Esta semana, no Burburinho, Gabriel Perissé escreve um texto sobre "Como vencer um debate sem precisar ter razão". Baseando-se no texto homônimo de Arthur Schopenhauer (1788-1860), Perissé apresenta diversos tipos de patifarias intelectuais.
Uma delas é particularmente odiosa. Trata-se de falar coisas completamente incompreensíveis com ar de produndidade para que o outro se sinta humilhado e, fingindo compreender, acabe aceitando o que se diz. "Então, se eu digo: "O paradigma da interação integra o jogo de inúmeras forças concêntricas que, sem privilegiar o efeito, anulam de certo modo a causa. Trata-se, na verdade, de sistemas autogênicos não-ordinários e não-cumulativos que, sem dúvida, exigem uma nova percepção do fenômeno, você concorda?" — poucas pessoas terão coragem de contradizer-me.".
Infelizmente na academia o que mais tem são professores que usam essa estratégia, inclusive como evitar perguntas de alunos...
Por mim, tenho sempre o lema: se ninguém consegue entender o que você está dizendo, é porque o que você está dizendo não tem sentido.
sexta-feira, junho 30, 2006
Ex-baixista de Bauhaus relança CD de V de Vingança
Por Thiago Augusto (29/06/06)O ex-baixista da banda britânica Bauhaus, David J, escreveu várias letras que se tornariam grandes sucessos do grupo. A mais conhecida delas é Bela Lugosi's Dead. Seu manuscrito foi leiloado por US$ 3.000 no eBay. O músico chegou a formar uma banda chamada The Sinister Ducks, que incluía em sua formação o saxofonista Alex Green e ninguém menos que Alan Moore. Assim, não é de se estranhar que entre seus projetos solos está a materialização da música tema da graphic novel V de Vingança, intitulada The Vicious Cabaret. Leia mais no Universo HQ
HQ com Albert Einstein na revista Galileu GIGA
Por Marcelo Naranjo, sobre o press release (29/06/06)Está nas bancas a revista Galileu GIGA (82 páginas, R$ 8,95), a mais nova revista da família Galileu.Voltada para o público jovem, a revista bimestral tem uma linguagem mais light que sua irmã mais velha, com matérias que exploram o lado científico das coisas que os jovens contemporâneos curtem: tatuagens, quadrinhos, esportes radicais etc. Em relação aos quadrinhos, a #1 traz uma matéria sobre o novo filme do Superman e outra sobre o último filme dos X-Men, além de uma HQ de seis páginas que conta um pouco da história de Albert Einstein. Leia mais no Universo HQ
quinta-feira, junho 29, 2006
Primeiro volume do Príncipe Valente volta em nova edição
Por Marcelo Naranjo, sobre o press release (28/06/06) Em 1974, a editora Ebal, de Adolfo Aizen, ganhou o direito de editar em álbum no Brasil as histórias de O Príncipe Valente, 37 anos depois de lançar pioneiramente o herói no país, na revista Suplemento Juvenil, somente quatro meses após sua estréia nos EUA, no New York American Journal. Leia mais
Comentário: Principe Valente é um clássico, um dos melhores quadrinhos já feitos. Leia a matéria completa no Universo HQ e aproveite para comparar em alguns desenhos a nova versão dos desenhos e a versão antiga.
Comentário: Principe Valente é um clássico, um dos melhores quadrinhos já feitos. Leia a matéria completa no Universo HQ e aproveite para comparar em alguns desenhos a nova versão dos desenhos e a versão antiga.
quarta-feira, junho 28, 2006
Ontem o Brasil ganhou de Gana, 3 a 0. Não haveria nada de preocupante nisso, não fosse o fato de que, de longe, o melhor jogador em campo fosse o goleiro Dida, inclusive deve ter sido também o jogador com maior posse de bola. Se os jogadores de Gana não tivessem a mania de chutar para cima e se nosso goleiro não fosse tão bom, ia ser goleada... para eles.
segunda-feira, junho 26, 2006
Leia matéria no Omelete sobre o cineasta Billy Wilder, talvez um dos melhores que Hollywood já produziu.
Lost
domingo, junho 25, 2006
A escola do jardim
No ano de 306 a.c. o filósofo grego Epicuro, então com 36 anos, abriu sua escola em Atenas. Epicuro comprara para tal uma casa com jardim e, ao invés de trancafiar-se em uma sala com os alunos, preferia ficar ao ar livre, conversando com seus alunos.
Observadores da época diziam que não parecia um mestre rodeado de alunos, mas sim um grupo de amigos que filosofavam juntos.
O objetivo da filosofia epicurista era descobrir como o homem podia ser mais feliz. Para Epicuro, a felicidade estava na busca do prazer. Mas prazer para ele era a ausência de sofrimento. Assim, só devemos procurar aqueles prazeres que não trazem nenhum sofrimento, nem para nós nem para os outros.
Além disso, buscar o prazer não significava ser dominado pelos desejos. Segundo Epicuro, devemos fruir o prazer de cada situação, sem nos preocuparmos com o que não temos. “Não deves corromper o bem presente com o desejo daquilo que não tens; antes deves considerar que aquilo que agora possuis se encontrava no número dos teus desejos”, dizia.
Para enriquecer um homem, não é necessário dar-lhe tesouros, mas diminuir-lhe os desejos. Quem se satisfaz com o que tem é um homem feliz.
Mas, para Epicuro só podemos apreciar o prazer através do amor e da paz de espírito.
Uma filosofia como a de Epicuro não poderia se disassociar-se de seu método de ensino. O próprio jardim era exemplo disso. Por que trancar-se em uma sala se era muito mais prazeroso dar aulas no jardim?
Na escola do Jardim as aulas não tinham hora para início ou fim. Epicuro podia ser visto a qualquer momento discutindo com seus alunos.
A amizade também era essencial. Epicuro era antes de mais nada um amigo de seus pupilos. Até os inimigos louvavam essa amizade fraternal que envolvia os epicuristas. Dizem que jamais houve brigas entre eles.
Embora dois milênios nos separem da escola do Jardim, ainda podemos aprender muito com ela.
Epicuro nos ensinou que não existe educação sem prazer. Se aprender algo não foi uma experiência prazerosa, o aluno logo esquecerá. O prazer da descoberta é sufocado por um grande número de professores e escolas, que tomam a educação como obrigação. Confesso que desde a época da faculdade fiz uma promessa para mim mesmo: jamais leria algo que não me desse prazer. Como professor, devo ler muito, mas sempre vejo nisso como uma oportunidade de prazer, não como uma obrigação. E, confesso, se um livro não está me dando prazer, vou procurar outro sobre o mesmo assunto.
Epicuro também nos ensina que a educação não deve se prender a quatro paredes, ou os 50 minutos de aula. O aprendizado pode se dar em qualquer hora, em qualquer situação. Há professores que simplesmente se negam a responder perguntas dos alunos fora da sala de aula, ou fora do horário. Esses são no máximo transmissores de conhecimento, mas nunca mestres. O verdadeiro mestre, o é 24 horas por dia, até porque muitas vezes o aluno aprende mais com uma pergunta no corredor, um bate-papo na hora do lanche, ou um texto indicado por um professor. Confesso que fico muito feliz quando um aluno diz que leu um texto meu na internet e afirma que aprendeu algo com ele.
Por fim, a amizade. Um bom professor precisa ter domínio do conteúdo, precisa dominar didática, gostar de dar aulas, mas também precisa gostar dos alunos.
Já ouvi professores dizerem que não suportam os alunos. Como ensinar algo a alguém que se odeia? Até porque o respeito é fruto muito mais da admiração, do afeto, do que da força. Todas as pessoas que tentaram impor o respeito pela força acabaram mal. Mussolini, por exemplo, foi linchado. Hitler teve de tomar veneno e deixar ordens para queimarem seu corpo para que não acontecesse o mesmo com ele. Por outro lado, pessoas como Gandhi são até hoje respeitadas justamente pelo amor que emanavam.
O professor que não é amigo dos alunos jamais desenvolverá neles a curiosidade intelectual e jamais será respeitado como mestre. Sem afetividade, a escola vira apenas uma fábrica de diplomas.
