Não nasci em Macapá. Mas, talvez, eu a amo muito mais do que algumas pessoas que aqui nasceram; pois eu fiz uma opção, uma escolha. Eu a quis para nela morar, trabalhar e para nela escolher aquela que aqui nascera para ser a minha parceira, a mãe dos meus filhos.
Macapá é uma das cidades mais bonitas da Amazônia. Suas ruas e avenidas, (embora mal tratadas) são bem projetadas. Suas praças são bonitas e muito arborizadas (pelo menos já o foram). Nela há tudo de bom e de ruim que existe nas grandes cidades.
Mas ela já teve o privilégio de ser a cidade menos violenta do Brasil; hoje, infelizmente, sob a desculpa de que o progresso chegou, a violência nela se instalou, deixando os que nela vivem um tanto apavorados porque não estavam acostumados com a onda de assaltos a mão armada, sequestros, assaltos a bancos, ônibus e a outras modalidades de crimes que não eram comuns na pacata Macapá. Já não há mais aquela tranquilidade de outrora; lá dos idos da década de 1960, quando aqui cheguei.
Naquele tempo, era costume do povo fazer festa de terça a domingo e na segunda ir ao cinema no cine Macapá ou Territórial e desintoxicar o fígado com um bom filme de piadas do Ankito ou Mazaropi. Dizem que rir faz bem ao fígado e como este órgão do corpo, principalmente o meu era bastante castigado no decorrer da semana, e sobretudo no sábado e domingo, ele precisava de um justo descanço na segunda-feira.
A cidade era tão pacata (ou provinciana?), que os seus habitantes chegavam a dormir, à noite, com portas e janelas abertas que não era incomodados pelos amigos do alheio. Se bem que existia o dito popular: "Deus me livre da polícia de Macapá, da fome de Mazagão e das ... do Amapá. A vida era assim, bem diferente de hoje. JBarreto (Acadêmico do curso de Jornalismo da UNIFAP)
Recebi esta semana a notícia de que fui um dos selecionados para a antologia Metamorfose II, a ser lançada pela editora Literata. É mais uma obra para a lista.
Por Renata Lins* …. cara… dá uma preguiça… mas não dá pra não comentar. O Pedro sabia, quando me mandou o link. Então lá vai. Esse título bombástico não é meu não: é daqui, de um textinho de Ricardo Setti.
Que acha que pode dizer, sem mais nem menos, que o Senador Randolfe – que é jovem e de um partido pequeno – “tem minhoca na cabeça” e que seu “projeto”(sic) – é uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias, Ricardo Setti – é “estapafúrdio, próximo do ridículo”. Seria bom que as pessoas soubessem do que estão falando antes de falar. Ou, como dizia Mlle Préfumo, minha professora da 4a série na École des Eaux-Vives, “Il faut tourner sept fois la langue dans sa bouche avant de parler”. (É preciso girar a língua sete vezes na boca antes de falar, na tradução literal.). Eu nem conheço o Senador Randolfe. Mas superávit primário eu conheço. Escrevi para o Fórum Brasil do Orçamento, junto com Rodrigo Ávila, um caderno intitulado Superávit Primário (a Flavia Filipini trabalhou numa primeira versão e está devidamente listada como autora, mas não a conheço), cujo subtítulo (vejam lá) dá uma idéia do que pensamos sobre o tema. E não é bom. Rodrigo e eu somos economistas. Heterodoxos, mas economistas. Não sei da formação completa do Rodrigo, mas sei que ele tem mestrado. Eu também, assim como créditos do doutorado completos (os gringos chamam isso de Doctor ABD = All But Dissertation. Risos.) Ao que me consta, nenhum dos meus professores jamais me considerou “estapafúrdia” ou “ridícula”. Irritante, às vezes, possivelmente. Inconveniente, outras. Mas sempre me trataram com consideração e respeito, e até hoje considero o Instituto de Economia da UFRJ um pouco minha casa. Lá sei que posso chegar e serei bem recebida. A praga do pensamento único acrítico faz com que Ricardo Setti ache que pode ridicularizar o jovem Senador Randolfe em público – sendo que, na verdade, ele é que se ridiculariza aos olhos de quase qualquer economista (ou não-economista) que já tenha, de longe, ouvido falar em Keynes, Kalecki, e, no Brasil, em Conceição Tavares, Mário Possas, Fernando Cardim. Economistas reconhecidos, respeitados, consagrados. Ricardo Setti não sabe do que está falando: mas, intoxicado pelos eflúvios diários do pensamento único midiático e por sua propaganda do superávit primário como panacéia, acha que pode desqualificar o interlocutor de uma penada. De uma teclada. De um ou dois xingamentos