terça-feira, junho 27, 2017

Brick Bradford


O segundo herói de ficção científica foi Brick Bradford, escrito por Willian Ritt e desenhado por Clarence Gray. Bradford apareceu pela primeira vez na tira diária de 21 de agosto de 1933 no New York Journal.
Embora criado para concorrer com Bucky Rogers, não era um simples decalque do mesmo. Ritt tinha fixação em antigas civilizações e dotou seu herói de uma cromosfera (uma espécie de pião) que lhe permitia viajar no tempo.
Curiosamente, a viagem mais famosa de Bradford não foi uma viagem histórica, mas científica. Em viagem ao interior de uma moeda, o herói e seu amig, o sábio Kalla Kopak, são miniaturizado e transportado para dentro de um átomo. Lá ele encontra vestígios de civilizações antigas, faunas e floras primitivas, mundos habitados por pessoas muito semelhantes aos humanos. A viagem termina com os dois voltando ao tamanho normal, no laboratório, alguns minutos depois de os terem deixado.
Essa aventura teve papel essencial na difusão do modelo atômico, até então pouco conhecido. Para isso, o roteirista usou um estratagema inteligente: comparou a estrutura do átomo com o sistema solar, o que permitiu que milhões de garotos no mundo inteiro tivessem seu primeiro contato com a estrutura atômica.
Bardford fez tanto sucesso que chegou a ganhar um seriado matinê, em 12 capítulos, estrelado por Kane Richmond.

Ritt se cansou de escrever o personagem e abandonou a série em 1948. Grey parou de desenhar as tiras do personagem em 1952, por problemas de saúde. Em 1952, Paul Norris assumiu a tira diária. Em 1956, Norris começou a fazer também as páginas dominicais e continuou no personagem até 1987, quando se aposentou.

Quem foram Gustav Wagner e Franz Stangl?


Os dois foram comandantes dos campos de extermínio de Sobidor/Treblinka, na Polônia, os mais eficientes na tarefa de matar. Em comum, tiveram o fato de terem se refugiado no Brasil.
Gustav Franz Wagner, comandante do campo de Sobibor, na Polônia, onde morreram 250 mil judeus, recebeu a cruz de ferro, por sua eficiência em matar.
Quando a guerra acabou, fugiu, mas nem se preocupou em mudar de nome. Veio para o Brasil, onde foi morar num pequeno sítio nos arredores de Atibaia, a 69 quilômetros da capital.
Condenado à revelia pelo tribunal de Nuremberg, vivia uma vida calma, criando animais e cultivando hortaliças. Nas horas vagas, gostava de pintar quadros.
Viveu numa boa até 1978, quando compareceu ao DEOPS para desmentir a notícia de que participara de uma festa em homenagem a Hitler. Foi reconhecido e preso, depois transferido para uma clínica psiquiátrica. Passou algum tempo na clínica, até ser liberado, quando voltou para o sítio. Um ano depois, matou-se.

Franz Stangl era comandante do campo de extermínio de Treblinka, na Polônia, no qual morreram 900 mil pessoas. Terminda a guerra, fugiu com a família para o Brasil e trabalhou como supervisor na linha de montagem da fábrica da Volkswagen. Não se deu ao trabalho de mudar de nome. Foi descoberto em 1967, quando foi extraditado para a Alemanha. Morreu na prisão, um ano depois. 

segunda-feira, junho 26, 2017

Como os alemães tentaram esconder os campos de extermínio?


Os alemães tentaram esconder dos mundos o que acontecia nos campos de concentração. A idéia dos fornos foi justamente para não deixar corpos e, portanto, provas. Na medida em que ficava claro que os nazistas não ganhariam a guerra, eles começaram a fazer tudo o possível para apagar as pistas dos horrores.
O que aconteceu no campo de Treblinka exemplifica bem isso.
Os prisioneiros judeus restantes, que haviam sido forçados a desmantelar o campo, foram transferidos para o campo de morte de Sobibor em 20 de Outubro de 1943, através de Siedlce e Chelm.
Em 17 de Novembro de 1943, o último transporte partiu, carregando equipamentos do campo. Partes dos alojamentos foram enviados para o Campo de Trabalhos Forçados de Dorohucza próximo a Trawniki.
Os fornos foram derrubados, assim como os galpões. Árvores foram plantadas para que o local se parecesse com uma fazenda.
Um guarda ucraniano, chamado Streibel foi deixado ali, como se fosse um fazendeiro. Além disfarçar a verdadeira função da área, ele servia para afugentar a população que se aproximava.

