domingo, junho 30, 2013

Turma da Mônica - laços

Sidney Gusman, coordenador editorial da Maurício de Sousa Produções, está se tornando um caça-talentos dos quadrinhos nacionais e mostrando, em vários projetos, que temos artistas com nível altíssimo de qualidade.
Exemplo disso é Turma da Mônica - laços, segundo número da série Graphic MSP. Escrita e ilustrada pelos irmãos Vitor e Lu Caffagi, a história acompanha a turma à procura de Floquinho, o misterioso cachorro de Cebolinha, que desapareceu e pode estar em um parque distante.
A referência é óbvia: o cultuado filme Conta Comigo (1986), de Robert Reiner, baseado numa noveleta de Stephen King. Inclusive o nome original seria Meninos Perdidos - o nome Laços foi uma sugestão de Gusman. Há, inclusive alguns elementos em comum com o filme, entre eles uma gangue de meninos maiores, o mendigo inicialmente assustador e as histórias ao redor da fogueira.
Conta comigo é uma película sobre nostalgia e Laços segue esse caminho. É emocionante ver as sequências desenhadas por Lu, com as crianças ainda muito novas, se conhecendo, Cebolinha ganhando Floquinho e outras, inclusive uma homenagem a Maurício de Sousa.
À nostalgia une-se um senso de humor inspirado, como na sequência em que Cebolinha e Cascão fogem da Mônica após mais um plano desastrado, ou a ótima parte em que os três perdem os sapatos e Cebolinha exclama: "Vocês sempre perdem os sapatos! Ainda não aprenderam a marrar os cardaços?", numa referência direta ao fato de que, nos quadrinhos normais, ele ser o único a usar sapatos.


Turma da Mônica, Laços, é leitura obrigatória para fãs da Turma da Mônica, de 8 a 80 anos. Tem 80 páginas e custa R$ 19,90. Já está em diversas bancas (inclusive em Macapá).

sexta-feira, junho 28, 2013

Capítulo novo dos Exploradores do Desconhecido

Tem capítulo no blog dos Exploradores do Desconhecido. Para ler, clique aqui.

Revista científica Imaginário analisa a cultura pop

A Imaginário! em sua quarta edição, traz como matéria de capa artigo da historiadora Renata Andrade acerca do Subdesenvolvimento e Imperialismo na América Latina durante o período da Guerra Fria a partir da análise das tirinhas de Mafalda, do cartunista argentino Quino. Alexandro de Souza, Amaro Braga, Ivan Carlo de Oliveira, Marcelo Bolshaw, entre outros, também apresentam artigos, ensaio e resenha sobre quadrinhos, humor e fanzine. A Imaginário! é uma revista digital ligada ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPB, com a participação de pesquisadores de todo o país. Leia mais

Simpsons terá episódio em homenagem aos protestos no Brasil

A onda de manifestações tem levado o Brasil ao noticiário internacional. Agora a ajuda virá da telinha da TV. Matt Groening, criador dos Simpsons, diz que está sensibilizado com tudo o que vem ocorrendo com os brasileiros. Em nota publicada pela Fox Channel nessa terça (25), Groening anunciou que dará sua contribuição através de um episódio totalmente voltado para protestos. Leia mais

segunda-feira, junho 24, 2013

Morreu Richard Matheson



Morreu na segunda-feira, dia 24 de junho, o escritor norte-americano Richard Matheson. Autor de clássicos de terror e ficção científica como Eu Sou a Lenda e O Incrível Homem que Encolheu. Matheson sofria há tempos de uma doença não revelada. Sua filha publicou a notícia no Facebook: "Meu amado pai faleceu ontem, em casa, rodeado das pessoas e das coisas que amava. Ele era engraçado, brilhante, carinhoso, generoso, gentil e criativo". 
As histórias sombrias e ambíguas de Matheson serviram de inspiração para vários escritores, entre eles Stephen King, que o considera sua maior infuência.
Entre suas obras mais famosas estão os livros O incrível homem que encolheu, Eu sou a lenda e Amor além da vida, De volta para o passado, todos transformados em filmes.
Matheson também foi um grande roteirista de televisão. Terror a 20 mil pés é considerado até hoje como um dos melhore episódios de Além da Imaginação de todos os tempos. Ele foi autor também de Encurralado, filme dirigido para a TV por Steve Spielberg, o primeiro da carreira do diretor.

Algumas curiosidades:
Em algum lugar do passado começou quando Matheson viu um poster com uma bela fotografia de Maude Adams e imaginou o que aconteceria se alguém se apaixonasse por uma fotografia antiga como aquela. O filme só fez sucesso no Brasil e no Japão. 

O conto Duelo, que deu origem ao filme dirigido por Spielberg, foi inspirado num incidente em que ele e um amigo trombaram com um grande caminhão.

