terça-feira, junho 30, 2009
Farinha pouca, meu pirão primeiro
O abaixo assinado Farinha pouca, da classe audiovisual amapaense, será entregue para várias autoridades ainda esta semana. E já ganha adesões importantes. O Deputado Federal Evandro Milhomem assinou e disse que a classe tem seu apoio. Outros políticos também estão acenando que apoiam a idéia de deixar de dar dinheiro para produtores de fora e começar a investir em editais para os produtores locais. E corre à boca pequena que uma parlamentar amapaense já se arrependeu do dinheiro que conseguiu para a Tizuka Yamazaki.
Os problemas de Carlinhos
segunda-feira, junho 29, 2009
Homenagem a Charles Chaplin
Se estivesse vivo, Chaplin estaria comemorando 120 anos. Em homenagem a ele, um documentário da Zoom TV:
Chico Xavier em quadrinhos
Por Eduardo Nasi (29/06/09)Chico Xavier, nome popular entre seguidores da doutrina espírita no Brasil, acaba de ganhar uma biografia em quadrinhos. Chico Xavier em quadrinhos - A vida do grande espírita brasileiro mostra de forma sucinta a vida de seu biografado do começo ao fim. Graficamente, o álbum é simples, em preto e branco e lombada canoa. O texto é do quadrinhista Franco da Rosa, que já atuou como editor, desenhista, jornalista especializado e fanzineiro. A arte é de Rodolfo Zalla, argentino radicado no Brasil que criou fama com histórias de terror. Leia mais
De Limoeiro do Norte para o mundo
Em Limoeiro do Norte, no interior do Ceará, onde as carroças ainda disputam espaço com motos e bicicletas nas ruas, todos conhecem José Edilbenes Bezerra, de 36 anos, como "aquele que desenha". Desde os 18, quando deixou de fazer bicos em uma fábrica de filtros e de trabalhar como servente de pedreiro, ele passa até onze horas por dia, incluindo sábados e domingos, sentado numa escrivaninha com o lápis em punho. Mesmo sem entender inglês nem nunca ter saído do país, Edilbenes é contratado exclusivo da poderosa DC Comics, a segunda maior editora de quadrinhos dos Estados Unidos, detentora de títulos como Batman e Superman. Os quadrinhos que desenha raramente chegam a uma das três bancas de Limoeiro, mas ele não se incomoda com isso. "Aqui todos sabem o que eu faço. Vira e mexe vem um garoto me mostrar uma ilustração e pedir dicas", diz Ed Benes, apelido pelo qual é conhecido no exterior. O cearense não é o único brasileiro do ramo a fazer sucesso nos Estados Unidos. O número de artistas nacionais que emprestam seus traços às editoras de quadrinhos americanas triplicou nos últimos quatro anos. Atualmente, outros 150 desenhistas e coloristas trabalham nesse mercado. A maioria faz 22 páginas por mês, o equivalente ao tamanho de uma edição. Como recebem de 50 a 500 dólares por página desenhada, sua renda mensal varia de 1 100 a 11 000 dólares. Leia mais
Comentário: Vale lembrar que aqui do lado, em Belém, temos o compadre Joe Bennett, que também desenha para a DC.
Marketing de guerrilha
Uma das principais ferramentas do marketing de guerrilha são as intervenções urbanas: mídia não convencionais, que chamam mais atenção do que os meios de comunicação mais certinhos. Abaixo, alguns exemplos:
sexta-feira, junho 26, 2009
Sobre Michael Jackson
De tudo o que li até agora sobre Michael Jackson, a parte mais chocante foi a revelação de seu amigo, o mágico Uri Geller, sobre as razões para as sucessivas cirurgias e tratamento de embranquecimento de pele que deformaram o astro:
- Eu não queria parecer com o meu pai!
(Luiz Nassif, em seu blog)
É, um péssimo pai pode estragar uma pessoa...
- Eu não queria parecer com o meu pai!
(Luiz Nassif, em seu blog)
É, um péssimo pai pode estragar uma pessoa...
Tem gente que escreve gibis?
Essa eu contei no Twitter, mas vale a pena contar aqui com mais detalhes.
Quando eu morava em Belém, tinha uma banca perto de casa, na qual eu sempre comprava. Um dia cheguei lá e o senhor da banca me ofereceu uma revista. Eu não comprei. E ele:
"Mas você sempre compra esse gibi!".
"Sim, mas o autor que eu gostava não está mais escrevendo esse pergonagem."
Ele fez uma cara de espanto, como se estivesse ouvindo algo inacreditável:
"Como assim, tem gente que escreve gibis?"
Quando eu morava em Belém, tinha uma banca perto de casa, na qual eu sempre comprava. Um dia cheguei lá e o senhor da banca me ofereceu uma revista. Eu não comprei. E ele:
"Mas você sempre compra esse gibi!".
"Sim, mas o autor que eu gostava não está mais escrevendo esse pergonagem."
Ele fez uma cara de espanto, como se estivesse ouvindo algo inacreditável:
"Como assim, tem gente que escreve gibis?"
E-books Perry Rhodan
Para quem ficou curioso em conhecer um pouco mais da série de ficção-científica Perry Rhodan, é possível baixar os livros antigos, lançados pela Ediouro, neste link. Não é pirataria. Em reunião com o editor brasileiro, o responsável pela série na editora alemã VPM afirmou que entende que a disponibilização gratuita dos livros antigos (que dificilmente serão republicados) é uma forma de conseguir novos leitores para as edições atuais. Para quem quiser livros recentes, eles podem ser comprados neste link.
Vídeo viral
É mais engraçado para quem assistiu ao filme "Naufrago". Indicação das minhas alunas do terceiro semestre de Design do CEAP.
quinta-feira, junho 25, 2009
Will Eisner para todos
Cineasta Jorge Furtado contesta a origem das polêmicas sobre “inadequação” de obras literárias para estudantes
Chegou ao Sul a polêmica dos livros ditos “pornográficos” adquiridos pelo Programa Nacional de Bibliotecas nas Escolas (PNBE), do governo federal. Boa matéria de Marcelo Gonzatto em Zero Hora (sexta-feira, 19/6/09, pág. 50) informa que “esta semana, quando chegou uma nova remessa ao Estado, uma escola de Alvorada relatou à SEC que considerava as obras de (Will) Eisner impróprias”. A Secretaria Estadual da Educação, segundo a matéria de ZH, mandou “remover das estantes três livros do autor norte-americano Will Eisner por serem ‘inadequados’ para adolescentes”.É uma pena. As obras em questão são três novelas gráficas, em quadrinhos, escritas e desenhadas por Will Eisner. Não li O Jogador, mas afirmo que Um Contrato com Deus (Editora Brasiliense, 1988) e O Nome do Jogo (Editora Devir, 2003) são obras-primas de um grande artista, e seria um grande serviço da escola pública gaúcha disponibilizá-las aos seus alunos. Leia mais
Chegou ao Sul a polêmica dos livros ditos “pornográficos” adquiridos pelo Programa Nacional de Bibliotecas nas Escolas (PNBE), do governo federal. Boa matéria de Marcelo Gonzatto em Zero Hora (sexta-feira, 19/6/09, pág. 50) informa que “esta semana, quando chegou uma nova remessa ao Estado, uma escola de Alvorada relatou à SEC que considerava as obras de (Will) Eisner impróprias”. A Secretaria Estadual da Educação, segundo a matéria de ZH, mandou “remover das estantes três livros do autor norte-americano Will Eisner por serem ‘inadequados’ para adolescentes”.É uma pena. As obras em questão são três novelas gráficas, em quadrinhos, escritas e desenhadas por Will Eisner. Não li O Jogador, mas afirmo que Um Contrato com Deus (Editora Brasiliense, 1988) e O Nome do Jogo (Editora Devir, 2003) são obras-primas de um grande artista, e seria um grande serviço da escola pública gaúcha disponibilizá-las aos seus alunos. Leia mais
História dos quadrinhos
Crepax: a psicanálise chega aos quadrinhos
O quadrinho erótico sofisticado, surgido na França, encontrou na Itália o seu ponto de maior sucesso de público e crítica.
Gonçalo Júnior, no livro Tentanção à Italiana, diz que as HQs eróticas italianas foram diretamente influenciadas pelos filmes de cineastas como Fellini, Visconti e Pasolini e pelas transformações pelas quais passava a sociedade italiana da época, que abandonava a rígida moral católica para entrar de cabeça na revolução sexual.
Entre os autores que se destacaram por colocar o quadrinho erótico italiano na categoria de o mais popular e respeitado do mundo, um nome se destacou por ter sido o primeiro a explorar o erotismo como uma forma de arte e pelo uso arrojado da linguagem quadrinística: Guido Crepax.