Quando esse guarda foi embora, a população das proximidades desceu até o local para tentar encontrar objetos de valor. Nisso, eles revolveram a terra e encontraram parte de corpos em decomposição. Finalmente eles entenderam para que servia aquele campo: para exterminar pessoas. 

Teia do Aranha e o novelão aracnídeo

A revista Teia do Aranha publicava as histórias clássicas do aracnídeo em sequência, iniciando pela fase inicial de John Romita no título. O interessante de ler uma revista assim é acompanhar a evolução da trama. O título do Aranha, escrito por Stan Lee, era um grande novelão, mas as histórias eram auto-contidas. Raramente uma saga se estendia além de uma edição. O conflito normalmente era resolvido dentro daquela edição - terminando sempre com Peter Parker refletindo depressivamente sobre sua vida. O desafio aí deveria ser criar um vilão para cada edição - ou resgatar um vilão. Uma das curiosidades é uma edição usada apenas para apresentar o novo uniforme da Viúva Negra (e uma briga dela com o amigão da vizinhança que se revela totalmente despropositada). Mas no geral, a trama super-heroiesca misturada aos problemas pessoais e amorosos de Peter Parker seguravam o leitor. Não admira que o título se tornasse o mais vendido da Marvel na década de 1970: era uma revista à frente de seu tempo. (foto da minha coleção)

Tarzan


Tarzan é um dos personagens mais populares do século XX e teve diversas versões para quadrinhos, cinema e televisão. Mas poucas foram tão fieis à obra original de Edgar Rice Burroughs quanto o desenho animado Tarzan, o rei das selvas, de 1976. Criado pela Filmation, o desenho usava em algumas cena a técnica da rotoscopia, em que o desenho é realizado em cima de filmagens com atores, o que dava um incrível realismo às sequências. Nessa versão do Tarzan ele é acompanhado pelo macaco Nikima, como nos livros, ao contrário da versão cinematográfica, em que foi criada a macaca Chita.
O estúdio aproveitou bem o fato da animação não necessitar de cenários para colocar na histórias reinos perdidos, o que dava à série um ar de fantasia.
Todos que assistiram esse desenho se lembram da cena de abertura com Tarzan se movimentando em rotoscopia e o texto: "A selva... eu nasci aqui. E aqui meus pais morreram quando eu era pequeno. Eu teria perecido logo se não tivesse sido encontrado por uma bondosa macaca chamada Kala, que me criou como seu filho e me ensinou a viver na selva. Eu aprendia rápido e me fortalecia a cada dia. Agora, compartilho da amizade e a confiança de todos os animais da selva. A selva é cheia de belezas... e perigos e cidades perdidas cheias bondade e maldade. Este é o meu domínio e eu protejo aqueles que aqui veem, pois eu sou Tarzan, o Rei das Selvas!".

No total, foram 36 episódios, em 4 temporadas. O desenho vem sendo exibido pelo SBT desde a década de 1980 e atualmente passa nas manhãs de sábado. 

O uivo da górgona - parte 78

78
A maioria do grupo estava tomando café na área de alimentação quando ouviu-se um estrondo e, em seguida, o barulho de vidro quebrado contra o chão. Os sobreviventes vieram de vários pontos na direção do parapeito, de onde observaram os zumbis tomando todo o andar térreo. Pareciam mais enlouquecidos que antes, talvez pelo uivo da Górgona, que certamente soara de noite. Andavam sem rumo, grunhindo alto e destruindo tudo que encontravam pela frente. As lojas que não tinha portas de correr foram suas primeiras vítimas: manequins eram jogados para todos os lados, assim como roupas e até caixas das lojas, algumas ainda com dinheiro.
- O que vamos fazer? – perguntou Dani.
- Enquanto estiverem descontando sua raiva nas lojas, estaremos seguros. O problema vai ser quando resolverem subir as escadas. – conjecturou Jonas.
- Melhor descer e ficar perto da escada.
Os homens se posicionaram próximo à escada rolante, que parecia o ponto mais frágil. Zu, Dani e Sofia ficaram no primeiro andar, mas foram orientadas a subirem para a praça de alimentação ao primeiro sinal de perigo.