Em sessão fechada, câmara de Tartarugalzinho diminui salário de professores em 30%

Na manhã da última sexta-feira (21) em sessão extraordinária na câmara do município, oito dos nove vereadores do município de Tartarugalzinho, localizado a 230 km de Macapá, votaram no projeto de lei que reduz em 30% o valor referente à regência de classe dos educadores da rede municipal.
O valor referente a regência foi reduzido de 40% para 10% do vencimento no salário base. Na mesma votação a gratificação para pedagogos foi reduzida de 20% para 10%. Leia mais

domingo, junho 23, 2013

O super-heróis na II Guerra


Os inimigos eram os nazistas

Naquela época, Hitler apanhava de cinto nas capas dos gibis.
O site Ideia Fixa publicou uma interessante relação de capas mostrando o engajamento dos super-herois na II Guerra Mundial, época em que todo herói de máscara e cueca fora da calça tinha que combater japoneses e nazistas. Para conferir, clique aqui.

sábado, junho 22, 2013

Uma HQ antes de ir às ruas


José Aguiar
Esta coluna foi escrita numa semana singular. Milhares de pessoas saíram pelas ruas das principais capitais brasileiras numa manifestação coletiva como há muito tempo não se via. Tudo começou com um protesto sobre o aumento de tarifas de ônibus, mas a ele se somaram outros e a multidão se avolumou e tomou dimensões inesperadas. Em meio aos manifestantes, que, no fim, somadas todas as reivindicações, pediam por um país melhor, muita gente escondia o rosto por trás de uma certa máscara. Face que nos últimos anos se tornou símbolo de resistência popular contra o sistema estabelecido. Mas na verdade, nem todo mundo sabe a origem desse sorriso estático e olhar perturbador. Possivelmente o ato de vestir essa máscara remete à maioria das pessoas a cena final do filme V de Vingança, onde uma multidão confronta as forças estabelecidas trajando o mesmo rosto e, simbolicamente, os mesmo ideais. O filme de 2005, dirigido por James Mctiegue, mesmo não sendo um sucesso comercial, popularizou no mundo todo a imagem do personagem “V”, um mascarado que, numa Inglaterra de um futuro próximo, combate o fascismo que controla a todos. O filme aos poucos se tornou cult, mesmo diluindo muito das propostas da obra em que se inspira: a mini série em quadrinhos V de Vingança (V for Vendetta) da dupla britânica Alan Moore e David Lloyd. Publicada originalmente nos anos 1980, ela fazia alegoria com a política linha dura da primeira-ministra inglesa Margareth Thatcher. Um mundo que na HQ remete ao clássico livro 1984 de George Orwell, onde todos são controlados e vigiados pelo “Grande Irmão”. A HQ foi transposta às telas numa época diferente, mas onde o “Big Brother” seja ele o famigerado programa televisivo, ou as redes sociais, realmente regem as vidas de muitos de nós.
O rosto e atitude de “V” são inspirados no soldado inglês Guy Fawkes, que em 05 de novembro de 1605, foi preso, torturado e morto por tentar explodir o Parlamento inglês. Evento que é lembrado anualmente na mesma data, na chamada de “Noite das Fogueiras” onde se queimam bonecos de Fawkes. Mas mesmo assim, a ideia revolucionária ainda ecoou pelo tempo, inspirando dois jovens quadrinistas a realizar uma das obras mais relevantes da cultura pop atual. Leia mais