Crepax se interessou por quadrinhos desde muito pequeno. Aos 12 anos, ele fez a adaptação do romance O Médico e o Monstro. Quando cresceu, estudou arquitetura, engenharia e ficou famoso pelas capas de LPs e pelas ilustrações para livros, revistas e publicidade. Com o tempo, começou a ser visto como um artista gráfico revolucionário.
Em 1965 surgiu a revista Linus, voltada para fãs de quadrinhos. Era dirigido por alguns dos mais importantes intelectuais italianos, entre eles o filósofo Umberto Eco. Crepax foi convidado a colaborar por causa de seu trabalho gráfico inovador. Para sua estréia, ele criou o personagem Neutron, uma espécie de super-herói com poderes mentais. Logo na primeira história, ele é apresentado a uma elegante fotógrafa chamada Valentina. A personagem chamou tanta atenção dos leitores, que o desenhista resolveu transformá-la em protagonista, abandonando Neutron.
Fisicamente, a personagem era semelhante a Elisa Crepax, mulher do desenhista, com cabelo curto e franja cobrindo toda a testa. Valentina lembrava também, e muito, a atriz norte-americana Louise Brooks, estrela do filme A caixa de Pandora, de 1929. Crepax era tão apaixonado pelo filme que resolveu homenageá-lo em sua série. Assim, Valentina resolvera adotar aquele visual após assistir ao filme, como ele explicaria mais tarde.
A personagem era independente e sensual, encarnando a mulher de seu tempo e tornando-se símbolo da revolução sexual. Também se diz que foi em Valentina que Freud encontrou os quadrinhos eróticos. Cada HQ de Valentina era como uma sessão de terapia, na qual ela liberava suas fantasias eróticas com uma imaginação desenfreada. Outro em ponto em contato com os anos 1960 eram as viagens psicodélicas (embora estas não fossem motivadas por drogas. A personagem imaginava-se em meio a fantasias lésbicas, sadomasoquisas e surreais.
Os recursos gráficos usados por Crepax eram absolutamente inovadores para a época, com closes, planos detalhes, cortes bruscos e uso genial do claro-escuro e da hachura. Além disso, Crepax transformou os cenários e a até as roupas em elementos que ajudavam a compor a história. Poucas vezes a lingiere foi mostrada tão detalhadamente em uma HQ e certamente nunca a roupa íntima feminina serviu tão bem aos propósitos eróticos.
Depois do sucesso de Valentina, Crepax criou Bianca, uma aluna em um colégio interno, e Anita, que ficou famosa ao fazer sexo com o televisor. Mas o auge da carreira desse quadrinista foram as adaptações de obras literárias eróticas, como A história de O, Emmanuele e A Vênus das peles.
Nessas obras, Crepax não se esmerava em desenhar homens. Muito pelo contrário, eles constantemente pareciam grotescos, mas caprichava nas mulheres. Elas eram sempre altas, magras e sensuais.
Quando Crepax morreu, em 2003, era uma celebridade que abrira as portas para que os quadrinhos eróticos italianos fossem vistos como uma forma de arte.
O quadrinho erótico sofisticado, surgido na França, encontrou na Itália o seu ponto de maior sucesso de público e crítica.
Gonçalo Júnior, no livro Tentanção à Italiana, diz que as HQs eróticas italianas foram diretamente influenciadas pelos filmes de cineastas como Fellini, Visconti e Pasolini e pelas transformações pelas quais passava a sociedade italiana da época, que abandonava a rígida moral católica para entrar de cabeça na revolução sexual.
Entre os autores que se destacaram por colocar o quadrinho erótico italiano na categoria de o mais popular e respeitado do mundo, um nome se destacou por ter sido o primeiro a explorar o erotismo como uma forma de arte e pelo uso arrojado da linguagem quadrinística: Guido Crepax.
Crepax se interessou por quadrinhos desde muito pequeno. Aos 12 anos, ele fez a adaptação do romance O Médico e o Monstro. Quando cresceu, estudou arquitetura, engenharia e ficou famoso pelas capas de LPs e pelas ilustrações para livros, revistas e publicidade. Com o tempo, começou a ser visto como um artista gráfico revolucionário.
Em 1965 surgiu a revista Linus, voltada para fãs de quadrinhos. Era dirigido por alguns dos mais importantes intelectuais italianos, entre eles o filósofo Umberto Eco. Crepax foi convidado a colaborar por causa de seu trabalho gráfico inovador. Para sua estréia, ele criou o personagem Neutron, uma espécie de super-herói com poderes mentais. Logo na primeira história, ele é apresentado a uma elegante fotógrafa chamada Valentina. A personagem chamou tanta atenção dos leitores, que o desenhista resolveu transformá-la em protagonista, abandonando Neutron.
Fisicamente, a personagem era semelhante a Elisa Crepax, mulher do desenhista, com cabelo curto e franja cobrindo toda a testa. Valentina lembrava também, e muito, a atriz norte-americana Louise Brooks, estrela do filme A caixa de Pandora, de 1929. Crepax era tão apaixonado pelo filme que resolveu homenageá-lo em sua série. Assim, Valentina resolvera adotar aquele visual após assistir ao filme, como ele explicaria mais tarde.
A personagem era independente e sensual, encarnando a mulher de seu tempo e tornando-se símbolo da revolução sexual. Também se diz que foi em Valentina que Freud encontrou os quadrinhos eróticos. Cada HQ de Valentina era como uma sessão de terapia, na qual ela liberava suas fantasias eróticas com uma imaginação desenfreada. Outro em ponto em contato com os anos 1960 eram as viagens psicodélicas (embora estas não fossem motivadas por drogas. A personagem imaginava-se em meio a fantasias lésbicas, sadomasoquisas e surreais.
Os recursos gráficos usados por Crepax eram absolutamente inovadores para a época, com closes, planos detalhes, cortes bruscos e uso genial do claro-escuro e da hachura. Além disso, Crepax transformou os cenários e a até as roupas em elementos que ajudavam a compor a história. Poucas vezes a lingiere foi mostrada tão detalhadamente em uma HQ e certamente nunca a roupa íntima feminina serviu tão bem aos propósitos eróticos.
Depois do sucesso de Valentina, Crepax criou Bianca, uma aluna em um colégio interno, e Anita, que ficou famosa ao fazer sexo com o televisor. Mas o auge da carreira desse quadrinista foram as adaptações de obras literárias eróticas, como A história de O, Emmanuele e A Vênus das peles.
Nessas obras, Crepax não se esmerava em desenhar homens. Muito pelo contrário, eles constantemente pareciam grotescos, mas caprichava nas mulheres. Elas eram sempre altas, magras e sensuais.
Quando Crepax morreu, em 2003, era uma celebridade que abrira as portas para que os quadrinhos eróticos italianos fossem vistos como uma forma de arte.
quarta-feira, junho 24, 2009
Na crise...
Quando há uma crise, a venda de ingressos de cinema e de romances aumenta. Normalmente, os quadrinhos também vendiam mais (na década de 1930, auge da recessão, os quadrinhos venderam como água), agora não sei. Veja outros indicares de crise neste artigo.
Marketing viral
Para os meus alunos que estão procurando vídeos virais, três anúncios de uma faculdade que se tornaram virais:
Vídeo oportuno
Nesse momento de caça aos quadrinhos, nada mais oportuno que o vídeo do amigo JJ Marreiro, Código 451:
Carta aberta às autoridades brasileiras de educação
O blog dos Quadrinhos, do jornalista e pesquisador de quadrinhos Paulo Ramos, está divulgando uma carta aberta às autoridades de educação dando seu apoio ao uso das obras de Will Eisner nas escolas. Eisner é um dos maiores autores de quadrinhos e a maioria deus trabalhos são obras-primas tanto pela qualidade estética como, principalmente, pela qualidade narrativa. E também são obras muito humanas. Um contrato com Deus mostra as dificuldades dos moradores dos cortiços judeus nos EUA, situação que Eisner viveu.
Alguns diretores de escola e até mesmo a secretária de educação do Rio Grande do Sul não leram a obra, apenas folhearam e encontraram cenas descontextualizadas que pareciam incentivos à violência ou à pedofilia. A cena que seria um incentivo à pedofilia, por exemplo, é uma em que uma menina de 10 anos levanta a saia e mostra a calcinha para um zelador. Como não leu a obra, a secretária não percebeu que a menina fazia isso justamente para roubar o dinheiro do zelador... Vista fora do contexto, qualquer obra pode ter cenas reprováveis, até a Bíblia.
A secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar, leu a obra e defendeu seu uso com alunos do ensino médio.
No meio do tiroteio, Paulo Ramos e outras autoridades resolveram divulgar a carta aberta, defendendo o ponto de vista de Maria do Pilar e a adoção das obras de Eisner nas escolas. A carta está no blog do Paulo e pode ser assinada por outras pessoas que concordem com esse ponto de vista. Vá lá e assine. Não custa nada e você ajuda tanto a diminuir o preconceito contra os quadrinhos quanto a melhorar o nível de leitura dos nossos estudantes, permitindo que eles tenham contato com clássicos dos quadrinhos. Aproveite para deixar um recado para a secretária de educação do Rio Grande do Sul.