irresponsáveis. Não, Sr. Setti, não é estapafúrdio querer acabar com a política de metas de superávit primário. E uma pequena pesquisa básica iria mostrar que essa política não existe em nenhum dos países que o senhor provavelmente respeita (esses aí, do primeiro mundo, de gente que sabe das coisas e fala línguas). Se quiser, dê uma olhada lá na nossa cartilhinha, que está precisando ser atualizada (esta semana mesmo falei com Rodrigo a respeito – ficamos de ver com o pessoal do FBO possibilidades de financiamento para uma nova edição). Explica pra leigos, esse é o objetivo dela. E por isso não vou refazer o fio lógico aqui. Esta notinha tem como propósito somente chamar a atenção para o quão deletério é o papel da mídia desinformante nos dias de hoje, que grita palavras de ordem criadas sabe-se lá por quem ou aonde (ou será que se sabe?) e se acha com direito de desqualificar um Senador da República que, talvez por ser mais sério do que a média, notou que essa política, que privilegia o pagamento de dívidas incertas em detrimento de gastos essenciais, nos engessa e impede a realização dos gastos necessários em educação, saúde, segurança. O curioso é que, abrindo o blog do Senador Randolfe, deparo-me com a notícia: “CCJ do Senado aprova o fim do superávit primário.” Tragam os sais para o Ricardo Setti. Ele vai precisar. *Renata Lins é economista (surrupiado do blog da Chopinho feminino)
Prêmio é uma iniciativa cultural do Serviço Social do Comércio – Administração Regional no Distrito Federal – SESC/AR/DF
Cada participante poderá inscrever até 2 (dois) contos inéditos e não publicados.
O tema é de livre escolha do participante, mas obrigatoriamente direcionado ao público infantil com idade até 10 anos, em forma, linguagem e conteúdo.
As inscrições são gratuitas e serão efetuadas de 14 de março a 29 de julho de 2011, das 9h às 18h, de segunda a sexta-feira e poderão ser entregues pessoalmente nas sedes do SESC – DF, ou postadas pelo Correio. Leia mais
Aconteceu hoje o Ciclo de palestra e debate sobre arte negra e afro brasileira do PARFOR em Artes Visuais da UNIFAP. O evento foi promovido pelo Grupo de estudos sobre imagem e representações afrobrasileiras e teve uma ampla programação, de manhã e de tarde, com apresentações artísticas, palestras e debates.
Abaixo algumas das palestras:
Arte africana e afro brasileira: outro olhar sobre a historiografia da arte, com a professora mestre Claudete Nascimento Machado Marabaixo, dança/arte afrodescendente e sua educação, com a professora doutora Piedade Lino Videira. Educação escolar e o ensino de arte africana e afro brasileira: algumas inferências, com o professor especialista Bruno Marcelo Costa Arte negra na diáspora africana, com o professor mestre Luciano Rodrigo de Oliveira
As palestra tiveram a mediação da professora doutora Márica Jardim Rodrigues e do professor doutor Marcelino Costa Alves Júnior.
Participei do evento e achei muito interessante e relevante. Essa é uma temática pouco discutida na sala de aula. Como disse a professora Claudete, fala-se em arte africana apenas quando se referencia as influências de Picasso, e a arte africana é muito mais rica. Igualmente rica é a arte brasileira feita sob influência africana, muitas vezes realizada por descendete de escravos.
O debate entrou até mesmo na discussão da forma como a Indústria Cultural mostra os negros. E fiquei pensando: se a mídia mostra de forma tão preconceituosa o negro, imagine o índio. Hoje já temos um galã de novela negro, depois de muito tempo em que negros eram apenas empregados domésticos. Mas quantos índios aparecem em novelas?
O debate pode ser ampliado mais além, sobre a imagem não só do negro, mas a imagem do amazônida (caboclo, índio, negro). Afinal, ainda perdura a ideia de que o amazônida é incapaz de produzir seus próprios conteúdos culturais-midiáticos (vale lembrar o movimento Farinha pouca, meu pirão primeiro, deflagrado no momento em que a classe audio-visual descobriu que os parlamentares amapaenses estavam destinando recursos milionários para diretores virem filmar no Amapá).
O Amapá tem uma rica cultura que passa pelos quilombos, tribos indígenas e pelas cidades, mas essa cultura só será devidamente mostrada quando comerçarmos a produzir. E debates como o de hoje ajudam a levantar essa questão e, quem sabe, produzir outros debates e até iniciativas de produção. Parabéns aos organizadores.
