segunda-feira, março 30, 2009
domingo, março 29, 2009
Caminho das Índias
sexta-feira, março 27, 2009
Música do dia
(Zé Ramalho, adaptando Blow in the Wing, de Bob Dylan)
Quantos caminhos se tem que andar
Antes de tornar-se alguém
Quantos dos mares temos que atravessar
Pra poder na areia descansar
Quantas mais balas perdidas voarão
Antes de desaparecerem
Escute o que diz
O vento, my friend
o vento vai responder
Quantas vezes olharemos o céu
Antes de saber enxergar
Quantos ouvidos terá o poder
Para ouvir o povo chorar
Quantas mais mortes o crime fará
Antes de se satifazer
Escute o que diz
O vento, my friend
O vento vai responder
Quantos anos pode uma montanha existir
Antes do mar lhe cobrir
Quantos seres ainda irão torturar
Antes de libertar
Quantas cabeças viraram assim
Fingindo não poderem ver
Escute o que diz
O vento, my friend
O vento vai responder
quinta-feira, março 26, 2009
MAD 12 nas bancas de Macapá
quarta-feira, março 25, 2009
Morre Donald Westlake
A farsa do fantasma de Macapá
Há alguns dias publiquei aqui o vídeo do fantasma que teria aparecido na Gruta, um balneáreo em Macapá. De fato, o vídeo foi analisado por equipes de duas emissoras da cidade, e não encontraram nenhum sinal de truncagem. O vídeo não havia sido manipulado e estava lá, frame a frame. Mas, o que muita gente logo descobriu, é que o truque era muito mais simples e não necessitava nem mesmo de edição. Os garotos simplesmente aproveitaram uma falha de resolução dos celulares com câmera VGA, que borra o que estiver ao fundo se esse objeto estiver em movimento. Até meus filhos fizeram filmes de fantasmas assim. Esse vídeo é de alguns amigos professores.
terça-feira, março 24, 2009
Eu e os ratos
segunda-feira, março 23, 2009
domingo, março 22, 2009
Edgar Morin e o pensamento complexo - parte 1
Essencialmente, a teoria de Morin baseia-se na critica ao que ele considera os três pilares da ciência moderna: a ordem, a separabilidade e as lógicas indutivas e dedutiva.
A busca da ordem sempre foi o interesse principal da ciência. Quando desconhecemos como algo funciona, aquilo é caótico para nós. Quando aprendemos sobre aquilo, a ordem se revela aos nossos olhos.
Há várias formas de definir ordem. A teoria da informação nos ensina que ordem é falta de varidade/informação. Já caos é variedade/informação em estado puro. Um relógio é um exemplo perfeito de ordem. Ele sempre fará as mesmas coisas, sempre se movimentará de maneira uniforme a totalmente previsível. Já a bolsa de valores é um fenômeno mais caótico, pois é muito mais difícil prever seus movimentos.
Uma outra maneira de definir ordem, complementar à anterior, é através da determinação. Fenômenos ordenados são determinados. Determinação sugere uma relação causal. Se determinado fenômeno ocorre, ele terá obrigatoriamente uma conseqüência.
Para Isaac Newton, Deus criou, no princípio, as partículas materiais, as forças entre elas e as leis fundamentais do movimento. Todo o universo foi posto em movimento desse modo e continuou funcionando, desde então, como uma máquina, governada por leis imutáveis.
A relação de causa e consequência é extremamente determinada na ciência clássica. Se solto uma pedra, essa obrigatoriamente irá cair, pois a lei da gravidade a força a isso.
A crença na determinação fez com que os cientistas e filósofos sonhassem com a possibilidade de decifrar a verdade definitiva. Essa ambição encontrou uma metáfora no demônio de Laplace. Laplace imaginou que, se uma inteligente tivesse todas as informações sobre todos os átomos do universo e fosse poderosa o bastante para calcular as relações de causa e conseqüência, o presente, o passado e o futuro se descortinariam diante de seus olhos.
A ciência clássica ignorava os fenômenos dinâmicos, que estão mais próximos do caos que da ordem. A bolsa de valores, o trânsito de cidade, as sociedades e até a vida humana são fenômenos que escapam ao determinismo.