Leia mais sobre Epicuro.
Fomos assistir X-men. O terceiro filme da série, mesmo sem Brian Singer, é bom. Na verdade, para quem é fã de quadrinhos, é até melhor que os outros, pois tem mais referências aos quadrinhos. A sala do perigo, a referência à saga Dias do Futuro esquecido e o Colossus arremessando o Wolverine são exemplos de cenas que vão agradar aos fãs. O filme só tem dois problemas: 1) misturaram a saga da Fênix Nega com outra, a da cura das mutações, o que não permitiu desenvolver adequadamente as duas histórias; 2) a grande quantidade de personagens faz com que alguns muito interessantes só apareçam na tela, sem serem desenvolvidas. Mas esse segundo senão é algo realmente complicado de se trabalhar num filme dos X-men.
O coelho Osvaldo
A editora Marca de Fantasia está lançando Osvaldo, de Antônio Eder e Edgard Guimarães (Coleção Corisco, nº 5. 2006. 36p, 14x20cm. R$ 6,00). Abaixo a sinopse:
O coelho Osvaldo foi cobaia de laboratório, onde serviu de teste para vários medicamentos. Como os testes não funcionaram muito bem com ele, foi sendo deixado de lado até que fugiu do laboratório e hoje anda pelo mundo. As aventuras de Osvaldo enfocam vários assuntos de maneira crítica, científica, mas sem deixar de ser divertidas.
Saiba mais no site da Marca de Fantasia (e aproveite para comprar os meus livros Watchmen e a teoria do caos e Ciência e quadrinhos)
sexta-feira, junho 23, 2006
Na introdução do livro de contos Pesadelos e paisagens noturnas, Stephen King diz que se tornou escritor porque sempre foi crédulo demais:
"Acreditava em tudo que me contavam no pátio da escola. Engolia mentironas e mentirinhas com a mesma facilidade."
Para ele, esse "defeito" é algo essencial no trabalho de um escritor:
"Nunca dei muita bola para a realidade, pelo menos no meu trabalho escrito. Acho que mito e imaginação são, de fato, conceitos intercambiáveis e que a crença é a fonte de ambos. Ver o impossível... e depois traduzi-lo em palavras. Continua sendo fazer com que você acredite no que eu acredito, pelo menos durante algum tempo."
O conto A Casa da rua Maple é um bom exemplo disso. Nele, quatro crianças, vítimas de um padastro tirano percebem que podem se livrar dele quando descobrem que a casa está se transformando numa nave espacial. O conto foi baseado em uma figura de um livro que mostrava uma casa alçando vôo. A premissa é absurda, mas ganha relevância e credibilidade na pena de King, que, como sempre, usa sua técnica de mostrar pessoas normais se deparando com situações estranhas. O leitor vai desvendando o bizarro ao mesmo tempo que os personagens e, quando percebem, estão tão envolvidos quanto eles... aceditando piamente no que o escritor está contando.
o capítulo 13 da série Mundo Dragão, com desenhos do grande Jean Okada e texto meu, está disponível no site da Virtual Books.
Leia no Universo HQ matéria sobre os filmes fanfics de humor que satirizam os heróis Marvel. Abri o filme sobre o anivesário do Prof. Xavier e achei hilário.
quinta-feira, junho 22, 2006
A copa de 1982
O futebol no Brasil é uma espécie de obrigação nacional. Eu, embora não desdenhe do esporte, evito jogar para não provocar brigas entre amigos. É que, quando eu era criança, nas aulas de educação física, os times sempre brigavam por mim:
- Você fica com ele!
- Está doido? Prefiro ficar sem goleiro!
Logo o professor dessa emérita disciplina descobriu que a melhor forma de lidar com esse problema era me deixar no banco de reservas (às vezes eu levava um livro para passar o tempo e ficava lá, lendo, sob o olhar aliviado dos companheiros).
Então eu nunca tive muita razão para gostar de futebol, não sei data de jogos, não sei quem são os jogadores e sempre me espanto ao descobrir que o Coríntias, que estava em crise (o próprio presidente disse isso em um discurso), depois era campeão e agora está em crise de novo, num período de tempo que me parece muito pequeno. Isso, aliás, me dá a impressão de que o futebol muda mais que a ciência e a filosofia. Heráclito, para quem tudo está em constante mutação, devia ser técnico de futebol.
Mas, embora eu não goste de futebol, assisto todos os jogos da seleção brasileira na copa do mundo. Na última copa eu acordava de madrugada e ficava lá, torcendo e gritando de alegria quando um jogador marcava um gol.
Esse comportamento anômalo tem uma origem remota, na copa de 1982. Qualquer um que tenha passado pela copa de 82, por mais que não goste de futebol, bate ponto na copa do mundo.
Eu tinha apenas 11 anos na época e minha memória já não é mais a mesma, mas lembro que havia toda uma mística sobre a seleção. Dizia-se que era a melhor equipe de craques já reunida. Uma seleção de reis tendo como imperadores Sócrates e Zico. No imaginário popular, esses dois só perdiam para Pelé. Era a seleção canarinho, 120 milhões em ação. A música cantada por Júnior vendeu 600 mil cópias e era lembrado de cor por todos os garotos:
Voa, canarinho, voa
Mostra pra este povo que é rei
Voa, canarinho, voa
Mostra na Espanha o que eu já sei
Verde, amarelo, azul e branco
Formam o pavilhão do meu país
O verde toma conta do meu canto
Amarelo, azul e branco
Fazem meu povo feliz
E o meu povo
Toma conta do cenário
Faz vibrar o meu canário
Enaltece o que ele faz
Bola rolando
E o mundo se encantando
Com a galera delirando
Tô aqui e quero mais
A empolgação era tanta que, antes e depois dos jogos eu e um amigo, igualmente perna-de-pau, arriscávamos uma pelada na rua. Isso, claro, antes de começar a transmissão. Nessa hora, todo mundo grudado na TV, o coração a mil.
Na época eu não podia perceber isso, mas hoje acredito que a esperança no escrete canarinho não era só futebolística. O Brasil estava saindo, muito lentamente de uma ditadura e começava a vislumbrar uma era de liberdade e isso era de certa forma repassado para o futebol. Se a vitória na copa de 1970 servira aos militares, a copa de 1982 serviria à democracia.
E as perspectivas eram as melhores possíveis. A seleção de craques e o futebol arte de Telê Santana fez 2 a 1 na União Soviética, 4 a 1 na Escócia, 4 a 0 na Nova Zelândia e 3 a 1 na Argentina. As goleadas empolgavam a torcida e na escola não se falava em outra coisa. Era impossíveol não acreditar que o Brasil seria campeão!
O próximo adversário era a Itália, uma equipe que na primeira fase empatara todos os jogos numa chave fraca com Peru, Polônia e Camarões (estreante na copa e um país pobre, que logo angariou a simpatia dos brasileiros) e só passara para a segunda fase graças ao saldo de gols.
Seria moleza. Mas não foi. Paolo Rossi fez a diferença e três gols. O Brasil, irreconhecível, só conseguiu colocar a bola na rede duas vezes.
Para quem já se achava campeão, foi um balde de água fria. Lembro que o Jornal Nacional inteiro daquela noite foi sobre a derrota da seleção. A televisão mostrava imagens das pessoas chorando na rua e de fato, aonde eu ia, encontrava pessoas cabisbaixas, tristonhas.
A esperança na copa, que àquela época se misturava com a esperança de democracia e de dias melhores, acabara nos pés de Paolo Rossi.
A partir daí, embora eu não gostasse de futebol, continuei acompanhado religiosamente as copas do mundo. Mas, nunca, nunca uma copa foi tão emocionante quanto aquela. Como um amor que não se realiza, e por isso é o melhor de todos, a seleção de 1982 ficará eternamente marcada como a melhor de todas.
- Você fica com ele!
- Está doido? Prefiro ficar sem goleiro!
Logo o professor dessa emérita disciplina descobriu que a melhor forma de lidar com esse problema era me deixar no banco de reservas (às vezes eu levava um livro para passar o tempo e ficava lá, lendo, sob o olhar aliviado dos companheiros).