Ps: é só eu, ou mais alguém está desconfiado que toda esse confusão em torno da presença dos quadrinhos na bibliotecas escolares é na verdade um jogo político? Até agora, só estados que fazem oposição ao Lula estão reclamando do MEC ter adotado os quadrinhos do Eisner...
terça-feira, junho 23, 2009
Kodak aposenta marca de filmes Kodachrome após 74 anos
A Kodak anunciou nesta segunda-feira (22) que vai interromper a produção dos filmes da marca Kodachrome, vendida desde 1935, em razão da competição com as câmeras digitais Leia mais
Comentário: mais uma vítima da mudança no macro-ambiente tecnológico...
Cannes destaca campanhas com preocupação social
CRISTIANE BARBIERIEnviada especial da Folha a Cannes
A maior parte das campanhas que mereceu prêmios neste ano, no Festival Internacional de Publicidade de Cannes, tem destacado preocupações sociais. "Há elementos que exaltam a virtude em todas elas", afirma Tim Bell, presidente do júri de Relações Públicas.
A Cruz Vermelha de Portugal, por exemplo, ganhou seis leões em diferentes categorias por uma campanha na qual foi criada uma loja da entidade em um shopping. Só que, ao invés de roupas e eletroeletrônicos, eram vendidas ajuda a idosos, crianças e dependentes químicos. O cliente da loja levava para sua casa um tíquete com o valor da doação. Leia mais.
A maior parte das campanhas que mereceu prêmios neste ano, no Festival Internacional de Publicidade de Cannes, tem destacado preocupações sociais. "Há elementos que exaltam a virtude em todas elas", afirma Tim Bell, presidente do júri de Relações Públicas.
A Cruz Vermelha de Portugal, por exemplo, ganhou seis leões em diferentes categorias por uma campanha na qual foi criada uma loja da entidade em um shopping. Só que, ao invés de roupas e eletroeletrônicos, eram vendidas ajuda a idosos, crianças e dependentes químicos. O cliente da loja levava para sua casa um tíquete com o valor da doação. Leia mais.
Abaixo, um dos comerciais ganhadores , a respeito da violência contra crianças(Legenda: Culpado por derramar um copo de leite.)
Woodstock 40 anos
Woodstock completa 40 anos no dia 18 de agosto. Leia aqui como foi. Aproveite e veja este vídeo com Joe Cocker cantando sua versão de A Litle help from my friends, que virou marca registrada do programa Anos Incríveis.
segunda-feira, junho 22, 2009
Quem eu sigo?
O Digestivo Cultural está com o especial Quem você segue? A idéia, inspirada no Twitter, é falarmos de 10 pessoas que vale a pena seguir. Eu publiquei meu texto hoje. Entre as pessoas que sigo, dois são óbvios para quem me conhece: Chaplin e Lobato. Ambos não só por suas obras, mas também pelos homens que foram. Aliás, o lema de Lobato é também o meu (e, provavelmente, o de Chaplin): "Isto acima de tudo: seja fiel a ti mesmo".
O Conselho de Guardiães do Irã finalmente admitiu que houve fraude nas eleições. Em algumas cidades, o número de votos ultrapassou o de eleitores. Veja aqui a notícia completa. No mesmo link, o vídeo de uma garota, morta pelo tiro de uma milícia islâmica.
domingo, junho 21, 2009
Música do dia
Sentado à Beira do Caminho
Roberto Carlos/Erasmo Carlos
Eu não posso mais ficar aqui
A esperar!Que um dia de repente
Você volte para mim...
Vejo caminhões
E carros apressados
A passar por mim
Estou sentado à beira
De um caminho
Que não tem mais fim...
Meu olhar se perde na poeira
Dessa estrada triste
Onde a tristeza
E a saudade de você
Ainda existe...
Esse sol que queima
No meu rosto
Um resto de esperança
De ao menos ver de perto
O seu olhar
Que eu trago na lembrança...
Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Que eu existo, que eu existo...
Vem a chuva, molha o meu rosto
E então eu choro tanto
Minhas lágrimas
E os pingos dessa chuva
Se confundem com o meu pranto
Roberto Carlos/Erasmo Carlos
Eu não posso mais ficar aqui
A esperar!Que um dia de repente
Você volte para mim...
Vejo caminhões
E carros apressados
A passar por mim
Estou sentado à beira
De um caminho
Que não tem mais fim...
Meu olhar se perde na poeira
Dessa estrada triste
Onde a tristeza
E a saudade de você
Ainda existe...
Esse sol que queima
No meu rosto
Um resto de esperança
De ao menos ver de perto
O seu olhar
Que eu trago na lembrança...
Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Que eu existo, que eu existo...
Vem a chuva, molha o meu rosto
E então eu choro tanto
Minhas lágrimas
E os pingos dessa chuva
Se confundem com o meu pranto
Perry Rhodan - literatura pop
Responda rápido: Qual é a maior saga de ficção-científica de todos os tempos? Jornadas nas Estrelas? Guerra nas Estrelas? Flash Gordon? Se você respondeu qualquer um dos itens anteriores, errou. A resposta correta é Perry Rhodan, um personagem de livros alemães publicados ininterruptamente desde 1961.
No dia 21 de dezembro de 1999, a editora alemã VPM comemorou a marca de 2000 volumes publicados, apenas da série principal. Hoje, a série já conta com mais de 2500 livros publicados. Para se ter uma idéia do que isso representa, se uma pessoa lesse um livro por dia, todos os dias, levaria mais de cinco anos para ler a série toda. Os números são espantosos: já foram publicados mais de um bilhão de livros da série, nas mais diversas línguas e há fã-clubes do personagem espalhados por todo o mundo.
A história de Perry Rhodan começa no final dos anos cinqüenta. Na época a ficção científica na Alemanha era totalmente dominada pelo material inglês e norte-americano. Os alemães só conseguiam publicar sob pseudônimo inglês. Foi quando um grupo de autores se reuniu para publicar uma série utópica futurista sobre um herói sem medo que ajuda a humanidade a entrar na era espacial.
O conceito foi criado no final da década de 1950 por Karl-Herbert Scheer e Walter Ernsting (também conhecido pelo pseudônimo de Clark Darlton). Os dois apresentaram o projeto à editora alemã Moewig, que topou publicar depois de algumas alterações. Para fazer a capa foi chamado Johnny Bruck, um dos mais famosos ilustradores alemães de ficção-científica. À equipe criativa juntaram-se mais dois escritores, Klaus Mahn (Kurt Mahr) e Winfried Scholz (que assinava W.W. Shols). Scher escreveu o roteiro dos 10 primeiros volumes e começaram a produzir.
Assim nascia Perry Rhodan, um astronauta americano que, em viagem à Lua, encontra uma nave de uma civilização super-desenvolvida, mas decadente, os arcônidas, e seus dois ocupantes. Voltando à Terra, ele usa a tecnologia alienígena para impedir uma guerra nuclear e funda a Terceira Potência, unindo a humanidade em torno de um ideal: a conquista do espaço.
Nem mesmo os autores achavam que a série fosse durar mais que trinta números. Durou. O sucesso foi tão estrondoso que os primeiros livros foram rapidamente reeditados e Perry Rhodan passou a ser publicado em diversos países, inclusive no Brasil.
Planejamento
Além da série principal, foram criadas outras, como a que eram focada em Atlan, um dos personagens mais populares. Com edições de Perry Rhodan saindo semanalmente sem interrupção, logo ficou claro que os leitores não conseguiriam acompanhar todos esses livros e acabou sobrando apenas a série principal.
Na década de 1990 aconteceram vários eventos tristes. K. H. Scher morreu, assim como o editor original da série, Günter M. Schelwokat e o desenhista Johnny Bruck. Os autores da primeira geração foram sendo substituídos, aos poucos por novos escritores, muitos surgidos dos fanzines, publicações de fãs da série. Entre eles destacam-se Rainer Castor (considerado o sucessor do estilo técnico e descritivo de Scheer e Mahr) e Uwe Anton, em cujas histórias poéticas podem ser identificados traços do humanismo exacerbado de Voltz.
Para conseguir contar uma trama tão complexa e cheia de detalhes e personagens secundários, que abarca centenas de anos na história da humanidade, os autores fazem um planejamento detalhado. Um dos autores é nomeado líder e escreve um resumo detalhado de cada volume semanal por todo um ciclo (que pode durar 50 ou 100 livros). Esse resumo deverá ser seguido à risca pelo autor do volume, sob o risco de se perder a continuidade. Assim, se uma nave parte com uma determinada tripulação em um volume, ela deverá ter a mesma tripulação no volume seguinte. Também há revisores, que lêem cada livro tentando achar incoerências.