O assunto ontem no Twitter foi o embate entre a revista Veja e o Senador amapaense Randolfe Rodrigues. O colunista Ricardo Setti disse que o Senador tinha minhoca na cabeça por propor a extinção do superavit primário, em que 45% do orçamento público é comprometido para pagamento da dívida do governo com os bancos. O economista Charles Chelala, assessor de Randolfe, diz que, apesar disso, a dívida só tem aumentado e esse comprometimento tem impedido investimentos em saúde, segurança e infra-estrutura.
Independente de quem está com a razão, é importante destacar duas coisas:
1) Um Senador deve ser respeitado (dizer que alguém tem minhoca na cabeça não é exatamente respeitoso);
2) A Veja tem uma ligação histórica com bancos e grandes empresas multinacionais. Foi por essa razão que ela fez campanha para Collor e o apoiou durante todo o seu governo e só retirou esse apoio quando ele se tornou insustentável. Uma semana antes dos escândalos de corrupção estourarem, a Veja publicou uma matéria elogiando o tino empresarial de PC Farias (na época, PC tinha uma empresa de fachada, usada para lavar o dinheiro da corrupção).
É ciência. No caso, a constatação de um estudo lá da Universidade de Georgia, nos EUA. Tudo bem, a pesquisa é de 15 anos atrás, mas, em vista de toda a discussão que tem rolado a respeito do casamento gay, da criminalização da homofobia e por aí vai, comentá-la ainda é relevante. “A homofobia está aparentemente associada à excitação homossexual“, apontam os pesquisadores, “que o indivíduo homofóbico desconhece ou nega“.
Antes de tudo, os especialistas perguntaram a homens heterossexuais o quão confortáveis eles se sentiam ao redor de homens gays. Com base nesses resultados, dividiram os voluntários em dois grupos: os que exibiam sinais de homofobia (com 35 participantes) e os definitivamente não-homofóbicos (neste, eram 29, no total). Aí começou o teste.
Todos os homens foram colocados em salinhas privativas para assistir a vídeos “quentes”, de quatro minutos cada: um mostrava cenas de sexo entre um homem e uma mulher; outro, entre duas mulheres; e o último, entre dois homens. Enquanto a sessão se desenrolava, um aparelho, ligado ao pênis de cada participante, media o nível de excitação sexual de cada um. A engenhoca, segundo os cientistas, era capaz de identificar a excitação sexual sem confundi-la com outros tipos de excitação (como nervosismo ou medo).
Eis os resultados: enquanto assistiam aos vídeos de sexo heterossexual ou lésbico, tanto o grupo homofóbico quanto o não-homofóbico tiveram “aumento da circunferência do pênis”. Em outras palavras, gostaram do que viram. Mas durante o filminho gay “apenas o grupo homofóbicoexibiu sinais de excitação sexual“, afirma o estudo. Pois é, eles até disseram que preferiam manter distância dos gays. Mas, opa, seus pênis contaram outra história. Leia mais
O Ministério Público do Estado do Amapá, por meio da Promotoria de Justiça da 2ª Vara do Tribunal do Júri, ofertou denúncia contra Mércio Melo Nogueira, de 40 anos, acusado de abusar sexualmente e depois matar uma menina de sete anos de idade, no dia 5 de dezembro do ano passado. O corpo da menina foi encontrado três dias após o crime em um terreno baldio, próximo à casa do acusado, sem a parte de baixo das roupas e já em estado de decomposição. Próximo ao corpo foi encontrado o lado direito de um calçado infantil. O outro lado foi encontrado no interior da casa do acusado, identificado mais tarde como pertencente ao filho de Mércio, de três anos.
No dia do crime a menina havia passado a tarde brincando no quintal da tia, que é vizinha do acusado, e depois de tomar banho foi para casa, que também é próxima à residência da tia. Porém, a menina não chegou ao seu destino, o que causou preocupação por parte da mãe, a qual, na companhia de familiares, foi à procura da menina. Não a encontrando registrou ocorrência no CIOSP do bairro Congós.
Após o corpo da menina ser encontrado, as investigações apontaram que o autor do crime é Mércio Melo Nogueira, por conta da sandália identificada como sendo do filho do acusado, de uma série de DVD’s contendo imagens do acusado em relações íntimas com a ex-esposa, que à época tinha 16 anos, e dos filhos e sobrinhos de Mércio. Também foi encontrada uma sacola em que estava um lençol sujo de sangue. Leia mais no site do Ministério Público
Sinal e Ruído foi publicado originalmente em 1989 e era um dos trabalhos mais comentados da dupla Neil Gaiman e Dave McKean, que, na época, fazia grande sucesso com Orquídea Negra e Sandman. Mas só agora, 20 anos depois, chega ao Brasil.
Para entender Sinal e Ruído é interessante entender a época em que essa HQ foi produzida. Era um período em que o público queria novidades e a ideia era testar ao máximo a linguagem de quadrinhos. Sinal e ruído foi produzida no mesmo espírito de Cavaleiro das Trevas, Watchmen, Skreemer.
