Na época da MAD 25 já fazia algum tempo que eu não colaborava com a revista e andava bastante ocupado. Mas o editor Raphael Fernandes me fez um convite irrecusável: escrever uma história para o grande Roger Cruz, famoso pela sua fase nos X-men. Tratava-se de uma sátira do filme Alice no país das maravilhas, que ainda ia estrear estrear. Eu resolvi fazer uma proposta diferente: ao invés de ser a Alice do filme, seria uma Alice no país das armadilhas). A pobre e inocente Alice cai em um bueiro e vai parar em um país muito diferente do Brasil - repleto de malandros e políticos corruptos. Eu conhecia o traço de Roger Cruz e sabia que o cara era fera, mas não imaginava que ele iria se adaptar tão bem ao gênero humor. A pobre Alice cai em todos os golpes possíveis. Eu pensei na história como sendo um livro infantil e ele conseguiu pegar perfeitamente o espírito da HQ ao fazer um requadro pouco convencional.
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