Demorou muito para que um dos integrantes da horda tivesse a ideia subir a escada rolante, mas quando o fez, foi surpreendente. 

domingo, junho 25, 2017

Como era a chegada dos judeus nos campos de extermínio?


Os judeus chegavam viajavam em vagões de gado. Cada locomotiva continha de 50 a 60 vagões, com seis a sete mil pessoas que viajavam apertadas, sem água ou comida.
Quando os vagões estavam para entrar no campo, homens da SS tomavam posição na plataforma de ferrovia e na área de recepção.
Quando os trens paravam, os portões eram abertos de uma vez e os judeus saiam o mais rápido que podiam para evitar as chicotadas.
“Ficávamos numa plataforma comprida e estreita, cheia de pessoas até o limite da sua capacidade. Todos rostos familiares – vizinhos e conhecidos. A poeira era tão grande, ela obscurecia a luz do sol. O cheiro de carne queimada sufocava a respiração. Sem saber de nada, eu dei uma olhada nas montanhas de roupas, sapatos, roupas de cama e todo o tipo de utensílios que podiam ser vistos além da cerca. Mas não havia tempo para pensar... A densa massa de pessoas é empurrada e conduzida através de um portão...", lembra um sobrevivente.
O ritual então podia variar. No campo de Treblinka, um dos mais eficientes no holocausto, um oficial falava com os recém-chegas e dizia que estavam num campo de trânsito e que deveriam tomar um banho por razões higiênicas e ter suas roupas desinfetadas. Deveriam entregar todo o dinheiro e valores aos soldados, pois, depois do banho, eles seriam devolvidos.
Na “quadra de despir”, os homens eram mandados para a direita e as mulheres e crianças para a esquerda. Depois de despidos, os prisioneiros entravam em um tubo que levava às câmeras de gás. Em alguns casos os homens eram gaseados primeiro. Em outros casos, isso acontecia primeiro com as mulheres e os homens deveriam ficar de joelhos na “quadra de despir”.  
Em alguns casos separava-se, entre os homens, aqueles que poderiam ser úteis, como os artesãos e pedreiros.
As vítimas eram trancadas em câmeras onde era expelido monóxido de carbono. Em no máximo 30 minutos estavam mortas.

Enquanto o primeiro lote era assassinado, prisioneiros limpavam os vagões nos quais eles tinham sido transportados. Depois de limpos, os vagões eram empurrados para fora do campo para dar lugar à segunda leva de vítimas. 

sábado, junho 24, 2017

Uma insólita obra-prima


Jefferson Nunes 

Em 1990 a dupla Gian e Bené, deu um tempo de suas estórias de terror para contar aquela que é sem duvida a melhor estória de super heróis já produzida em solo brasileiro: A Insólita  Família Titã.
Influenciados pela leitura de Watchmen e principalmente de Miracleman (ambas obras primas de Alan Morre), a dupla resolveu homenagear a Família Marvel da DC Comics através de uma ótica inovadora e totalmente inusitada.
Franco Rosa, Editor da Editora Nova Sampa na época, pediu que a dupla fizesse uma história de 30 páginas um a revista que ele estava lançando e só havia uma semana para realizar todo o trabalho, do roteiro à arte-final.
Assim, Bennett e Gian se reuniram em um cômodo que eles chamavam de estúdio situado na clínica de um tio do desenhista, que estava fechada. Então, eles conversaram sobre as possíveis estórias e surgiu a idéia de fazer uma homenagem à Família Marvel.
A estória foi elaborada naquele momento. À pedido de Franco, ela deveria conter cenas de sexo, entretanto, para os autores, não havia como encaixar sexo na HQ. Então, Bené ficou como responsável para adicionar esse tema. De fato, das 30 páginas, apenas duas contiveram cenas de sexo.
No mesmo dia, Benné fez o rafe da estória e Danton os balões. Em menos de uma semana, o artista desenhou e arte-finalizou a Família Titã. Foi um recorde, afinal, era um trabalho urgente.
O interessante foi que, como tiveram pouco tempo para conversar sobre a HQ, cada um teve uma interpretação diferente sobre ela. Para Gian, o personagem Tribuno era o herói, para Bené, o vilão. Assim, enquanto o desenho mostrava o protagonista em uma cruzada de vingança, o texto intimista justificava suas ações. Isso criou uma dupla possibilidade de interpretação: alguns leitores entenderam o personagem como um sanguinário, outros como um homem bem-intencionado.
Outra característica interessante é que a história se passa, boa parte, numa favela da cidade fictícia de Santa Helena e o herói Tribuno é, na verdade, um deficiente físico.
Embora fosse publicada em revista lacrada com saco plástico, a história fez grande sucesso entre os fãs. Chegou a ter quatro tiragens, vendendo um total de 120 mil exemplares, mais do que a venda do Homem-aranha na época.
A história foi também a responsável pela entrada de Bené no mercado de quadrinhos dos EUA. Ao vê-la, um agente americano se convenceu de que ele seria um ótimo desenhista de super-heróis. Atualmente, Bené assina como Joe Bennett e desenha as histórias da Liga da Justiça.