A trama gira em torno de um cineasta diagnosticado com câncer que escreve um filme que jamais dirigirá sobre um grupo de pessoas que espera o fim do mundo no ano de 999.
Não é, nem de longe, uma narrativa convencional em nenhum sentido, nem do ponto vista textual, nem de imagens. Gaiman mescla a história do cineasta com do fim do mundo ("O mundo está sempre acabando para alguém", diz o cineasta, resumindo em poucas palavras o conteúdo do álbum) e até mistura os personagens, fazendo com que o cineasta interaja com os protagonistas de seu filme. McKean brinca com o título Sinal e ruído e mistura cenas quase realistas com trechos que são verdadeiro ruído (aliás, esse é sem dúvida um dos melhores trabalhos de McKean).
Sinal e ruído, portanto, parece demais com uma HQ do final dos anos 1980 e talvez tivesse um impacto enorme se lançada aqui naquele período. Lançada hoje, perde muito de seu espírito hoje. Além disso, não sei se os leitores atuais têm o mesmo interesse por obras tão entrópicas. Deve agradar principalmente os leitores antigos.
No dia 23 de junho, aos 84 anos, o grande Gene Colan completou sua carreira.
Colan é conhecido por ter sido, nos anos 1960, um dos ilustradores das primeiras revistas da Marvel Comics, ao lado de Jack Kirby e Steve Ditko. Entre eles, Colan era quem tinha o estilo mais realista, com traços perfeitos que davam um movimento fluido, expressivo e muito elegante aos personagens, ajudando a construir o estilo gráfico da editora que influenciaria ilustradores no mundo inteiro. Leia mais no blog Mensagens do Hiperespaço.
O poeta Herbert Emanuel lançará, em Macapá, no dia 2 de Julho de 2011, no Centro Cultural Franco-Amapaense, a partir das 20h, o seu quarto livro de poemas, intitulado: RES.
A primeira sessão de autógrafos do livro RES aconteceu na 26ª Feira de Livros de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, em Maio de 2011. A edição é bilíngue, com tradução feita para o espanhol pelos poetas Leo Lobos e Cristiane Grando. A produção é do Tatamirô Grupo de Poesia.
Dono de uma poética singular, cuja temática predominante é sempre a própria linguagem, neste seu novo livro intitulado RES – palavra latina que significa coisa e que deu origem à palavra real, realidade – Emanuel não foge a esta linha: são 12 poemas que possuem como temática o próprio real, em suas múltiplas manifestações, em que o poeta busca, pela palavra, exprimir seus sentidos, transfigurados em matéria – coisa – poética. Ou como afirma Tânia Ataíde, professora de Literatura: “Nesta busca por significar o real, está – aí a verdadeira busca – a palavra, que, na ânsia de exprimir e na falta de signos que bem expressem o que para o poeta é a um só tempo indizível e impulso do seu fazer poético cotidiano, pede morada no neologismo roseano: o real-palavra é “Nonada” toma de empréstimo o peso-leveza do signo pedra, o real-signo é ônix.”
Mais uma vez o poeta Herbert Emanuel nos presenteia com um belo livro em que se estabelece, numa afirmação poundiana, o jogo inteligente das ideias e dos afectos. Um livro que nos fazer pensar/sentir ou sentir/pensar, como se queira. (Adriana Abreu)
Para quem não conseguiu ir no 4o Banquete Literário do SESC comprar um exemplar autografado de meus livros, eles podem ser adquidos na Livraria Amapaense, na Avenida Presidente Vargas. Abaixo, os livros que podem ser encontrados lá.
Uma visita a qualquer seção de História de uma livraria mostra quão variada pode ser a literatura a respeito de um evento. Um mesmo período histórico é descrito pelo ponto de vista do vencedor ou do perdedor, contado com base em episódios famosos ou pouco conhecidos, explicado por meio das personalidades dos líderes ou das atividades de determinados grupos. A partir deste ano, é provável que guerras, revoluções e mudanças históricas sejam contadas a partir de outra perspectiva. A perspectiva de como o evento se desenrolou nas redes sociais. Em Tweets from Tahrir (OR Books), a egípcia Nadia Idle e o inglês Alex Nunns tentam fazer isso ao descrever como tuiteiros egípicios participaram, influenciaram e relataram o levante de 25 de janeiro, que culminou na queda do ditador Hosni Mubarak. Leia mais
Aqui onde moro já foi uma área alagada. Assim, a umidade é grande. Este final de semana eu me espantei ao descobrir que alguns livros, guardados em uma estante fechada, estavam simplesmente mofando.