Então eu nunca tive muita razão para gostar de futebol, não sei data de jogos, não sei quem são os jogadores e sempre me espanto ao descobrir que o Coríntias, que estava em crise (o próprio presidente disse isso em um discurso), depois era campeão e agora está em crise de novo, num período de tempo que me parece muito pequeno. Isso, aliás, me dá a impressão de que o futebol muda mais que a ciência e a filosofia. Heráclito, para quem tudo está em constante mutação, devia ser técnico de futebol.
Mas, embora eu não goste de futebol, assisto todos os jogos da seleção brasileira na copa do mundo. Na última copa eu acordava de madrugada e ficava lá, torcendo e gritando de alegria quando um jogador marcava um gol.
Esse comportamento anômalo tem uma origem remota, na copa de 1982. Qualquer um que tenha passado pela copa de 82, por mais que não goste de futebol, bate ponto na copa do mundo.
Eu tinha apenas 11 anos na época e minha memória já não é mais a mesma, mas lembro que havia toda uma mística sobre a seleção. Dizia-se que era a melhor equipe de craques já reunida. Uma seleção de reis tendo como imperadores Sócrates e Zico. No imaginário popular, esses dois só perdiam para Pelé. Era a seleção canarinho, 120 milhões em ação. A música cantada por Júnior vendeu 600 mil cópias e era lembrado de cor por todos os garotos:
Voa, canarinho, voa
Mostra pra este povo que é rei
Voa, canarinho, voa
Mostra na Espanha o que eu já sei
Verde, amarelo, azul e branco
Formam o pavilhão do meu país
O verde toma conta do meu canto
Amarelo, azul e branco
Fazem meu povo feliz
E o meu povo
Toma conta do cenário
Faz vibrar o meu canário
Enaltece o que ele faz
Bola rolando
E o mundo se encantando
Com a galera delirando
Tô aqui e quero mais
A empolgação era tanta que, antes e depois dos jogos eu e um amigo, igualmente perna-de-pau, arriscávamos uma pelada na rua. Isso, claro, antes de começar a transmissão. Nessa hora, todo mundo grudado na TV, o coração a mil.
Na época eu não podia perceber isso, mas hoje acredito que a esperança no escrete canarinho não era só futebolística. O Brasil estava saindo, muito lentamente de uma ditadura e começava a vislumbrar uma era de liberdade e isso era de certa forma repassado para o futebol. Se a vitória na copa de 1970 servira aos militares, a copa de 1982 serviria à democracia.
E as perspectivas eram as melhores possíveis. A seleção de craques e o futebol arte de Telê Santana fez 2 a 1 na União Soviética, 4 a 1 na Escócia, 4 a 0 na Nova Zelândia e 3 a 1 na Argentina. As goleadas empolgavam a torcida e na escola não se falava em outra coisa. Era impossíveol não acreditar que o Brasil seria campeão!
O próximo adversário era a Itália, uma equipe que na primeira fase empatara todos os jogos numa chave fraca com Peru, Polônia e Camarões (estreante na copa e um país pobre, que logo angariou a simpatia dos brasileiros) e só passara para a segunda fase graças ao saldo de gols.
Seria moleza. Mas não foi. Paolo Rossi fez a diferença e três gols. O Brasil, irreconhecível, só conseguiu colocar a bola na rede duas vezes.
Para quem já se achava campeão, foi um balde de água fria. Lembro que o Jornal Nacional inteiro daquela noite foi sobre a derrota da seleção. A televisão mostrava imagens das pessoas chorando na rua e de fato, aonde eu ia, encontrava pessoas cabisbaixas, tristonhas.
A esperança na copa, que àquela época se misturava com a esperança de democracia e de dias melhores, acabara nos pés de Paolo Rossi.
A partir daí, embora eu não gostasse de futebol, continuei acompanhado religiosamente as copas do mundo. Mas, nunca, nunca uma copa foi tão emocionante quanto aquela. Como um amor que não se realiza, e por isso é o melhor de todos, a seleção de 1982 ficará eternamente marcada como a melhor de todas.
O site Quinto Poder tem uma matéria interessante sobre violência policial. Trecho da matéria:
Se você é um policial, lembre-se de que:
- seu dever é proteger os cidadãos, garantindo suas liberdades asseguradas na Constituição;
- não deve cometer um crime para descobrir outro;
- a violência que você cometer poderá resultar na perda de seu emprego, em pagamento de indenizações às vítimas e em sua condenação criminal;
- agindo com violência, você estará contribuindo para que a violência se perpetue. Amanhã, a vítima pode ser você ou alguém seu;
- sua arma só pode ser utilizada em casos de extrema necessidade;
- a autoridade deve se impor pelo respeito, na moral, e não pela força do arbítrio.
Se você é um policial, lembre-se de que:
- seu dever é proteger os cidadãos, garantindo suas liberdades asseguradas na Constituição;
- não deve cometer um crime para descobrir outro;
- a violência que você cometer poderá resultar na perda de seu emprego, em pagamento de indenizações às vítimas e em sua condenação criminal;
- agindo com violência, você estará contribuindo para que a violência se perpetue. Amanhã, a vítima pode ser você ou alguém seu;
- sua arma só pode ser utilizada em casos de extrema necessidade;
- a autoridade deve se impor pelo respeito, na moral, e não pela força do arbítrio.
Bate Bate Bate Na Porta do Céu
Zé Ramalho (versão original Bob Dylan)
Mamãe tire distintivo de mim
Eu não posso mas usa-lo
Está ficando escuro, escuro demais para ver
Sinto como se estivesse batendo na porta do céu
Bate-bate-bate na porta do céu
Bate-bate-bate na porta do céu
Bate-bate-bate na porta do céu
Bate-bate-bate na porta do céu
Mamãe ponha minhas armas no chão
Eu não posso mais atirar com elas
Esta longa nuvem negra descendo ao chão
Sinto como se estivesse batendo na porta do céu
Bate-bate-bate na porta do céu
Bate-bate-bate na porta do céu
Bate-bate-bate na porta do céu
Bate-bate-bate na porta do céu
Compre CDs de Zé Ramalho no Submarino.
Ontem minha esposa estava voltando para casa com o taxista que faz transporte para ela quando se depararam, no bairro do Buritizal, com uma viatura da polícia militar parada no meio da rua. Não era uma blitz. Estavam simplesmente parados no meio da rua, talvez atendendo a uma ocorrência.
Quando o taxista foi passar pela direta (já que a viatura estava no meio da via), um policial pulou na frente do carro e apontou a arma para minha mulher, ameçando atirar. Sem nenhuma razão aparente, o polícial queria que o taxi passasse à esquerda da viatura e por um simples capricho colocou em risco a vida de minha mulher.
A arma poderia ter disparado e nesse caso provavelmente os policiais colocariam uma arma ilegal nas mãos de minha esposa e alegariam que ela era uma bandida que morreu em confronto com a polícia. É surpreendente que uma polícia que gaste uma fortuna com um helicóptero não se preocupe em capacitar seus efetivos a respeito do valor de uma vida humana.
Para aquele policial, naquele momento, minha esposa não era uma pessoa. Era só uma coisa, um objeto no qual ele poderia treinar tiro ao alvo se lhe apetecesse.
O romântico Rousseau achava que o Estado existe graças a um contrato social, no qual os governantes se comprometem a fornecer determinados serviços ao cidadão, entre eles a segurança.
Mas a situação aparentemente se inverteu. Na mente daquele policial, ele não é um servidor com responsabilidade de garantir o bem estar do cidadão honesto. Na cabeça dele, ele é apenas um valentão com uma arma na mão, que pode fazer o que quiser, só porque está usando uma farda, só porque é uma autoridade... Ninguém está seguro...
Quando o taxista foi passar pela direta (já que a viatura estava no meio da via), um policial pulou na frente do carro e apontou a arma para minha mulher, ameçando atirar. Sem nenhuma razão aparente, o polícial queria que o taxi passasse à esquerda da viatura e por um simples capricho colocou em risco a vida de minha mulher.
A arma poderia ter disparado e nesse caso provavelmente os policiais colocariam uma arma ilegal nas mãos de minha esposa e alegariam que ela era uma bandida que morreu em confronto com a polícia. É surpreendente que uma polícia que gaste uma fortuna com um helicóptero não se preocupe em capacitar seus efetivos a respeito do valor de uma vida humana.