A história da Família Titã desenrola se durante um período de 15 anos e se passa em Santa Helena, uma cidade fictícia. E em uma favela daquela cidade, viviam César – deficiente físico acometido por leucemia, que fugia da realidade abusando da leitura de livros achados no lixo e que idolatrava a antiga sociedade greco-romana; Paulo e Melissa, garotos amantes. Todos órfãos com, aproximadamente, 14 anos, que viviam de sobras de lixo e catando papel para reciclagem.
César amava Melissa, que amava Paulo. Esse triângulo, de fato, foi a fonte para todos os eventos da trama. César, inadvertidamente, encontrou um artefato alienígena que lhe garantiu toda e qualquer forma de poder. Por ser um trágico humanitário, o jovem deficiente decidiu compartilhar sua descoberta com seus amigos, que fizeram uso do disco e se tornaram os super-heróis Tribuno, Centurião e Vésper.
E durante algum tempo, eles foram os heróis do planeta, salvando as pessoas de ameaças e tragédias. Mas o clímax atinge quando todos passam a confrontar os ideais, resultando em uma tragédia digna da civilização grega.
"Quando Hulk 2 foi lançado, notei o entusiasmo do pessoal, dizendo que havia ficado legal o uso da Favela. Poxa, é isso aí! Na época que eu e Bené produzimos a Família Titã, as pessoas diziam que estória de super-herói não combinava com favela. Então, é necessário a vinda dos gringos para mostrar que isso podia ser feito, sim. Mas, com certeza, nós fomos os pioneiros", disse Danton.

"Sim, tragédia e realismo fazem a cabeça dos leitores de hoje e o engraçado é que nós introduzimos isso há quase 20 anos", completou Bennett.
Danton continua brincando que eles são Stan Lee e Jack Kirby, "dois caras bem diferentes, mas que usam essas diferenças nas estórias".
"Tanto que Franco a publicou várias vezes [Risos]", concluiu o artista.

Fora de catalogo, os exemplares da Familia Titã são  disputadíssima entre os colecionadores de Hqs e e sempre lembrada por vários estudiosos do quadrinhos nacionais como sinônimo de qualidade. Alem disso a dupla Gian e Bene mostrou que e possível sim criar boas estórias de super heróis no Brasil, desde que fuja das imitações baratas e da falta de originalidade que sempre caracterizou e caracteriza o gênero  no nosso pais. Um possível remake da estória vem sendo preparado e devera sair pela editora Quadrix aina este ano.

 Apesar de seu roteirista Gian Danton  afirmar que “Esta não é uma história de super-heróis”, Familia Tita e totalmente antenada com as mudanças  que o gênero estava passando naquela virada de década. O ambiente sombrio, os personagens psicologicamente profundos e o clima de niilismo eram típicos da cahamada “Era Sombria” dos quadrinhos. A dupla despretensiosamente  coloca essa pequena obra prima em pe de igualdade com a revolução  que mestres como Alan Moore, Grant Morrison e Frank Miller  imprimiam nas paginas dos então cansados comics americanos.