Gandhi e a doutrina da não-violência


Gandhi foi uma das mais importantes figuras históricas da Índia. Ele conseguiu tornar seu país independente da Inglaterra sem guerra ou violência e até hoje é visto como um homem santo, especialmente nas pequenas vilas indianas.  Os indianos tinham tão grande respeito por ele que o chamavam de Mahatma (Grande alma).
Essa grande alma nasceu no distrito de Gujarat, um local remoto e pouco visitado da Índia. O pai de Gandhi era primeiro ministro de Porbander. A mãe era devota de uma pequena seita conhecida como pranamis, uma mistura de hinduísmo com islamismo. Em seus templos, o Alcorão e os livros sagrados indianos eram igualmente venerados. Entre os preceitos desse culto estava o respeito por todas as crenças e a simplicidade no modo de vida, o que implicava em um vegetarianismo rígido, a repulsa do álcool e ao fumo e jejuns periódicos. Todos esses preceitos teriam grande influência sobre Gandhi.
Mas quem visse o pequeno Mohandas Karamchand Gandhi quando criança dificilmente desconfiaria de sua importância futura. Ele era extremamente tímido e aluno medíocre. Parecia tão burro que a única saída encontrada pela família foi enviá-lo para Londres para freqüentar o Inner Temple, uma escola tão fácil que até o mais estúpido dos alunos conseguia aprovação.
Gandhi, como a maioria dos indianos da época, sentia um misto de ressentimento e admiração pelos colonizadores ingleses, especialmente por causa da estatura elevada e vigor físico. Assim que chegou a Londres, Gandhi  se empenhou em tornar-se um perfeito inglês. Comprou um trraje ocidental, uma cartola e uma bengala. Tomou lições de dicção, francês e violino. Só não imitou os ocidentais no hábito de comer carne, uma promessa que havia feito à mãe antes de sair de sua terra natal.
Em sua estada em Londres, ele descobriu um restaurante vegetariano onde teve contato com livros que o marcariam para o resto da vida. Um deles foi Pelo Vegetarianismo, de H. S. Salt. A partir da leitura desse livro ele passou a atuar em sociedades vegetarianas, mas era tão tímido que tinha de pedir a outras pessoas que lessem seus comunicados.
Surpreendentemente, um dos livros que ele redescobriu na sua fase inglesa foi justamente um clássico indiano, o Bagavad Gita. Gandhi ficou tão fascinado que tomou esse livro como guia pelo resto da vida. Para ele, o livro devia ser visto não como uma verdade histórica, mas como uma alegoria. Assim, Krishna não estaria estimulando Arjuna a cumprir seus deveres militares, mas  ensinando à humanidade o valor do não-engajamento e a necessidade de agir sem desejar os frutos da ação.
Na época, ele leu também textos budistas, islâmicos e cristão e tentou encontrar algo em comum entre essas crenças. Achou o que queria na idéia de renúncia.
Outros autores que o influenciaram foram Tosltoi, com O reino dos céus está em você (livro no qual a doutrina da ação sem violência) e John Ruskin, com Unto this Last. Este último livro mostrou a Gandhi que a violência era gerada por uma ordem social desigual, o que o levaria a lutar contra o sistema de castas na Índia.
Em toda a sua história de lutas, Gandhi sempre se preocupara com a qualidade de vida das pessoas. Achava que as pessoas só seriam felizes se fosse livres para viver de acordo com suas escolhas. Mas essa liberdade também implicava o respeito à liberdade e dignidade dos demais.
Em 1891 ele estava formado em direito e rumou para casa e se deparou com o primeiro caso que lhe mostraria a realidade cruel do imperialismo. Enquanto estava na Inglaterra ele conhecera um homem chamado Charles Ollivant, um tipo educado e amistoso, que trabalhava como funcionário público na Índia. Gandhi precisou procurá-lo para resolver uma questão pessoal, mas foi recebido friamente  e acabou sendo expulso da propriedade. Gandhi protestou por escrito por aquela ofensa à sua dignidade. Ollivant respondeu que um indiano não tinha uma dignidade que pudesse ser resguardada.
 Essa experiência lhe mostrou como o relacionamento entre as pessoas pode ser corrompido quando uma domina a outra, uma realidade que ficaria mais clara quando ele viajou para a África do Sul para trabalhar como advogado. Para representar seu cliente, ele precisaria viajar de trem até Pretória. Assim, comprou uma passagem de primeira classe e esperou a viagem. Nisso um inglês entrou na cabine, viu Gandhi e voltou com um funcionário da ferrovia, que ordenou a Gandhi para viajar o vagão de bagagens. Isso se repetiu durante toda a viagem. Gandhi chegou até mesmo a ser espancado por um homem, só por ser indiano.
A luta contra o tratamento dado aos indianos na África seria a primeira bandeira defendida por Gandhi.  Além de não poderem viajar na primeira classe, os indianos não tinham direito a voto e eram obrigados a se registrarem. Um policial poderia entrar numa casa indiana e revistar todos para ver se tinham o registro, o que era considerado uma ofensa, especialmente por causa das mulheres. Além disso, era cobrado um imposto abusivo de cada trabalhador indiano. Para piorar, uma lei declarava sem efeito os casamentos mulçumanos, parse e hindu.
Usando inicialmente de meios legais, Gandhi conseguiu algumas vitórias, como, por exemplo, uma indenização a um indiano que fora expulso de um trem. Mas logo ficou claro que só isso não seria o suficiente. Assim, ele empregou pela primeira vez a satyagraha, força-verdade, uma espécie de resistência civil pacífica que pretendia não derrotar o inimigo, mas trazê-los para sua causa.
Os registros, por exemplo, foram boicotados. Os indianos eram orientados a não molestarem ou insultarem qualquer um que quisesse se registrar. Mesmo assim, o registro foi um fiasco. Os indianos também foram orientados a saírem para a rua e negociarem sem licença, o que provocaria suas prisões.  As mulheres logo entraram nos protestos. Logos as prisões estavam lotadas de manifestantes, provocando grandes problemas e constrangimentos para as autoridades.
A polícia também usou de violência, atirando contra trabalhadores, o que colocou a opinião pública contra o governo. Até o Vice-rei da Índia protestou contra a situação na África e as autoridades foram obrigadas a libertar Gandhi e negociar. Os indianos tiveram praticamente todas as suas exigências atendidas.
Quando Gandhi voltou a Índia, foi recebido como herói nacional. Ele era visto como o homem capaz de devolver a liberdade ao país. Mas ele deixou claro que não queria apenas a independência da Índia: queria também uma situação melhor para o povo e o fim da sociedade de castas. Esse posicionamento foi demonstrado numa reunião do congresso nacional. Os párias eram proibidos de entrar, o que provocou um problema, já que eles eram encarregados de limpar os banheiros. Gandhi não pensou duas vezes: pegou a material e foi limpar o vaso que pretendia usar. Além disso, ele abandonou os trajes ocidentais e começou a usar roupa feita por ele mesmo. Ele percebeu que a indústria de tecidos havia destruído uma importante parte da cultura indiana e provocado mais miséria e infelicidade. Assim, ele elegeu a roca (instrumento usado para fiar o algodão) como símbolo de sua filosofia.
Sob a liderança de Gandhi, os indianos começaram a bular leis e regras abusivas. Os protestos incluíam fazer sal (só os ingleses tinham autorização para fazer sal), vender livros proibidos ou distribuir o jornal Satyagrahi, editado por Gandhi. O Vice-rei foi avisado como parte da filosofia de Gandhi de ser totalmente leal com o adversário.
A reação das autoridades foi violenta. 379 pessoas foram mortas e mais de mil pessoas foram feridas. Para desgosto de Gandhi, muitos indianos haviam reagido violentamente à provocação da polícia, mas apenas nos locais onde não havia voluntários treinados na não-violência, ou onde estes haviam sido presos.
Gandhi foi preso e seu julgamento foi um ótimo exemplo de sua política de converter o oponente.  Juiz e réu trataram-se com tão grande cavalheirismo que muitos perceberam que o magistrado o admirava por sua coragem e probidade.
Gandhi foi condenado a seis anos de prisão e agradeceu a cortesia com que foi tratado.
Ao fim desse tempo, ele voltou à ação, numa serie de protestos que levariam a Índia à independência.
Um dos atos mais importantes dessa luta foi a marcha do sal, acontecida em 1930.
Os indianos eram proibidos de fazer o próprio sal e eram obrigados a pagar altas taxas pelo sal fabricado pelos ingleses. Quem mais sofria com essa determinação eram os pobres. Assim, Gandhi iniciou uma marcha na direção das salinas. Antes, ele mandou uma carta ao Vice-rei, informando-o do movimento. A marcha começou com 78 participantes, mas aos poucos foram se juntando milhares de pessoas. Os ingleses começaram a prender a todos que podiam, mas logo as prisões estavam lotadas.
Além das prisões, a polícia usou de extrema violência, mas os indianos não revidavam, pois sabiam que, se isso acontecesse, Gandhi cancelaria o movimento.
Um repórter que assistira aos protestos escreveu que os ingleses (que se orgulhavam muito de sua civilidade) haviam tido uma derrota moral ao agirem como bárbaro diante de pessoas totalmente pacíficas.
A opinião pública se voltou contra a Inglaterra e o Vice-rei foi obrigado a negociar.
Gandhi também comandou boicotes a produtos ingleses, especialmente as roupas. Ele propunha que as roupas fossem feitas pelas próprias pessoas, independente de sua condição social.
Nos anos seguintes, ele foi preso diversas vezes, mas as prisões, ao invés de calá-lo, só pareciam multiplicar o número de seus seguidores.
 Finalmente, em 15 de agosto de 1947, a Índia tornou-se independente, mas Gandhi não comemorou. Ele estava triste por saber que o país que tanto amava ia ser dividido em dois: o Paquistão, de religião mulçumana e a Índia, predominantemente hindu.
No dia 30 de janeiro de 1948 ele foi assassinado a tiros, em Nova Déli, por um fanático hindu, que não aceitava a política de Gandhi, segundo a qual todas as pessoas fossem tratadas com justiça e generosidade, independente da religião. Apesar do pedido de Mahatma para seu assassino não fosse punido, este foi preso e enforcado.
George Woodcock diz, no livro As idéias de Gandhi, que este foi um dos políticos mais hábeis de seu tempo, ¨ainda mais notável porque, recordando as lições do Bagavad Gita, jamais buscou recompensas da política¨.