Para aquele policial, naquele momento, minha esposa não era uma pessoa. Era só uma coisa, um objeto no qual ele poderia treinar tiro ao alvo se lhe apetecesse.
O romântico Rousseau achava que o Estado existe graças a um contrato social, no qual os governantes se comprometem a fornecer determinados serviços ao cidadão, entre eles a segurança.
Mas a situação aparentemente se inverteu. Na mente daquele policial, ele não é um servidor com responsabilidade de garantir o bem estar do cidadão honesto. Na cabeça dele, ele é apenas um valentão com uma arma na mão, que pode fazer o que quiser, só porque está usando uma farda, só porque é uma autoridade... Ninguém está seguro...
Programação de cinemas
terça-feira, junho 20, 2006
O Luis Eduardo Matta escreveu o seguinte comentário sobre meu texto "A Copa de 1982", publicado no Digestivo Cultural:
"Olá Gian, O seu artigo me fez relembrar a Copa de 1982, que também foi a primeira que eu acompanhei. A seleão de Sócrates, Cerezo, Junior, Falcão e Zico, comándada por Telê Santana, realmente era fenomenal, a melhor e mais empolgante que eu tive a oportunidade de ver jogar. Lembro-me também de ter, como todos os brasileiros, ficado arrasado naquele dramático jogo Brasil X Itália e até hoje o nome Paolo Rossi me dá calafrios. Nunca mais o Brasil jogou com aquela arte e com aquela técnica. Ainda que não tenhamos saído vitoriosos em 82, considero aquela a melhor seleão brasileira surgida após a geraão do tri. "
"Olá Gian, O seu artigo me fez relembrar a Copa de 1982, que também foi a primeira que eu acompanhei. A seleão de Sócrates, Cerezo, Junior, Falcão e Zico, comándada por Telê Santana, realmente era fenomenal, a melhor e mais empolgante que eu tive a oportunidade de ver jogar. Lembro-me também de ter, como todos os brasileiros, ficado arrasado naquele dramático jogo Brasil X Itália e até hoje o nome Paolo Rossi me dá calafrios. Nunca mais o Brasil jogou com aquela arte e com aquela técnica. Ainda que não tenhamos saído vitoriosos em 82, considero aquela a melhor seleão brasileira surgida após a geraão do tri. "
Organização de gays e lésbicas premia os Jovens Vingadores
Por Marcus Ramone (20/06/06) A organização não-governamental norte-americana Gay and Lesbian Alliance Against Defamation (Aliança Gay e Lésbica Contra a Difamação), agraciou a HQ Young Avengers (Jovens Vingadores) com um Media Award, premiação anual da entidade a criadores e projetos da mídia mainstream que representam as comunidades gays, lésbicas e transsexuais em seus trabalhos. Leia mais
Saiu na coluna Geléia Geral, do site Correa Neto:
Um perna de pau assumido.Nas vidas passadas de alguém que conta vantagem, não vai ser encontrada nenhuma vida como plebeu, é só nobreza. Nas vidas pregressas dos pernas de pau de hoje, eles eram craques, principalmente em tempo de copa do mundo. Para o professor Ivan Carlo, não. Ele assume a condição. >>> Essa verdade torna ainda mais interessante o texto dele publicado hoje aí em cima. Dá uma olha lá. Quem sabe você não se descobre naquele moleque, tão perna de pau que os outros brigavam para se ver livres dele, durante as peladas disputadas nos recreios da escola.
Um perna de pau assumido.Nas vidas passadas de alguém que conta vantagem, não vai ser encontrada nenhuma vida como plebeu, é só nobreza. Nas vidas pregressas dos pernas de pau de hoje, eles eram craques, principalmente em tempo de copa do mundo. Para o professor Ivan Carlo, não. Ele assume a condição. >>> Essa verdade torna ainda mais interessante o texto dele publicado hoje aí em cima. Dá uma olha lá. Quem sabe você não se descobre naquele moleque, tão perna de pau que os outros brigavam para se ver livres dele, durante as peladas disputadas nos recreios da escola.
Blog é processado
O blog Repiquete no meio do mundo, da jornalista Alcilene Cavalcante, está sendo processado pelo presidente do PRODAP, Fernando Hora. A justiça é uma forma de garantir que não seja ofendida a honra ou a carreira de alguém, mas creio que isso já está se tornando banal. Há algum tempo, o diretor de uma faculdade daqui de Macapá ameaçou me processar por causa de um post publicado aqui. Convenhamos, a Alcilene só reproduziu a declaração do delegado Daniel Mascarenhas, que investiga o caso, e abriu espaço para o presidente do PRODAP se manifestar a respeito da acusação de que o PRODAP estaria envolvido na quadrilha que falsificava contra-cheques para dar golpes em Macapá. Se a notícia só reproduzia o que dizia o titular da investigação e se o blog abriu espaço para direito de resposta, não vejo nenhuma razão para o processo... Uma nota esclarecendo a situação, explicando que o caso será investigado, talvez fosse muito mais funcional...
segunda-feira, junho 19, 2006
Canto para Minha Morte
Raul Seixas e Paulo Coelho
Eu sei que determinada rua que eu já passei,
Não tornará a ouvir o som dos meus passos
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela ultima vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar
Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida
Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida?
Existem tantas... um acidente de carro.
O coração que se recusa a bater no próximo minuto
A anestesia mal aplicada.
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...
Oh morte, tu que es tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida
Site de A dama na água traz novidades do filme
Foi inaugurado o site oficial de A dama na água (Lady in the Water), novo filme do cineasta indiano M. Night Shyamalan.
O endereço ladyinthewater.com traz a sinopse do filme, fotos de todo o elenco (as imagens 4, 8, 10 e 15 mostram o próprio cineasta em cena), vídeo (por enquanto, só os dois que já são conhecidos), notas sobre o elenco e equipe e downloads. Além de uma musiquinha tenebrosa... Leia mais no Omelete.
O endereço ladyinthewater.com traz a sinopse do filme, fotos de todo o elenco (as imagens 4, 8, 10 e 15 mostram o próprio cineasta em cena), vídeo (por enquanto, só os dois que já são conhecidos), notas sobre o elenco e equipe e downloads. Além de uma musiquinha tenebrosa... Leia mais no Omelete.
domingo, junho 18, 2006
Homenagem ao Bussunda
Bussunda e Casseta e Planeta mostraram que era possível sim juntar jornalismo com humor em veículo em que isso nunca havia sido tentado, a televisão. Lembro que no início ele era de longe o que mais se detacava, com seu humor ferino e suas tiradas cômicas que muitas vezes faziam críticas sérias ao que estava errado. Bussunda vai deixar saudade.
sábado, junho 17, 2006
Recebi do amigo Leonardo Santana:
Olá Pessoal!
Já está a venda o meu fanzine, o "AHQB - ARQUIVOS HQB - O ZINE # 0 ". É uma fanzine com republicação de histórias clássicas nacionais e nesse primeiro número eu resgato "No mato sem cachorro", com a MÁRIA ERÓTICA, com roteiros de Nelson Padrella e Arte de Cláudio Seto e "Morrer como herói", com o personagem Jango Jorge, escrito por Jorge Fischer e desenhada pelo mestre Flávio Colin. O fanzine ainda vem com duas matérias super-legais sobre a Grafipar e sobre o Cláudio Seto.
O fanzine tem 44 páginas(!), capa colorida em papal couchê 170 grs brilhantemente desenhada pelo Prof. Gerson Witte e custa R$ 6,00 (Seis reais) já inclusa as despesas de postagem.
Devido custo de produção do fanzine ter saído muito alto, não estou podendo efetuar trocas como é tão comum e salutar entre os editores independentes.
Quem estiver interessado é só me mandar um e-mail em particular que eu explico como efetuar o pagamento, ok?
O e-mail do Leonardo é: lsantanabr2000@yahoo.com.br
Olá Pessoal!