O que foi a revolta de Treblinka?



Houve várias tentativas individuais para resistir aos nazistas em Treblinka; por exemplo, o assassinato do SS Max Biala por Meir Berliner em 11 de Setembro de 1942, mas não foi antes dos primeiros meses de 1943 que um grupo de resistência foi formado. Este grupo incluía Galewski, Dr. Julian Chorazycki, Zelo Bloch, Zvi Kurland, Rudolf Mazarek e Dr. Leichert. Nem todos do grupo sobreviveram ao levante; muitos iriam morrer heroicamente.
Quando a cremação dos corpos estava chegando perto do fim, e estava claro que o campo e os prisioneiros estavam prestes a serem liquidados, os líderes do movimento de resistência resolveram que o levante não poderia mais ser postergado. Uma data e hora foi fixada – 17:00 em 2 de Agosto de 1943.
Inicialmente, o levante ocorreu de acordo com o plano. Com uma cópia da chave, o arsenal foi aberto. Armas foram removidas e entregues aos membros da resistência.
Pouco antes do momento programado para o levante, alguns dos homens da SS haviam decidido se banhar no vizinho Rio Bug, dessa forma enfraquecendo a guarnição. Por causa disso, e para assegurar que o levante não tinha sido comprometido, os rebeldes não tiveram opção senão iniciar a revolta mais cedo que o planejado. Os rebeldes que possuíam armas roubadas abriram fogo nos guardas do campo. O posto de gasolina explodiu e os alojamentos de madeira foram incendiados. As câmaras de gás não foram danificadas. Uma massa de prisioneiros agora tantava romper as cercas na tentativa de escapar do campo. Eles foram alvejados pelos guardas das torres de vigia. A maioria daqueles que tentavam escapar foram alvejados enquanto ficavam enroscados no arame farpado que ficava entrelaçado com as armadilhas anti-tanque.
Aqueles que escaparam foram perseguidos pela polícia local e forças de segurança, incluindo guardas de Treblinka I. 1.000 internos ainda estavam vivos quando ocorreu o levante de 2 de Agosto de 1943. Destes, somente 200 conseguiram escapar. Cerca de 60 dos fugitivos ainda estavam vivos no final da guerra para contar ao mundo os horrores de Treblinka.
Um certo número de sobreviventes testemunhou nos julgamentos pós-guerra de Josef Hirtreiter nos anos 1950. O julgamento principal dos homens da SS de Treblinka ocorreu em 1964/65; o julgamento do comandante Franz Stangl foi em 1970.
Dos prisioneiros que permaneceram no campo depois do levante, alguns foram assassinados no local. O resto foi forçado a demolir as estruturas e eliminar os traços das atividades homicidas do campo.

Como as câmaras de gás ainda funcionavam depois da revolta, as últimas vítimas foram gaseadas em 21 de agosto de 1943. 

O uivo da górgona - parte 77

77
O grupo foi se organizando. Edgar e Jonas tentaram convencer Tiozinho a tomar banho e trocar de roupa, mas ele, ou não entendia, ou parecia demais apegado à sua própria roupa para seguir esse conselho.
Em decorrência disso, ele foi colocado para dormir no sofá, do lado de fora do cinema, pois sua simples presença na sala de projeção provocava um empestava a sala onde dormiam.
- Ele não vai correr o risco de ser transformado pelo uivo da Górgona. – disse Edgar.
O mendigo pareceu não se incomodar. Estava sob um teto, alimentado e parecia feliz com isso.
Foi uma noite tranquila, exceto pelo medo de que os zumbis finalmente conseguissem quebrar a porta de vidro.

Isso, de fato, aconteceu na manhã do dia seguinte. 