Gostaria de compartilhar com vocês algumas coisas que descobri sobre o assunto e algumas medidas tomadas (quem tiver sugestões, deixe na caixa de comentários).
Para tirar o mofo, usei uma borracha escolar. Essa dica eu vi em uma matéria na TV. Na maioria dos sites que consultei fala-se de passar vinagre, mas não aconselho: o vinagre mancha as páginas e deixa um cheiro ruim. Em um dos livros usei álcool, mas, embora não tivesse mal-cheiro, acabou manchando as páginas. O calor mata os fungos, mas o sol estraga as páginas, assim, estou fazendo uma experiência: deixar os livros em pior estado no porta-malas do carro. Com o calor de Macapá, é possível que isso mate os fungos.
Para a estante, a dica é limpar com vinagre ou álcool e deixar aberta de tempos em tempos. O ideal, aliás, são as estantes abertas.
Coloque os livros em sacos plásticos. Em qualquer loja de descartáveis é possível encontrar sacos transparentes a preços acessíveis. Prefira os mais grossos, que protegem melhor a publicação (os fãs de quadrinhos já conhecem essa técnica há décadas).
Existem produtos anti-mofo. Um deles é uma vasilha que recolhe armazena a água do local. O problema é que essa vasilha pode cair e molhar os livros e aí pior ainda mais o problema. Já perdi alguns materiais assim. Além disso, esse produto é caro. Na internet, peguei duas dicas interessantes: cal e gis (sim, gis escolar). Vou testar.
Evite usar durex para consertar os livros cuja capa esteja soltando. Eles danificam mais do que consertam e não duram muito tempo. Melhor usar a boa e velha cola.
Finalmente: livro é para ser lido, folheado. Se for manuseado corretamente, isso ajuda na preservação. Acima de tudo, evite que um livro fique guardado em local fechado por muito tempo.
Fazia tempo que não ia ao cinema com tanta entusiasmo, os filmes de super heróis que eu havia visto já fazia um bom tempo me pareciam ter sido feitos somente para ganhar dinheiro, com aquela velha formula de ação saindo pelo ladrão. Sinto informar aos que ainda não viram o filme (e para os que gostam do estilo citado acima) que não há tanta ação em X-men primeira classe, esta ausência, porém , é mais do que recompensada pelas ótimas atuações, a magnífica exploração dos personagens primários e secundários, os temas trabalhados e o conjunto roteiro/direção, que conseguem fazer desse, de longe, o melhor filme da franquia.Leia mais no blog A arte do cinema.
Faleceu, na madrugada do dia 18 de junho de 2011, Marcio Araujo de Sousa, irmão de Mauricio de Sousa. Criador de personagens de sucesso nas historinhas da Turma da Mônica, como Bugu eLouco, ele também era o responsável pelo estúdio de som da Mauricio de Sousa Produções e compôs mais de mil músicas para os personagens.
Márcio, ajudou o irmão também com os roteiros dos gibis antes de se dedicar totalmente à sua paixão, que era a música. Marcio também inspirou os personagens Rolo, das histórias da Tina, e Mano, da tira Os Sousa.
Além disso, os personagens Cascão e Cebolinha foram criados por Mauricio de Sousa inspirados em amigos de infância de Marcio. Atualmente se dedicava a produção de clipes musicais e seleção de animações para um canal de vídeos da Turma da Mônica no YouTube (http://www.youtube.com/user/ClipsDaTurma), com milhões de acessos.
Nascido em São Paulo em 1946, Marcio tinha quatro filhos. O velório está acontecendo hoje (18/06), na Funeral Home, Rua São Carlos do Pinhal, 376, até as 15h30.
Ontem fui abrir um pacote de farinha que comprei mês passado e descobri, surpreso, que ele estava vencido desde fevereiro deste ano. Mas continuava à venda no supermercado.
A fiscalização realizada recentemente pela Vigilância Sanitária revelou algo que muita gente desconfiava ou se ouvia falar: que grande parte do que é vendido ao consumidor são produtos estragados.
Se a margarina vence, eles tiram da embalagem, colocam em uma embalagem do supermercado, mudam o prazo de validade e colocam para vender novamente. Se o queijo já está vencido, eles fatiam e colocam para vender com novo prazo de validade. Antigamente a gente comprava queijo fatiado e ele não durava dois dias na geladeira. Aí resolvemos fazer uma experiência: comprar a embalagem inteira, como vem do fabricante e, milagre! O queijo passou a durar a semana inteira! É que o fatiado já vinha estragado...
A gente ouve, de amigos que trabalham em supermercado, histórias horripiliantes. Por exemplo: se o melão estraga, mas uma parte ainda parece comestível, eles cortam e vendem só aquela parte, ou mandam para a lanchonete, para ser servido no lanche caríssimo. Ou então colocam na salada de frutas...