Já está a venda o meu fanzine, o "AHQB - ARQUIVOS HQB - O ZINE # 0 ". É uma fanzine com republicação de histórias clássicas nacionais e nesse primeiro número eu resgato "No mato sem cachorro", com a MÁRIA ERÓTICA, com roteiros de Nelson Padrella e Arte de Cláudio Seto e "Morrer como herói", com o personagem Jango Jorge, escrito por Jorge Fischer e desenhada pelo mestre Flávio Colin. O fanzine ainda vem com duas matérias super-legais sobre a Grafipar e sobre o Cláudio Seto.
O fanzine tem 44 páginas(!), capa colorida em papal couchê 170 grs brilhantemente desenhada pelo Prof. Gerson Witte e custa R$ 6,00 (Seis reais) já inclusa as despesas de postagem.
Devido custo de produção do fanzine ter saído muito alto, não estou podendo efetuar trocas como é tão comum e salutar entre os editores independentes.
Quem estiver interessado é só me mandar um e-mail em particular que eu explico como efetuar o pagamento, ok?
O e-mail do Leonardo é: lsantanabr2000@yahoo.com.br
Comemoração com máscara de Homem-Aranha não é problema para Fifa
BERLIM (Reuters) - A Fifa não está planejando tomar nenhuma ação contra o atacante equatoriano Iván Kaviedes por ter usado uma máscara do Homem-Aranha na comemoração de seu gol contra a Costa Rica, na quinta-feira, pelo Grupo A.
Markus Siegler, diretor de comunicações da Fifa, disse a repórteres na sexta-feira: "Para ser honesto, não há nada nas regras que proíba esse tipo de coisa". Leia mais
Markus Siegler, diretor de comunicações da Fifa, disse a repórteres na sexta-feira: "Para ser honesto, não há nada nas regras que proíba esse tipo de coisa". Leia mais
sexta-feira, junho 16, 2006
TRÓIA: Para quem não conhece história, é como se Bin Laden roubasse a mulher do Bush (clique para ampliar)
Veja outras ótimas propagandas que foram descartadas na agência e nunca foram mostradas aos clientes no site Desencannes.
O golpe Top of mind
A empresa amapaense AM Consultoria e Comunicação LTDA denunciou ontem (14) que recebeu e não aceitou do Instituto Brasileiro de Pesquisa de Opinião Pública (Inbrap) o prêmio Top Of Mind Brazil, na categoria Consultores de Marketing. O certificado, que deveria enaltecer o trabalho feito pela empresa, acabou colocando em cheque a pesquisa do Inbrap, pois a AM Consultoria e Comunicação, segundo sua proprietária, que não quis se identificar está inoperante há pelo menos seis anos. “Como este prêmio foi concedido?”, questionou.O certificado já foi entregue para várias empresas amapaenses e outras de reconhecimento nacional. Muitas aceitaram por confiarem nos dados apresentados na pesquisa e acharem que são merecedoras. No entanto, outras, como a AM Consultoria e Comunicação, desconfiam e denunciam o que denominam de “golpe”, como por exemplo, as matérias publicadas no site pitoco.com.br, de Cascavel, no Estado de Paraná e no jornal O Povo de Fortaleza (CE). Leia mais no site da Gazeta.
Comentário: Além de ser um golpe com os empresários, é um golpe com o consumidor, que utiliza esses prêmios como referência para escolher entre esta ou aquela empresa.
Comentário: Além de ser um golpe com os empresários, é um golpe com o consumidor, que utiliza esses prêmios como referência para escolher entre esta ou aquela empresa.
quinta-feira, junho 15, 2006
Ontem eu estava passando uma prova na área de comunicação e mercado. Na prova eu colocava algumas informações básicas sobre o novo filme do Super-homem e pedia para eles fazerem algumas atividades, como um plano de mídia para o lançamento do filme. Uma das alunas veio devolver a prova: "Professor, eu não tenho condições de fazer porque não sei nada sobre esse tal de Super-homem...".
Fiquei abismado e lembrei do programa O Aprendiz. Em um dos episódios os participantes iam fazer entrevistas com grandes empresários. No final os empresários foram unanimes em dizer que o que faltava para eles era cultura geral. Quem trabalha em marketing ou administração só quer ler sobre marketing e adminstração. Não lê outros livros, não assiste a filmes, não lê revistas.
Já pensou querer ser um profissional de marketing e não saber nem sobre o filme do Super-homem, uma das maiores super-produções do ano?
Fiquei abismado e lembrei do programa O Aprendiz. Em um dos episódios os participantes iam fazer entrevistas com grandes empresários. No final os empresários foram unanimes em dizer que o que faltava para eles era cultura geral. Quem trabalha em marketing ou administração só quer ler sobre marketing e adminstração. Não lê outros livros, não assiste a filmes, não lê revistas.
Já pensou querer ser um profissional de marketing e não saber nem sobre o filme do Super-homem, uma das maiores super-produções do ano?
terça-feira, junho 13, 2006
O verdadeiro dono do Amapá
Relendo o fascículo História do século XX descobri que o empresário britânico Percival Farquar, responsável pela construção da ferrovia Madeira-mamoré (ele foi interpretado pelo Tony Ramos na minissérie Mad Maria, de Benedito Rui Barbosa) é o verdadeiro dono do Amapá. Todo o território que hoje compõe o estado foi doado a ele pelo governo brasileiro no início do século XX. Algum tempo depois, ele perdeu tudo na bolsa de valores e ganhou um cargo de diretor em uma das empresas que fundara. Então, para quem pensa que é dono do Amapá, melhor ir pedir benção no túmulo de Farquar...
A pátria de chuteiras
Fui de uma geração que inicialmente rejeitou o futebol por questões ideológicas. Tínhamos aprendido na escola que a vitória na copa de 1970 havia favorecido o governo militar e não torcemos para a seleção de 1990 com medo de uma vitória na copa favorecer Collor. Mas um professor nos chamou atenção e só hoje compreendo suas palavras: o futebol é o grande elemento de coesão social. Se alguns países permanecem unidos por causa da religião ou da língua, nós, apesar das grandes diferenças regionais, permanecemos unidos em torno do futebol.
Estou preparando um texto para o Digestivo Cultural sobre a copa de 1982, a que mais me marcou. Em breve publico aqui.
Estou preparando um texto para o Digestivo Cultural sobre a copa de 1982, a que mais me marcou. Em breve publico aqui.
A pátria de chuteiras
O Brasil acaba de ganhar da Croácia num jogo que não convenceu. Ronaldo estava parado em campo e era o mesmo que colocar um poste no meio do campo (pensando bem, o poste deve jogar melhor). A seleção melhorou um pouco com a entrada de Robinho, mas não convenceu. Com Parreira parece que toda vitória tem que ser assim, sofrida...
segunda-feira, junho 12, 2006
Meninos do Brasil
Comprei na banca o DVD Meninos do Brasil. É um ótimo triller de suspense, com narrativa lenta, que se sustenta mais no bom roteiro e na trilha sonora inspirada. Para quem não conhece, na história o médico nazista Joseph Menguele cria clones de Hitler e pretende fazer renascer o nazismo no mundo. No seu caminho, só um velho sobrevivente de um campo de concentração. Destaque para a ótima interpretação de Gregory Peck no papel do médico alemão. O que decepciona é Laurence Olivier no papel do caçador de nazistas. É incrível que ele tenha concorrido ao Oscar por esse filme. A interpretação é afetada e ele parece o tempo todo estar demonstrando seu desprezo pelo filme (na verdade, em alguns momentos ele quase desmunheca!). Muito longe do que deveria ser um atormentado judeu que dedica sua vida a descobrir nazistas e levá-los para a cadeia. Mas o filme é ótimo e eu aconselho. E custa só 12 reais!
domingo, junho 11, 2006
Fomos ontem à inauguração do Parque do Forte. Muito bonito, pena que já na inauguração a população estava sujando, jogando latas e copos descartáveis no chão. E choveu justo na hora do show do Lulu Santos, mas o aguaceiro deu um tempo e foi possível ouvir perto do palco da música do Lulu que eu mais gosto:
Apenas Mais Uma de Amor
Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer
Eu acho tão bonito isso de ser abstrato
A beleza é mesmo tão fugaz
É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de convencer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho o que eu perco
Ninguém precisa saber
Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho o que eu perco
Ninguém precisa saber
Eu acho tão bonito isso de ser abstrato
A beleza é mesmo tão fugaz
É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de convencer
Engraçado que sempre pensei nessa música como uma ode ao amor platônico. Minha mulher, ao ouvir ele cantado teve uma interpretação bem menos ingênua. Prestando atenção, até que faz sentido, a música permite perfeitamente várias interpretações...
