Chu o obriga a construir uma arma para derrotar os exércitos da democracia, mas Stark usa o tempo para construir para si uma armadura capaz de mantê-lo vivo e derrotar as tropas comunistas.
Essa história foi publicada na revista Tales of Suspense 39, com grande sucesso (o que fez com que o personagem ganhasse um desenho animado). Posteriormente o herói metálico iria dividir a revista com o Capitão América, reformulado por Stan Lee e Jack Kirby.
Embora o uniforme do personagem tenha mudado muito desde aquela primeira aventura, alguns elementos se mantiveram inalterados: o problema de coração e o poder que se esvai quando a energia acaba, obrigando o herói a parar para recarregar... só o fator político que foi esquecido quando a guerra do Vietnã se tornou impopular entre os norte-americanos. Anos depois, escrevendo sobre o herói, Stan Lee fez um meã culpa: ¨Este conto foi escrito em 1963 e, nessa época, nós acreditávamos que o conflito naquela terra sofrida era uma simples questão de confronto entre o bem e o mal. De lá para cá, todos nós crescemos um pouco e, até hoje, estamos tentando nos livrar do trágico envolvimento com a Indochina¨.
sábado, junho 28, 2008
sexta-feira, junho 27, 2008
Cola
Existe uma espécie de guerra não declarada entre professores e alunos: os alunos estão sempre procurando maneiras mais eficientes de colar e os professores estão sempre bolando uma forma de acabar com a graça dos estudantes.
Quando eu era mais jovem, tinha um colega de cabelo black power que era particularmente útil nos dias de avaliação. Ele transformava o assunto em pequenos rolinhos de papel e enfiava na cabeleira. Na hora da prova, era só tirar o papel e fazer uma breve consulta. Como os rolinhos sempre voltavam para a cabeleira e ele nunca lavava a cabeça, o cabelo daquele rapaz era uma verdadeira enciclopédia de assuntos escolares.
Uma forma óbvia de colar é colocar as anotações debaixo da prova. Mas é também a mais perigosa. Uma vez percebi que uma aluna estava usando esse estratagema e me postei ao lado dela, esperando o descuido. O descuido não veio, mas também ela não fez mais nada. Ficou suando e olhando o tempo todo por cima dos ombros, coitada. Tive vontade de dizer: “Ei, pode usar essa cola!”, mas o instinto sádico falou mais alto.
Tem aquela de colocar a cola no meio das pernas, uma situação particularmente constrangedora. Dois professores estavam passando uma prova quando um perguntou ao outro: “Você viu a cola no meio das pernas daquela aluna?”. E o outro: “Mudou de nome?”.
Mas a minha lembrança predileta de colas aconteceu quando passei uma prova em uma turma famosa por usar colas. Elaborei quatro tipos de provas, mas fiz marcação cerrada, andando entre os alunos, para que eles não desconfiassem. No final, quando só havia uma aluna na sala, os outros acharam que todos já tinham terminado e entraram perguntando:
- Professor, tinha mais um tipo de prova?
Ao que eu respondi:
- Tinha quatro!.
A aluna que ainda fazia a prova levou as mãos à cabeça e gritou:
- Mais de um tipo? Ai meu Deus, estou ferrada!
quarta-feira, junho 25, 2008
O nome da águia
terça-feira, junho 24, 2008
Guerrilha matadora
segunda-feira, junho 23, 2008
Um dos primeiros problemas para se construir a história são os personagens. Toda HQ precisa de personagens, mesmo que sejam um gato, um dinossauro ou uma pedra rolando por um despenhadeiro.
A construção de personagens tem sido tema de teóricos teatrais, cinematográficos, etc... sem que se chegue a uma conclusão decisiva. De modo que não pretendo dar a última palavra sobre o assunto. Longe de mim. Mas posso dar alguma dicas.
A primeira delas é aprender a observar as pessoas. Da mesma forma que um desenhista precisa precisa ver um anão para desenhar um anão, um roteirista precisa conhecer e entender um neurótico para poder escrever sobre um personagem neurótico.
Há um exercício muito útil : observar as pessoas no ônibus. Escolha uma pessoa e comece a observá-la, dando uma de Sherlock Holmes. Através da aparência externa, tente descobrir quem é aquela pessoa, como ela pensa, de onde vem...
Por exemplo, se, de noite, você encontra no ônibus uma garota muito bem vestida, é provável que ela esteja indo para uma festa. Se ela estiver levando cadernos ou uma bolsa grande, essa teoria estará furada, pois pessoas normais não costumam levar cadernos para festas. Pelo tipo de roupa é possível imaginar para que festa ela está indo. Se ela olhar insistentemente no relógio, é provável que a tal festa signifique muito para ela. É provável que nessa festa esteja alguém importante. Um ex-namorado do qual ela ainda gosta, por exemplo. Ela sabe que a festa será uma grande chance para a reconciliação e por isso se sente ansiosa...