sexta-feira, junho 21, 2013

Tosquices em quadrinhos

A Editora Marca de Fantasia e a Café Espacial se unem para servir uma nova série de 
álbuns: Café Espacial apresenta. Como uma deliciosa xícara de histórias em quadrinhos autorais, a série é uma proposta da editora de dar destaque a autores da Café Espacial. E a estreia é com a quadrinhista gaúcha Samanta Flôor.
Formada em Arquitetura, Samanta Flôor seguiu sua paixão por ilustração e fez pós-graduação em Expressão Gráfica pela PUC-RS. A artista trabalha como ilustradora freelancer desde 2008, mas nunca deixou de criar trabalhos autorais, inicialmente sempre inspirada em seu próprio cotidiano.
A série de humor escrachado que ela mesma intitulou de Toscomics, apresenta quadrinhos para quem gosta do melhor das tosquices. Leia mais




 
Toscomics
Samanta Flôor
Série Café Espacial apresenta, n. 1. João Pessoa: Marca de Fantasia: 2013. 60p. 14x20cm. R$12,00.
ISBN 978-85-7999-073-1

Antologia Histórias para ler no cemitério prorrogada

O prazo final da antologia Histórias para ler no cemitério, da editora Navras, foi prorrogada para o dia 24 de julho. Para maiores informações, clique aqui.

Morreu Carmine Infantino




Por Sérgio Codespoti
Data: 5 abril, 2013
O desenhista Carmine Infantino, um dos nomes mais importantes da Era de Prata dos quadrinhos, faleceu no último dia 4 de abril, aos 87 anos.
Nascido no Brooklyn, em Nova York, Estados Unidos, no dia 24 de maio de 1925, Infantino foi o criador de personagens como Barry Allen, o Flash (uma parceria com o escritor John Broome); grande parte da galeria de vilões do velocista escarlate (Capitão Frio, Mestre dos Espelhos, Gorila Grodd e Capitão Bumerangue); Barbara Gordon, a Batgirl (com Gardner Fox); o Desafiador (com Arnold Drake); Christopher Chance, o Alvo Humano (junto com Len Wein); e Canário Negro (com Robert Kanigher). Além disso, redefiniu o visual do Batman em 1964 e foi o editor que revolucionou a DC Comics na década de 1960. Leia mais

quinta-feira, junho 20, 2013

E-boook Piratas e outros contos

Está disponível para download gratuito o ebook Piratas e outros contos, de minha autoria e lançado pela editora Navras. Para baixar, clique aqui.

quarta-feira, junho 19, 2013

O manifesto em Macapá

Fomos hoje na manifestação de Macapá. Durante todo o percurso não vi um único ato de violência ou vandalismo. O máximo era alguém que soltava fogos. A palavra de ordem era "Sem violência" e "Vem pra rua". 
Acredita-se que devam ter comparecido mais de 12 mil pessoas ao protesto. E foi bonito. Sem carros de som ou uma liderança única, o que se via eram múltiplas vozes que se mostravam principalmente através de cartazes, muitos deles contra os gastos com a Copa, ou contra a corrupção. Foi belo ver todo mundo cantando o hino nacional. Brasileiro só é patriota na hora de jogo da seleção. Bonito ver esse patriotismo sendo usado na busca por melhoras. 
Início da noite o manifesto retornou à Praça da Bandeira e começou a dispersão.
Segundo relato, nesse momento começaram a chegar pessoas que não haviam feito parte do protesto e foram elas que mancharam o protesto com atos de violência. Não eram manifestantes. Eram bandidos e como tais deviam ser tratados. Pena que ainda havia alguns manifestantes quando a polícia começou a reprimir os atos de vandalismo (embora a grande maioria já tivesse ido embora).
Minha sugestão, caso haja outros protestos: se virem esses vândalos em ação, voltem para casa e deixem a polícia cuidar deles.    














terça-feira, junho 18, 2013

Cuidado!