Essa pode ser a explicação, por exemplo, do surto de febre tifóide que assolou Macapá recentemente. Sem falar na hepatite.
Bem, então vai algumas dicas: NUNCA compre produtos fracionados ou fora da embalagem original do fabricante. Nada de comprar queijo ou presunto fatiado, frutas cortadas, manteiga ou margarina em embalagem do supemercado, etc. Verifique o prazo de validade de TODOS os produtos e não só daqueles mais perecíveis, como iogurtes. Se achar produtos fora do prazo de validade, denuncie ao PROCON e Vigilância Sanitária.
Em lanchonetes e restaurantes não coma nada cru. Nada de salada crua, sala de frutas, frutas, queijo, presunto... Coma preferencialmente produtos cozidos.
O SESC realiza no dia 17 de junho o 4° Banquete Literário no SESC Centro, às 20h. O evento contará com o lançamento do livro – O roteiro nas histórias em quadrinhos – do professor Ivan Carlo Andrade de Oliveira.
O Banquete Literário acontece desde 2010 com o objetivo de divulgar os escritores e a cultura literária amapaense. O livro - O roteiro nas histórias em quadrinhos – aborda acriação de personagens, ambientação e as técnicas que fazem com que leitor embarque na história. Também traz capítulos sobre adaptação e elaboração de histórias em quadrinhos com texto e desenhos mais elaborados voltados para um público adulto, as chamadas Graphic Novel.
Na oportunidade, o autor também estará autografando o livro – Spectra - uma antologia de contos sobre fantasmas, lançado recentemente pela editora Literata.
Além dos dois livros também serão vendidos e autografados outros trabalhos do autor. Veja abaixo a relação:
Coletânea de contos sobre pessoas com super-poderes.
Versão juvenil para o clássico do cinema com texto meu.
Livro campeão de vendas e, segundo os lojistas, o livro de Metodologia que mais vende em Macapá. Tenho poucos exemplares dessa segunda edição. Então, se estiver interessado nele, chegue cedo. Até o final do ano devo lançar a terceira edição.
História juvenil com texto meu e capa do grande Antonio Eder. A história se passa em uma cidade em que humanos e monstros convivem normalmente, até que um assassinato coloca essa harmonia em risco. Um garoto e seu professor (um lobisomem detetive) precisam descobrir o culpado para evitar uma tragédia.
Versão juvenil da história que escrevi para a editora Minuano.
Coletânea com os melhores contos de fantasia reunindo autores brasileiros e estrangeiros. Tive a honra de particpar com o conto Mapinguari, sobre o monstro amazônico.
Coletânea de contos sobre fantasmas com autores de todo o Brasil. Eu colaboro com o conto "Lembranças de sangue".
Livro teórico sobre cibernética e teoria da informação.
Já que o lançamento principall é o livro sobre roteiro para quadrinhos, resolvi colocar à venda duas revistas mix em que participo. Aqui a história chama-se Zulu e tem arte do Will.
Quando um editor de Curitiba nos procurou para fazer um gibi sobre o chupa-cabra, nós fizemos a proposta de transformar a história em uma ficção científica e, incrivelmente, ele aceitou. Essa revista com texto meu e arte de Antonio Eder, Márcio Freire, José Aguiar e Luciano Lagares ganhou diversos prêmios de quadrinhos e FC.
Participei dessa revista de terror com a história Zumbi, magistralmente ilustrada pelo paraense Emanuel Thomaz. Essa história me valeu uma indicação para o HQ Mix, um dos mais importantes prêmios da área.
Como todo bom (???) contrato é preciso ter cuidado com as letrinhas miúdas. O que na verdades está escrito neste banner é: NA COMPRA DE UMA PANELA DE PRESSÃO, NÃO IMPORTA QUAL O SEU SEXO, GANHE GRÁTISUMA MARAVILHOSA CANECA MIMO. AQUINO HOSPITAL DAS PANELAS!
Recebi por e-mail e achei interessante compartilhar. Se alguém souber o autor, por favor, deixe um comentário.
Você vai ao bar e bebe uma cerveja. Bebe a segunda cerveja. A terceira e assim por diante.
O teu ESTÔMAGO manda uma mensagem para teu CÉREBRO dizendo "Caracas véio... o cara tá bebendo muito liquido, tô cheião!!!"
Teu ESTÔMAGO e teu CÉREBRO não distinguem que tipo de líquido está sendo ingerido, eles sabem apenas que "é líquido".
Quando o CÉREBRO recebe essa mensagem ele diz: "Caracas, o cara tá maluco!!!" E manda a seguinte mensagem para os RINS, "Meu, filtra o máximo de sangue que puderes, o cara aí tá maluco e tá bebendo muito líquido, vamo botar isso tudo pra fora" e o RIM começa a fazer até hora-extra e filtra muito SANGUE e manda para a BEXIGA, que enche rápido.