Você pode compor todo um perfil psicológico baseado nessas especulações. Essa garota poderá ficar numa espécie de "arquivo mental" para ser usada posteriormente em uma história.
Outra grande dica é pesquisar livros de linguagem corporal. Na maioria das vezes o corpo fala mais do que as palavras. O escritor policial Dashiel Hammett era um especialista no assunto. Suas descrições detalhadas dos gestos dos personagens muitas vezes indicavam ligações insuspeitas entre estes que iriam influenciar no final da história...
Um exemplo quadrinístico. Quem tiver conhecimentos mínimos de linguagem corporal vai percerber que o personagem Rorschach, de Watchmen, é um homossexual e nutre uma paixão platônica pelo amigo Nite Owl.
Ainda sobre a criação de personagens, é importante ter em mente o que ele significa, o que ele representa. Batman é um homem obcecado pela idéia de ordem. "O mundo só faz sentido se você o força a ter", ele diz em Cavaleiro das Trevas. Batman é o protetor de Gothan e, para cumprir a missão que ele mesmo se incubiu, vale qualquer coisa, até mesmo recrutar uma criança (no caso, o Robin).
A história Para um Homem que Tem Tudo, mencionada anteriormente, é um interessante estudo de personagem. Nela, descobrimos que o maior sonho de Super-homem é que Kripton não tivesse sido destruído. O maior sonho de Batman é que seus pais não tivessem morrido. Portanto, se seus sonhos tivessem se realizado, eles jamais seriam super-heróis. Super-homem sente-se um alienígena em nosso planeta, um órfão completo. Já Bruce Waine talvez se sinta culpado pela morte dos pais. Moore expõe sua opinião de que só pessoas neuróticas e infelizes se tornariam super-heróis.
domingo, junho 22, 2008
1408
É um caso clássico de suspensão de descrença. Na medida em que o protagonista se convence de que há algo de errado no quarto, nós também nos convencemos e quando a coisa fica escancarada, nós já embarcamos na viagem.
O que realmente gostei muito no filme foi o terror psicológico. Até aparecem fantasmas, mas eles não são o mais importante, ou o mais apavorante. Apavorante mesmo são os fantasmas do passado, que voltam para enlouquecer o herói.
O homem-aranha
O lançamento do Quarteto Fantástico foi uma verdadeira revolução no mercado, abrindo caminho para que a Marvel se tornasse a editora predileta dos fãs. Mas o personagem que melhor representaria esse método Marvel de fazer quadrinhos só surgiria em 1962. Trata-se do Homem-aranha.
Quando Stan Lee apresentou a idéia para o personagem, todos na editora, especialmente o dono, Martin Goodman, acharam que seria um fracasso. Afinal, ele não era rico, era cheio de complexos e falhas de caráter e nem ao menos era bonito, fisicamente. Além disso, todo mundo odeia aranhas.
Mas era justamente nesses pontos negativos do personagem que Lee apostava. Ele achava que os leitores iriam se identificar com aquele nerd que só se dava mal, era rejeitado por todos, mas, quando vestia sua máscara, tornava-se o grande herói da cidade. Para destacar ainda mais esses supostos aspectos negativos, Lee chamou Steve Ditko, que fazia Peter Parker franzino, com cara de nerd. Jack Kirby, o outro grande artista da editora, foi rejeitado por fazer o personagem musculoso. A idéia era mostrar um perdedor que se tornava o herói do pedaço.
O homem-aranha fez um sucesso imediato. A história mostrava o garoto frágil, Peter Parker, vítima de gozação dos outros, que ganha super-poderes ao ser picado por uma aranha radioativa. Inicialmente ele usa esses poderes para ganhar dinheiro, apresentando-se na TV, mas tudo muda quando ele deixa escapar um bandido, que depois irá matar seu tio Ben. A partir de então, ele passa a adotar como lema uma frase do tio: ¨Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades¨ e usa suas novas habilidades para ajudar as pessoas e combater os criminosos. Como contraponto, Parker convive com uma tia super-protetora. Tornou-se comum a cena em que ele liga para tia, ainda vestido de homem-aranha, e ela lhe diz para tomar cuidado, usar agasalho para não se resfriar e, principalmente, tomar cuidado com o Homem-aranha.
