terça-feira, julho 31, 2012
O Portal das probabilidades ganha nova edição
O Portal das probabilidades, o mais famoso fanfic brasileiro da série de FC Perry Rhodan, ganhou uma edição, com capa refeita. O e-book foi publicado em formato epub (para tablet) pela Biblioteca do Exilado. O fanfic serve como introdução ao universo da série, pois apresenta os principais personagens e fatos. Para baixar, clique aqui.
Mythos lançará livro com biografia de Alan Moore
A Mythos Editora anunciou, através de seu blog, a publicação do livro Alan Moore - O Mago das Histórias (Alan Moore: Storyteller), escrito por Gary Spencer Millidge.
A obra faz um sério exame a respeito da vida, carreira e trabalhos de um dos mais marcantes e populares autores britânicos. Traça o desenvolvimento criativo de Moore, desde seu modesto início contribuindo para fanzines em Northampton e tiras em quadrinhos para jornais locais, até o auge escrevendo algumas das mais aclamadas séries em quadrinhos e graphic novels já produzidas, como Monstro do Pântano, Watchmen, Do Inferno, Lost Girls, A Liga Extraordinária e V de Vingança. Leia mais no Universo HQ.
A obra faz um sério exame a respeito da vida, carreira e trabalhos de um dos mais marcantes e populares autores britânicos. Traça o desenvolvimento criativo de Moore, desde seu modesto início contribuindo para fanzines em Northampton e tiras em quadrinhos para jornais locais, até o auge escrevendo algumas das mais aclamadas séries em quadrinhos e graphic novels já produzidas, como Monstro do Pântano, Watchmen, Do Inferno, Lost Girls, A Liga Extraordinária e V de Vingança. Leia mais no Universo HQ.
segunda-feira, julho 30, 2012
Justiça: mulher de Cachoeira ameaçou juiz com dossiê para revista Veja
Segundo a Justiça, na suposta tentativa de chantagem ocorrida na última quinta-feira, a mulher de Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça, teria informado ao juiz Alderico Rocha Santos a existência de um dossiê contendo informações desfavoráveis ao magistrado responsável pelo processo da Operação Monte Carlo. O material seria publicado pelo jornalista Policarpo Júnior na revista Veja. Se o juiz concedesse liberdade ao contraventor e o absolvesse das acusações ofertadas pelo Ministério Público, Andressa disse que poderia evitar a divulgação do material. Leia mais
A volta de Love and Rockets
Este mês, com o lançamento do álbum Lôcas: Maggie, a Mecânica, a Gal Editora traz de volta ao Brasil a aclamada série Lôcas, de Jaime Hernandez, como parte das comemorações pelo aniversário de 30 anos da revista Love and Rockets, que influenciou como nenhuma outra o mercado de quadrinhos independentes dos Estados Unidos.
Elogiada pela crítica especializada, leitores do mundo todo e profissionais destacados como Alan Moore (Watchmen), Neil Gaiman (Sandman) e Daniel Clowes (Mundo Fantasma), além de fazer parte da lista "1001 Comics to Read Before you Die", Lôcas é uma das séries mais importantes, divertidas e inteligentes dos quadrinhos mundiais.
O álbum Lôcas: Maggie, a Mecânica já se encontra à venda, desde o dia 25 de julho, em lojas especializadas em quadrinhos, livrarias e lojas virtuais.
LÔCAS: MAGGIE, A MECÂNICA (LOVE AND ROCKETS)
Roteiro e arte: Jaime Hernandez
Introdução: Antero Leivas
Tradução: Maurício Muniz e Eliane Gallucci
Formato: 21,0 x 26,0 cm
152 páginas em preto e branco (mais capas)
Gal Editora
Preço: R$ 39,90
Elogiada pela crítica especializada, leitores do mundo todo e profissionais destacados como Alan Moore (Watchmen), Neil Gaiman (Sandman) e Daniel Clowes (Mundo Fantasma), além de fazer parte da lista "1001 Comics to Read Before you Die", Lôcas é uma das séries mais importantes, divertidas e inteligentes dos quadrinhos mundiais.
O álbum Lôcas: Maggie, a Mecânica já se encontra à venda, desde o dia 25 de julho, em lojas especializadas em quadrinhos, livrarias e lojas virtuais.
LÔCAS: MAGGIE, A MECÂNICA (LOVE AND ROCKETS)
Roteiro e arte: Jaime Hernandez
Introdução: Antero Leivas
Tradução: Maurício Muniz e Eliane Gallucci
Formato: 21,0 x 26,0 cm
152 páginas em preto e branco (mais capas)
Gal Editora
Preço: R$ 39,90
domingo, julho 29, 2012
O anjo exterminador
Assistimos O anjo exterminador, filme de 1962 do surrealista Luis Buñuel. O filme, considerado pelo New York Times como um dos 100 melhores de todos os tempos, conta a história de um grupo de ricos que, após um jantar formal, ficam presos na sala de uma mansão. Não há barreiras físicas que os impeça de sair, mas mesmo assim nenhum deles sai. O roteiro é inventivo ao criar estratégias para a não saída: É o criado que chega com o café, é uma acusação, é um assunto importante...
A premissa surreal serve para mostrar como reagem pessoas, no caso os ricos, em situações limite. Conforme vão passando os dias e os personagens são atormentados pela sede e pela fome, vão caindo as máscaras e aflorando o lado animal e instintivo dos mesmos. Impossível não comparar, por exemplo, com Walking Dead, que, embora num cenário e trama completamente diferente, lida com o mesmo princípio: mostrar como pessoas reagem diante de situações-limite.
Embora surreal, a película consegue ser verossimilhante. O expectador acredita que de fato, isso está acontecendo e se angustia junto com os prisioneiros.
Aliás, por seu caráter de fantasia, O anjo exterminador poderia figurar tranquilamente como um episódio de Além da Imaginação.
A premissa surreal serve para mostrar como reagem pessoas, no caso os ricos, em situações limite. Conforme vão passando os dias e os personagens são atormentados pela sede e pela fome, vão caindo as máscaras e aflorando o lado animal e instintivo dos mesmos. Impossível não comparar, por exemplo, com Walking Dead, que, embora num cenário e trama completamente diferente, lida com o mesmo princípio: mostrar como pessoas reagem diante de situações-limite.
Embora surreal, a película consegue ser verossimilhante. O expectador acredita que de fato, isso está acontecendo e se angustia junto com os prisioneiros.
Aliás, por seu caráter de fantasia, O anjo exterminador poderia figurar tranquilamente como um episódio de Além da Imaginação.
