sábado, junho 24, 2023

Homem-Aranha nunca mais

 


Um dos aspectos que diferenciavam as histórias da Marvel de outras editoras, em especial a DC, é que os heróis da Marvel na maioria das vezes encarnavam seus poderes como um maldição, e não uma benção. E um dos heróis mais atormentados por isso era o Homem-Aranha. Essa situação encontrou seu auge em The Amazing Spiderman 50, desenhada por John Romita e escrita por Stan Lee.

Na história, intitulada Homem-Aranha nunca mais, Tia May passa mal, mas Peter Parker não é achado porque estava combatendo uma gangue de malfeitores. No dia seguinte, um dos professores chama o rapaz e reclama que suas notas estão baixas demais para um aluno com sua inteligência. Logo depois, Gwen stacy convida o rapaz para sair, mas ele não aceita, pois a vida dupla lhe deixa pouco tempo para estudar.

A gota d´água é um discurso de JJ Jameson na TV, oferecendo uma recompensa para quem capturar o aracnídeo.

“Ser o Homem-aranha não me trouxe nada... além de infelicidade”, reflete Parker.

A emblemática imagem, que foi homenageada centenas de vezess. 

E então temos aquela que é uma das cenas mais famosas da carreira do herói: o uniforme do aranha jogado numa lixeira enquanto, em segundo plano vemos um Peter Parker cabisbaixo se afastando. Uma imagem tão impactante que foi reproduzida em dos filmes de Sam Raimi.

Um garoto acha o unifome e leva para o Clarin, deixando JJ Jameson exultante: “Você merece uma recompensa, guri! Apanhe um exemplar do Clarin quando sair”, ao que o garoto retruca: “Isso é recompensa?”.

Um garoto acha o uniforme e leva para JJJ, que lhe oferece um exemplar do Clarin: isso é recompensa? 


Claro que a aposentadoria do herói, anunciada com manchete na capa do Clarin, é momentânea, caso não, seria o fim da revista. Mas a história rendeu alguns dos melhores momentos do título, um ótimo exemplo de como a dupla Romita-Lee conseguia magnetizar os leitores e surpreendê-los. 

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