A série levou ao extremo os temas já abordados no Quarteto Fantástico. O homem-aranha é extremamente humano. Ele fica doente, tem dúvidas sobre sua atuação com herói, recebe foras das namoradas... Os poderes recebidos parecem mais um fardo, um problema a mais para um garoto que enfrenta vários problemas, entre eles o aluguel do fim do mês. A morte da namorada Gwen Stacy, na década de 1970 mostrou a que ponto o realismo podia chegar: mesmo os protagonistas poderiam morrer.
Uma das histórias mais antológicas do personagem é aquela em que ele precisa conseguir um composto químico capaz de salvar Tia May, mas esse composto também está sendo procurado também pelo doutor Octopus. De repente o herói se vê preso sob uma pesada viga. A seqüência mostra, em várias páginas, ele tentando se livrar do obstáculo. Quando finalmente consegue levantar a viga, o frágil Peter Parker é mostrado (no desenho de Steve Ditko) como um homem musculoso. É como se o grande inimigo que ele precisasse vencer fosse a si mesmo e, ao se tornar vitorioso, ele se tornava um herói. Era algo com que os adolescentes de qualquer lugar do mundo podiam se identificar. Afinal, o que é a adolescência, senão um período de dúvidas, dramas e vitórias?
A grande qualidade dos artistas que passaram pelo personagem (Stan Lee e Gerry Conway nos roteiros, Steve Ditko, John Romita e Ross Andru nos desenhos) só fizeram resaltar o ar de mito que o personagem ganhou. Em todas as culturas há histórias de jovens guerreiros que são desprezados pelos demais, mas que, nos momentos decisivos, acabam salvando a aldeia, ou o reino, ou a cidade. Como Davi, vencendo o gigante Golias.
Hulk
sábado, junho 21, 2008
CQC no congresso
É muita consciência!
sexta-feira, junho 20, 2008
El eternauta
Pantanal
China usará 'disco voador' para ajudar na segurança
Movido a metanol, a aeronave não-tripulada pesa 10 kg e tem 1,2 metro de diâmetro. De acordo com a Harbin Smart, o disco atinge 80 km/h, é capaz de subir a 900 metros e tem autonomia de vôo de 40 minutos. Leia mais
quinta-feira, junho 19, 2008
O evento revela, no mínimo, uma promiscuidade entre militares e traficantes. Um tenente dando ¨presentinhos¨para traficantes mostra que os traficantes ainda continuam mandando no Rio, mesmo em regiões patrulhadas pelo Exército. Além disso, o fato parece demonstrar que os militares parecem estar mais preocupados com pequenos delitos, como um suposto desacato à autoridade, do que com o tráfico de drogas... Lamentável.
quarta-feira, junho 18, 2008
O Cofre
Durante oito horas diárias, ela ficava enfiada numa mesa empoeirada,carimbando centenas de papéis. Ao que parece, essa era sua única função importante.
Passaram-se os tempos, mudaram os governos, os gerentes, os diretores, mas Elvira permaneceu imutável em sua mesa escondida, carimbando papéis e ajeitando, de tempos em tempos, os óculos no nariz.
A origem de seu emprego se perdera no limbo. Não se sabia se era concursada ou se tivera, um dia, um pistolão. A verdade é que era uma criatura tão esquecível e seu salário tão insignificante que não se importavam de deixá-la lá.
Certo chefe, há muitos anos, reparara em Elvira. Perguntou-lhe o que fazia, quando tinha entrado ali - ao que ela não soube responder - e ficou indignado ao saber que sua única função era carimbar documentos. Decidiu, então, promovê-la a operadora da máquina de xerox.
Nada mais fácil. Bastava apertar alguns botões e pronto! Saiam cópiasperfeitíssimas, como se fossem originais.
Teria sido muito, muito fácil, não fosse por um pequeno detalhe: Elvira era absolutamente incapaz para o trato humano. Ela não dizia uma única palavra a quem quer que fosse e chorava copiosamentequando alguém apontava qualquer defeito no xerox, ou pedia uma segunda cópia.Por fim, os funcionários deixavam os documentos ali e saiam sem dar um pio.
Elvira, ainda assim, atrapalhava-se: reduzia o que não era para serreduzido, tirava 30/30 cópias de coisas absolutamente desnecessárias...
Diante do trabalho acumulado, o gerente desistiu. Devolveu Elvira para sua mesinha empoeirada e nunca mais se falou no assunto.