Stan Lee - o reiventor dos super-heróis
Stan Lee é uma das figuras mais importantes da cultura pop ocidental. Foi co-criador de alguns dos personagens mais famosos dos quadrinhos, entre eles Thor, Hulk, Homem de ferro e o Homem-aranha. Seu estilo de produzir quadrinhos foi revolucionário para a época ao introduzir a cronologia nas histórias e personagens humanos cheios de defeitos influenciou gerações inteiras de artistas e até produções cinematográficas (o recente filme dos Vingadores é exemplo disso). Além disso, seu estilo de auto-promoção levou os leitores a reconhecerem os artistas das histórias (antes dele muitas HQs não eram nem assinadas) e comprarem os gibis por causa da equipe criativa. Foi o primeiro roteirista de quadrinhos a se tornar uma celebridade, abrindo caminho para astros como Alan Moore e Neil Gaiman. É esse homem cativante e muitas vezes polêmico que Roberto Guedes retrata em Stan Lee, o reiventor dos super-heróis (Kalaco, 160 páginas). O livro é escrito de maneira fluida e divertida, lembrando inclusive o texto do próprio biografado, principalmente nas fases de efeito.
Guedes acompanha seu personagem desde a infância pobre em Nova York até o estrelato ao participar das milionárias produções de Hollywood. Algo que fica claro na leitura é que Lee é não só um grande escritor, mas um verdadeiro vendedor de ideias, alguém capaz de entusiasmar as pessoas ao seu redor.
O livro relata uma experiência que parece ter sido fundamental nesse processo. Quando criança, um colega de escola pediu para entrar na turma para vender a assinatura de um jornal. Ele foi tão empolgante em sua explanação que Lee assinou o jornal na hora. Foi além: usou-o como referência em sua atuação profissional nos quadrinhos.
Outro acontecimento que parece ter marcado profundamente o garoto foi uma carta enviada ao jornalista Floyd Gibbons, do Chicago Tribune, um herói nacional por sua cobertura da atuação dos EUA na I Guerra Mundial (ele chegou a perder um olho ao ser alvejado). O jornalista não só leu sua carta, como a respondeu.
Quando comandou a revolução da Marvel nos anos 1960, Lee fez da seção de cartas uma das grandes atrações das revistas: "As seções de cartas da concorrência eram uma chatice só. Se algum leitor reclamava de algo, o editor mandava aquela: 'seria bom você reler a história, pois é evidente que você não a entendeu', mas nas da Marvel nós respondíamos assim: 'Sabe que você tem razão? Na próxima edição publicaremos uma história tão boa que o fará esquecer-se dessa', e os leitores adoravam isso, pois entendiam que sua opinião era levada em conta, que eles eram respeitados".
Lee passou por diversos empregos, inclusive lanterninha de cinema, antes de entrar na editora Timely, com 17 anos. Lá ele conheceu Jack Kirby, o rei dos quadrinhos, que o achou intrometido e tagarela e concluiu que ele só poderia estar ali por ser parente do dono. Quando este e seu parceiro Joe Simon foram para a DC Comics, o cargo de editor ficou vago. O dono da editora, Martin Goodman perguntou a Stan: "Você acha que pode encarar o trabalho enquanto procuro um adulto?". Stan ficou no cargo por décadas.
Nem toda essa época foi boa. Logo depois da guerra os super-heróis caíram em desgraça e até campeões de popularidade, como o Capitão América tiveram de ser cancelados. Para piorar, Goodman vendeu sua distribuidora, passando suas revistas para outra distribuidora, que faliu duas semanas depois. O jeito foi usar o esquema de distribuição da National (atual DC Comics), que colocou uma condição para a rival: só podiam ser publicadas 12 revistas. Para uma editora que publicava 80 títulos foi um baque e tanto.
A Marvel só voltaria a se levantar no início dos anos 1960. Nessa época, Goodman tinha o costume de jogar golfe com os chefões da National, e ouviu de um deles que o gibi da Liga da Justiça estava vendendo muito bem. Ele correu para a editora e encomendou uma imitação para Stan. "Goodman jamais permitiria qualquer ousadia conceitual em qualquer um de seus títulos. Tudo sempre girava em torno de copiar alguma fórmula já pronta, de ir à esteira de algum sucesso do momento, de simplesmente fazer o pastiche nosso de cada dia", escreve Guedes.
Foi a esposa de Lee que o convenceu a produzir o Quarteto Fantástico: "O pior que pode acontecer é o Martin te demitir. E você quer pular fora de qualquer jeito".
A revista foi publicada e se tornou um sucesso absoluto. Além da arte revolucionária de Jack Kirby, em que a ação parecia explodir nas páginas, havia heróis imperfeitos, com personalidade, problemas. E havia a continuidade. Se um personagem quebrava um braço em uma edição, no número seguinte, aparecia com o gesso. Isso tudo junto fazia o púbico vibrar - e faz até hoje.
O livro de Guedes analisa a criação destes e de outros personagens, mostrando os bastidores e detalhado o método Marvel de produção (em que o roteirista entrega apenas uma sinopse ao desenhista e depois coloca o texto sobre a página pronta).
Como não poderia deixar de ser, o livro não ignora as polêmicas, como a suposta briga de Jack Kirby e Steve Ditko com a Marvel e com Stan Lee em particular. O autor não é imparcial quanto a isso. Deixa claro que a saída de Steve Ditko do Homem-aranha se deveu à diferença filosófica entre os dois criadores: Lee era um humanista e Ditko um conservador, que colocava críticas aos hippies nas histórias do aracnídeo e do Dr. Estranho (uma burrada, pois os dois personagens eram os prediletos da juventude da época). Lee mexia nas histórias através do texto. "Não mude minhas histórias!", reclavama Ditko. Um dia se encheu e foi embora. O episódio mostra que Stan Lee não só era um grande roteirista, mas também um especialista em marketing
Quanto a Jack Kirby, Roberto Guedes deixa a entender que a esposa do desenhista poderia ter sido influenciado pela esposa em suas declarações (ele chegou a dizer que havia criado todo o universo Marvel sozinho e que Stan Lee nunca escrevera uma palavra). Mesmo defendendo o biografado, Guedes deixa clara a importância desses dois desenhistas para o sucesso da editora e lamenta a separação das duplas.
O livro, enfim, é delicioso. Li as 160 páginas em dois dias, sem conseguir parar. Contribui para isso o ótimo tratamento editorial: além da bela capa assinada pelo desenhista Seabra, a edição traz miniaturas coloridas das capas da Marvel nos EUA e no Brasil, além de fotos e mais fotos de Lee e outros artistas, sempre com a legenda irreverente de Guedes.
Uma leitura essencial para fãs de quadrinhos.
Quarteto Fantástico: o gibi revolucionário |
O livro relata uma experiência que parece ter sido fundamental nesse processo. Quando criança, um colega de escola pediu para entrar na turma para vender a assinatura de um jornal. Ele foi tão empolgante em sua explanação que Lee assinou o jornal na hora. Foi além: usou-o como referência em sua atuação profissional nos quadrinhos.