Aos que pretendem utilizar a manifestação de amanhã para ter ganho político, um lembrete: nosso símbolo é o V de Vingança...

Joe Bennett e os protestos

O famoso desenhista Joe Bennett, um dos mais conceituados do mercado americano, fez um desenho em homenagem aos protestos que estão se espalhando pelo Brasil (confira abaixo). Em tempo: Joe é brasileiro e mora em Belém.

As crítica aos protestos

Sinceramente, não estou entendendo o pessoal que tem criticado os protestos que têm se espalhado pelo Brasil.
O primeiro argumento é de que a luta era só por 20 centavos, uma ninharia.
Agora que os protestos se ampliaram, dizem: ah, mas não vai chegar a lugar nenhum com uma pauta  tão grande.
Os manifestantes protestam contra a PEC 37, que tira do Ministério Público a função de investigar políticos corruptos e dizem: ah, mas por que não protestam contra os corruptos?
Se alguém vê uma bandeira de partido, logo dizem: "Não estou dizendo, é um movimento partidário, para as eleições do próximo ano".
Se os manifestantes gritam contra as bandeiras de partidos, os críticos: "Tá vendo, não tem nem liderança".
Os protestos são também contra os gastos contra a Copa, que tiraram, e ainda estão tirando, dinheiro de áreas importantíssimas, como saúde, educação e transporte. Aí dizem: ah, mas porque só deixaram para protestar agora? Deviam ter protestado ano passado. Se fosse ano passado, teriam dito: ah, mas por que deixam para protestar agora?
Chego à  conclusão de que tem gente que está muito satisfeito com as coisas como estão.

Protesto em Macapá


segunda-feira, junho 17, 2013

"Jamais achei que ele fosse atirar"

A jornalista da Folha de São Paulo fala sobre o tiro que levou de um policial durante a cobertura dos protestos em São Paulo.  Um dos momentos do vídeo mostra uma fala de um dos policiais que pode explicar as agressões contra os repórteres (foram sete feridos, só da Folha) e as prisões de jornalistas. O PM diz: "Esses porras ficam nos filmando!".

Quadro ganha vida na Holanda

Num centro comercial em Breda, na Holanda, os clientes foram surpreendidos pelo soar do alarme e um fugitivo à solta perseguidos por policiais do século XVII. No final, era tudo uma ação de guerrilha para promover a volta do quadro Ronda Noturna, de Rembrandt, ao Rijksmuseum.

2o Brasil Sul Comic Con

Recebi, do amigo Carlos Henry, o depoimento dos artistas que particparam do evento 2o Brasil Sul Comic Con, que reproduzo abaixo. 


DENILSON REIS (ROTEIRISTA E EDITOR DO FANZINE “TCHÊ”,”QUADRANTE SUL” E “PERYC,O MERCENÁRIO”)
Em novembro fui convidado pelo Leonardo de Albuquerque para participar de um evento que ele denominou de 2ª Brasil Sul ComicCon. Comentou que estava organizando um grande evento, "o maior do Sul do país" - nas palavras dele - e queria que eu e o Grupo Quadrante Sul, que somos responsáveis pelo Mutação na Feira do Livro de Porto Alegre participássemos. Chegou falando da vinda de Mike Deodato e que teríamos um cachê de participação. Aceitei participar, até para poder estar em um "grande" evento e poder divulgar o meu trabalho. Tudo muito bom, tudo muito bem e até fiz um material de divulgação nos sites de quadrinhos e tal. Chegando no dia do "evento" percebi que estavam a maior desorganização. Não havia um local adequado nos esperando, tivemos que montar tudo por nossa conta e ir se arranjando nos espaço. Procurei fazer o melhor possível, mas logo percebi que não havia nenhuma divulgação e o público se quer sabia o que estava acontecendo por ali. Ou seja, seria um "evento" sem a mínima divulgação e como poderia ter público se as pessoas se quer sabiam o que estava acontecendo por alí. Além da infraestrutura que foi montada na hora e a falta de divulgação, também não havia perspectiva de receber a ajuda de custo para o deslocamento ao local e a alimentação. Teve um dia que tivemos que vestir uma camiseta de voluntário do evento, embora fossemos convidados do mesmo, para poder pegar uns pilas para comprar um lanche, muito chato e constrangedor. De qualquer forma, fui correto e participei do evento conforme o combinado, até para poder ter direito a receber o cachê combinado, e olha que não era nenhuma fortuna, apenas uns "pilas" para poder imprimir depois alguns fanzines. O maior problema para mim é que até o momento não vi um centavo do que foi combinado e o Senhor Leonardo andou postando umas mensagens dizendo que não vai mais se manifestar sobre o assunto e que tudo foi parar na justiça, sendo que não temos maiores e nem menores informações sobre o tal processo que a associação da qual o Leonardo faz parte fez contra a Prefeitura de Porto Alegre, que ele diz ser a vilã deste problema. Tudo muito lamentável!