Nas ciências humanas, até há pouco tempo, predominava um determinismo biológico ou social. Os adeptos do determinismo biológico chegaram ao seu extremo na eugenia. Para essa corrente de pensamento, os comportamentos são governados por traços genéticos. Assim, o filho de um sábio será também ele um sábio e o filho de um assassino será, também ele, um assassino. A eugenia defendia que apenas pessoas viáveis do ponto de vista social e biológico pudesse procriar e essa foi a base teórica para o nazismo.
No outro extremo, havia aqueles que diziam que o homem é fruto do meio. Uma pessoa criada em um meio intelectualizado se tornará um intelectual, independente de qualquer fator genético. Já uma pessoa criada em uma ambiente desfavorável intelectualmente não desenvolverá suas potencialidades.
O determinismo, tanto genético quanto social, se revelou falho. O atual presidente do Brasil é talvez o melhor exemplo do quanto é falho o determismo social. Quem poderia imaginar que um menino que saiu do sertão nordestino fugindo da seca um dia ia se tornar presidente do maior país da América Latina?
Edgar Morin diz que a complexidade nos dá a liberdade, pois nos livra do determinismo. Somos nós que construímos nosso próprio destino a partir de nossas escolhas, sejam elas conscientes ou não.
Como o Neo de Matrix, que deve decidir se toma ou não a pílula, constantemente nos vemos em encruzilhadas, em bifurcações. O que será de nosso destino será resultado direto do caminho que tomarmos.
Nada melhor do que uma frase do próprio Edgar Morin para demonstrar isso: “Quando penso na minha vida, vejo que sou fruto de um encontro muito improvável entre meus progenitores. Vejo que sou produto de um espermatozóide salvo entre cento e oitenta milhões que, não sei por sorte ou infortúnio, se introduziu no óvulo de minha mãe. Soube que fui vítima de manobras abortivas, que deram resultado com meu predecessor, mas ninguém saberá dizer porque escapei à arrastadeira. E cada vida é tecida dessa forma, sempre com um fio de acaso misturado com o fio da necessidade. Sendo assim, não são fórmulas matemáticas que vão dizer-nos o que é uma vida humana, não são aspectos exteriores sociológicos que a vão encerrar no seu determinismo
.”.
sexta-feira, março 20, 2009
Watchmen: o que eu esperava ver
O grupo Watchmen descobre que um terrível vilão está planejando explodir uma bomba atômica em Nova York. Nisso eles pedem a ajuda de Roschach, um vigilante que prefere agir sozinho, mas aceita liderar o grupo nessa situação especial.
Sob a liderança de Roschach, os heróis descobrem que o vilão é na verdade um amigo deles, Ozymandias, que ficou louco e se aliou aos terroristas islâmicos pensando que assim pode conseguir a paz mundial.
Este está superpoderoso graças a suas habilidade mentais, mas consegue ser derrotado no momento em que vai acionar a bomba, por Rorschach, claro.
No final, os heróis agradecem a ajuda do violento, mas esperto herói, e pedem que ele seja o líder do grupo. Ele agradece, mas diz que jurou combater a escória do mundo, principalmente os terroristas e acha que só pode fazer isso sozinho, pois um grupo grande chama muita atenção.
Termina com Rorschach andando de moto, a toda velocidade e, depois dos créditos, aparece o anúncio do filme solo do personagem, para 2010.
Spirit
quinta-feira, março 19, 2009
Quem é muito querido
quarta-feira, março 18, 2009
Magia e literatura
Para Moore, o ato de escrever está diretamente ligado à magia: “Eu percebi que você tem que ter cuidado com o que diz e escreve. Há algo de estranho no ato escrever. Recentemente li uma entrevista com a cartunista Carol Lay na qual ela menciona que tinha o cuidado de não desenhar nada de muito negativo em seus roteiros porque provavelmente aconteceria”.
Para Moore as idéias de magia e arte em geral estão ligadas desde o início da cultura: “As primeiras pessoas que conjuraram a imagem de um bisão na parede de uma caverna era magos para uma audiência que não tinha idéia de representação visual”.
Da mesma forma, as primeiras pessoas a empregarem a palavra escrita, numa fase em que a comunicação era extremamente rudimentar, eram tão inexplicáveis e misteriosas quanto o seriam os telepatas hoje. Afinal, através de algumas marteladas no barro elas conseguiam transmitir seus pensamentos a outras pessoas... “O fato de alguém conseguir enviar seus pensamentos para uma outra pessoa, registrar seus pensamentos e poder entender a passagem do tempo, tudo isso era visto como mágico”, diz Moore.