Outro acontecimento que parece ter marcado profundamente o garoto foi uma carta enviada ao jornalista Floyd Gibbons, do Chicago Tribune, um herói nacional por sua cobertura da atuação dos EUA na I Guerra Mundial (ele chegou a perder um olho ao ser alvejado). O jornalista não só leu sua carta, como a respondeu.
Quando comandou a revolução da Marvel nos anos 1960, Lee fez da seção de cartas uma das grandes atrações das revistas: "As seções de cartas da concorrência eram uma chatice só. Se algum leitor reclamava de algo, o editor mandava aquela: 'seria bom você reler a história, pois é evidente que você não a entendeu', mas nas da Marvel nós respondíamos assim: 'Sabe que você tem razão? Na próxima edição publicaremos uma história tão boa que o fará esquecer-se dessa', e os leitores adoravam isso, pois entendiam que sua opinião era levada em conta, que eles eram respeitados".
Lee passou por diversos empregos, inclusive lanterninha de cinema, antes de entrar na editora Timely, com 17 anos. Lá ele conheceu Jack Kirby, o rei dos quadrinhos, que o achou intrometido e tagarela e concluiu que ele só poderia estar ali por ser parente do dono. Quando este e seu parceiro Joe Simon foram para a DC Comics, o cargo de editor ficou vago. O dono da editora, Martin Goodman perguntou a Stan: "Você acha que pode encarar o trabalho enquanto procuro um adulto?". Stan ficou no cargo por décadas.
Nem toda essa época foi boa. Logo depois da guerra os super-heróis caíram em desgraça e até campeões de popularidade, como o Capitão América tiveram de ser cancelados. Para piorar, Goodman vendeu sua distribuidora, passando suas revistas para outra distribuidora, que faliu duas semanas depois. O jeito foi usar o esquema de distribuição da National (atual DC Comics), que colocou uma condição para a rival: só podiam ser publicadas 12 revistas. Para uma editora que publicava 80 títulos foi um baque e tanto.
A Marvel só voltaria a se levantar no início dos anos 1960. Nessa época, Goodman tinha o costume de jogar golfe com os chefões da National, e ouviu de um deles que o gibi da Liga da Justiça estava vendendo muito bem. Ele correu para a editora e encomendou uma imitação para Stan. "Goodman jamais permitiria qualquer ousadia conceitual em qualquer um de seus títulos. Tudo sempre girava em torno de copiar alguma fórmula já pronta, de ir à esteira de algum sucesso do momento, de simplesmente fazer o pastiche nosso de cada dia", escreve Guedes.
Foi a esposa de Lee que o convenceu a produzir o Quarteto Fantástico: "O pior que pode acontecer é o Martin te demitir. E você quer pular fora de qualquer jeito".
A revista foi publicada e se tornou um sucesso absoluto. Além da arte revolucionária de Jack Kirby, em que a ação parecia explodir nas páginas, havia heróis imperfeitos, com personalidade, problemas. E havia a continuidade. Se um personagem quebrava um braço em uma edição, no número seguinte, aparecia com o gesso. Isso tudo junto fazia o púbico vibrar - e faz até hoje.
O livro de Guedes analisa a criação destes e de outros personagens, mostrando os bastidores e detalhado o método Marvel de produção (em que o roteirista entrega apenas uma sinopse ao desenhista e depois coloca o texto sobre a página pronta).
Como não poderia deixar de ser, o livro não ignora as polêmicas, como a suposta briga de Jack Kirby e Steve Ditko com a Marvel e com Stan Lee em particular. O autor não é imparcial quanto a isso. Deixa claro que a saída de Steve Ditko do Homem-aranha se deveu à diferença filosófica entre os dois criadores: Lee era um humanista e Ditko um conservador, que colocava críticas aos hippies nas histórias do aracnídeo e do Dr. Estranho (uma burrada, pois os dois personagens eram os prediletos da juventude da época). Lee mexia nas histórias através do texto. "Não mude minhas histórias!", reclavama Ditko. Um dia se encheu e foi embora. O episódio mostra que Stan Lee não só era um grande roteirista, mas também um especialista em marketing
Quanto a Jack Kirby, Roberto Guedes deixa a entender que a esposa do desenhista poderia ter sido influenciado pela esposa em suas declarações (ele chegou a dizer que havia criado todo o universo Marvel sozinho e que Stan Lee nunca escrevera uma palavra). Mesmo defendendo o biografado, Guedes deixa clara a importância desses dois desenhistas para o sucesso da editora e lamenta a separação das duplas.
O livro, enfim, é delicioso. Li as 160 páginas em dois dias, sem conseguir parar. Contribui para isso o ótimo tratamento editorial: além da bela capa assinada pelo desenhista Seabra, a edição traz miniaturas coloridas das capas da Marvel nos EUA e no Brasil, além de fotos e mais fotos de Lee e outros artistas, sempre com a legenda irreverente de Guedes.
Uma leitura essencial para fãs de quadrinhos.
sexta-feira, julho 27, 2012
Lançamento da revista Mistureba comix
Amapá vai se surpreender, no próximo dia 28 de julho, com o lançamento da revista de quadrinhos Mixtureba Comix. A revista é uma produção do Coletivo AP Quadrinhos, e a primeira HQ coletiva do estado do Amapá. Reúne em suas páginas, roteiros, desenhos e textos de autoria dos membros do coletivo.
capa: Roberth Santos |
O nome Mixtureba Comix é perfeito, uma vez que a revista aglutina diferentes estilos e mistura de gêneros. As histórias passam pelo humor sarcástico do cartunista Ronaldo Rony, pela ficção científica de Oto Souza, pelo suspense nos roteiros de Willian Costa e nos desenhos de Roberth Santos.
Editora Orago republicará histórias da dupla Gian Danton - Joe Bennett
O blog República dos quadrinhos divulgou que o grupo editorial 5W irá publicar quadrinhos através do selo editorial Orago. Uma das primeiras publicações será uma antologia de histórias com roteiro meu e desenho do compadre Joe Bennett publicadas em revistas eróticas e de terror na década de 1990. Essas historias chamaram atenção por trazerem o estilo narrativo de autores como Alan Moore e Neil Gaiman para os quadrinhos brasileiros. O álbum se chamará Angústia e publicará pela primeira vez a saga Refrão de Bolero completa. Dividida em três partes, essa história teve seus capítulos publicados em diversas revisas da editora Nova Sampa, mas nunca haviam sido reunidos.
A editora publicará também um Sketchbook com artes de Joe Bennett desenhista atual do personagem Gavião Negro, da DC Comics.