Daí vem a primeira corrida ao banheiro. Se você notar, esse 1º xixi é com a cor normal, meio amarelado, porque além de água, vem as impurezas do sangue.
O RIM aliviou a vida do ESTÔMAGO, mas você continua bebendo e o ESTÔMAGO manda outra mensagem para o CÉREBRO "Cara, ele não pára, socorro!!!" e o CÉREBRO manda outra mensagem pro RIM "Véio, estica aí, manda ver aí na filtragem!!!"
O RIM filtra feito um louco, só que agora, o que ele expulsa não é o álcool, ele manda pra BEXIGA apenas ÁGUA (o líquido precioso do corpo). Por isso que as mijadas seguintes são transparentes, porque é água. E quanto mais você continua bebendo, mais o organismo joga água pra fora e o teor de álcool no organismo aumenta e você fica mais "bunitim".
Chega uma hora que você está com o teor alcoólico tão alto que teu CÉREBRO desliga você. Essa é a hora que você desmaia... dorme... capota...
Ele faz isso porque pensa "Meu, o cara tá a fim de se matar, tá bebendo veneno para o corpo, vou apagar esse doido pra ver se assim ele pára de beber e a gente tenta expulsar esse álcool do corpo dele"
Enquanto você está lá, apagado (sem dono), o CÉREBRO dá a seguinte ordem para o SANGUE "Bicho, apaguei o cara, agora a gente tem que tirar esse veneno do corpo dele. O plano é o seguinte, como a gente está com o nível de água muito baixo, passa em todos os órgãos e tira a água deles e assim a gente consegue jogar esse veneno fora".
O SANGUE é como um officeboy do corpo. E como um bom officeboy, ele obedece as ordens direitinho e por isso começa a retirar água de todos os órgãos, inclusive do CÉREBRO que é constituído de 75% de água, e por isso, ele é o que mais sofre com essa "ordem" e daí vêm as terríveis dores de cabeça da ressaca.
Então, sei que na hora a gente nem pensa nisso, mas quando forem beber, bebam de meia em meia hora um copo d'água, porque na medida que você mija, já repõe a água.
Texto retirado de "O bar do Zé".
Sabia que... ... tomar água na hora correta maximiza os cuidados no corpo humano?
2 copos de água depois de acordar ajuda a ativar os órgãos internos.
1 copo de água 30 minutos antes de comer ajuda na digestão.
1 copo de água antes de tomar banho ajuda a baixar a pressão sanguínea.
1 copo de água antes de ir dormir evita ataques do coração.
“Não sabemos quanta capacidade de criação é morta nas salas de aula”
Alexander Neill
Em oposição à pedagogia tradicional, que tinha como valores a disciplina, a transmissão de conteúdos do professor para o aluno e a memorização, surgiram vários paradigmas educacionais propondo novos pontos de vista. Um deles foi a educação humanística, também chamada de não-diretiva, representada pelo escocês Alexander Neill e pelo norte-americano Carl Rogers.
Nessa abordagem o aluno não é um simples depositário de conhecimentos e a função do professor não é apenas transmitir informações, mas principalmente criar condições para que os alunos aprendam.
Para esse paradigma, o objetivo da educação é a realização plena do ser humano e o uso pleno de suas potencialidades e capacidades.
O homem é visto como uma totalidade, um organismo em processo de integração, uma pessoa na qual os sentimentos e as experiências exerçam um papel muito importante, como fator de crescimento. Enquanto na educação tradicional, o professor deve se manter o mais distante possível do aluno, e não deve se envolver emocionalmente, na educação humanística só há aprendizado quando há envolvimento emocional.
Essa postura não aceita qualquer projeto social que seja baseado no controle e na manipulação das pessoas, ainda que isso seja feito com a justificativa de “tornar as pessoas mais felizes”. Ao contrário, as pessoas devem ser acostumadas desde pequenas à autonomia e a assumirem a responsabilidade das suas decisões pessoais.
Na escola de Summerhill, que Alexander Neil fundou e dirigiu durante anos na Inglaterra, todas as decisões importantes eram tomadas em assembléias aos sábados, em que participava toda a comunidade acadêmica, do diretor aos alunos mais jovens. Ali todos tinham direito a um voto. Eram nessas reuniões que se estabeleciam as regras da escola: quando e como ver televisão, a que horas ir deitar, quando acordar, qual a próxima peça de teatro a ensaiar, que comida a maioria prefere, o que fazer com a menina que gosta de quebrar janelas...