Não é uma coincidência que boa parte dos deuses dos panteões antigos eram também deuses da escrita ou da comunicação. Civilizações como a egípcia e a asteca revereciavam os escribas como verdadeiros representantes dos deuses na terra.
Em um de seus livros, A voz do fogo (publicado no Brasil pela editora Conrad), Alan Moore narra a história de sua cidade natal, Northampton, desde o período pré-histórico até a atualidade. Em um dos contos, um feiticeiro manda tatuar em sua pele o mapa da cidade e, a partir daí, o que ocorre a ele influencia a cidade e o que ocorre à cidade o influencia: “Esta aldeia é parte de mim. Suas doenças são as minhas. Se há besouros nas sementes dos campos ao sul, meus órgãos vitais aqui também são corroídos. Se as velhas rodas lá na Colina-da-fera caem na ruína e no esquecimento, os ossos de minhas costas ficam fracos tal como pedra amarela e se esfacelam ondee um raspa o outro. As pessoas são a pior parte. Quando Jebba Dente-quebrado fica louco e mata sua mulher e seus filhos, algo escorre de meu ouvido. Ou, se os irmãos Muito-cavalos estão em rixa, meus dentes ardem de dor”.
Da mesma forma, todo escritor é influenciado pela sociedade na qual vive e, ao mesmo tempo, a transforma com seus escritos.
Escrever pode ser uma elegia a um futuro melhor, uma promessa de dias mais felizes, como Júlio Verne e a era tecnológica ou Thomas Morus e a Utopia. Ou pode ser um exorcismo, uma forma de conter em palavras um futuro terrível e torna-lo impossível justamente porque foi escrito, como fez George Orwell em 1984.
Elegia ou exorcismo, escrever será sempre um ato de magia. Senão, como explicar que escritores possam fazer chorar ou rir, promover a esperança ou o desespero, o amor ou ódio?
terça-feira, março 17, 2009
O fantasma de Macapá
De fato, não há montagem, mas a imagem é falsa. Os garotos aproveitaram uma falha dos celulares com câmera VGA, que borra o que está ao fundo, em movimento, deixando a imagem parecida com um fantasma.
segunda-feira, março 16, 2009
Revista Capitu
A polêmica da trilha sonora
O site 100 grana odiou.
O blog Quem matou a tangerina adorou.
domingo, março 15, 2009
Watchmen, finalmente
sábado, março 14, 2009
sexta-feira, março 13, 2009
Ficção científica é tema de curso de história
"Programa: esta disciplina está voltada para o entendimento das relações entre História e Ciência a partir das representações destas categorias em uma série televisiva de origem norte-americana dos anos 1966/67 de enorme sucesso no Brasil e em todo o mundo, 'The Time Tunnel / O túnel do tempo'. Trata-se do produto da indústria cultural dos EUA que maior e mais duradoura [?] influência exerceu sobre o imaginário coletivo nacional no que se refere a formação das concepções de Tempo, História e Ciência e cujo impacto ainda hoje pode ser descrito e analisado. A disciplina se divide em duas partes. Uma primeira parte, de caráter teórico, engloba a leitura e discussão de textos relativos à indústria cultural, História contemporânea e da TV no Brasil. Uma segunda parte, de ordem prática, se refere à análise fílmica, da estética e do conteúdo dos episódios do seriado em si (30 capítulos), num exercício que se pretenda que seja tanto historiográfico quanto cinematográfico[,] servindo, inclusive, como avaliação da disciplina.
Unidade I - Indústria cultural, Imagem e História: questões gerais [...]Unidade II - História contemporânea: dos EUA e da ciência [...]Unidade III - TV no Brasil: determinantes históricos e estruturais [...]"
Horário: segundas e quintas-feiras, das 15:30 h às 17:30 h
Local: Edif. D. Pedro I da UFPR, 4º andar, sala 408 (a confirmar)
Informações: (41) 9115-6578kursk@matrix.com.br
quinta-feira, março 12, 2009
50 minutos de Watchmen
quarta-feira, março 11, 2009
MAD 12: minha sátira do BBB
Há algum tempo eu contei aqui que estava colaborando com uma das mais famosas revistas de humor do mundo. Agora que a revista já está chegando às bancas, já dá par contar. Sim, eu sou o mais novo roteirista da MAD! E comecei numa edição que vai entrar para a história, com uma sátira do BBB e um brinde especial: um rolo de papel higiênico.