No Brasil a série foi publicada pela editora Tecnoprint S.A. a partir de 1975 e durou até o número 536. No início as histórias eram publicadas em formato livro de bolso pequeno, com borda branca. Posteriormente, o formato aumentou e a borda ficou preta. No início da década de oitenta o sucesso de Perry Rhodan chegou ao auge, as edições passaram a ser semanais e os primeiros números foram republicados em formato mais alongado e bonito. Esse sucesso foi amparado por propagandas de TV.
No início da década de 1990, a crise econômica da era Collor abalou até mesmo o personagem espacial. No número 533, os leitores foram surpreendidos por uma nota que anunciava que os livros passariam a sair mensalmente. A editora ainda tentou recuperar a franquia, lançando uma campanha publicitária, mas o número de leitores continuou caindo. No número 536, a editora publicou uma pequena nota dizendo que deixava de publicar Perry Rhodan porque se tornara impossível continuar oferecendo uma publicação de qualidade a preços acessíveis aos leitores.
Os fãs passaram a se organizar para promover a volta do personagem, inicialmente se contatando por carta e, posteriormente, via internet. Surgiu o Perry Rhodan Fã Clube do Brasil (PRFCB), capitaneado por Alexandre Pereira dos Santos, que publicava fanzines e mantinha os fãs informados a respeito das novidades da série.
O fã-clube começou a negociar com grande editoras, ao mesmo tempo que organizava uma lista de possíveis assinantes. Embora essa lista aumentasse cada vez mais, nenhuma editora parecia se interessar.
Foi quando um fã, Rodrigo de Lelis, dono de uma pequena empresa de informática, a SSPG, voltada para a documentação eletrônica e editoração de publicações, percebeu que poderia publicar a série, voltando-a apenas para assinaturas. A editora alemã VPM deu o sinal verde e a equipe, formada por fãs da série, começou a cuidar da nova série.
Imortalidade
A nova edição começou com o episódio 650 , “A Liga dos Sete”, que dá início a um dos ciclos de histórias mais interessantes e apreciados pelos leitores. Cada volume, publicado mensalmente, trazia dois livros da edição alemã. A SSPG publicou Perry Rhodan interruptamente por cinco anos, num total de 99 volumes duplos, e parou. Atualmente, a editora mantém o site do personagem (http://www.perry-rhodan.com.br/) e promete a volta da série para 2009.
Quando os livros começaram a ser publicados, Perry Rhodan tinha aproximadamente 35 anos. Com o tempo ficou óbvio que uma só vida não seria o suficiente para tanta aventura. Os autores então inventaram várias artimanhas para fazer com que o personagem pudesse viver mais. O primeiro deles foi a ducha celular, que rejuvenescia quem passava por tratamento. Depois Rhodan ganhou um ativador celular que o tornou praticamente imortal. Atualmente o astronauta tem apenas três mil anos e ainda pretende assoprar muitas velinhas de aniversário.
A série Perry Rhodan antecipou vários dos principais ícones da ficção-científica da segunda metade do século. O conceito de exército de mutantes, por exemplo, apareceu na série dois anos antes do surgimento dos X-Men. Quem acha que os Borgs do Jornada nas Estrelas - Nova Geração são originais, nunca leu Perry Rhodan. Os pós-bis, uma raça de robôs cujo objetivo é destruir toda forma de vida orgânica, surgiu na série alemã no início dos anos sessenta.
Diálogo com a literatura
O grande segredo da série é que os autores nunca deixaram cair a qualidade literária. Além disso, Perry Rhodan nunca resvalou no lugar comum. Seus episódios eram muito criativos e bem escritos e os escritores não se furtavam a fazer críticas sociais ou experimentações estéticas. Muitos livros da série eram releituras de grandes obras da literatura.
Exemplo disso é o número 52, O Pseudo, escrito por Clark Darlton. O livro é uma adaptação da peça O Inspetor Geral, do dramaturgo russo Nicolai Gógol. Gógol escreveu sua peça como uma crítica ao autoritarismo e à corrupção do Estado Czarista. Darlton atualizou a discussão, transpondo-a para um cenário futurista.
Um dos personagens mais queridos (e controversos) da série é um rato-castor chamado Gucky. Apesar da aparência ridícula - uma mistura de rato e castor, ele se tornou uma lenda por seus poderes (telecinésia, telepatia e teleportação) e sua impulsividade. Evite qualquer comentário à sua aparência, ou poderá voar pelos ares. Gucky divide opiniões. Em fóruns na internet alguns leitores querem sua cabeça, enquanto outros compram até o bicho de pelúcia do rato-castor.
Duas visões de mundo
Dois autores, com visões muito diferentes da ficção-científica, definiram os rumos da série Perry Rhodan: K. H. Scher e Willian Voltz.
Scher foi o primeiro líder dos autores. Acusado de ter uma visão militarista influenciada pelo nazismo (de fato, ele chegou a lutar na II Guerra ao lado do Eixo), ele era um especialista em batalhas espaciais e descrições de armamentos. Na fase em que ele traçou os destinos da série, Perry Rhodan era caracterizado pelo maniqueísmo: de um lado os humanos, mocinhos, e do outro um inimigo poderoso no campo militar, com sede de conquistas e nenhuma ética. Também havia uma ênfase muito grande nas tramas de espionagem. A agência de espionagem USO tinha papel fundamental nessa fase.
Scheer gostava de detalhar a evolução tecnológica da humanidade. Sua visão positivista do futuro da humanidade mostrava uma civilização que tendia à evolução contínua no plano material e técnico.
Ao assumir os rumos da série, Willian Voltz mudou o foco. Humanista e filosófico, Voltz se interessava mais pelos grandes enigmas que pelas batalhas espaciais. Assim, a humanidade passou a encontrar inteligências superiores e estruturas cósmicas fundamentais, além de fenômenos fantásticos.
Na era Voltz, a humanidade passou a questionar seu papel no universo, percebendo que a evolução espiritual era tão importante quanto a material. As histórias passaram a ser mais filosóficas e contemplativas, fugindo do militarismo da fase anterior.
Os personagens, mesmo os vilões, começaram a questionar sua própria existência, fugindo do maniqueísmo. Nessa nova fase, mesmo os mais ferozes inimigos tinham motivos que justificavam sua suposta maldade.
O estilo Voltz ficou muito bem claro desde os primeiros livros desse autor na série. No volume 99, a sinopse contava uma história pueril: um dos arcônidas encontrados por Perry Rhodan na lua, Crest, vai para um planeta longínquo para passar os seus últimos dias, mas recebe a visita inconveniente de seres extraterrestres que querem se apoderar de sua nave, o ápice da tecnologia terrestre até então. O que poderia ser um livro maniqueísta sobre um velho tentando manter a tecnologia criada pelos humanos longe de mãos alienígenas acaba se tornando uma parábola sobre a amizade e a lealdade recheada de poesia.
Como bem sabem os leitores de Perry Rhodan, ficção-científica popular e boa literatura podem andar de mãos dadas.
No dia 21 de dezembro de 1999, a editora alemã VPM comemorou a marca de 2000 volumes publicados, apenas da série principal. Hoje, a série já conta com mais de 2500 livros publicados. Para se ter uma idéia do que isso representa, se uma pessoa lesse um livro por dia, todos os dias, levaria mais de cinco anos para ler a série toda. Os números são espantosos: já foram publicados mais de um bilhão de livros da série, nas mais diversas línguas e há fã-clubes do personagem espalhados por todo o mundo.
A história de Perry Rhodan começa no final dos anos cinqüenta. Na época a ficção científica na Alemanha era totalmente dominada pelo material inglês e norte-americano. Os alemães só conseguiam publicar sob pseudônimo inglês. Foi quando um grupo de autores se reuniu para publicar uma série utópica futurista sobre um herói sem medo que ajuda a humanidade a entrar na era espacial.
O conceito foi criado no final da década de 1950 por Karl-Herbert Scheer e Walter Ernsting (também conhecido pelo pseudônimo de Clark Darlton). Os dois apresentaram o projeto à editora alemã Moewig, que topou publicar depois de algumas alterações. Para fazer a capa foi chamado Johnny Bruck, um dos mais famosos ilustradores alemães de ficção-científica. À equipe criativa juntaram-se mais dois escritores, Klaus Mahn (Kurt Mahr) e Winfried Scholz (que assinava W.W. Shols). Scher escreveu o roteiro dos 10 primeiros volumes e começaram a produzir.
Assim nascia Perry Rhodan, um astronauta americano que, em viagem à Lua, encontra uma nave de uma civilização super-desenvolvida, mas decadente, os arcônidas, e seus dois ocupantes. Voltando à Terra, ele usa a tecnologia alienígena para impedir uma guerra nuclear e funda a Terceira Potência, unindo a humanidade em torno de um ideal: a conquista do espaço.