Não se sabe, ao certo, como recebera esse nome de Elvira. Sabe-se que fora criada por um tio depois que os pais morreram, ou a abandonaram. Antes que nascesse, haviam elaborado uma lista de 20 belíssimos nomes... todos masculinos! Como nascesse mulher e resmungasse muito, resolveram por-lhe o nome da avó, que se chamava Elvira. É bom que o leitor saiba que o tio era um tipo esquisito, que bebia muito e se escondia das visitas. Aceitara cuidar da menina porque não havia outro jeito e porque calculara mentalmente a economia que faria usando-a como empregada doméstica.
Assim, Elvira cresceu sem nunca ter experimentado uma palavra de carinho ou de afeto. Acostumara-se a ser repreendida tanto por falar quanto por calar. E como calar era mais fácil, calava-se.
Nos últimos tempos, além da função de carimbar documentos, ganhara uma outra. Viera um novo gerente, que tinha uma esquisitice muito singular. Ele descobrira no porão um velho cofre e decidira que todos os documentos carimbados deveriam ser guardados nele antes de serem assinados.
Era de se ver o gosto com que examinava o cofre toda manhã. Esfregava as mãos e então punha-se a girar a tranca, soletrando mentalmente os números.
Finalmente, pegava os documentos, levava até sua mesa e os assinava, com um sorriso nos lábios.
Repetia esse ritual todos os dias e se sentia o mais importante dos homens quando o fazia. Costumava dizer que aqueles eram documentos importantíssimos e que era mesmo uma temeridade deixá-los assim, espalhados sobre a mesa, quando ladrões estavam por toda a parte...
Como não tinha qualquer outra função, além de carimbar, Elvira ficararesponsável pelo cofre. Tinha que carimbar os documentos e, depois, ao fim do dia, trancá-los no cofre. Essa foi sua desgraça.
Certo dia, quando voltava para casa, depois de quase duas horas de ônibus lotado, ela retirou a bolsa da chave ficou petrificada.A revelação abateu seus pensamentos como um tiro: esquecera o cofre aberto!
Como pudera ser tão imbecil?
Pensou em voltar. Controlou-se. Abriu a porta, entrou e despencou no sofá. Estava frita!!! Ficava imaginando a colossal reprimenda que receberia do chefe.
Mais! Muito mais! Seria despedida! Perderia a aposentadoria, a casa. Viu a velhice tranquila de seus sonhos se desfazendo diante de seus olhos. Mas o que podia fazer? Nada! Agarrou-se à idéia de que chegaria antes do chefe para fechar o cofre... mas era impossível. O homem era o primeiro a chegar, e a primeira coisa que fazia era justamente examinar o seu querido cofre.
Levantou. Tomou um banho. Não tinha fome. Foi dormir sem comer. Já era tarde, então...
Sonhou com o tio. Ele lhe aparecia com os olhos vermelhos, um cheiroterrível de cerveja, o punho cerrado, ameaçando espancá-la. Dizia coisas horríveis, a saliva escapando da boca...
Elvira acordou assustada. Tentou dormir novamente. Não conseguia. Olhou para o relógio. Eram 22:40. Ainda havia ônibus. Talvez pudesse se levantar e ir até a repartição. Arranjaria um jeito de entrar e fecharia o cofre...
Tudo daria certo, ela voltaria para casa e terminaria a noite dormindotranquilamente. Voltou a deitar. Fechou os olhos. Não conciliava o sono. A imagem do tio aparecia-lhe diante dos olhos, misturada com a do cofre. Levantou. Vestiu a primeira roupa que encontrou pela frente e saiu. Duashoras depois estava em frente ao prédio da repartição.
Andou à volta. Passou por um lado e por outro. Pensou em escalar a grade. Depois mudou de idéia. Talvez o melhor fosse pular o muro lateral, usando o muro do vizinho, menor, como degrau.
Ia se aproximando quando enorme avançou das sombras.Elvira caiu na calçada, assustada com os latidos terríveis do cão.Lembrou-se do tio. Sentou-se no meio-fio, desesperada. Não havia um meio de entrar, não havia um meio de fechar o cofre... estava tudo acabado: a casa, a aposentadoria, tudo!
Voltou para a parada.
Ficou lá, inerte, por mais de meia-hora, relembrando sua vida.Nunca fora amada por ninguém. Nunca tivera namorados, ou mesmo alguém que lhe fizesse galanteios.
Todos os seus sonhos se resumiam à aposentadoria. Queria uma velhice tranquila e uma morte decente... um caixão simples, mas ornado com muitas flores.
Já passava de uma hora e não passava nenhum ônibus. Elvira resolveu andar a esmo. Foi quando começou a chover. Andou, andou, andou por toda a noite, tiritando de frio e tossindo muito.