Confira o release:
MAD 12 comemora um ano sobrevivendo nas bancas
Tentaram de tudo, mas no final a idiotice venceu! Foram tantas doideiras neste primeiro ano da nova MAD que até parece que envelheci uns 5 anos (caiu tanto cabelo que eu pensei que o Chewbacca tinha morrido no ralo). Em compensação, a revista está mais retardada do que nunca e cheia de ideias birutas que vão te matar de rir!
Na MAD 12, fizemos uma sátira sacaneando o programa Big Barraco Brasil pra provar que um bando de descerebrados bombados presos em uma casa só pode dar numa coisa… uma bela duma cagada! Pra fazer essa sacanagem chamamos o Raphael Salimena pra desenhar e o maluco do Gian Danton pra escrever.
Também tem um teste pra descobrir que perfil de BBB você tem, que foi bolado pelo João Pinho e tem traços do estreante Juarez Ricci.
Pra não deixar barato, o Davi Kalil mostrou os bastidores da adaptação pro cinema de Dragon Ball Z. Também arrebentamos sem dó o filme mais emuxo do ano: Prepúc–, quero dizer, Crepúsculo. E mais: Aragonés, Obama, Baraldi, Crise Econômica, Spy vs. Spy e toda aquela babaquice que você já acompanha há um ano e não sabe por quê.
É possível ver uma prévia da revista neste link.
terça-feira, março 10, 2009
Linguagem corporal
Garota 1
Garota 2
http://www.popmidia.com.br/roteiro-para-hq
Robô programado para amar tem ataque obsessivo
Um robô programado para simular emoções humanas agiu fora do normal após passar um dia com uma pesquisadora e tentar evitar que ela fosse embora, bloqueando a porta de passagem e exigindo abraços.
Kenji, um robô da Robotic Akimu, empresa ligada à Toshiba, foi programado para emular todo tipo de emoção humana, inclusive o amor. Após uma assistente de pesquisa passar vários dias com o robô para estudar seu comportamento e instalar novas rotinas de aplicativos, este acabou perdendo o controle de si. Em um desses dias, quando a mulher tentou ir embora, se surpreendeu ao encontrar Kenji na porta que dava passagem para a saída. Além de se recusar a desbloquear a passagem, o robô começou a abraçar a assistente de pesquisa repetidamente.
A mulher só pode sair após pedir socorro por telefone a outros membros da equipe que estavam fora da sala. Eles conseguiram desligar o robô pelas suas costas e só então o sufoco passou. O site CrunchGear relata que, além dos abraços, Kenji expressava seu amor pela vítima com barulhos animalescos. Leia mais
Ps: É, o amor é perigoso...
Gian Danton: a origem do pseudônimo
Além disso, na época eu estava inaugurando uma coluna no jornal O Liberal e já havia colunas de uns tais de Ivan Andrade e Ivan Oliveira (eu não havia pensado no Ivan Carlo).
Na época eu me interessei pelo Barroco italiano e descobri um artista chamado Gian Lorenzo Bernini. Arquiteto, pintor, teatrólogo, escutor, Bernini foi para o barroco o que Leonardo Da Vinci foi para a Renascença.
Record de visitas
segunda-feira, março 09, 2009
Desrespeito ao consumidor
Dove beleza real
domingo, março 08, 2009
Igreja Católica e a coerência histórica
História dos quadrinhos
Entre os artistas franceses da nova geração, surgidos na década de 1970, um nome se destaca não só pela qualidade dos desenhos, mas, principalmente, pelo ótimo roteiro. Trata-se de Français Bourgeon, criador da série Companheiros do Crepúsculo.
Bourgeon nasceu em Paris, França, em 1945 e começou sua carreira artística pintando vitrais em catedrais e restaurantes da Inglaterra. Esse começo ia ter grande influência em seu trabalho posterior, principalmente no detalhismo de seu traço.
Em 1973 ele começou a desenhar a série infantil Brunelle et Colin (com texto de Robert Genin) para a revista Lissete, mas seu primeiro trabalho mais autoral só viria em 1978, quando ele desenhou Malthe Guillaume para o texto de P. Dhombe.
Em 1979 surgiu a primeira série com roteiro seu, Passageiro do Vento, um clássico dos quadrinhos europeus. A personagem principal da série é Isa, uma moça boa de tiro que se veste de homem para trabalhar num navio.