CRIS PETER (COLORISTA DA MARVEL COMICS)
Muitas são as pessoas que podem lhe oferecer convites para palestrar ou participar de eventos, e até mesmo lhe oferecem um cachê para que participes. Mas como acreditar, ou pressentir que na verdade esse convite não deve ser aceito? Como saber se o tal evento citado não será um vínculo desvantajoso? Como saber se não irão lhe passar a perna?
Venho aqui contar uma "historinha" e espero que seus detalhes ajudem todos a detectar uma furada.
Fui convidada para um tal "evento". Tudo nele me cheirou a furada desde o princípio. Mas mesmo assim quis dar o benefício da dúvida, infelizmente meu primeiro instinto estava mais do que correto. O evento foi amador, desorganizado e o meu prometido cachê não foi e nem será pago.
Eis as dicas que recebi de que o evento não era bem organizado:
- dica número um: Ao ser convidada recebi um panfleto extremamente amador em material copiado a xerox amassado (o que acaba denotando falta de capricho do organizador).
- dica número dois: Ao explicar que teria de cobrar um cachê, recebi uma resposta positiva e rápida demais. O organizador não tentou ao menos negociar os valores. Sabemos que quem precisa administrar uma verba em um evento não pode dizer sim a qualquer exigência de convidado.
- dica número três: a poucos dias do evento, o organizador me comunica que terei DUAS participações no evento. Sendo que meu cachê anteriormente combinado era para somente UMA participação. Como estava ocupada com meu trabalho, não pude discutir esse detalhe com ele e deixei por isso mesmo.
- dica número quatro: Ao chegar ao local na data do evento para entregar meu material de exposição, nada estava montado ainda. Deixei meu material e expliquei como deveria ser exposto, pois possuía uma ordem. O organizador nítidamente não prestou atenção nas minhas instruções.
- dica número cinco: A tal vernisage de abertura do evento não começou no horário determinado. Quando cheguei ao local, a montagem do evento estava amadora e não encontrei ninguém da organização. Ao ver meus trabalhos na exposição, eles estavam expostos na ordem errada. Neste momento, eu aceitei que aquele evento era uma furada e que eu não seria paga.
- dica número seis: Mesmo depois disso apareci nas duas palestras que participaria. Tenho minha palavra, e iria cumprí-la. Durante as minhas duas palestras (vazias) o organizador ficou abordando pessoas que passavam pelo local tentando convencê-las a assistirem. Foi bastante desagradável. 
Enfim, no final da história, o organizador inventou uma historinha de que ele estava no meio de um processo judicial para conseguir verba para pagar os cachês, mas eu já tinha aceitado que não receberia nada. Óbviamente não irei aceitar mais nenhum convite dessa mesma pessoa.
Eu recebi todos os sinais, fui em direção a parede sabendo que ela estava se aproximando e mesmo assim não desviei. Tive boa fé, e isso não é um erro. Não perdi tanto tempo, não tive de viajar e conheci algumas pessoas legais.
A verdade é que é sempre importante averiguarmos o evento antes de aceitarmos um convite. Hoje, com o Facebook, podemos verificar os amigos que temos em comum com os organizadores para termos certeza de que não se trata de algum amador. Normalmente eventos com porte suficiente para pagar cachê tem site na internet e informações para serem investigadas pelo Google.
Acontece, infelizmente. Mas quem deve se sentir mal com isso sou eu por não ter sido paga, ou o organizador do evento por ter caloteado todo mundo?

FERNANDO DAMASIO (DESENHISTA DE “RIP REGAN,POWERMAN” E  “DANGER:HIGH VOLTAGE”)
No começo desse ano fui convidado  junto com outros artistas a participar de um evento em Porto Alegre, Intitulado de 2º Brasil Sul Comiccon. Nesse convite constava que não gastaria  com nada, no hotel teria café , almoço e janta, teríamos transporte até o evento e cada artista receberia um cachê, com o valor combinado  com o organizador  e com a Prefeitura. Infelizmente, nesse país, “Ordem e Progresso” só se encontra  na bandeira. Fomos enganados! No hotel só teria café da manhã, não havia um transporte até o evento e não nós foi pago o cachê, viajamos despreparados apenas com dinheiro para pequenas compras no evento como: revistas, lanche, etc. No meu caso, tive que me juntar ao meu editor e amigo Carlos Henry para podermos nos alimentar, comíamos um pouco a mais no café para não dar fome na hora do almoço e quando chegávamos do evento, procuramos um mercado e rachávamos pizza, outro dia frango com polenta, e todos os dias tínhamos que dividir o táxi também. Conhecemos uma amigo, Professor Athos, que percebendo nossa situação  e também tinha palestras a ministrar no evento, ele pagava o táxi para ir ao evento e nos convidava para ir com ele. Passaram-se 5 meses, e nosso cachê não foi pago, o organizador só nos passa que a prefeitura não teria verba, e que estão processando a prefeitura. O organizador não passa o número de processo , nome de advogado. Se existe esse processo, nosso nome está no meio, é nosso direito saber como está, e é dever da organização nos passar alguma coisa concreta e não apenas palavras. Fomos prejudicados, deixamos trabalhos de lado para poder honrar esse compromisso com a organização e com a prefeitura de Porto Alegre, é nosso trabalho !!!!!. Só queremos o que é nosso por direito, nada mais. 