Nem mesmo os autores achavam que a série fosse durar mais que trinta números. Durou. O sucesso foi tão estrondoso que os primeiros livros foram rapidamente reeditados e Perry Rhodan passou a ser publicado em diversos países, inclusive no Brasil.
Planejamento
Além da série principal, foram criadas outras, como a que eram focada em Atlan, um dos personagens mais populares. Com edições de Perry Rhodan saindo semanalmente sem interrupção, logo ficou claro que os leitores não conseguiriam acompanhar todos esses livros e acabou sobrando apenas a série principal.
Na década de 1990 aconteceram vários eventos tristes. K. H. Scher morreu, assim como o editor original da série, Günter M. Schelwokat e o desenhista Johnny Bruck. Os autores da primeira geração foram sendo substituídos, aos poucos por novos escritores, muitos surgidos dos fanzines, publicações de fãs da série. Entre eles destacam-se Rainer Castor (considerado o sucessor do estilo técnico e descritivo de Scheer e Mahr) e Uwe Anton, em cujas histórias poéticas podem ser identificados traços do humanismo exacerbado de Voltz.
Para conseguir contar uma trama tão complexa e cheia de detalhes e personagens secundários, que abarca centenas de anos na história da humanidade, os autores fazem um planejamento detalhado. Um dos autores é nomeado líder e escreve um resumo detalhado de cada volume semanal por todo um ciclo (que pode durar 50 ou 100 livros). Esse resumo deverá ser seguido à risca pelo autor do volume, sob o risco de se perder a continuidade. Assim, se uma nave parte com uma determinada tripulação em um volume, ela deverá ter a mesma tripulação no volume seguinte. Também há revisores, que lêem cada livro tentando achar incoerências.
No Brasil a série foi publicada pela editora Tecnoprint S.A. a partir de 1975 e durou até o número 536. No início as histórias eram publicadas em formato livro de bolso pequeno, com borda branca. Posteriormente, o formato aumentou e a borda ficou preta. No início da década de oitenta o sucesso de Perry Rhodan chegou ao auge, as edições passaram a ser semanais e os primeiros números foram republicados em formato mais alongado e bonito. Esse sucesso foi amparado por propagandas de TV.
No início da década de 1990, a crise econômica da era Collor abalou até mesmo o personagem espacial. No número 533, os leitores foram surpreendidos por uma nota que anunciava que os livros passariam a sair mensalmente. A editora ainda tentou recuperar a franquia, lançando uma campanha publicitária, mas o número de leitores continuou caindo. No número 536, a editora publicou uma pequena nota dizendo que deixava de publicar Perry Rhodan porque se tornara impossível continuar oferecendo uma publicação de qualidade a preços acessíveis aos leitores.
Os fãs passaram a se organizar para promover a volta do personagem, inicialmente se contatando por carta e, posteriormente, via internet. Surgiu o Perry Rhodan Fã Clube do Brasil (PRFCB), capitaneado por Alexandre Pereira dos Santos, que publicava fanzines e mantinha os fãs informados a respeito das novidades da série.
O fã-clube começou a negociar com grande editoras, ao mesmo tempo que organizava uma lista de possíveis assinantes. Embora essa lista aumentasse cada vez mais, nenhuma editora parecia se interessar.
Foi quando um fã, Rodrigo de Lelis, dono de uma pequena empresa de informática, a SSPG, voltada para a documentação eletrônica e editoração de publicações, percebeu que poderia publicar a série, voltando-a apenas para assinaturas. A editora alemã VPM deu o sinal verde e a equipe, formada por fãs da série, começou a cuidar da nova série.
Imortalidade
A nova edição começou com o episódio 650 , “A Liga dos Sete”, que dá início a um dos ciclos de histórias mais interessantes e apreciados pelos leitores. Cada volume, publicado mensalmente, trazia dois livros da edição alemã. A SSPG publicou Perry Rhodan interruptamente por cinco anos, num total de 99 volumes duplos, e parou. Atualmente, a editora mantém o site do personagem (http://www.perry-rhodan.com.br/) e promete a volta da série para 2009.
Quando os livros começaram a ser publicados, Perry Rhodan tinha aproximadamente 35 anos. Com o tempo ficou óbvio que uma só vida não seria o suficiente para tanta aventura. Os autores então inventaram várias artimanhas para fazer com que o personagem pudesse viver mais. O primeiro deles foi a ducha celular, que rejuvenescia quem passava por tratamento. Depois Rhodan ganhou um ativador celular que o tornou praticamente imortal. Atualmente o astronauta tem apenas três mil anos e ainda pretende assoprar muitas velinhas de aniversário.
A série Perry Rhodan antecipou vários dos principais ícones da ficção-científica da segunda metade do século. O conceito de exército de mutantes, por exemplo, apareceu na série dois anos antes do surgimento dos X-Men. Quem acha que os Borgs do Jornada nas Estrelas - Nova Geração são originais, nunca leu Perry Rhodan. Os pós-bis, uma raça de robôs cujo objetivo é destruir toda forma de vida orgânica, surgiu na série alemã no início dos anos sessenta.
Diálogo com a literatura
O grande segredo da série é que os autores nunca deixaram cair a qualidade literária. Além disso, Perry Rhodan nunca resvalou no lugar comum. Seus episódios eram muito criativos e bem escritos e os escritores não se furtavam a fazer críticas sociais ou experimentações estéticas. Muitos livros da série eram releituras de grandes obras da literatura.
Exemplo disso é o número 52, O Pseudo, escrito por Clark Darlton. O livro é uma adaptação da peça O Inspetor Geral, do dramaturgo russo Nicolai Gógol. Gógol escreveu sua peça como uma crítica ao autoritarismo e à corrupção do Estado Czarista. Darlton atualizou a discussão, transpondo-a para um cenário futurista.
Um dos personagens mais queridos (e controversos) da série é um rato-castor chamado Gucky. Apesar da aparência ridícula - uma mistura de rato e castor, ele se tornou uma lenda por seus poderes (telecinésia, telepatia e teleportação) e sua impulsividade. Evite qualquer comentário à sua aparência, ou poderá voar pelos ares. Gucky divide opiniões. Em fóruns na internet alguns leitores querem sua cabeça, enquanto outros compram até o bicho de pelúcia do rato-castor.
Duas visões de mundo
Dois autores, com visões muito diferentes da ficção-científica, definiram os rumos da série Perry Rhodan: K. H. Scher e Willian Voltz.
Scher foi o primeiro líder dos autores. Acusado de ter uma visão militarista influenciada pelo nazismo (de fato, ele chegou a lutar na II Guerra ao lado do Eixo), ele era um especialista em batalhas espaciais e descrições de armamentos. Na fase em que ele traçou os destinos da série, Perry Rhodan era caracterizado pelo maniqueísmo: de um lado os humanos, mocinhos, e do outro um inimigo poderoso no campo militar, com sede de conquistas e nenhuma ética. Também havia uma ênfase muito grande nas tramas de espionagem. A agência de espionagem USO tinha papel fundamental nessa fase.
Scheer gostava de detalhar a evolução tecnológica da humanidade. Sua visão positivista do futuro da humanidade mostrava uma civilização que tendia à evolução contínua no plano material e técnico.
Ao assumir os rumos da série, Willian Voltz mudou o foco. Humanista e filosófico, Voltz se interessava mais pelos grandes enigmas que pelas batalhas espaciais. Assim, a humanidade passou a encontrar inteligências superiores e estruturas cósmicas fundamentais, além de fenômenos fantásticos.
Na era Voltz, a humanidade passou a questionar seu papel no universo, percebendo que a evolução espiritual era tão importante quanto a material. As histórias passaram a ser mais filosóficas e contemplativas, fugindo do militarismo da fase anterior.
Os personagens, mesmo os vilões, começaram a questionar sua própria existência, fugindo do maniqueísmo. Nessa nova fase, mesmo os mais ferozes inimigos tinham motivos que justificavam sua suposta maldade.
O estilo Voltz ficou muito bem claro desde os primeiros livros desse autor na série. No volume 99, a sinopse contava uma história pueril: um dos arcônidas encontrados por Perry Rhodan na lua, Crest, vai para um planeta longínquo para passar os seus últimos dias, mas recebe a visita inconveniente de seres extraterrestres que querem se apoderar de sua nave, o ápice da tecnologia terrestre até então. O que poderia ser um livro maniqueísta sobre um velho tentando manter a tecnologia criada pelos humanos longe de mãos alienígenas acaba se tornando uma parábola sobre a amizade e a lealdade recheada de poesia.
Como bem sabem os leitores de Perry Rhodan, ficção-científica popular e boa literatura podem andar de mãos dadas.
Veja aqui um post explicando como o design dos celulares do tipo flip foram influenciados pela série clássica de Jornada nas Estrelas.
Será?
Será que, após os protestos, teremos finalmente uma república democrática no Irã? Por enquanto, está parecendo muito mais uma ditadura disfarçada de democracia. Aliás, como era o Brasil na década de 1970. Parece que os aiatolás fizeram um estágio com os generais brasileiros...