Refrão de Bolero finalmente será publicada completa. |
Literatura Lado B discute ficção científica, fantasia, terror e quadrinhos
Está sendo disponibilizado no endereço www.literaturaladob.com.br o e-book Literatura Lado B, organizado por Denize Lazarin e Rodolfo Londero e publicado pela Editora da Unicentro. A antologia traz textos sobre ficção científica, terror, fantasia e quadrinhos.
O título refere-se ao fato desse tipo de literatura ter pouca visibilidade nos estudos acadêmicos. Geralmente o lado B é o que trazia as músicas menos conhecidos dos discos. Da mesma forma, são poucos os estudos sobre literatura de gênero no Brasil. “Ao privilegiar esse tipo de literatura, nossa coletânea pretende vislumbrar um novo campo literário, até então oculto: o lema é virar o disco, trocar a música. Nossa coletânea também procura construir esse novo campo em todos os níveis de pesquisa – graduação, pós-graduação e produção docente –, con¬tribuindo assim para uma visão abrangente do que atualmente se produz do outro lado acadêmico”, escrevem os organizadores na apresentação.
Veja o que pode ser encontrado no volume:
Denize Helena Lazarin discute o conceito de mashup no livro Orgulho e Preconceito e Zumbis.
Camila Mello mostra como as primeiras tentativas de teorizar sobre a origem do romance inglês, pautadas nos valores burgueses ascendentes e na noção de realismo formal, excluíram o gótico romanesco.
Elimara Rita Mota de Andrade e Marcia do Carmo da Silva fazem um estudo comparativo entre Drácula de Bram Stoker e a saga Crepúsculo de Stephenie Meyer.
Rodolfo Rorato Londero faz uma leitura alternativa de Os invasores de corpos e sua primeira adaptação cinematográfica, oferecendo uma interpretação feminista do filme.
Campo Ricardo Burgos López se detém especialmente nas obras que procuram responder o que haveria ocorrido se a história tivesse tomado caminhos distintos daqueles que realmente tomou.
Carlos Machado analisa como a escola e o professor são mostrados no cinema de ficção científica.
Elton Honores analisa a representação da moradia em três obras da literatura fantástica peruana: “La Granja Blanca” (1904), de Clemente Palma, “La casa” (1975), de José B. Adolph, e Casa (2004), de Enrique Prochazka.
Mary Anne de Mattos Witkowski explora o poder feminino em Sword of Truth, de Terry Goodkind, concentrando-se nas duas principais protagonistas desta fantasia medieval: Kahlan, a Confessora, e Cara, a Mord’Sith.
O roteirista de quadrinhos Gian Danton, aqui assinando como Ivan Carlo Andrade de Oliveira, explica como a teoria hipodérmica, segundo a qual a mídia é toda-poderosa e massificante, influenciou as principais distopias do século XX.
Por fim, Leilane Hardoim Simões e Edgar Cézar Nolasco analisam a obra de Will Eisner e mostra que também nos quadrinhos há um lado A (as graphic novels) e um lado B (as tiras de jornais).
SERVIÇO
Literatura Lado B
Organização de Denize Helena Lazarin e Rodolfo Rorato Londero
Editora da Unicentro
180 páginas
Para baixar: www.literaturaladob.com.br
O título refere-se ao fato desse tipo de literatura ter pouca visibilidade nos estudos acadêmicos. Geralmente o lado B é o que trazia as músicas menos conhecidos dos discos. Da mesma forma, são poucos os estudos sobre literatura de gênero no Brasil. “Ao privilegiar esse tipo de literatura, nossa coletânea pretende vislumbrar um novo campo literário, até então oculto: o lema é virar o disco, trocar a música. Nossa coletânea também procura construir esse novo campo em todos os níveis de pesquisa – graduação, pós-graduação e produção docente –, con¬tribuindo assim para uma visão abrangente do que atualmente se produz do outro lado acadêmico”, escrevem os organizadores na apresentação.
Veja o que pode ser encontrado no volume:
Denize Helena Lazarin discute o conceito de mashup no livro Orgulho e Preconceito e Zumbis.
Camila Mello mostra como as primeiras tentativas de teorizar sobre a origem do romance inglês, pautadas nos valores burgueses ascendentes e na noção de realismo formal, excluíram o gótico romanesco.
Elimara Rita Mota de Andrade e Marcia do Carmo da Silva fazem um estudo comparativo entre Drácula de Bram Stoker e a saga Crepúsculo de Stephenie Meyer.
Rodolfo Rorato Londero faz uma leitura alternativa de Os invasores de corpos e sua primeira adaptação cinematográfica, oferecendo uma interpretação feminista do filme.
Campo Ricardo Burgos López se detém especialmente nas obras que procuram responder o que haveria ocorrido se a história tivesse tomado caminhos distintos daqueles que realmente tomou.
Carlos Machado analisa como a escola e o professor são mostrados no cinema de ficção científica.
Elton Honores analisa a representação da moradia em três obras da literatura fantástica peruana: “La Granja Blanca” (1904), de Clemente Palma, “La casa” (1975), de José B. Adolph, e Casa (2004), de Enrique Prochazka.
Mary Anne de Mattos Witkowski explora o poder feminino em Sword of Truth, de Terry Goodkind, concentrando-se nas duas principais protagonistas desta fantasia medieval: Kahlan, a Confessora, e Cara, a Mord’Sith.
O roteirista de quadrinhos Gian Danton, aqui assinando como Ivan Carlo Andrade de Oliveira, explica como a teoria hipodérmica, segundo a qual a mídia é toda-poderosa e massificante, influenciou as principais distopias do século XX.
Por fim, Leilane Hardoim Simões e Edgar Cézar Nolasco analisam a obra de Will Eisner e mostra que também nos quadrinhos há um lado A (as graphic novels) e um lado B (as tiras de jornais).
SERVIÇO
Literatura Lado B
Organização de Denize Helena Lazarin e Rodolfo Rorato Londero
Editora da Unicentro
180 páginas
Para baixar: www.literaturaladob.com.br
quinta-feira, julho 26, 2012
quarta-feira, julho 25, 2012
Lançamento Realismo fantástico intimista
O amigo Josiel Vieira está lançando na bienal do livro seu mais novo livro. Josiel é um dos mais talentosos escritores da nova geração surgida na internet. Quem for na Bienal, confira esse lançamento.
Minha homenagem ao dia do escritor
Avenida Brasil e a revolução na teledramaturgia brasileira
O episódio de ontem de Avenida Brasil mostrou que João Emanuel Carneiro é o roteirista mais inovador da televisão brasileira. Em A Favorita ele já tinha jogado as regras do gênero no lixo ao transformar a mocinha em vilão e a vilão em mocinha. Em Avenida Brasil, depois de Carminha enterrar Nina viva, esperava-se que esse fosse o fim da vingança da moça. Mas o que vimos no capítulo de ontem foi exatamente o oposto: os papéis se inverterem, com Nina humilhando sua patroa. Com boa direção, uso competente de trilha sonora e uma atuação incomparável de Débora Falabela (que já havia me chamado atenção em A mulher invisível) e Adriana Esteves, que parecia ter estacionado em seus papeis cômicos e, bem dirigida, finalmente mostrou seu potencial.