CARLOS HENRY (CRIADOR DO “LOBO-GUARÁ”,”CITY OF DREAMS” E EDITOR DO SELO “EXCELSIOR”)
O Brasil Sul ComicCon na verdade, NÃO aconteceu!! Faltou organização, conhecimento de causa,produção,estrutura..tudo! O curador da exposição,que aconteceria dentro do Fórum Social Mundial, era Leonardo Albuquerque, que a toda hora culpava a Prefeitura de Porto Alegre pela falta de estrutura (isso, já tendo várias reuniões anteriores com a Prefeitura..). Vamos por partes: O EVENTO (?): Chamar de ComicCon um evento que tem 2 mesas e 2 placas de madeiras como expositores, com um caricaturista (Luca Risi) e outro só com um grupo (Quadrante Sul), sem editoras, nem gibiterias, nem cartazes, nem programação visual, nem exposição decente, nem artistas de peso, nem divulgação de mídia, enfim, sem nenhuma estrutura,é uma piada de MUITO mal gosto! Não teve nada de convenção, apenas um encontro de amigos que curtem quadrinhos. HOTEL: Tudo ok, porém, se combinou que haveria “alimentação completa garantida”, ou seja, café da manhã/almoço/jantar. Uma vez que o hotel só oferece café da manhã, a alimentação acabou ficando por minha conta. Eu e Fernando Damasio tivemos que procurar um lugar mais em conta pra nos alimentar. CONDUÇÃO: Não tinha condução do hotel para o evento e vice versa. A minha sorte e do Fernando Damasio (desenhista de Rip Regan,powerman,do Excelsior Webcomics) foi o Professor Athos, um dos palestrantes, garantir o táxi de ida. Na volta,, eu e Damasio dividíamos a corrida do evento ao hotel. O Leonardo sequer apareceu no hotel,só ficando no evento,muitas vezes,sem nenhuma ocupação. ALIMENTAÇÃO DURANTE EVENTO: tb não teve. O que aconteceu foi uma “manobra” do curador, Leonardo Albuquerque, para recebermos um cachê como “voluntários”, ao invés de “palestrantes”. Algo inconveniente e vexatório. No dia posterior, nem mesmo os voluntários estavam recebendo. VERNISSAGE: No dia da abertura da exposição, para minha surpresa, não tinha NENHUM banner ou indicação do evento de Quadrinhos dentro ou fora do Fórum Social-Mundial., nada! Descobri por acaso que a parte de Quadrinhos ficava no piso superior,e lá tinha apenas 2 mesas,com 2 placas de madeira com artes afixadas de Luca Risi e do grupo de quadrinistas Quadrante Sul. Uma outra placa, pintada com uma mulher de perfil e com o nome “Brasil Sul ComicCon”, estava a frente. Na parte de artes visuais, no piso inferior, a vernissage acontecia, ao mesmo tempo que se acabava de montar a exposição; algo impensável. DIVULGAÇÃO: Só houve divulgação na semana do evento,coisa que deveria acontecer no mínimo,com 1 mês de antecedência. Tb os modelos que iriam vestidos de personagens de quadrinhos, distribuindo flyers, não foram contratados. PALESTRAS: Uma verdadeira bagunça. Um exemplo, foi que na hora da palestra do Professor Athos, outro grupo de pessoas usaria o espaço. Resultado: quando o professor já tinha começado, teve que interromper sua palestra e esperar. Um verdadeiro desrespeito. Eu estava comprometido com 2 palestras,mas, na programação interna, constava meu nome em outras,sem nem eu ter sido consultado. Não havia público, uma vez que não houve divulgação interna ou nada que indicasse que estava acontecendo uma palestra ali. Apenas amigos que se encontraram pra bater papo sobre HQ. Só cumpri com as 2 que havia combinado. Espero ser pago, como combinado. LANÇAMENTOS: Na minha palestra, haveria lançamento do meu livro “Super-Brazucas- o universo dos super-heróis brasileiros” e da revista indie “Excelsior Quadrinhos”. Bom, antes mesmo do evento,o Leonardo me falou que a Prefeitura não iria comprar exemplares do livro para venda, como havia combinado antes. E somente durante o evento, ele me falou que a Prefeitura não iria fazer a impressão da revista, como combinado antes. Enfim, minha ida á Porto Alegre,só valeu por  ter conhecido o Professor Athos , a Cris Peter, Fernando Damasio, Darlei Nunez e o pessoal do Quadrante Sul. De resto,foi um fiasco! Sorte,tiveram Mike Deodato, Emir Ribeiro e Watson Portela,que foram convidados e não entraram nesta furada, já que viram que não valeria a pena....

domingo, junho 16, 2013

Mundo vigiado

 Breno Pires - O Estado de S. Paulo
Uma sociedade viciada em entretenimento televisivo, calmantes e antidepressivos, que admite a supressão da liberdade individual em nome de uma suposta felicidade, garantida pelo estado por meio da repressão ao contraditório. Essa é a imagem que o escritor norte-americano Ray Bradbury (1920-2012) projetou, em 1953, para o futuro, na sua obra prima, Fahrenheit 451, lançada em outubro daquele ano. Mas bem que poderia ser uma leitura da sociedade norte-americana pós-11 de Setembro. Leia mais

sábado, junho 15, 2013

Uma revelação


Chegou a hora de me revelar ao mundo. Sou o Grão-mestre de uma sociedade secreta que tem como objetivo a dominação planetária: a "Grão Ordem dos 500 quadrinistas, por Tutatis". Sou também um dos autores dos "Protocolos dos sábios de Sião" (escrevi o artigo que explica como usar heróis com máscaras e cuecas em cima da calça para fazer a juventude se revoltar contra o Czar).
Somos responsáveis por todas as revoltas e revoluções, realizadas com o objetivo de desestabilizar os governos e instaurar uma nova ordem mundial. Se você pegar a data da revolução russa, por exemplo, e transformar em letras, obterá o nome de nossa sociedade secreta. 