Roberto Justus assina contrato de quatro anos com SBT
DANIEL CASTROcolunista da Folha de S.Paulo
O publicitário Roberto Justus é o mais novo artista do SBT. Ele assinou contrato ontem à noite, por volta das 23h, na casa de Silvio Santos. Pelo contrato, de quatro anos, Justus terá um programa semanal no horário nobre. Deve estrear no final de agosto ou em setembro. O formato da atração ainda é mantido em sigilo, mas deverá ser um quiz ou game show. Leia mais
O publicitário Roberto Justus é o mais novo artista do SBT. Ele assinou contrato ontem à noite, por volta das 23h, na casa de Silvio Santos. Pelo contrato, de quatro anos, Justus terá um programa semanal no horário nobre. Deve estrear no final de agosto ou em setembro. O formato da atração ainda é mantido em sigilo, mas deverá ser um quiz ou game show. Leia mais
Roberto Justus num game show, no SBT? Ai, ai ai... Perde-se um bom apresentador do Aprendiz (maior sucesso comercial da Record) e ganha-se um péssimo apresentador de game show.
sábado, junho 20, 2009
Dica de blog
É, parece que os blogs viraram realmente mania... e já vai longe o tempo em que a maioria dos blogueiros eram adolescentes que escreviam apenas assuntos de interesse de círculo de amigos. A cada dia vejo mais pessoas interessantes criando seus blogs. Agora é a vez da Dione Amaral, com o ótimo Meca da Notícia. A Dione foi minha aluna no curso de jornalismo e sempre foi uma das que mais se destacaram. Agora, vejam só, já dá até palestra sobre gonzo jornalismo, um dos temas que trabalhei na disciplina Teoria do Jornalismo.
Espaço Cláudio Seto
O artista plástico, pintor, desenhista, bonsaista, fotógrafo, haicaista, escritor, pop-guru, pesquisador e agitador cultural: Claudio Seto, que faleceu em novembro de 2008, será homenageado durante o Imin Matsuri 2009, através do Espaço Claudio Seto, que reunirá diversos trabalhos dele.
Seto, que é considerado o criador e idealizador dos Matsuris de Curitiba, estará representado através de suas obras (pinturas, desenhos, ilustrações, mangás e bonsais) que estarão expostas neste espaço.
Esta será ótima oportunidade para que os amigos, fãs e admiradores de Cláudio Seto, revejam seus trabalhos e para aqueles que não o conheceram, possam, através de suas obras, saber um pouco sobre este lendário e multi- artista, que é conhecido como: “O Samurai de Curitiba”
IMIN MATSURI 2009
19 de Junho (Sexta) - das 14h às 22h
20 (Sábado) - das 11h às 22h
21 (Domingo) - das 11h às 21h
No Parque Barigui em Curitiba
Seto, que é considerado o criador e idealizador dos Matsuris de Curitiba, estará representado através de suas obras (pinturas, desenhos, ilustrações, mangás e bonsais) que estarão expostas neste espaço.
Esta será ótima oportunidade para que os amigos, fãs e admiradores de Cláudio Seto, revejam seus trabalhos e para aqueles que não o conheceram, possam, através de suas obras, saber um pouco sobre este lendário e multi- artista, que é conhecido como: “O Samurai de Curitiba”
IMIN MATSURI 2009
19 de Junho (Sexta) - das 14h às 22h
20 (Sábado) - das 11h às 22h
21 (Domingo) - das 11h às 21h
No Parque Barigui em Curitiba
Um novo jornalismo
O jornalismo está vivendo uma encruzilhada. Com a concorrência de blogs, twitter, com a decisão do STF... ou o jornalismo se reiventa, ou sei não... O jornalismo que se aprende na academia é o da teoria do espelho, criada no início do século XX, quando se achava que a objetividade da observação científica era possível. Antes da física quântica. Antes do princípio da incerteza do Heinseberg (se eu observo uma particula subatômica, a minha simples observação muda ou a posição ou a velocidade dessa particula - ou seja, toda observação está dentro de um contexto e o simples fato de observarmos pode mudar esse contexto).
Não adianta muito colocar computadores nas faculdades se o que se ensina em redação jornalística e outras disciplinas semelhantes é a visão do início do século XX. Muitos saem da academia sem terem visto sequer as propostas discordantes mais tradicionais do jornalismo, como o novo jornalismo e o gonzo.
Enquanto isso, os blogueiros, que nunca tiveram compromisso com essa imagem rígida do fazer jornalístico, estão reiventando a imprensa.
Uma das primeiras coisas a serem feitas para a mudança do curso é a introdução da disciplina teoria do jornalismo, que serve justamente para discutir essas questões.
sexta-feira, junho 19, 2009
Uma sentença para ser lida por um marceneiro.
Processo Número: 0737/05b Quem pede: José de Gregório PintoContra quem: Lojas Insinuante Ltda, Siemens IndústriaEletrônica S.A e Starcell Ementa:UTILIZAÇÃO ADEQUADA DE APARELHO CELULAR. DEFEITO.RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO FABRICANTE E DO FORNECEDOR.
Sentença: Vou direto ao assunto. O marceneiro José de Gregório Pinto, certamente pensando em facilitar o contato com sua clientela, rendeu-se à propaganda da Loja Insinuante de Coité e comprou um telefone celular, em 19 de abril de 2005, por suados cento e setenta e quatro reais. Leigo no assunto, é certo que não fez opção por fabricante. Escolheu pelo mais barato ou, quem sabe até, pelo mais bonitinho: o tal Siemens A52. Uma beleza! Com certeza foi difícil domar os dedos grossos e calejados de marceneiro com a sensibilidade e recursos do seu Siemens A52, maso certo é que utilizou o aparelhinho até o mês de junho do corrente ano e, possivelmente, contratou muitos serviços. Uma maravilha!
Para sua surpresa, diferente das boas ferramentas que utiliza em seu ofício, em 21 de junho, o aparelho deixou de funcionar. Que tristeza: seu novo instrumento de trabalho só durou dois meses. E olha que foi adquirido legalmente nas Lojas Insinuante e fabricado pela poderosa Siemens….. Não é coisa de segunda-mão, não! Consertado, dias depois não prestou mais… Não se faz mais conserto como antigamente! Primeiro tentou fazer um acordo, mas não quiseram os contrários, pedindo que o caso fosse ao Juiz de Direito. Caixinha de papelão na mão, indicando que se tratava de um telefone celular, entrou seu Gregório na sala de audiência e apresentou o aparelho ao Juiz: novinho, novinho e não funciona.
Leia o restante no blog do juiz Gerivaldo Alves Neiva e leia aqui uma entrevista com o juiz, na qual ele fala como a linguagem jurídica pode ser um fator de discriminação e dominação e explica as razões que o levaram a escrever essa sentença numa linguagem que o Seu Gregório pudesse entender.
Sentença: Vou direto ao assunto. O marceneiro José de Gregório Pinto, certamente pensando em facilitar o contato com sua clientela, rendeu-se à propaganda da Loja Insinuante de Coité e comprou um telefone celular, em 19 de abril de 2005, por suados cento e setenta e quatro reais. Leigo no assunto, é certo que não fez opção por fabricante. Escolheu pelo mais barato ou, quem sabe até, pelo mais bonitinho: o tal Siemens A52. Uma beleza! Com certeza foi difícil domar os dedos grossos e calejados de marceneiro com a sensibilidade e recursos do seu Siemens A52, maso certo é que utilizou o aparelhinho até o mês de junho do corrente ano e, possivelmente, contratou muitos serviços. Uma maravilha!
Para sua surpresa, diferente das boas ferramentas que utiliza em seu ofício, em 21 de junho, o aparelho deixou de funcionar. Que tristeza: seu novo instrumento de trabalho só durou dois meses. E olha que foi adquirido legalmente nas Lojas Insinuante e fabricado pela poderosa Siemens….. Não é coisa de segunda-mão, não! Consertado, dias depois não prestou mais… Não se faz mais conserto como antigamente! Primeiro tentou fazer um acordo, mas não quiseram os contrários, pedindo que o caso fosse ao Juiz de Direito. Caixinha de papelão na mão, indicando que se tratava de um telefone celular, entrou seu Gregório na sala de audiência e apresentou o aparelho ao Juiz: novinho, novinho e não funciona.
Leia o restante no blog do juiz Gerivaldo Alves Neiva e leia aqui uma entrevista com o juiz, na qual ele fala como a linguagem jurídica pode ser um fator de discriminação e dominação e explica as razões que o levaram a escrever essa sentença numa linguagem que o Seu Gregório pudesse entender.