O novo rumo lembra uma obra de Eça de Queiroz, O primo Basílio, em que uma empregada descobre que a patroa tem um amante. Os diálogos e a cena do suposto enterro lembram um dos trabalhos mais interessantes de Tarantino, Kill Bill. Acrescente-se aí uma trama de vingança nos moldes de O conde de monte cristo. A novela é uma colcha de retalhos de citações e influências no melhor estilo pós-moderno. E parece estar agradando o público. Vide os constantes recordes de audiência.
As novelas, que começaram românticas, parecem finalmente ter chegado à pós-modernidade.
O novo rumo lembra uma obra de Eça de Queiroz, O primo Basílio, em que uma empregada descobre que a patroa tem um amante. Os diálogos e a cena do suposto enterro lembram um dos trabalhos mais interessantes de Tarantino, Kill Bill. Acrescente-se aí uma trama de vingança nos moldes de O conde de monte cristo. A novela é uma colcha de retalhos de citações e influências no melhor estilo pós-moderno. E parece estar agradando o público. Vide os constantes recordes de audiência.
As novelas, que começaram românticas, parecem finalmente ter chegado à pós-modernidade.
2º ENCONTROHQ ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS SOBRE QUADRINHOS E CULTURA POP
Já saiu a programação desse que já é um dos principais eventos de pesquisa sobre quadrinhos e cultura pop. Eu vou apresentar o artigo "Castelos de areia: um roteiro complexo". Clique aqui para conferir a programação completa. O Evento é uma iniciativa do Núcleo de Pesquisa Sociedade Cultura e Comunicação, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPE (PPGS), juntamente com o Laboratório da Cidade e do Contemporâneo - LACC, Núcleo de Pesquisa do Instituto de Ciências Sociais da UFAL
segunda-feira, julho 23, 2012
Literatura Lado B
Já está disponível no endereço http://www.literaturaladob.com.br/ o e-book Literatura Lado B, com artigos acadêmicos sobre ficção científica e fantasia. Organizada por Denise Lazarin e Rodolfo Loredo, a antologia traz textos sobre zumbis, vampiros, quadrinhos, entre outros assuntos. Eu colaboro com o artigo "Distopias hipodérmicas" no qual mostro como a teoria hipodérmica da comunicação influenciou as principais distopias do século XX, como Admirável Mundo Novo, 1984 e Fahrenheit 451 ao mostrar a mídia como toda poderosa e massificante.
domingo, julho 22, 2012
Eu e os psicopatas
Tenho um chama para psicopatas, infelizmente. Quem me conhece sabe a história do psicopata de que fui vítima aqui em Macapá (felizmente não era um psicopata asassino). Mas muito antes disso, um psicopata já havia se passado por mim.
No início dos anos 1990 eu era conhecido pelos quadrinhos feitos com o compadre Joe Bennett e morava em Belém. Não havia redes sociais, e-mails e, portanto, era difícil entrar em contato comigo. Um rapaz se aproveitou disso e apareceu lá no Rio de Janeiro dizendo que era o Gian Danton, que tinha vindo de Belém para conhecer a cidade maravilhosa. Alguns quadrinistas cariocas o acolheram em suas casas. No final, era um trambiqueiro, que roubou e deu golpe em várias pessoas se aproveitando de meu nome.
Acho que durante muitos anos os quadrinistas cariocas acharam que o tal Gian Danton era um mal-caráter, até me encontrarem no HQ Mix e descobrirem a verdade.
No início dos anos 1990 eu era conhecido pelos quadrinhos feitos com o compadre Joe Bennett e morava em Belém. Não havia redes sociais, e-mails e, portanto, era difícil entrar em contato comigo. Um rapaz se aproveitou disso e apareceu lá no Rio de Janeiro dizendo que era o Gian Danton, que tinha vindo de Belém para conhecer a cidade maravilhosa. Alguns quadrinistas cariocas o acolheram em suas casas. No final, era um trambiqueiro, que roubou e deu golpe em várias pessoas se aproveitando de meu nome.
Acho que durante muitos anos os quadrinistas cariocas acharam que o tal Gian Danton era um mal-caráter, até me encontrarem no HQ Mix e descobrirem a verdade.
Se você tem cem amigos no Facebook, um pode ser psicopata, diz livro
No livro "Como Identificar um Psicopata", a psicóloga forense Kerry Daynes afirma que, segundo estudos, entre 1% e 3% da população ocidental apresenta tendências psicopatas.
"Em algum momento da sua vida, você vai encontrar alguém que exibe as principais características de um psicopata. Portanto, se você tem cem amigos no Facebook, pelo menos um deles pode ser um psicopata (a menos que todas as suas amizades sejam da prisão; nesse caso, a porcentagem sobe para 15%)", explica.
O exemplar não deve ser usado como instrumento de diagnóstico. A intenção da autora é explicar e reconhecer um comportamento nocivo. Nem todos os indivíduos com tendências psicóticas são assassinos compulsivos, mas são pessoas que você gostaria de evitar. Leia mais
"Em algum momento da sua vida, você vai encontrar alguém que exibe as principais características de um psicopata. Portanto, se você tem cem amigos no Facebook, pelo menos um deles pode ser um psicopata (a menos que todas as suas amizades sejam da prisão; nesse caso, a porcentagem sobe para 15%)", explica.
O exemplar não deve ser usado como instrumento de diagnóstico. A intenção da autora é explicar e reconhecer um comportamento nocivo. Nem todos os indivíduos com tendências psicóticas são assassinos compulsivos, mas são pessoas que você gostaria de evitar. Leia mais
sábado, julho 21, 2012
Teaser trailer de Superman - Man of steel
O teaser, divulgado recentemente pela DC, não mostra muita coisa, mas pelo menos dá a entender que resgatará a mitologia do personagem. E boto fé no Zack Snyder. Vamos esperar para ver.
sexta-feira, julho 20, 2012
Dia de dar livros nacionais de fantasia
Chegou o dia pensando por Ademir Pascale para incentivar as pessoas a comprarem livros nacionais. Muitos autores e editoras aderiram à proposta dando desconto em suas obras. A lista completa pode ser lida aqui. Eu estou colocando em promoção os livros abaixo. Quem estiver interessado em adquirir, entre em contato pelo e-mail profivancarlo@gmail.com.
Walking Dead
Começamos a assistir ao seriado Walking Dead.