Viagem ao fundo do mar


Viagem ao fundo do mar foi um seriado de aventura criado por Irwin Allen e exibido na TV americana na década de 1960.
O seriado teve origem em um filme dirigido por Allen sobre um submarino nuclear que tenta salvar a terra de um desastre. O diretor conseguiu convencer a Fox a produzir o seriado com o argumento de que os principais cenários já estavam prontos e poderiam ser reaproveitados.
Assim, surgiu o seriado no qual o submarino seaview enfrentava monstros, extraterrestres e nações inimigas dos EUA.
Uma curiosidade é que a marinha americana inicialmente se negou a ajudar a produção, temendo que o desenho de seus submarinos fosse divulgado. Assim, o pessoal do design teve de se infiltrar em grupos de turistas em exposições de submarinos alemães capturados durante a II Guerra e fazer desenhos escondidos.
Com o sucesso da série, o submarino a principal estrela. O Marechal Costa e Silva, então presidente do Brasil, fez questão de visitar o seaview quando visitou os EUA, em 1967.

No Brasil, Viagem ao Fundo do Mar foi exibida em vários canais de TV a partir dos anos 70. A última emissora a transmití-la foi a Rede Record, no início dos anos 90.

Grafipar, a editora que saiu do eixo


No final da década de 1970, Curitiba se tornou a sede da principal editora de quadrinhos nacionais. A produção era tão grande que se formou até mesmo uma vila de quadrinistas. No livro Grafipar, a editora que saiu do eixo, eu conto em detalhes essa história. O livro inclui também algumas HQs publicadas na época e análise das mesmas.
Pedidos: profivancarlo@gmail.com.

sexta-feira, junho 23, 2017

O que era o campo de Treblinka?


Treblinka era um campo de extermínio nas proximidades da cidade com esse mesmo nome, a 100 km de Varsóvia. Incialmente era um campo de trabalhos forçados para prisioneiros políticos, mas em 1942, um ano após sua abertura, foi construindo um anexo que se transformaria num local de extermínio de raças indesejáveis.
A mão-de-obra usada para construir Treblinka I eram prisioneiros poloneses e judeus trazidos do gueto de Varsóvia. Posteriormente, quando o gueto foi evacuado, Treblinka recebeu e exterminou 265 mil judeus da capital polonesa.
Para evitar levantes e tornar suas vítimas dóceis, os nazistas alegavam que estavam apenas reassentando judeus da Europa para terras do leste.
Os judeus deviam acreditar que Treblinka era apenas um entroncamento ferroviário, um local para descansar e tomar banho antes de continuar viagem. Para isso seu diretor, Franz Stangl mandou construir uma estação ferroviária falsa: um relógio com números pintados indicando permanentemente 6 horas, janelas de guichês e vários quadros de horários com viagens para Varsóvia, Wolkowice e Bialystok.
Quando chegavam, as vítimas eram levadas para cortar os cabelos. Um oficial da SS fazia um discurso explicando que aquele era apenas um entrocamento e que deveriam tomar um banho de desinfecção. Os guardas incentivavam as pessoas a escreverem cartas a conhecidos e familiares dizendo que estavam bem e que apenas estavam em trânsito para outro local no qual seriam realojadas. Essas cartas eram depois enviadas como forma de camuflar o holocausto.
Depois eram levados para o que seria o banho, mas na verdade eram as câmeras de morte.
Seus pertences eram recolhidos e separados, os objetos valiosos enviados para a Alemanha e os que eram considerados sem valor queimados.

O campo de extermínio começou a operar com três câmaras de gás, chegando em pouco tempo a seis. De julho de 1942 a abril de 1943, aproximadamente 870 mil pessoas morreram no local. Era tão eficiente na sua tarefa de matar que a maioria das pessoas que chegavam estava morta duas horas após a chegada. 

Direto da minha estante


Feliz aniversário, JJ Marreiro!


Hoje é aniversário do grande amigo e grande artista Joao Marreiro, uma das pessoas que tenho orgulho de já ter trabalhado. Em sua homenagem, publico um dos trabalhos que fizemos juntos: o Astronauta para o álbum em homenagem ao Maurício de Sousa.

Uma Mente Brilhante Trailer Legendado

quinta-feira, junho 22, 2017

Quem foi Klaus Barbie?