Foi encontrada na manhã seguinte, caída numa vala e encolhida de frio. Como não tivesse nenhum documento consigo, foi enterrada como indigente.
Na repartição, ninguém deu pela sua morte. Naquele dia havia uma agitação extraordinária. O gerente fora demitido e nem aparecera pela manhã. O novo chefe, a primeira coisa que fez foi mandar tirar todos os documentos do cofre e devolver o monstrengo ao porão. Ia comandando o trabalho, ao mesmo tempo em que dizia:
- Tirem essa coisa enferrujada daqui! Não quero trastes no meu escritório...E, além disso, de que serve esse cofre? Nem mesmo o fecham...
Seleção natural pode favorecer homossexualidade masculina, diz estudo
segunda-feira, junho 16, 2008
Curso de roteiro e produção de curta-metragens
Imprudência no trânsito
A teoria comportamental da educação
As origens do pensamento de Skinner remontam ao fisiologista russo Ivan Pavlov. Ganhador do prêmio Nobel de 1904 na categoria de medicina fisiológica, Pavlov ficou famoso por sua experiência com um cachorro. Ao mostrar comida para um cão, o cientista percebeu que este salivava e chamou a isso reflexo incondicionado. Em um segundo momento, o cientista tocou uma campainha e anotou que a resposta do cão era apenas virar a cabeça para olhar de onde se originava o som. Pavlov passou a tocar a campainha toda vez que apresentava a carne ao cão. Em um terceiro momento, apenas o toque da campainha já era capaz de provocar salivação no animal.
Pavlov conclui que o comportamento dos seres vivos pode ser controlado através de um processo de condicionamento. Para isso, basta associar à resposta desejada uma outra resposta, já natural do organismo e agradável. Para Pavlov a recompensa deveria vir um pouco antes do estímulo que se quer condicionar para que se estabeleça uma relação. Para o cientista, também é necessário um reforço constante para manter o comportamento desejado. Essa técnica é utilizada pela publicidade, quando os anúncios associam situações de prazer (viagens, esportes, sexualidade) com produtos. Da mesma forma, ao se associar determinado comportamento a respostas negativas, pode-se eliminar esse comportamento. No filme Laranja Mecânica, cientistas tentam reabilitar um delinqüente aplicando injeções que o fazem ter enjôos enquanto observa cenas de violência e sexo.
Skinner reformulou a teoria de Pavlov, lançando as bases do neo-behavorismo ou teoria do condicionamento. Para eles, existem dois tipos de comportamento.
O comportamento respondente são os reflexos e respostas inatas ao ser humano. São respostas naturais. Quando nosso corpo começa a tremer quanto está frio, por exemplo, temos um comportamento respondente.
O comportamento operante é aquele cuja freqüência foi aumentada ou diminuída como resultado de um condicionamento.
Para Skinner, todos os comportamentos têm a mesma possibilidade de ocorrer, mas se determinada resposta for reforçada, esse comportamento terá maior chance de ocorrer do que outros. Correr é um comportamento inato do rato, assim como andar, mas se, ao final da corrida, ele recebe comida, a chance dele passar a correr se torna maior.
Skinner discordou de Pavlov afirmando que o reforço à resposta deve ocorrer depois, e não antes do comportamento desejado. Para ele, se, no momento em que houver uma resposta correta, houver um reforço, o sujeito terá uma tendência a repetir esse comportamento. Por outro lado, se não houver reforço, o comportamento terá uma tendência a ser extinto. Um exemplo é a criança que faz bagunça para chamar atenção dos pais. Se os pais não demonstrarem nenhuma atitude, a tendência da criança será parar esse comportamento. Por outro lado, a criança que é aplaudida e parabenizada ao guardar os brinquedos de forma organizada, terá a tendência de apresentar novamente esse comportamento.
Para essa corrente de pensamento, a inteligência é vista como a capacidade do organismo de responder aos estímulos do ambiente. Uma pessoa inteligente é aquela que responde melhor ao condicionamento. Um exemplo disso é a chamada caixa de Skinner, em que um pássaro é deixado em uma caixa e deve bicar uma tecla. A toda vez que a tecla é bicada, o pássaro recebe alimento. Ou seja, a resposta correta à situação foi premiada com alimento. Um pássaro inteligente é aquele que percebe logo essa relação e passa a agir de acordo com o condicionamento.
Para a teoria comportamental, a função da escola é manter e conservar os padrões de comportamento aceitos como úteis e desejáveis para uma determinada sociedade, dentro de um determinado contexto cultural, assim como eliminar os comportamentos indesejáveis.