Bourgeon conta que começou a fazer passageiros do vento para aproveitar seus conhecimentos sobre a marinha do século XVIII: ¨Pensei em fazer uma aventura de corte bastante clássico, no espírito das novelas de capa e espada... depois a aventura ficou em segundo plano e me dediquei a explicar a relação entre os personagens¨.
A série tem cinco álbuns. Os melhores são os três últimos, quando Isa, o marido e uma amiga vão para a África a bordo de um navio negreiro. Bourgeon mostra em detalhes o funcionamento do tráfico de escravos, o modo de vida dos negros, a relação entre as tribos (muitas da quais viviam de vender escravos aos brancos).
Embora a HQ denuncie as atrocidades cometidas contra os negros, os personagens não se dividem em heróis e vilões. Ao contrário, são tridimensionais, na tradição da boa literatura.
Em 1983, Bourgeon lança seu trabalho mais importante: a série Companheiros do Crepúsculo. Dessa vez a história se passa na Idade Média, que é mostrada com um realismo poucas vezes visto nos quadrinhos, inclusive em termos de violência. O autor mostra a fome, a peste, a luta entre plebeus e a nobreza... em um das seqüências, um grupo de soldados passa por uma vila, vindos da guerra e destroem tudo, violentam as moças, matam os homens e usam a barriga de uma gestante como alvo para sua flechas. Tudo baseado em fatos reais, documentados.
A história também flerta com o fantástico ao mostrar duendes e tradições da magia celta.
Os personagens principais são um cavaleiro de rosto deformado, que anda à procura da morte para acertar umas contas; um pajem que foi encontrado pendurado em uma forca e Mariotte, uma rapariga ruiva.
A moça acaba se tornando a personagem principal da série: ¨As mulheres têm em minhas histórias o mesmo papel que têm na vida de muitos indivíduos. Sem mulher eu não existiria, sem ela a vida não teria muito interesse¨.
Outro aspecto interessante em Companheiros do Crespúsculo é o fato do leitor nunca saber ao certo o que é realidade e o que é sonho. Essa impressão é particularmente forte nos dois primeiros números. No terceiro álbum, Bourgeon tornou mais realista a história, dedicando-se a analisar as relações sociais na época da Idade Média.
sábado, março 07, 2009
Sexto sentido e as elipses
Como todo bom filme, a cada vez que assisto Sexto Sentido, encontro algo novo. Na primeira vez, claro, o que mais chamou a atenção foi o final surpresa, mas dessa vez o que mais me chamou a atenção foi a estrutura do roteiro, em especial o uso das elipses. A elipse é uma figura de estilo que consiste em suprimir uma palavra ou parte de uma frase. Por exemplo:
Daniel gosta de laranja, Kiara, de maçã.
Esse recurso é muito usado nos quadrinhos. Entre um quadro e outro, há uma elipse, um corte nas ações. Uma pessoa se aproxima da porta. No quadro seguinte, ela está saindo de casa. Os atos de pegar na maçaneta, girá-la e abrir a porta, fica subentendido. É uma elipse.
A forma como Shyamalan trabalha com elipses é genial, talvez a melhor características de seu estilo. Em sexto sentido, por exemplo, vemos Bruce Willis sendo baleado e a narrativa pula no tempo. Só no final do filme essa elipse é preenchida.
Quando o pequeno Cole pergunta à menina fantasma se ela quer dizer alguma coisa, temos mais uma elipse genial. A narrativa pula para o momento em que o garoto está chegando no velório da garota, onde encontrará a fita que revelará que a mãe a envenava. A conversa fica subentendida.
Essas elipses, além de estimularem a imaginação e a reflexão do leitor, tiram a narrativa do lugar comum, fugindo do óbvio.
Outra elipse que vai ter grande importância na história acontece em A Vila, do mesmo diretor. O pai da garota cega começa a lhe contar a verdade sobre o monstro que aterroriza o local e a narrativa salta para quando ela está na floresta, indo buscar remédio para o seu amado. Só muito depois descobrimos a verdade.
Bom roteirista é bom roteirista...
Watchmen pegou fogo em Macapá!
'Watchmen' dita novos rumos para adaptar quadrinhos ao cinema
Carla Navarrete Do Diário OnLine
Se você nunca leu a HQ de "Watchmen", provavelmente não está entendendo a recente comoção em torno do lançamento do filme, que estreia nesta sexta-feira nos cinemas de São Paulo e da região. Mas quem é fã com certeza vai abrir espaço na agenda nos próximos dias para conferir essa versão para as telas dirigida por Zack Snyder, o mesmo de "300".