Dia do cinema nacional
Acontece hoje, no auditório da UEAP, às 19 horas,o evento em comemoração ao dia do cinema nacional, realizado pela ABD e C do Amapá. Na ocasião, além da exibição de curta-metragens locais (inclusive os vídeos que fizemos na oficina do SESC e um vídeo de guerrilha que fiz quando estava em Curitiba), serão coletadas assinaturas para um abaixo-assinado a ser entregue a políticos amapaenses pedindo apoio ao audio-visual local.
Então, não esqueçam:
Hoje, às 19 horas, dia do cinema nacional, no auditório da UEAP.
Então, não esqueçam:
Hoje, às 19 horas, dia do cinema nacional, no auditório da UEAP.
Marjane Satrapi critica as eleições iranianas
Por Sérgio Codespoti (19/06/09) Marjane Satrapi (autora de Persépolis) e o cineasta Mohsen Makhmalbaf - um dos porta-vozes do candidato da oposição Mir Hossein Mousavi - fizeram um pronunciamento diante do parlamento europeu, no último dia 16 de junho, protestando contra o resultado das eleições iranianas realizadas quatro dias antes.Segundo um documento de Satrapi e Makhmalbaf, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, não teria vencido a eleição, mas ficado em terceiro lugar, com apenas 12% dos votos, e não 62% como foi divulgado. Leia mais
A obrigatoriedade do diploma
A decisão do Supremo Tribunal Federal, eliminando a obrigatoriedade do diploma de jornalista para exercer a profissão tem gerado reações furiosas, como a sátira acima, que pode ser vista aqui. Sobre essa questão, eu sou um defensor, claro, do curso. Mas já mudei muito a minha opnião sobre a obrigatoriedade do diploma. Alguns dos melhores jornalistas que já conheci não eram formados em jornalismos. O Lúcio Flávio Pinto, por exemplo. Além disso, a internet está mudando muito as relações das pessoas com a notícia. Muitas vezes, blogs e twitter estão dando banho nos jornais. Por outro lado, tenho assistido sempre O Aprendiz e já vi jornalistas dando banho em administradores e publicitários quando o assunto é marketing. Ou seja: parece-me que a questão é muito mais de formação do que de diploma, certo?
Dica de blog
Um blog interessante é o Mural da Felícia. Vale a visita. Aliás, a Felícia está chamando atenção para a MP 458, que beneficia grileiros e dá a dica de como protestar.
Auto-preconceito
Quem acompanha meu blog está por dentro de toda a discussão envolvendo o repasse de 2.300.00 reais para a Tizuka Yamazaki vir filmar uma cena de seu novo filme no Amapá. Evidentemente, os realizadores amapaenses reagiram. Não existe nenhum edital de apoio ao audio-visual amapaense, mas várias produções de fora estão conseguindo dinheiro facinho facinho. É só pegar a senha. Depois do manifesto "Farinha pouca, meu pirão primeiro", alguns assessores se manifestaram defendendo a liberação de dinheiro para a Tizuka. Segundo eles, o dinheiro foi liberado porque a Tizuka tem melhores equipamentos e mais conhecimento da área para realizar um filme. Chegaram até mesmo a sugerir que fôssemos fazer cursos antes de pedir um edital para as autoridades amapaenses.
Escrevi um e-mail de resposta, que reproduzo aqui:
Essa questão de qualidade técnica ou mesmo formação é bem complexa. O Zé do Caixão é reconhecido internacionalmente e nunca estudou cinema. (Orson Welles dizia que tinha feito Cidadão Kane como foi feito porque não conhecia cinema e, portanto, não entendia suas limitações - ele achava que podia fazer tudo). Claro que nem todo mundo é o Zé do Caixão ou um Orson Welles, mas os exemplos demonstram que muita gente já tem o talento para a coisa mesmo sem fazer um curso, de modo que não cola a desculpa de "façam cursos" para depois darmos um edital para vocês.
Nada impede que as duas coisas aconteçam ao mesmo tempo.
A desculpa qualidade técnica também é questionável. Dizer que o dinheiro foi liberado para a Tizuka porque ela tem um equipamento de melhor qualidade é um argumento non-sense. O movimento dogma revolucionou o cinema usando câmeras digitais e gerou pelo menos uma obra-prima (Dogville).
Um dos cineastas que revolucionaram o mercado blockbuster norte-americano foi o mexicano Robert Rodrigues, que começou com um filme de péssima qualidade técnica, El Mariachi.
Vale lembrar A bruxa de blair, um filme quase amador, mas que causou estrondo na indústria cinematográfica e influenciou de maneira direta a linguagem do cinema e TV. Dá para imaginar a câmera nervosa de 24 horas ou Lost sem A Bruxa de Blair? Dá para imaginar Cloverfield sem A bruxa de Blair?
A técnica pode melhorar à vontade, mas, no fundo, no fundo, o que vale é a idéia. Uma boa idéia, um bom roteiro, é a base de qualquer filme.
Nada impede que um cabôco amazônida tenha uma idéia melhor que a da Tizuka Yamazaki.
Portanto, dizer que a deram dinheiro para a Tizuka porque ela tem equipamentos melhores é balela.
Então como identificar isso? Como perceber quem tem melhor idéia? Simples, fazendo um edital aberto, no qual várias pessoas possam participar, inclusive o cabôco amazônida. Se a idéia da Tizuka for melhor, parabéns. Dinheiro pra ela.
Agora, simplesmente dar o dinheiro para a Tizuka alegando que ela tem equipamento melhor e melhor capacidade para fazer um filme é, apenas, preconceito. E, pior, auto-preconceito, já que as pessoas que tomaram essa decisão são também amazônidas.
É o que eu penso.
quinta-feira, junho 18, 2009
Borat baixa em Lula
O presidente Lula fala cada coisa...
Em sua passagem pelo Cazaquistão, o espírito de Borat, aquele que se orgulhava de ter como irmã a quarta melhor prostituta do país, parece ter lhe deixado especialmente inspirado. Leia mais
Em sua passagem pelo Cazaquistão, o espírito de Borat, aquele que se orgulhava de ter como irmã a quarta melhor prostituta do país, parece ter lhe deixado especialmente inspirado. Leia mais
Nas minhas últimas horas no Irã, não posso circular, relata jornalista
A Primavera de Teerã está nas ruas, mas não posso usar nem celular nem internet em minhas últimas oito horas na cidade. Está tudo bloqueado. Em teoria, não posso nem circular, relata o enviado especial Raul Juste Lores em reportagem da Folha. Leia mais
quarta-feira, junho 17, 2009
Os problemas de Charlie
Código 451
Um curta-metragem de ficção do amigo JJ Marreiro. Vamos ver quem advinha o porquê do título...
Dica de blog
Essa dica é delíciosa. Para ler todos os dias. O blog Casa do Snoopy está publicando todas as tiras de Charlie Brown por ordem, ano a ano.
terça-feira, junho 16, 2009
Bebuns e trânsito
Estou assistindo Profissão repórter sobre álcool e direção. Revoltante ver que a impunidade ainda existe, mesmo depois da nova lei. E mais revoltante ainda lembrar que um DJ amapaense pega o microfone para dizer que a função da polícia é prender bandido e não fiscalizar motoristas bêbados.
Macapá tem mais um blog, o Coletivo Palafita, criado para divulgar as ações desse coletivo. Ah, o endereço está errado. O blogspot não tem www. Mas você pode clicar aqui.
Uma boa funcionária pública
A gente vive reclamando dos funcionários públicos, mas existem algumas ótimas pessoas, realmente interessadas em fazer um bom trabalho. Exemplo disso tive ontem, com a senhora Analie, da ouvidoria da CEA, à qual expus a situação do meu vizinho (sim, é o vizinho barulhento), que, ao ter sua energia cortada por falta de pagamento, se religou direamente na rede. Como já escrevi aqui, se ele não paga energia, alguém paga: eu, você e todo mundo que paga sua conta de energia, seus impostos... além disso, ao fazer isso ele coloca em risco todas as casas próximas, pois a chance de um curto-circuito é imenso. Sem falar que, quando ele liga o equipamento de solda, a energia oscila, o que já provocou a queima de vários aparelhos aqui em casa.
A Analice foi muito compreensiva e não só fez a reclamação como ainda me encaminhou ao setor de fiscalização. Resultado: ontem mesmo já cortaram a energia do vizinho.
A Analice foi muito compreensiva e não só fez a reclamação como ainda me encaminhou ao setor de fiscalização. Resultado: ontem mesmo já cortaram a energia do vizinho.
segunda-feira, junho 15, 2009
Microcontos
Um índio. Um cawboy. Bum. Nos vemos no inferno, índio.
+ + +
Miguel matou seu melhor amigo, tiro pelas costas, e rezou.
+ + +
Pedólatra fanático: só curtia mulheres com pé de galinha.
+ + +
Só depois do livro impresso, Miguel percebeu que era um plágio.
+ + +
A chuva começou na hora em que os duendes amarraram Juliana.
+ + +
No final apoteótico, o ator foi morto pelo seu personagem.
+ + +
MAMAE MRREU.AGR VC PD VLTAR.