Como o comportamento é moldado a partir da estimulação externa, o aluno não deve participar das decisões curriculares. Essas decisões são tomadas pelos dirigentes e pelo professor, sempre amparados nos objetivos e tendo em vista as necessidades da sociedade.
Os comportamentos desejáveis por parte dos alunos são mantidos através de reforços imediatos, como elogios, notas, prêmios, e reforços remotos, como diploma, vantagens na futura profissão e possibilidade de ascensão social.
O amor está no ar... e nos quadrinhos também!
Por Marcus Ramone (12/06/08)
domingo, junho 15, 2008
O gigante esmeralda e o deus do trovão
O sucesso do Quarteto Fantástico fez com que Stan Lee ganhasse carta branca do dono da Atlas (agora rebatizada de Marvel), Martin Goodman, para criar novos personagens. Lee tinha criado uma nova maneira de fazer super-heróis. Nada de ricaços infalíveis e perfeitos, mas pessoas normais que se viam, de repente, portadores de poderes extraordinários. Nas palavras de Stan Lee, seus personagens tinham, sob as botas de heróis, pés de barro.
Esse conceito foi levado ao extremo com um novo personagem surgindo em 1962: o incrível Hulk. Exposto aos terríveis raios gama (Stan Lee adorava criar esses nomes estranhos), o cientista Bruce Banner transforma-se num monstro irracional, mas de bom coração, que é perseguido pela humanidade. Inicialmente o personagem era cinza, mas uma falha de impressão fez com que ele saísse verde e essa passou a ser sua cor oficial. Para desenhar o personagem, Lee chamou seu melhor desenhista: Jack Kirby! Hulk era o ser mais poderoso da terra e ninguém melhor para desenhar seres poderosos do que o bom Kirby. Anos mais tarde, Kirby afirmou que a idéia para o personagem foi sua, após ver uma mulher levantar um carro para salvar seu filho, o que o levou a concluir que todas as pessoas poderiam liberar seu lado Hulk em determinadas situações.
Apesar do sucesso, a revista teve que ser cancelada no número seis para dar lugar às novas criações de Stan Lee, entre elas o Homem-aranha. Isso aconteceu porque Martin Goodman havia vendido sua distribuidora, colocando todas as suas revistas nas mãos de uma distribuidora que faliu. Assim, ele teve que ir rastejando, pedir para a rival National (atual DC) distribuir suas publicações. Eles toparam, mas exigiram que a Marvel não lançasse mais do que 12 revistas por mês. Assim, para lançar uma revista nova, era preciso cancelar uma antiga.
No rastro das inovações, Stan Lee pediu a Jack Kirby que fizesse um herói baseado na mitologia nórdica. Essa era uma mitologia muito pouco explorada nos quadrinhos, mas segundo Lee, era a mais dramática. Roberto Guedes, no livro Quando surgem os super-heróis, diz que ¨Kirby estilizou de forma ímpar os deuses asgardianos, indo além do figurino trivial dos marmanjos vikings. A cidade de Asgard mais parecia um planetóide alienígena, de charme inigualável¨. O personagem principal, o deus Thor, foi mostrado não como um viking cabeludo, mas como um jovem loiro, de cabelos longos, antecipando o visual dos hippies (posteriormente, Mark Millar exploraria isso na série Os Supremos, mostrando Thor como um hippie ecologista).
King tinha uma mente incrível para grandes sagas e personagens fantásticos. Assim, ele criou vários personagens ou locais marcantes, como Ego, o planeta vivo, a montanha de Wundagore, os colonizadores de Rigel e O Registrador. Lee colaborava com o lado humano e com as tramas bem elaboradas. Um expediente comum era colocar o personagem numa situação insolúvel no final da revista. Na revista seguinte, a situação era solucionada, apenas para dar lugar a uma situação ainda mais complicada. Thor vivia uma verdadeira vertigem de aventuras. Além disso, King usou na série um expediente absolutamente inovador: colagens de fotos que eram misturadas aos seus desenhos, dando um charme especial às histórias.