Apenas Mais Uma de Amor
Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer
Eu acho tão bonito isso de ser abstrato
A beleza é mesmo tão fugaz
É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de convencer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho o que eu perco
Ninguém precisa saber
Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho o que eu perco
Ninguém precisa saber
Eu acho tão bonito isso de ser abstrato
A beleza é mesmo tão fugaz
É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de convencer
Engraçado que sempre pensei nessa música como uma ode ao amor platônico. Minha mulher, ao ouvir ele cantado teve uma interpretação bem menos ingênua. Prestando atenção, até que faz sentido, a música permite perfeitamente várias interpretações...
sexta-feira, junho 09, 2006
Ontem houve um terremoto no Oiapoque e uma aluna minha, que trabalha no prédio do Banco do Brasil na Beira rio (em Macapá) disse que sentiu o prédio do BB tremeu. Veja a matéria no site da Gazeta.
Psicopatas comunitários
Depois que fui vítima de um psicopata comunitário, eu me propus não só estudar, mas também divulgar o assunto, como forma de prevenir outras pessoas para esse perigo. Quando fui ministrar uma palestra sobre o assunto na X Semana de Estudos Jurídicos, muitos me disseram que iam assistir à palestra porque estavam convivendo com psicopatas. Ao pedir mais detalhes, a maioria respondia que o susposto psicopata era uma pessoa carrancuda, insuportável, difícil de se lidar. Esse é o problema: o psicopata é justamente o oposto disso. Simpático, falador, prestativo, ele parece alguém acima de qualquer suspeita. E encanta as suas vítimas. Agora mesmo estou vendo uma pessoa ser vítima de um psicopata comunitário e, por mais que outras pessoas tentem avisar, a vítima está cega e provavelmente só vai se tocar do que está acontecendo quando o prejuízo for grande. Abaixo algumas características dos psicopatas e, mais abaixo ainda, uma história em quadrinhos que eu escrevi e o Antonio Eder desenhou sobre o assunto (clique na imagem para ver ampliada):
Características dos psicopatas:
Desembaraço, charme
Mentira patológica
Ausência de remorso ou culpa
Estilo de vida parasita
Ausência de objetivos a longo prazo
Impulsividade
Incapacidade de responsabilizar-se por suas ações
Características dos psicopatas:
Desembaraço, charme
Mentira patológica
Ausência de remorso ou culpa
Estilo de vida parasita
Ausência de objetivos a longo prazo
Impulsividade
Incapacidade de responsabilizar-se por suas ações
Estudo diz que Neanderthal não é ancestral do homem
O Homem de Neanderthal é um primo distante e não o antepassado direto do homem moderno, afirma um grupo de cientistas franceses com base na análise genética de um fóssil de criança de 100 mil anos, em um artigo publicado na edição de quarta-feira da revista Current Biology. Leia mais.
quinta-feira, junho 08, 2006
King na Arca do Velho
Stephen King nasceu e sempre morou no Maine,(estado que possui a maior quantidade de casas assombradas da América), estudou História Americana na Universidade do Maine em Orono e lá conheceu sua atual mulher Tabitha King, que incentivou a ser como ele escritora. Considerado o maior mestre do gênero no mundo ele é para deleite de muitos e desespero de outros o maior vendedor de livros da historia!
No Brasil seus livros vendem mais de 30.000 copias a cada edição e sempre alça o patamar de dos Best Sellers superando na mente do publico nomes como Poe e Lovecraft.. a cada novo livro muitas entrevistas e fãns que o buscam incessantemente além de diversas propostas do cinema para seus roteiros. Leia mais
PSICOPATAS COMANDAM O IMPÉRIO
"gangues paquistanesas admitiram ter sequestrado pessoas inocentes nas ruas e as vendido para o governo dos EUA como terroristas por até 25 mil dólares"
Paul Craig Roberts, ex-subsecretário do Tesouro: “Governo dos EUA está nas mãos de psicopatas” Leia mais
Paul Craig Roberts, ex-subsecretário do Tesouro: “Governo dos EUA está nas mãos de psicopatas” Leia mais
Conheça A Arca do velho, um dos melhores sites de culturas pop que eu já tive oportunidade de visitar.
terça-feira, junho 06, 2006
Será que sou só eu que estou achando, ou esse Super-homem do Brian Singer está a cara do Miracleman? Claro que um é loiro e o outro moreno, mas fora isso... além disso, a atmosfera é a mesma. Confira acima. Mais fotos do Super aqui.
A cidade das ruas quebradas
Está se tornando um inferno andar por Macapá. A prefeitura e o governo do estado resolveram asfaltar a cidade, mas, ao invés de fazer todo o serviço de uma vez em um só lugar, eles fazem um pouquinho aqui, um pouquinho ali... e para piorar ainda vem a CAESA quebrando ruas. Resultado: hoje fui levar minha mulher no trabalho e as crianças no colégio. Tivemos que desviar da Claudomiro de Moraes, por causa dos buracos feitos pela CAESA. Na Hildemar Maia, tivemos que desviar porque a rua estava fechada. Na volta, encontrei a Leopoldo Machado fechada. Tive que dar uma volta imensa e fui para a Padre Júlio, que estava fechada mais à frente. Planejamento e canja de galinha não fazem mal a ninguém...
segunda-feira, junho 05, 2006
Programação de cinemas
CINE SHOPPING MACAPÁ
sala 1: X-MEN 3 - O CONFRONTO FINAL, sessões: 16:30 - 19 - 21:30H
SALA 2: O CÓDIGO DA VINCI, sessões : 15:15 - 18:15 - 21:15H
CINE SANTANA
sala 1: V DE VINGANÇA, sessões: 16:15 - 19 - 21:25H
sala 2: A ERA DO GELO 2, sessão: 16:50H; MISSÃO IMPOSSÍVEL 3, sessão 19H e ESPÍRITOS, 21:20H
sala 1: X-MEN 3 - O CONFRONTO FINAL, sessões: 16:30 - 19 - 21:30H
SALA 2: O CÓDIGO DA VINCI, sessões : 15:15 - 18:15 - 21:15H
CINE SANTANA
sala 1: V DE VINGANÇA, sessões: 16:15 - 19 - 21:25H
sala 2: A ERA DO GELO 2, sessão: 16:50H; MISSÃO IMPOSSÍVEL 3, sessão 19H e ESPÍRITOS, 21:20H
domingo, junho 04, 2006
Eu sei, vão dizer que sou egocêntrico, mas, como dizia Isaac Assimov quando o acusavam disso: "Não gostou, processe-me". O henrique Magalhães, da editora Marca de Fantasia, que já publicou dois livros meus, me mandou um e-mail com um comentário de um leitor sobre o volume Watchmen e a teoria do caos:
"Li o material sobre Watchmen e a Teoria do Caos e muitas coisas que eu já pensava estavam ali detalhadas de forma que eu não conseguiria expressar. Que texto de alta qualidade, fiquei muito feliz com o material adquirido e o texto lido.
O livreto é simples e bem acabado a impressão gráfica da capa é de qualidade muito boa.
Não sei qual o seu custo de produção ou lucro que vc. tem, mas independentemente de qq coisa é bom saber que há neste país pessoas como vc. que se dedica a divulgação de quadrinhos. Saiba que vc. tem um novo admirador aqui em São Paulo.
Se possível comente com o autor do ensaio o quanto ele escreve bem e o quão detalhada é sua análise."
O relato do acidente com o avião da TAM, por Alcilene Cavalcante, uma das passageiras:
Levei o susto de estar no avião da TAM que teve problemas no pouso nessa madrugada. Não sei o que aconteceu. Vimos que os pneus estouraram e que o avião parou fora do padrão normal. Até aí tudo calmo.
O problema foi o depois. A gente vendo o avião rodeado de carros de bombeiro e não podendo sair de dentro.