Sempre achei o tema zumbis interesantes. Eles mexem com questões básicas da humanidade: o medo das epidemias, da morte. Histórias sobre zumbis são sempre histórias sobre pessoas em situação limite, um dos meus temas prediletos. Tenho inclusive uma HQ sobre isso, Refrão de Bolero, desenhada pelo compadre Joe Bennett. Lost também era sobre pessoas em situação limite.
Por outro lado, os zumbis lidam com um aspecto psicológico: o ID, a camada mais essencial do ser humano, a menos civilizada. Zumbis são puro ID, seres sem inteligência ou controle, que vivem apenas para comer carne crua. Os zumbis são a multidão, incontrolável, irracional e instintiva.
Por outro lado, os que sobrevivem ao apocalipse zumbi geralmente são pessoas que liberam seu ID. Podem matar sem culpa, pois as suas vítimas já estão mortas.
Todas essas questões são muito bem exploradas no seriado. Um ponto alto da série é que ela desenvolve muito bem a relação entre os personagens e como o que está acontecendo os afeta e afeta a sua relação com os outros.
Pessoas em uma situação como essa fazem coisas que não fariam normalmente, da mesma forma que pessoas no meio de uma multidão parecem mudar de personalidade.
Além de Robert Kirkman, o roteirista da série em quadrinhos e que no seriado é produtor executivo e roteirista, um nome garante qualidade ao seriado: Frank Darabont, diretor de obras-primas baseadas em textos de Stephen King, como Um sonho de liberdade e À espera de um milagre.
Falando em King, ele escreveu um ótimo livro sobre zumbis: Celular. Quem gostou de Walking Dead certamente vai gostar...
Sempre achei o tema zumbis interesantes. Eles mexem com questões básicas da humanidade: o medo das epidemias, da morte. Histórias sobre zumbis são sempre histórias sobre pessoas em situação limite, um dos meus temas prediletos. Tenho inclusive uma HQ sobre isso, Refrão de Bolero, desenhada pelo compadre Joe Bennett. Lost também era sobre pessoas em situação limite.
Por outro lado, os zumbis lidam com um aspecto psicológico: o ID, a camada mais essencial do ser humano, a menos civilizada. Zumbis são puro ID, seres sem inteligência ou controle, que vivem apenas para comer carne crua. Os zumbis são a multidão, incontrolável, irracional e instintiva.
Por outro lado, os que sobrevivem ao apocalipse zumbi geralmente são pessoas que liberam seu ID. Podem matar sem culpa, pois as suas vítimas já estão mortas.
Todas essas questões são muito bem exploradas no seriado. Um ponto alto da série é que ela desenvolve muito bem a relação entre os personagens e como o que está acontecendo os afeta e afeta a sua relação com os outros.
Pessoas em uma situação como essa fazem coisas que não fariam normalmente, da mesma forma que pessoas no meio de uma multidão parecem mudar de personalidade.
Além de Robert Kirkman, o roteirista da série em quadrinhos e que no seriado é produtor executivo e roteirista, um nome garante qualidade ao seriado: Frank Darabont, diretor de obras-primas baseadas em textos de Stephen King, como Um sonho de liberdade e À espera de um milagre.
Falando em King, ele escreveu um ótimo livro sobre zumbis: Celular. Quem gostou de Walking Dead certamente vai gostar...
A morte de Sardanapalo de Delacroix
Jardel Dias Cavalcanti
Em 1827 Delacroix pintou a obra A Morte de Sardanapalo, inspirada no trabalho do poeta romântico inglês Lord Byron, que conta a história do cerco e da queda do rei da segunda dinastia assíria, cercado no seu palácio, no final do século IX.
Sobre uma audiência ofendida, Delacroix apresentava com esta tela uma avalanche de cor e movimento. O impacto da obra era forte demais para o público e a crítica, que se apressaram a condená-la. A inspiração na pintura de Rubens foi considerada como descuido; os erros de perspectiva foram atribuídos às incertezas do espaço retratado e à confusão do primeiro plano. Na verdade A Morte de Sardanapalo destruía as três unidades sagradas do estilo acadêmico. Transcendendo as leis da perspectiva, a tela demonstra uma coerência estilística absoluta no seu jogo livre de volumes sinuosos, enquanto todos os componentes do quadro (vestuário, corpos e objetos), testemunham as virtualidades de Delacroix. Leia mais
Em 1827 Delacroix pintou a obra A Morte de Sardanapalo, inspirada no trabalho do poeta romântico inglês Lord Byron, que conta a história do cerco e da queda do rei da segunda dinastia assíria, cercado no seu palácio, no final do século IX.
Sobre uma audiência ofendida, Delacroix apresentava com esta tela uma avalanche de cor e movimento. O impacto da obra era forte demais para o público e a crítica, que se apressaram a condená-la. A inspiração na pintura de Rubens foi considerada como descuido; os erros de perspectiva foram atribuídos às incertezas do espaço retratado e à confusão do primeiro plano. Na verdade A Morte de Sardanapalo destruía as três unidades sagradas do estilo acadêmico. Transcendendo as leis da perspectiva, a tela demonstra uma coerência estilística absoluta no seu jogo livre de volumes sinuosos, enquanto todos os componentes do quadro (vestuário, corpos e objetos), testemunham as virtualidades de Delacroix. Leia mais
quarta-feira, julho 18, 2012
Música do dia
Sou Uma Criança, Não Entendo NadaErasmo Carlos
Antigamente quando eu me excedia
Ou fazia alguma coisa errada
Naturalmente minha mãe dizia:
"Ele é uma criança, não entende nada"...
Por dentro eu ria
Satisfeito e mudo
Eu era um homem
E entendia tudo...
Hoje só com meus problemas
Rezo muito, mas eu não me iludo
Sempre me dizem quando fico sério:
"Ele é um homem e entende tudo"...
Por dentro com
A alma tarantada
Sou uma criança
Não entendo nada...
Antigamente quando eu me excedia
Ou fazia alguma coisa errada
Naturalmente minha mãe dizia:
"Ele é uma criança, não entende nada"...
Por dentro eu ria
Satisfeito e mudo
Eu era um homem
E entendia tudo...
Hoje só com meus problemas
Rezo muito, mas eu não me iludo
Sempre me dizem quando fico sério:
"Ele é um homem e entende tudo"...
Por dentro com
A alma tarantada
Sou uma criança
Não entendo nada...
Fantasiando na livraria Nova Amapaense
A livraria Nova Amapaense já está vendendo a antologia Fantasiando, que conta com um texto meu, "O segredo de Helena". A livraria fica na Av. Presidente Vargas entre General Rondon e Tiradentes.
terça-feira, julho 17, 2012
Resenha de "E aí, comeu?"
Admito que fui assistir a E Ai... Comeu? meio desconfiado, logo que ouvi falar do filme o liguei imediatamente à pessoa de Bruno Mazzeo, e consequentemente ao mal sucedido Cilada.com, uma comédia banal, sem quaisquer atrativos além do riso em si. Para meu alivio, neste filme Mazzeo é apenas ator.