Hulk e Thor são, até hoje, personagens fundamentais para a Marvel Comics.
sábado, junho 14, 2008
"Editora Nacional"
E se alguns dos gênios da literatura universal tivessem nascido no Brasil? Imaginei algumas respostas das editoras:
Prezado William Shakespeare,
Os originais de sua obra "Hamlet" foram analisados por nossa equipe, que considerou inadequado à publicação. Sem mais, Editora Record
Prezado George Orwell,
Recebemos nessa semana o parecer técnico de sua Obra "A Revolução dos Bichos". Apesar de na sua história os animais falarem, consideramos o texto pesado demais para o público infanto-juvenil. Atenciosamente, Editora Ática
Caro Hermann Hesse,
Saudações de Paz e Luz! Agradecemos o envio de sua obra "O Lobo Da Estepe", a qual estamos devolvendo. As tendências suicidas do personagem principal Harry Haller vão totalmente de encontro à nossa linha editorial, focada na auto-ajuda. Que os anjos o iluminem! Editora Madras
Prezado Franz Kafka,
Informamos que os originais de sua obra "A Metamorfose" foram recusados, uma vez que nele um homem se transforma numa barata e a nossa editora não trabalha com ficção científica. Sem mais, Editora Moderna
(E a Editora Conrad, apesar de publicar ficção científica, simplesmente não responde a nenhum dos originais que Júlio Verne enviou)
(é o) FIM (da picada!)
escrito por Josiel Vieira de Araújo em 14/06/2008
Ps: Só faltou o ¨Gostamos muito de seu original, mas nossa programação para este ano já está fechada¨, resposta padrão da maioria das editoras...
Os azuis - As tonalidades azuis simbolicamente associadas à imensidão do céu, às águas claras e à espiritualidade, provocam sensações refrescantes. São tons que permitem o relaxamento, alívio de tensões e a calma, mas as nuances devem ser cuidadosamente estudadas e dosadas, pois os excessos podem causar introversão e denotar tentativa de super controle dos sentimentos e da excitação.
Os amarelos - As tonalidades amarelas simbolicamente associadas à luz, ao sol, à consciência e à alegria de viver, transmitem a sensação de ambientes secos, o que pode ajudar a resolver problemas com a umidade nos ambientes. Também estão ligadas à idéia de nobreza; no oriente é a cor mais importante depois do vermelho; pela associação com a cor do ouro. Entretanto, o excesso de amarelo pode ter efeito catastrófico, pois podem denotar tendências excessivamente extrovertidas, que podem remeter a algo brega, de mau gosto. Aplicado apropriadamente pode indicar aspirações e ambições bem desenvolvidas.
Os laranjas - As tonalidades laranjas pertencem a um grupo intermediário entre os amarelos e os vermelhos. Estão ligados à idéia de vitalidade, alegria e energia.
Os vermelhos - O aspecto simbólico do vermelho está relacionado à força da vida, ao coração, ao erotismo, à nobreza, mas também, se usado em excesso, à instabilidade emocional e à agressividade.
Os verdes - As tonalidades de verde estão ligadas ao sentido de esperança, de vida e de sorte.
Guerrilha amazônica
sexta-feira, junho 13, 2008
O conhecimento empírico
Esse conhecimento é chamado de empírico. É o conhecimento que nasce da observação diária dos fatos. O ser humano observa relações de causa e conseqüência, aquilo que os semióticos chamam de índice: se há uma poça no chão, é por que choveu e há uma goteira no teto. Se vejo fumaça saindo da floresta, intuo que há fogo.
Observando essas relações de causa e conseqüência, o homem vai criando um conhecimento que lhe permite fazer diversas atividades diárias.
Entretanto, esse é um conhecimento não sistemático, assim como sua transmissão. O homem comum não faz diversas experiências com vários tipos de materiais até chegar ao grão de arroz como o mais apropriado para colocar no saleiro. Simplesmente alguém um dia colocou um grão de arroz lá e observou que deu certo.
Também é um conhecimento que não vai aos porquês. O homem comum sabe que o arroz faz com que o sal saia facilmente do saleiro, mas não sabe porque. Não sabe que o arroz tira a umidade do ar e que o atrito com os grãos faz com que as moléculas do sal fiquem soltas.
Apesar de suas limitações, o conhecimento empírico tem feitos realizações realmente extraordinárias. A utilização de plantas medicinais é uma delas. Os ribeirinhos da Amazônia sabem coisas sobre as propriedades curativas das plantas que a ciência só tem descoberto muito recentemente (inclusive muitas pesquisas científicas estão indo buscar, justamente nesse conhecimento empírico, informações sobre essas plantas).
Um outro exemplo é a maniçoba. Descobrir que a planta da maniva deveria ser cozida durante sete dias e sete noites deve ter sido uma aventura tão surpreendente quanto qualquer pesquisa científica. É de se supor que tenha havido muitas tentativas antes de se chegar ao ponto ideal de cozimento (infelizmente muitos heróis devem ter morrido no meio do caminho).