Estamos convocando uma reunião secreta para discutir nossos planos de dominação mundial. Ela acontecerá no vão livre do MASP, na Avenida Paulista, na próxima quarta-feira, às 14 horas. Quem não souber onde fica, não se preocupe, haverá placas indicativas espalhadas por toda a cidade indicando o local da reunião secreta. Lembrando que durante o culto arcano todos deverão usar mantos de Superman e máscaras de V de Vingança. A senha é "Ao infinito e além!".

sexta-feira, junho 14, 2013

Recadastramento biométrico de título: mais uma manhã perdida


Senhas de tentativas de recadastrar meu título de eleitor
Mais uma tentativa de recadastrar o meu título de eleitor e mais uma vez deu a minha hora e não consegui. Hoje cheguei às 8:15 no Superfácil e peguei a senha número 72. Uma senhora me disse que chegou às 7:30 e não tinha sido atendida quando saí da frente do guichê do TRE no Superfácil. Algumas pessoas me disseram que só quem estava conseguindo ser atendido ainda de manhã eram as pessoas que chegavam antes das sete da manhã. Os outros, ou esperavam até a tarde, ou perdiam a manhã.
O problema parece estar relacionado a uma série de fatores, entre eles a lentidão do sistema e as senhas de prioridade. Como são prioridade, idosos e grávidas são chamados primeiro, travando as senhas normais enquanto as prioridades estão sendo atendidas. Um idoso quase foi agredido por conta desse problema por uma pessoa que estava na fila e era o próximo a ser atendido.
Semana que vem vou tentar de novo, prosseguindo na minha odisseia para conseguir fazer o recadastramento do meu título de eleitor. Só espero conseguir isso antes do prazo final.

Atentado contra a democracia

Existem três pilares básicos de qualquer democracia: o direito à manifestação, a liberdade de imprensa e a garantia de que ninguém será preso sem que tenha cometido um crime previsto no Código Penal.
Todos esses aspectos foram ignorados ontem pela polícia militar do estado de São Paulo, na repressão às manifestações contra o aumento da passagem.
Antes mesmo antes dos protestos, dezenas de manifestantes foram presos por porte de... vinagre! O vinagre é usado para atenuar os efeitos das bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela polícia. Não é uma substância ilegal. Todo mundo usa na salada, mas quem estivesse com vinagre ontem em São Paulo era preso. Uma dessas pessoas foi o repórter Piero Locatelli, da revista Época. Mesmo depois de identificar como jornalistas, os policiais efetuaram a prisão.
Aliás, parece ter havido uma verdadeira caça a jornalistas ontem na Paulista. Sete jornalitas da Folha de São Paulo foram atingidos por balas de borracha. A jornalista Giuliana Vallone foi atingida no olho por uma bala de borracha enquanto estava num estacionamento, longe de manifestações. Uma viatura da polícia passou pelo local e um PM atirou. Um outro jornalista, este da agência Futura Press, também foi atingido no olho e corre o risco de ficar cego.
Um vídeo divulgado no Youtube mostra um grupo de jornalistas sendo ameaçado por policiais. Quando eles se identificam como jornalistas, os policiais começam a atirar.
Algumas pessoas estão dizendo que os jornalistas foram confundidos com vândalos. Impossível, a não ser que os jornalistas estivessem quebrando algo, o que acho muito difícil. Além disso, jornalistas geralmente andam em grupos nessas ocasiões, como forma de proteção e a maioria usa crachás. A identidade de jornalita, emitida pela Federação Nacional de Jornalistas, é diferente e tem a palavra Jornalista em destaque. Não há como confundir ou dizer que os policiais não sabiam que estavam prendendo um jornalista. Ou dizer que eles atiraram pensando que eram vândalos.
Ao que parece, havia uma tentativa de impedir qualquer registro da violência policial. O alvo, pelo jeito, era qualquer um que estivesse com uma câmera.

E, pelos ataques aos jornalista, dimensiona-se os ataques às outras pessoas. Uma senhora, que não participava da manifestação, levou um tiro ao sair da igreja. Um casal de namorados foi agredido em um bar, depois da manifestação, porque o policial achava que eles poderiam ter feito parte dos protestos. Caídos no chão, continuaram levando chutes.
O direito à manifestação é sagrado. O que a polícia deve evitar é atos de violência ou depredações. Mas, segundo informações de Élio Gaspari, a polícia começou a atacar os manifestantes quando a passeata ainda era pacífica e continuou atacando pessoas mesmo depois do fim das manifestações.
Pior é o comando da polícia dizer que não houve excessos. Ou seja: os policiais seguiram estritamente as ordens.
Aceitar a ação dos policiais é aceitar um atentado contra a democracia.

quinta-feira, junho 13, 2013

Tortura de crianças durante a ditadura militar

A TV Record realizou uma série de reportagens sobre crianças presas e torturadas durante a ditadura militar brasileira. Na reportagem abaixo, o repórter Luiz Carlos Azenha mostra a história do mais jovem preso político brasileiro, um menino de dois anos considerado terrorista pelos militares.

Recadastramento biométrico do título de eleitor

Primeiro no Super-fácil, depois na Casa da Cidadania. Pedi a manhã inteira e não consegui fazer o recadastramento biométrico de meu título de eleitor. No final fomos dispensados por um técnico porque o sistema tinha caído e não tinha previsão de voltar.  Coloquei essa reclamação no Twitter e Facebook e várias pessoas disseram que passaram pelo mesmo problema.  A Justiça Eleitoral quer que as pessoas se recadastrem, mas não cria condições para tal. Enquanto isso, os eleitores perdem tempo, horas de trabalho e de aula.