A demora em nossa retirada foi o que mais assustou e impacientou naquele momento. Demora em abrirem as portas. Demora em colocarem as escadas. Demora na retirada, pois só tinham duas vans para transportar, do final da pista para o aeroporto, 154 assustados passageiros. Enquanto isso a gente vendo o avião da Varig rodando lá em cima quatro vezes esperando para pousar.
A local da cena era assustador, já sendo olhada do aeroporto. O “bichão” lá no fim da pista e os carros de bombeiros com as luzes ligadas lado. Acho que ninguém conseguiu registrar essas cenas à noite.
Susto maior tiveram as pessoas que estavam no aeroporto esperando familiares. O barulho dos pneus estourando foi grande, e as sirenes dos carros de bombeiros deixaram todos em pânico. Uma amiga que iria embarcar nesse mesmo avião me disse que funcionárias da TAM gritavam desesperadas sem saber o que tinha acontecido. Leia mais no blog do Alcilene.
Levei o susto de estar no avião da TAM que teve problemas no pouso nessa madrugada. Não sei o que aconteceu. Vimos que os pneus estouraram e que o avião parou fora do padrão normal. Até aí tudo calmo.
O problema foi o depois. A gente vendo o avião rodeado de carros de bombeiro e não podendo sair de dentro.
A demora em nossa retirada foi o que mais assustou e impacientou naquele momento. Demora em abrirem as portas. Demora em colocarem as escadas. Demora na retirada, pois só tinham duas vans para transportar, do final da pista para o aeroporto, 154 assustados passageiros. Enquanto isso a gente vendo o avião da Varig rodando lá em cima quatro vezes esperando para pousar.
A local da cena era assustador, já sendo olhada do aeroporto. O “bichão” lá no fim da pista e os carros de bombeiros com as luzes ligadas lado. Acho que ninguém conseguiu registrar essas cenas à noite.
Susto maior tiveram as pessoas que estavam no aeroporto esperando familiares. O barulho dos pneus estourando foi grande, e as sirenes dos carros de bombeiros deixaram todos em pânico. Uma amiga que iria embarcar nesse mesmo avião me disse que funcionárias da TAM gritavam desesperadas sem saber o que tinha acontecido. Leia mais no blog do Alcilene.
sábado, junho 03, 2006
V de vingança
Finalmente fomos assistir V de Vingança. A obra de Alan Moore e Dave Gibbons, na qual o filme é baseado, é considerada uma das melhores histórias em quadrinhos de todos os tempos. Portanto, qualquer um que se metesse a fazer uma adaptação, deveria saber de antemão que as expectativas seriam altas. E o filme, infelizmente, não corresponde. As várias mudanças efetuadas com relação à obra original não funcionam na tela e não ajudam na narrativa. É claro que deveria haver mudanças, mas algumas dessas mudanças foram idiotas. Mudar, por exemplo, o discurso de TV de V foi um estutice. Na Hq a fala de V é um libelo contra o autoritarismo de forma geral. No filme virou um discurso contra o neoliberalismo. V também fala muito, mas esclarece pouco sobre sua ideologia política, o anarquismo. Aliás, o filme, em alguns monentos, comete o erro básico de confundir anarquismo com baderna ou caos, ou terrorismo. O melhor momento do filme é a prisão de Evey, não por coincidência o momento em que se foi mais fiel à obra de Moore. Quem não leu a história em quadrinhos, talvez goste. Na comparação com o original, o filme apanha feio.
Tudo pela fama
Astrogildo era um daqueles tipos que odeiam o anonimato. Desde criança fazia de tudo para aparecer. Certa vez foi à escola com uma melancia pendurada no pescoço. Os garotos, sempre muito afoitos por esse tipo de novidade, devoraram a melancia e nem mesmo se lembraram dele.
Quando fez 15 anos, deu uma festa de arromba à qual não apareceu ninguém. Fora absolutamente desprezado.
A partir de então passou a inventar todos os tipos de expedientes para aparecer. Bastava ver um carro de reportagem para ir lá, se exibir diante das câmeras. Tornou-se o papagaio de pirata por excelência. Qualquer foto de político ou personalidade que saísse nos jornais, lá estava ele, em segundo plano, jogando beijinhos para a mamãe.
E não se contentava apenas em aparecer. Dava entrevistas. Falava de futebol, política, religião, das estrias da Carla Peres. Mas, embora aparecesse muito, ainda era um ilustre desconhecido. Não era reconhecido nas ruas, ninguém parava para pedir seu autógrafo...
Certa vez, no médico, Astrogildo teve uma surpresa quase agradável. O doutor olhou profundamente para ele, apertou os olhos, inclinou-se:
- O senhor não é...
O coração do rapaz deu pinotes. Finalmente era reconhecido!
- O senhor não é... oh, desculpe! Confundi o senhor com o Ari Fontoura. Que bobagem a minha!
Astrogildo murxou na cadeira, desolado.A verdade pesava como chumbo: era um perfeito desconhecido. Ninguém se lembrava dele, ninguém sabia seu nome...
Bolou, então, um plano infalível. Comprou uma passagem para o Rio de Janeiro, subiu no Cristo Redentor e ameaçou pular.
Foi um sucesso. Plantão do Jornal Nacional, flashes ao vivo das outras emissoras, radio, jornal... o Brasil parou para ver o suicida. Os produtores sugeriram que o Ratinho subisse lá para salvar o rapaz, mas o barriga se revelou um inconveniente e a idéia foi abandonada.
Era a glória, a fama!
Mas ainda havia um problema. Ninguém sabia seu nome. Um dos repórteres se lembrou disso:
- Ei, qual é o seu nome?
- Astrogildo. – gritou ele, lá de cima.
- Como?
- Astrogildo.
Ninguém ouviu.
Ele se inclinou e gritou mais forte:
- Astrogildo! Meu nome é Astrogildo!
- Astronauta. Ele está dizendo que é um astronauta. – explicou Glória Maria, ao vivo. O homem é maluco mesmo, gente...
O coitado inclinou-se mais para gritar o seu nome. Nisso escorregou e despencou lá de cima. Como não tinha documentos ou alguém que o reconhecesse, morreu sem que ninguém soubesse seu nome. Tornou-se o desconhecido mais famoso do Brasil....
Quando fez 15 anos, deu uma festa de arromba à qual não apareceu ninguém. Fora absolutamente desprezado.
A partir de então passou a inventar todos os tipos de expedientes para aparecer. Bastava ver um carro de reportagem para ir lá, se exibir diante das câmeras. Tornou-se o papagaio de pirata por excelência. Qualquer foto de político ou personalidade que saísse nos jornais, lá estava ele, em segundo plano, jogando beijinhos para a mamãe.
E não se contentava apenas em aparecer. Dava entrevistas. Falava de futebol, política, religião, das estrias da Carla Peres. Mas, embora aparecesse muito, ainda era um ilustre desconhecido. Não era reconhecido nas ruas, ninguém parava para pedir seu autógrafo...
Certa vez, no médico, Astrogildo teve uma surpresa quase agradável. O doutor olhou profundamente para ele, apertou os olhos, inclinou-se:
- O senhor não é...
O coração do rapaz deu pinotes. Finalmente era reconhecido!
- O senhor não é... oh, desculpe! Confundi o senhor com o Ari Fontoura. Que bobagem a minha!
Astrogildo murxou na cadeira, desolado.A verdade pesava como chumbo: era um perfeito desconhecido. Ninguém se lembrava dele, ninguém sabia seu nome...
Bolou, então, um plano infalível. Comprou uma passagem para o Rio de Janeiro, subiu no Cristo Redentor e ameaçou pular.
Foi um sucesso. Plantão do Jornal Nacional, flashes ao vivo das outras emissoras, radio, jornal... o Brasil parou para ver o suicida. Os produtores sugeriram que o Ratinho subisse lá para salvar o rapaz, mas o barriga se revelou um inconveniente e a idéia foi abandonada.
Era a glória, a fama!
Mas ainda havia um problema. Ninguém sabia seu nome. Um dos repórteres se lembrou disso:
- Ei, qual é o seu nome?