Segundo Rogers, o indivíduo é capaz de dirigir-se a si mesmo, de encontrar na sua própria natureza o seu equilíbrio e os seus valores. A alienação do homem consiste em não ser fiel a si mesmo. Para esse autor, somente quando o homem sente-se incondicionalmente aceito, ele se atreve a aceitar-se como é e abrir-se para o processo de aprendizado.
Um testemunho de um professor de Summerhill, publicado na revista Realidade (1968), dá o tom da relação dos professores com os alunos em uma escola em que não era obrigatório nem mesmo freqüentar as aulas: “Você não sabe o que é ter uma classe onde quem está lá porque quer, porque escolheu aprender... Como em Summerhill ninguém pergunta a ninguém se vai ou não para a escola, ficamos logo viciados em sinceridade. Preciso estudar para acompanhar a criançada. Quem resolve aprender, não só vai a todas as aulas, como não dá folga para a gente: quer saber cada vez mais”.
Esse paradigma parte da crença rousseauriana na bondade original: “Crianças livres e felizes não têm probabilidade de ser cruéis. A crueldade, em muitas crianças, nasce da crueldade que adultos exercem sobre eles”, dizia Neill. Da mesma forma, as crianças têm uma curiosidade natural, uma vontade de aprender, que a escola deve estimular.
Aos que acusavam seu método de criar deliquentes, Neill respondia que o que torna as pessoas neuróticas e delinqüentes são o moralismo e a repressão sexual. Para ele, a neurose é conseqüência da falta de amor e de aceitação. Para Neill, por exemplo, o interesse das crianças em assuntos escatológicos surge da própria repulsa com que os pais tratam esse assunto: “Lembro-me de uma menina de 11 anos. Seu único interesse na vida eram os banheiros, os buracos de fechadura. Substituí aulas de geografia por outras referentes ao seu assunto predileto, o que a fez muito feliz. Dez dias depois, quando quis continuar as lições especiais, ela protestou, entediada: Não quero mais ouvir falar nisso. Estou farta de falar nessas coisas”, conta Neil.
É importante destacar a diferença que Neil faz entre liberdade é licenciosidade. Licenciosidade é fazer o que se quer. Liberdade é agir dentro de limites estabelecidos pela liberdade do outro. Um aluno de Summerhill podia fazer o que quiser, desde que não incomodasse os outros. Se isso acontecesse, o caso seria levado à assembléia.
Um equívoco comum é com relação à forma como esse paradigma via a figura do professor. Rogers preferia chamar os professores de facilitadores. Essa palavra foi se deformando com o tempo e hoje perdeu quase completamente seu significado original. Para muitos, o facilitador é alguém que transfere a responsabilidade de aprendizado para o aluno. Exemplos disso são os professores que no primeiro dia de aula dividem os assunto pelos diversos alunos e os mandam depois apresentar o resultado dessa pesquisa (que quase nunca é pesquisa, mas apenas repetição de idéias de um autor já demarcado, numa relação, no fundo, bastante autoritária). Muitas vezes os professores não fazem nem comentários aos trabalhos dos alunos.
O facilitador, para Rogers, é alguém que: tem confiança na relação pedagógica e cria um clima apropriado para a convivência; informa, apresenta aos alunos uma base para que eles possam avançar; aceita o grupo e cada um de seus membros (essa aceitação deve ser não só intelectual, mas também afetiva); alguém que se converte em um membro do grupo e participa ativamente do ato coletivo da aprendizagem; é congruente, isto é, consciente de suas próprias idéias e sentimentos.
Ou seja, facilitador é alguém que cria condições para o aprendizado, incentivando os alunos a se aprofundarem nos assuntos de acordo com seus interesses. Por exemplo, após uma aula sobre a África, os alunos poderiam se aprofundar em temas como o tráfico de escravos, as religiões africanas, etc... e depois compartilharem suas descobertas com os colegas. É muito diferente de simplesmente deixar os alunos darem aulas no lugar do professor, como alguns têm entendido a proposta humanística.
Anos depois de serem expostas, as idéias humanísticas ainda nos fazem pensar. Especialmente porque boa parte de suas propostas foram deturpadas. A não-diretividade tem sido vista como um “deixai fazer, deixai passar” que não é encontrado na proposta original. Pensadores como Alexander Neill e Carl Rogers nos mostram que a educação deve ser centrada no aluno, mas que o professor deve providenciar-lhe uma base que lhe permita aprender. Além disso, eles nos ensinam a importância da afetividade no processo educacional. Os alunos só aprenderão se for estabelecido um clima de amizade, em que todos sejam aceitos com suas próprias características.
BIBLIOGRAFIA
FABRA, Maria Luísa. A nova pedagogia. Rio de Janeiro: Salvat, 1979.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez, 1990.