Logo nas primeiras cenas o filme deixa claro suas propostas e, claro, nos faz rir. As atuações (sem exceções) são ótimas até mesmo nos momentos de não comédia. A trama gira em torno de três amigos, Fernando (Bruno Mazzeo), que se separou recentemente, Honório (Marcos Palmeira) que vive uma crise no casamento e desconfia ser traído pela mulher e Afonsinho (Emílio Orciollo Netto), um mauricinho que se diz escritor mas não consegue escrever bem e que acredita ser pegador mas não conquista de fato ninguém. Os três se reúnem constantemente em um bar que conta com “Seu Jorge” (Seu Jorge) como garçom, onde discutem os mais variados aspectos de suas vidas amorosas.
Entre as personagens, se destacam o frustrado Afonsinho, “Seu Jorge” com sua respostas que ajudam a apimentar ainda mais as discussões dos três amigos de bar; além da hilária Ana Paula “Tarja Preta”, com uma curta participação na que talvez seja a cena mais engraçada do filme. Leia o resto no blog A arte do cinema
Turma da Mônica Jovem e Tina na prevenção às drogas
A MSP desenvolveu quatro gibis para o projeto "Diga Sim à Vida", da Secretaria Nacional de Política sobre Drogas. Dois deles são com Tina e sua turma e os outros, com a Turma da Mônica Jovem.A ideia é posteriormente transformar os gibis em animações. A informação é Planeta Gibi.
Sebos de Belém
Passei alguns dias em Belém e, como sempre, fiz questão de visitar os sebos prediletos. Fiquei surpreso com o sebo da Pedreira, do seu Antônio, que melhorou muito. Olhando o material que comprei, tive a ideia de fazer uma série com indicações de sebos de cidades por onde passo, com endereços e características. Começo aqui com os sebos do Seu Antônio e do Seu Zé, os melhores de Belém, na minha opinião.
Sebo do Seu Zé
Dessa vez comprei pouco porque já tinha feito a limpa na última vez que fui lá, quando comprei mais de uma dezena de graphic novels. O forte do sebo são os quadrinhos a preços baixos e a simpatia do Seu Zé, que sabe vender e conhece os clientes. Para ter uma ideia, mesmo sem saber se eu iria em Belém, ele guardou uma sacola de graphic novels para mim. É visita obrigatória para quem gosta de quadrinhos. Fica entre o mercado de São Brás e o colégio Berço de Belém.
Sebo do Seu Antônio Fica no bairro da Pedreira, perto da Y Yamada e do Banco do Brasil. Tem poucos quadrinhos, mas muitos livros e principalmente coleções. Comprei esse volume sobre o Barroco em capa dura, mais dez volumes dessa coleção Gênios da Humanidade, escrita por Isaac Asimov, que eu nem sabia que existia. Comprei também esse volume encadernado de um livro de Dickens e o livro 100 dias que abalaram o mundo. Preços muito bons.
Sebo do Seu Zé
Dessa vez comprei pouco porque já tinha feito a limpa na última vez que fui lá, quando comprei mais de uma dezena de graphic novels. O forte do sebo são os quadrinhos a preços baixos e a simpatia do Seu Zé, que sabe vender e conhece os clientes. Para ter uma ideia, mesmo sem saber se eu iria em Belém, ele guardou uma sacola de graphic novels para mim. É visita obrigatória para quem gosta de quadrinhos. Fica entre o mercado de São Brás e o colégio Berço de Belém.
Sebo do Seu Antônio Fica no bairro da Pedreira, perto da Y Yamada e do Banco do Brasil. Tem poucos quadrinhos, mas muitos livros e principalmente coleções. Comprei esse volume sobre o Barroco em capa dura, mais dez volumes dessa coleção Gênios da Humanidade, escrita por Isaac Asimov, que eu nem sabia que existia. Comprei também esse volume encadernado de um livro de Dickens e o livro 100 dias que abalaram o mundo. Preços muito bons.
Algumas das aquisições feitas no sebo da Pedreira. |
segunda-feira, julho 16, 2012
O espetacular (?) Homem-aranha
Assisti finalmente o reboot da franquia do aracnídeo. Para começo, é estranho fazer reboot de uma franquia que estava indo muito bem, tanto em termos de crítica quanto em termos de faturamento. A razão é simples: Sam Raimi não gostou das interferências dos produtores no terceiro filme e só aceitaria fazer um quarto se tivesse liberdade criativa. Os produtores preferiram chamar outro diretor, no caso Marc Webber (de 500 dias com ela). Por melhor que fosse o diretor, ficou claro, que ele não teria liberdade.
Dois aspectos do filme deixam claras as imposições dos produtores: Peter Parker andando de Skate e Homem-aranha mais violento em vistas do sucesso do de Batman.
Marc Webber é um bom diretor. Sabe fazer cenas de ação e trabalha bem com a trilha sonora, um ponto importante para um filme voltado para o público teen.
Os atores também agradam. Andrew Garfield é a cara do Peter Parker da fase Ditko. Destaques também para Emma Stone como uma ótima Gwen Stacy. Dos atores, só Sally Field parece não se encaixar no papel.
O filme também tem um bom desenvolvimento de vilão, algo característico da série do aracnídeo. Stan Lee inovou ao criar vilões tridimensionais, que não eram apenas maus, mas tinham motivações pessoais para fazerem o que faziam. O filme respeita isso.
Mais um ponto positivo: a melhor participação de Stan Lee em todos os filmes Marvel já feitos até hoje.
Agora os pontos negativos, e são muitos.
Para começar, a mitologia do personagem fica muito prejudicada com a ausência do jornal O Clarim e de seu dono ranzinza JJ Jameson. Nos filmes de Raimi, o herói passa a ser perseguido graças à campanha feita pelo jornal. No novo filme o personagem é perseguido pela polícia mais do que o vilão e mais do que os bandidos, sem razão nenhuma.
Esse é o maior problema do filme: falta de motivação. Não há motivação real para o Homem-aranha ser perseguido, não há motivação real para ele vestir um uniforme. Os personagens e situação parecem estar a serviço da trama, como se fossem marionetes. São situações forçadas, como quando o jovem Peter Parker, estudante de ensino médio, ajuda o Dr. Connor a solucionar uma situação que ele vem pesquisando há mais de 20 anos.
O espetacular Homem-aranha não é um filme ruim, apesar dos furos no roteiro. O maior problema é ter vindo depois da trilogia de Sam Raimi, que, apesar da escorregada no terceiro, é muito superior. É impossível não comparar.
Dois aspectos do filme deixam claras as imposições dos produtores: Peter Parker andando de Skate e Homem-aranha mais violento em vistas do sucesso do de Batman.