- Astrogildo. – gritou ele, lá de cima.
- Como?
- Astrogildo.
Ninguém ouviu.
Ele se inclinou e gritou mais forte:
- Astrogildo! Meu nome é Astrogildo!
- Astronauta. Ele está dizendo que é um astronauta. – explicou Glória Maria, ao vivo. O homem é maluco mesmo, gente...
O coitado inclinou-se mais para gritar o seu nome. Nisso escorregou e despencou lá de cima. Como não tinha documentos ou alguém que o reconhecesse, morreu sem que ninguém soubesse seu nome. Tornou-se o desconhecido mais famoso do Brasil....
sexta-feira, junho 02, 2006
Pânico no aeroporto de Macapá
Alcinéa Cavalcante
Pânico no aeroporto. Mas tudo acabou bemTodos os passageiros já foram retirados da aeronave. Ninguém sofreu nada além do susto. Mas a pista do aeroporto internacional de Macapá está interditada para pousos e decolagens. O avião da Varig, que deveria pousar por volta de 1h30, teve que retornar a Belém.A pista só será liberada depois que forem trocados os pneus da aeronave da TAM para que ela possa ser retirada do meio da pista.
Quem estava no aeroporto e viu o pouso do avião da TAM viveu momentos de medo e insegurança. Estas pessoas contaram que logo ao pousar, um dos pneus estourou e em seguida os outros três, provocando um barulho assustador. "Saiu muita fumaça e a gente pensou o pior", disse um motorista.Funcionários da TAM, sem saber direito o que se passava, se desesperaram. Uma funcionária entrou na loja da TAM aos gritos pedindo que fosse acionado o Corpo de Bombeiros. A guarnição do CB que dá plantão no aeroporto custou a chegar até onde a aeronave estava. O desespero dos funcionários e a demora dos bombeiros mostra que o aeroporto de Macapá não está preparado para ocorrências fora do normal.Não houve pânico dentro do avião. Passageiros contaram que estranharam o avião pousar no meio da pista - e não no início -, tiveram a sensação que um esforço grande estava sendo feito para frear a aeronave. "
De repente a gente ouvia um barulho estranho, mas não apavorante, e tinha a impressão que o avião estava passando por lombadas. Acho que era na hora que os pneus estavam estourando", contou uma passageira.Quando a aeronave parou, o comandante se dirigiu aos passageiros informando que houve um pequeno problema e pediu que todos permanecessem em seus lugares. Passados uns quinze minutos os passageiros começaram a se irritar, ficaram nervosos por causa do cheiro forte de combustível e a presença de carros de bombeiros em volta da aeronave e exigiam que as portas fossem abertas para que pudessem sair. "Ficamos mais de meia hora nesse sufoco", contou um passageiro.Do lado de fora, havia pânico. "O barulho dos pneus estourando foi horrível, depois a fumaça, funcionários da TAM gritando, o avião parado no meio da pista e cercado por carros de bombeiros. É uma imagem chocante", disse Daniel, um rapaz que foi ao aeroporto buscar uma amiga que chegou neste vôo.De dentro do avião os passageiros telefonavam para os parentes para saber o que estava realmente acontecendo e pedindo que eles pressionassem a TAM a tirá-los logo dali. Tentaram também acionar a imprensa, mas pelo horário, foi difícil encontrar redações funcionando.Minha irmã Alcilene Cavalcante, do blog Repiquete, estava neste vôo. Estavam também o piloto Carlos Lima, o Carlão, e os deputados federais Davi Alcolumbre, Eduardo Seabra e Hélio Esteves.Sempre de bom humor, Davi Alcolumbre começou a fazer piadas sobre a "barbeiragem" do piloto e pedir ao Carlão que assumisse o comando da aeronave.
Fonte: Blog da Alcinea Cavalcante.
Pânico no aeroporto. Mas tudo acabou bemTodos os passageiros já foram retirados da aeronave. Ninguém sofreu nada além do susto. Mas a pista do aeroporto internacional de Macapá está interditada para pousos e decolagens. O avião da Varig, que deveria pousar por volta de 1h30, teve que retornar a Belém.A pista só será liberada depois que forem trocados os pneus da aeronave da TAM para que ela possa ser retirada do meio da pista.
Quem estava no aeroporto e viu o pouso do avião da TAM viveu momentos de medo e insegurança. Estas pessoas contaram que logo ao pousar, um dos pneus estourou e em seguida os outros três, provocando um barulho assustador. "Saiu muita fumaça e a gente pensou o pior", disse um motorista.Funcionários da TAM, sem saber direito o que se passava, se desesperaram. Uma funcionária entrou na loja da TAM aos gritos pedindo que fosse acionado o Corpo de Bombeiros. A guarnição do CB que dá plantão no aeroporto custou a chegar até onde a aeronave estava. O desespero dos funcionários e a demora dos bombeiros mostra que o aeroporto de Macapá não está preparado para ocorrências fora do normal.Não houve pânico dentro do avião. Passageiros contaram que estranharam o avião pousar no meio da pista - e não no início -, tiveram a sensação que um esforço grande estava sendo feito para frear a aeronave. "
De repente a gente ouvia um barulho estranho, mas não apavorante, e tinha a impressão que o avião estava passando por lombadas. Acho que era na hora que os pneus estavam estourando", contou uma passageira.Quando a aeronave parou, o comandante se dirigiu aos passageiros informando que houve um pequeno problema e pediu que todos permanecessem em seus lugares. Passados uns quinze minutos os passageiros começaram a se irritar, ficaram nervosos por causa do cheiro forte de combustível e a presença de carros de bombeiros em volta da aeronave e exigiam que as portas fossem abertas para que pudessem sair. "Ficamos mais de meia hora nesse sufoco", contou um passageiro.Do lado de fora, havia pânico. "O barulho dos pneus estourando foi horrível, depois a fumaça, funcionários da TAM gritando, o avião parado no meio da pista e cercado por carros de bombeiros. É uma imagem chocante", disse Daniel, um rapaz que foi ao aeroporto buscar uma amiga que chegou neste vôo.De dentro do avião os passageiros telefonavam para os parentes para saber o que estava realmente acontecendo e pedindo que eles pressionassem a TAM a tirá-los logo dali. Tentaram também acionar a imprensa, mas pelo horário, foi difícil encontrar redações funcionando.Minha irmã Alcilene Cavalcante, do blog Repiquete, estava neste vôo. Estavam também o piloto Carlos Lima, o Carlão, e os deputados federais Davi Alcolumbre, Eduardo Seabra e Hélio Esteves.Sempre de bom humor, Davi Alcolumbre começou a fazer piadas sobre a "barbeiragem" do piloto e pedir ao Carlão que assumisse o comando da aeronave.
Fonte: Blog da Alcinea Cavalcante.
quinta-feira, junho 01, 2006
E continuam quebrando a Claudomiro de Moraes! É a rua principal e, em alguns trechos, única, para chegar em casa. Da última vez, passaram dois dias com um lado da pista interditado (sem uma única placa de identificação: um carro caiu no buraco). Depois tamparam como o nariz deles: só jogaram um monte de terra e fizeram uma lombada de terra e lama de quase um metro. O carro sobe e cai. Virou uma verdadeira armadilha para carros baixos. Vou ver se tiro uma foto e coloco aqui.
Os 6 (seis) VÍRUS que atualmente circulam no ORKUT.
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VIRUS 1 - (Dá uma olhada nas fotos da nossa festa, ficaram ótimas)
VIRUS 2 - (Olha, acho que vi sua foto na internet, clique no link e veja onde vi)
VIRUS 3 - (Andam falando mal de vc nessa comunidade. Clique no link e veja o queandam falando de vc)
VIRUS 4 - (Profile de Jacinto Leite Aquino Rego, pedindo para ser adicionado, seadicioná-lo, terá todas as SENHAS do seu computador copiadas)
VIRUS 5 - (Olha a comunidade que fiz pra vc, + o link)
VIRUS 6 - (Copa do Mundo 2006...+ Link) - destrói o Setor Zero do disco rígido doseu computador.
Comentário: Como dizem os adolescentes: fala sério! Quem adicionar o Jacinto Leite Aquino Rego merece mesmo um vírus!
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