Entre os conhecedores da ‘graphic novel'' (quadrinhos para adultos) de Alan Moore e Dave Gibbons que já assistiram o filme, os comentários têm sido unânimes: Snyder atingiu a perfeição em termos de adaptação cinematográfica, ao se manter o mais fiel o possível à HQ que o inspirou. Mesmo uma mudança no final da história foi considerada como sendo de acordo com a obra. Leia mais
sexta-feira, março 06, 2009
Versão apócrifa dos Watchmen?
Já imaginaram se os Watchmen tivessem ganhado uma versão animada na década de 1980, naquela linha de desenhos infames? Pois é, teve um doido que imaginou e fez: Harry Partridge. O resultado é hilário para quem conhece a história pela forma como os personagens foram descaracterizado. E pensar que quase sai um filme dos Watchmen tão ruim quanto isso... (o diretor chegou a declarar que eles queriam uma franquia e que nesse primeiro o filme o herói deveria matar o vilã!)
Com vocês, os Watchmen animados, mas infames:
quinta-feira, março 05, 2009
O homem anfíbio
Essa teoria foi expressa pela primeira vez em 1930, pelo biólogo marinho Sir Alister Hardy. Comparando o ser humano com os macacos, ele percebeu várias diferenças, entre elas uma camada de gordura que temos sob a pele, que mantém a temperatura dos órgãos durante o mergulho. Só baleias e golfinhos têm tal característica.
Além disso, Hardy descobriu que nossos pêlos têm uma organização hidrodinâmica, ao contrário dos macacos, que têm pelos retos. Além disso, choramos lágrimas salgadas em abundância, como os leões marinhos, ao contrário dos macacos e outros animais das savanas. Nosso labirinto auricular nos dá mais equilíbrio que os primatas quando estamos imersos na água. Entre os dedos das mãos e dos pés temos uma membrana palmar que não pode ser observada nos primatas. Nosso nariz é hidrodinâmico, parece ter sido feito para mergulhar, ao contrário dos macacos.
Todas essas características somam-se a uma que parece ser reflexo subconsciente de nosso passado na água: os bebês humanos nadam sem medo e sem aprender.
Não há quem negue o fascínio que a água exerce sobre o ser humano. Sempre que quer se divertir, o homem se aproxima da água, seja em praias, piscinas ou rios. Nós, que moramos na região amazônica, tão abundante em rios e riachos, percebemos claramente o quanto as pessoas associam diversão com água. Parece que o ser humano se sente relaxado e feliz quando está nadando ou simplesmente próximo à água.
Todas essas características parecem colocar em xeque a idéia de que a origem do homem está nas savanas africanas. Talvez a origem da nossa espécie esteja no mar ou nos rios.
Talvez o nosso parente mais próximo não sejam os macacos, mas os golfinhos, que, como nós, saíram da terra e passaram a viver na água. Mas, ao contrário de nós, os golfinhos decidiram continuar por lá. Sorte deles.
Estratégia de lançamento de Watchmen tem Dr. Manhattan gigante
quarta-feira, março 04, 2009
Unama oferece curso ‘Cinema x Quadrinhos’
Arnaldo Corrêa Prado Junior ministrará o curso, que destacará os diversos personagens que se tornaram ícones nos comics e que foram adaptados para a “fotografia em movimento”. Arnaldo é engenheiro por formação e vice-presidente da Associação de Críticos de Cinema do Pará (ACCPA), tendo publicado críticas de cinema em diversos jornais locais. Leia mais
O Arnaldo foi meu orientador do TCC. Embora não fosse da área de comunicação (e, na verdade, na época fosse pró-reitor da UFPA, ele se disponibilizou a orientar a minha monografia, que foi o primeiro texto a falar, no Brasil, que Watchmen é baseado na teoria do caos. Fica a dica para quem mora em Belém.
terça-feira, março 03, 2009
Literatura nas bancas
Aliás, a revista como um todo deu um salto, principalmente visual, mas também em termos de conteúdo. A mudança da logo, por exemplo, foi muito bem vinda, caracterizando melhor o produto no ponto de venda (detalhe para o A no formato de livro) e dando um ar mais profissional.