Marc Webber é um bom diretor. Sabe fazer cenas de ação e trabalha bem com a trilha sonora, um ponto importante para um filme voltado para o público teen.
Os atores também agradam. Andrew Garfield é a cara do Peter Parker da fase Ditko. Destaques também para Emma Stone como uma ótima Gwen Stacy. Dos atores, só Sally Field parece não se encaixar no papel.
O filme também tem um bom desenvolvimento de vilão, algo característico da série do aracnídeo. Stan Lee inovou ao criar vilões tridimensionais, que não eram apenas maus, mas tinham motivações pessoais para fazerem o que faziam. O filme respeita isso.
Mais um ponto positivo: a melhor participação de Stan Lee em todos os filmes Marvel já feitos até hoje.
Agora os pontos negativos, e são muitos.
Para começar, a mitologia do personagem fica muito prejudicada com a ausência do jornal O Clarim e de seu dono ranzinza JJ Jameson. Nos filmes de Raimi, o herói passa a ser perseguido graças à campanha feita pelo jornal. No novo filme o personagem é perseguido pela polícia mais do que o vilão e mais do que os bandidos, sem razão nenhuma.
Esse é o maior problema do filme: falta de motivação. Não há motivação real para o Homem-aranha ser perseguido, não há motivação real para ele vestir um uniforme. Os personagens e situação parecem estar a serviço da trama, como se fossem marionetes. São situações forçadas, como quando o jovem Peter Parker, estudante de ensino médio, ajuda o Dr. Connor a solucionar uma situação que ele vem pesquisando há mais de 20 anos.
O espetacular Homem-aranha não é um filme ruim, apesar dos furos no roteiro. O maior problema é ter vindo depois da trilogia de Sam Raimi, que, apesar da escorregada no terceiro, é muito superior. É impossível não comparar.
Antologia erótica steampunk
A editora Ornitorrinco está abrindo inscrições para uma das antologias mais interessantes do ano: Erótica Steampunk. O livro irá reunir textos de 10 a 20 mil toques que unam os gêneros steampunk e erótico. O prazo é 20 de setembro deste ano. Para maiores informações, clique aqui.
domingo, julho 15, 2012
A entrevista de Rosane Collor e o Twitter
A entrevista da ex-primeira dama ao Fantástico bombou no Twitter. Criaram até um TUMBRL Jesuiscidência.
Abaixo algumas das melhores frases (um detalhe curioso é que a maioria dos internautas errou o nome da ex-primeira-dama):
Malandra é a Roseane Collor, que ganha 18 mil por mês para falar mal do Collor enquanto o pessoal faz isso de graça.
Coitada da mulher do Collor. Com uma pensão dessas deve ter pedido dinheiro emprestado p a repórter.
A Roseane Collor sofre buylling das amigas porque ganha só 18 mil por mês.
se aqui em Macapá os politicos ja fazem macumba, imaginem nas grandes cidades?! o inferno é pertin!
Aceitou Jesus mas não aceitou a pensão.
Roseane Collor revela que o ex-marido usava crocs.
roseane collor esqueceu de dizer que rodavam o vinil da xuxa ao contrário no porão da casa dinda.
Vou procurar o Terreiro que o Collor foi para ver se arrumo um marido que pague 18 mil de pensão para mim!! Roseane Collor
Coitada da Roseane Collor que ganha apenas 18 mil de pensão. Vai ter que vender os produtos da Jequiti pra por um prato de comida na mesa.
Agora eu entendi o pq a Roseane Collor resolveu dar uma entrevista para o Fantástico, foi por pura inveja da amiga...
"Roseane Collor é a cara da política brasileira: rouba, fala de Deus, ganha grana fácil e se redime dos pecados"
Roseane Collor ganha mais por mês do que eu ganho por ano...
Roseane Collor: eu quero ( ) tchu ( ) tcha (x) pensão $40 mil
A Roseane Collor reclama da mixaria da pensão de 18.0000 paga com dinheiro público, enquanto um professor universitário titular ganha metade disso.
Roseane Collor provou mais uma vez que todo crente é um ex! No caso dela ela é um ex-macumbeira!
Dá pra tirar a seguinte conclusão dessa estória da Roseane Collor com o ex presidente. Q até o diabo sofre com ex mulher.
Frase da minha Tia: Eu ganho o mesmo valor de pensão que a Roseane Collor, a diferença é que dois dos Zeros ficam depois da vírgula!
E vcs acham que na casa da Dinda o rirual era com galinha? No minimo era com lagosta ou faisão feitos pela Ana maria Braga
sábado, julho 14, 2012
Tarzan completa 100 anos e ganha novo gibi
A editora Open Road Integrated anunciou na Comic Con San Diego novos quadrinhos com Tarzan, o eterno Rei da Selva. Esse ano o personagem completa 100 anos desde seu surgimento em 1912.
Segundo o anúncio feito na feira, em outubro o Homem Macaco terá duas novas histórias publicadas.
The Greystoke Legacy e Tarzan: The Jungle Warrior mostrarão Tarzan de volta aos conceitos criados por seu autor.
Em The Greystoke Legacy ele se encontrará pela primeira vez com Jane Porter, sua eterna companheira e The Jungle Warrior mostrará o herói em busca de um bebê gorila sequestrado por um caçador. As duas histórias serão adaptações dos romances de mesmo nome escrito por Andy Briggs que também será o autor dos roteiros dos quadrinhos. Quem cuidará da arte ainda não foi divulgado. Leia mais
Segundo o anúncio feito na feira, em outubro o Homem Macaco terá duas novas histórias publicadas.
The Greystoke Legacy e Tarzan: The Jungle Warrior mostrarão Tarzan de volta aos conceitos criados por seu autor.
Em The Greystoke Legacy ele se encontrará pela primeira vez com Jane Porter, sua eterna companheira e The Jungle Warrior mostrará o herói em busca de um bebê gorila sequestrado por um caçador. As duas histórias serão adaptações dos romances de mesmo nome escrito por Andy Briggs que também será o autor dos roteiros dos quadrinhos. Quem cuidará da arte ainda não foi divulgado. Leia mais
quinta-feira, julho 12, 2012
Far side
Far side é uma série cômica criada pelo quadrinista Gary Larson. Formado em biologia, Larson constantemente brinca com o olhar antropológico, como, por exemplo, mostrar o ponto de vista de uma bactéria. Segundo a Wikipédia a série lida com "desconfortáveis situações sociais, eventos improváveis, falácias lógicas e iminentes catástrofes bizarras, ou a busca de sentido na vida". No Brasil alguns livros foram lançados pela Cedibra no início dos anos 1990 e se tornaram itens de colecionador.
Veja abaixo alguns exemplos.
Veja abaixo alguns exemplos.
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