Fim dos Tempos
quinta-feira, junho 12, 2008
Música do dia
(Odair José)
Quero ver no meu rosto seu riso alegre
Quero esquecer a vida pra viver o amor
lá fora a chuva tá caindo e não vai parar
Minha vida pode ter fim quando o dia chegar
não precisa dizer nada pra não se arrepender
Tem certos momentos na vida que o silêncio é melhor
Esqueça que a chuva lá fora ainda não parou
Peça que o dia não chegue pois você me encontrou
Essa noite você vai ter que ser minha
Essa noite vai ser feita pra nós dois
Nem que seja dessa vez e nunca mais
Só não quero deixar nada pra depois
Merchandising
Cientistas encontram área do cérebro responsável por detecção do sarcasmo
Não havia nada muito interessante no estudo da Dra. Katherine P. Rankin sobre o sarcasmo — pelo menos, nada que valesse o tempo usado no estudo. Tudo o que ela fez foi usar a ressonância magnética para encontrar o lugar no cérebro onde reside a habilidade de detectar o sarcasmo. Então, você provavelmente já sabia que era no giro hipocampal.
O que você pode não ter percebido é que a percepção do sarcasmo, a insolente crítica que enterra sua observação ao afirmar o oposto, exige um esperto truque mental localizado no coração das relações sociais: adivinhar o que os outros estão pensando. Aqueles que perdem a habilidade, através de um ferimento na cabeça ou da demência frontotemporal que aflige os pacientes do estudo de Rankin, simplesmente não entendem quando alguém diz, durante um furacão, “Que tempo lindo”. Leia mais
Agradecimentos
Quadrinhos estimulam a leitura
Valéria Bari - Como a posse da informação sempre representou uma forma de poder socialmente constituído, naturalmente é desinteressante para os detentores dessa informação que ela transite livremente. Como a linguagem dos quadrinhos sempre foi representativa na leitura infantil e das camadas populares, sua validade cultural é questionada por aqueles que preferem privilegiar linguagens, discursos e obras inacessíveis.
Para tentar descobrir o que seriam esse ¨outros¨, estou fazendo uma nova enquête. Agora os itens são:
Política
Cinema
Histórias autobiográficas
Crônicas
quarta-feira, junho 11, 2008
Como escrever quadrinhos - o conflito
Um grupo de três amigos vai acampar. Eles chegam, montam a barraca, dormem. No dia seguinte andam pelos arredores. Almoçam. Voltam para casa felizes da vida com o passeio.
É impressão minha, ou está faltando alguma coisa? O que você acha? Essa história tem alguma graça? Alguém pagaria para ler algo assim? Você pagaria?
Se você respondeu não, então estamos de acordo.
Falta história. Falta um conflito.
O conflito é o que move a história, tornando-a interessante.
Nas histórias de super-heróis esse conflito é geralmente representado pelo arranca-rabo entre o vilão e o herói. Mas, na nossa histórinha sobre o grupo de amigos, poderíamos acrescentar algum conflito sem que seja necessário apelar para um super-vilão?
Sim, isso é possível.
Vamos imaginar, por exemplo, que um maníaco assassino está à solta justamente no local em que eles resolveram acampar. Alguém aí assistiu a Bruxa de Blair? A história era mais ou menos assim: um trio de cineastas vai filmar um documentário sobre uma bruxa e se perde na floresta, sendo perseguidos pela bruxa.
Digamos que nosso orçamento não nos permitiu incluir uma bruxa no filme. Na verdade, nem mesmo temos dinheiro para contratar um outro ator. Então podemos transportar o conflito para dentro do trio. Um deles pode brigar com os outros e sair pela floresta, perdendo-se. E a história é a tentativa dos outros de encontrá-lo.
Importante lembrar que nem sempre o conflito precisa ser entre seres humanos. Eles podem ser atacados por um animal da floresta, por exemplo. Há uma história muito boa do Arquivo X em que eles estão na floresta e são atacados por abelhas assim que anoitece.
Um dos conflitos mais interessantes é o conflito contra o destino.
As histórias do teatro grego eram ótimos exemplos disso. Édipo Rei, por exemplo, mostra a luta do ser humano contra o destino. E ele perde, demonstrando que, para os gregos, não havia como escapar do destino.
Na nossa HQ o destino poderia ser representado por contra-tempos que impedem o grupo de chegar ao destino. Eles vão de carro e o carro quebra. Eles pegam um ônibus. O ônibus acaba sendo assaltado. Eles vão para a delegacia. Uma vez lá, são confundidos com bandidos perigosos e fogem. Quando acaba o final de semana e eles voltam para casa, estão mais cansados e estressados que antes.
Então, não se esqueça: dominar as técnicas de roteiro não adianta nada se você não consegue colocar conflitos na sua HQ.
Compre o DVD da Bruxa de Blair no Submarino.