Klaus Barbie foi o Diretor da Gestapo, a polícia política alemã. Era famoso pela brutalidade com que torturava os prisioneiros. Foi um dos grandes responsáveis pelo Holocausto.
Klaus nasceu em uma pequena cidade do vale do Reno. Entrou para a SS em 1936. Em 1940 foi enviado para os países baixos para procurar judeus e adversários políticos do nazismo. É para fugir da sua perseguição que a família de Anne Frank viveu escondida.
Em 1942 ele assume a direção da Gestapo, cargo no qual foi implacável e cruel.
Entre os atos que o tornaram famoso está o assassinato de Jean Moulin, braço-direito de Charles De Gaulle na resistência francesa. Barbie só conseguiu pegá-lo graças à denuncia de René Hardy, um amigo de Moulin.
Barbie e seus subordinados o torturaram quase até a morte e depois o deixaram no pátio da prisão, entregue à sua própria sorte. Moulin morreu uma semana depois.
Outro crime famoso de Barbie foi a destruição de um campo onde se escondiam crianças judias. Com idades inferiores a 14 anos, elas tinham se refugiado numa pequena aldeia perto de Lyon, na França. O diretor da Gestapo caçou-as uma a uma, deportando-as para Auschwitz, de onde nenhuma delas saiu viva.
Klaus Barbie era famoso pela crueldade que usava nos interrogatórios. Os prisioneiros que se recusavam a falar eram punidos com chicotadas, amputações, fome e afogamentos. Suas vitimas afirmam que ele tinha especial prazer com os interrogatórios.
Terminada a guerra, Barbie desapareceu e foi julgado à revelia na França, sendo condenado à pena de morte. Na verdade, ele se tornara agente do serviço secreto americano e depois fugira para a Bolívia para oferecer seus serviços ao ditador local, Luis Garcia Meza.
Depois viajou para a Europa com o nome falso de Klaus Altmann, para negociar a compra de veículos usados para reprimir as manifestações da oposição.
Foi reconhecido pelo filho de um homem assassinado em Auschwitz, mas só foi extraditado para a França em 1983, quando a Bolívia voltou a ser um país democrático. Em 1987 foi julgado na cidade Lyon e condenado à prisão perpétua.

Em nenhum momento Klaus Barbie deu mostras de arrependimento. Ao contrário, dizia estar satisfeito por ter livrado a França do perigo comunista. Morreu de leucemiana prisão, em 25 de setembro de 1991. 

O uivo da górgona - parte 76

76
Edgar e Dani voltaram para a praça de alimentação a tempo de ver o mendigo comer, avidamente, seu terceiro sanduíche.
- Parece um poço sem fundo. – brincou Jonas.
- Já conseguiram descobrir o nome dele?
- Nada. Ele não fala, não sabe escrever.
- Vamos chamá-lo de Tiozinho. – sugeriu Dani.
Edgar franziu a sobrancelha:
- Tiozinho?
- É um nome tão bom quanto qualquer outro. – argumentou Dani. Quem concorda levanta a mão.

Meio que por brincadeira, Zu, Jonas e Alan levantaram a mão e a partir daquele momento o mendigo se tornou o Tiozinho. 

Garcia-López


Túnel do tempo


The Time Tunnel (no Brasil, O Túnel do Tempo) foi um seriado de TV realizado por Irwin Allen nos anos 60, que mostrava as viagens no tempo de dois cientistas: (Robert Colbert, como Doug Phillips, e James Darren, como Tony Newman).
Eles eram monitorados por uma equipe que permanecia no laboratório e os acompanhavam em seus deslocamentos no tempo através de imagens que recebiam pelo Túnel do Tempo. A equipe estava sempre tentando encontrar um meio de trazê-los de volta, ou então tentavam ajudá-los por intermédio dos recursos de que dispunham, como precárias transmissões de voz ou envio de armas ou equipamentos, quando possível. Quando tudo falhava, tiravam-nos de uma época e os enviavam para alguma outra data incerta do passado ou do futuro, dando início a um novo episódio.
Os personagens viajavam pelos mais diferentes períodos históricos, indo parar até mesmo no Titanic pouco antes dele afundar.  
Nos episódios eram utilizados imagens de arquivo de filmes da Fox, como O Mundo perdido, Príncipe Valente e até do seriado viagem ao fundo do mar. A regra da televisão na época era: lavou, tá novo.
Devido ao elevado custo de produção, esse seriado durou apenas uma temporada, com 30 episódios.