+ + +
MSG PR VC: Cachorro. REPLY: Porca. CHAT: Te amo.
+++
Hj pidi Kako em cazamentu. Comemoramu c/ bonbom.
+++
1971. Depois de longa investigação, foi preso o perigoso...
+ + +
Miguel matou seu melhor amigo, tiro pelas costas, e rezou.
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Pedólatra fanático: só curtia mulheres com pé de galinha.
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Só depois do livro impresso, Miguel percebeu que era um plágio.
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A chuva começou na hora em que os duendes amarraram Juliana.
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No final apoteótico, o ator foi morto pelo seu personagem.
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MAMAE MRREU.AGR VC PD VLTAR.
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MSG PR VC: Cachorro. REPLY: Porca. CHAT: Te amo.
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Hj pidi Kako em cazamentu. Comemoramu c/ bonbom.
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1971. Depois de longa investigação, foi preso o perigoso...
domingo, junho 14, 2009
Idéia para um curta
Monteiro Lobato, toda vez que ficava irritado ou revoltado com algo, escrevia um conto, ou uma crônica, ou um artigo. era uma espécie de vingança literária.
Pois é, toda essa história com o vizinho e a inoperância da polícia me fez pensar num curta metragem humorístico. A idéia principal parte do fato de que o som alto pode provocar retardamento mental. Aí pensei que nenhum desses grupos musicais que meu vizinho toca aceitaria me ceder uma música para eu colocar no curta. Então bolei uma letra que está mais ou menos no nível delas:
Gru gru gru... me dá o seu peru!
Croc croc croc... vou comer sua perereca!
Pensei em colocar também uma daqueles slogans, que costumam ter nesse tipo de música:
De-de-detonador! Detonando sua mente!
Essa imagem aí está em cima está no site da Polícia Ambiental do Amapá e ilustra uma matéria que diz:
A matéria diz que o som alto pode provocar:
Dor de cabeça;
Cansaço;
Surdez temporária;
Surdez permanente;
Irritação;
Úlcera nervosa;
Perturbação do sossego;
Insônia;
Alteração de humor;
Aumento da taxa de colesterol;
Hipertensão arterial;
Retardamento mental em fetos;
Problemas de coração;
Debilidade no sistema imunológico.
Impotência Sexual;
Cansaço;
Surdez temporária;
Surdez permanente;
Irritação;
Úlcera nervosa;
Perturbação do sossego;
Insônia;
Alteração de humor;
Aumento da taxa de colesterol;
Hipertensão arterial;
Retardamento mental em fetos;
Problemas de coração;
Debilidade no sistema imunológico.
Impotência Sexual;
Bonito discurso. Só não funciona na prática. Na prática, a Polícia Militar do Amapá lava as mãos e fala para a pessoa ir ou no Ministério Público ou na Delegacia de Polícia.
Polícia para quem precisa...
Já está virando rotina. O vizinho colocou o som no máximo e está lá. Vacinado pela situação anterior, em que ele foi até o final da noite, resolvi ligar para a polícia. É preciso se identificar? Ok, eu me identifico. Mas agora a polícia militar inventou mais uma. Além de me identificar na hora da ligação eu devo ir lá, com o vizinho, na hora em que a polícia chegar. Bonito, hein?
- Tudo, bem, eu vou lá. Desde que o som do vizinho seja apreendido.
- Ah, meu senhor. Isso não podemos fazer. O máximo que o polícial pode fazer é pedir para o seu vizinho abaixar o som.
- Mas isso não adianta nada! Vou dar a cara a tapa e, assim que a viatura for embora, o vizinho volta a aumentar o som!
- Se o senhor não está satisfeito, vá a uma delegacia de polícia e faça um boletim de ocorrência...
Ou seja: a Polícia Militar se eximiu de toda e qualquer responsabilidade sobre o problema da poluição sonora. Bonito, hein?
- Tudo, bem, eu vou lá. Desde que o som do vizinho seja apreendido.
- Ah, meu senhor. Isso não podemos fazer. O máximo que o polícial pode fazer é pedir para o seu vizinho abaixar o som.
- Mas isso não adianta nada! Vou dar a cara a tapa e, assim que a viatura for embora, o vizinho volta a aumentar o som!
- Se o senhor não está satisfeito, vá a uma delegacia de polícia e faça um boletim de ocorrência...
Ou seja: a Polícia Militar se eximiu de toda e qualquer responsabilidade sobre o problema da poluição sonora. Bonito, hein?
Onde pega a senha?
Pois é, depois dos políticos do Amapá abrirem as portas, liberando dinheiro à vontade para Tainá e para a Tizuka Yamazaki, virou festa.
Uma amiga nossa recebeu uma ligação:
- Oi, eu sou um produtor daqui de São Paulo e ouvi dizer que aí no Amapá estão liberando dinheiro fácil para produtores de fora. Onde é que pega a senha?
Enquanto isso, o Amapá não tem um único edital de fomento à produção de audio-visual local...
História dos quadrinhos
X-men: revolução nos filhos do átomo
Embora já começassem a chamar a atenção desde o início da nova fase, os X-men só se tornaram um sucesso estrondoso a partir da saga de Protheus.
Protheus era um mutante extremamente poderoso, capaz de manipular a realidade. Mas tinha um defeito: para viver, precisava possuir corpos de pessoas, que não sobreviviam muito tempo. Essa necessidade constante de corpos criaria uma verdadeira carnificina por onde ele passava.
A trama mostrava que a série era revolucionária e estava anos luz à frente da maioria dos quadrinhos publicados na época.
Para começar, havia a violência. Protheus era um vilão de verdade, que matava pessoas friamente e representava um perigo real para a humanidade. A relação dele com o pai, de amor e ódio, mostrava um aspecto psicológico avançado para os gibis de super-heróis. Até mesmo seu poder de alterar a realidade, era algo novo nos quadrinhos.
Diante de um inimigo tão perigoso, só restou uma opção aos X-men: matá-lo usando contra ele sua única fraqueza: o metal.
Na década de 1970, super-heróis não matavam, sob circunstância nenhuma, mas a revista dos X-men estava mudando padrões.
A saga seguinte cairia como uma bomba nos gibis de super-heróis e seria a grande responsável pela popularidade do título nos anos seguintes.
Os autores resolveram trazer a Fênix de novo, mas como lidar com uma personagem que tinha poderes muito maiores do que os dos outros membros? Simples: transformando-a em uma vilã!
A Saga da Fênix mostrava a personagem tendo flashbacks do que parecia ser uma encarnação passada dela, em que ela participava do Clube do Inferno, sendo esposa de um dos seus líderes, Jason Wyngarde. Na verdade, tratava-se de uma trama de um antigo inimigo dos X-men, o Mestre Mental, que pretendia dominar a heroína para usar seus poderes em interesse próprio.
A revista começou a chamar a atenção dos chefões de Marvel e a equipe acabou sofrendo duas interferências editoriais. A primeira delas é que a Mansão X deveria justificar o nome de Escola para Jovens Superdotados do Professor Xavier e, portanto, deveria ter pelo menos um aluno. A segunda é que a revista deveria ser usada como trampolim para o lançamento de uma personagem baseada na dance music, Cristal.
Claremont e Byrne fizeram Xavier voltar à equipe e pedir para seus pupilos contatarem duas novas mutantes. Uma delas era Cristal, a outra era uma jovem chamada Kitty Pryde que tinha poderes de atravessar a matéria.
Kitty Pride acabou sendo um achado, pois providenciou uma identificação com o público jovem. Além disso, ela foi a primeira heroína declaradamente judia dos quadrinhos.
Em busca das duas novas mutantes, os X-men acabam tendo de enfrentar o Clube do Inferno e uma nova vilã, a Rainha Branca. Essa personagem fez grande sucesso com os leitores. Era loira, linda, e só usava roupas fetichistas.
Os heróis conseguem derrotar os oponentes e decidem entrar na sede do Clube do Inferno para descobrir porque estavam sendo caçados. Ao entrarem na sede do clube, acabam sendo derrotados depois que o Mestre Mental toma o controle da Fênix, que passa a se chamar Rainha Negra.
Um único mutante sobrevive: Wolverine, e a ele resta a missão de libertar os companheiros. As sequências em que ele anda pelos esgotos, derrotando os inimigos é seu ponto máximo. A partir dali, ele se tornaria o herói mais popular dos X-men e um dos mais populares dos gibis de super-heróis.
Wolverine consegue libertar os amigos e Fênix, liberada do domínio do Mestre Mental, vinga-se do Clube do Inferno. Mas a saga estava apenas chegando ao seu ápice. Na sequência, Jean Grey perde o controle e transforma-se na Fênix Negra.
A nova criatura derrotou facilmente os X-men e foi para o espaço alimentar-se. Sua fome de poder era tão grande que ela sugaria a energia de uma estrela. Byrne achou que devorar uma estrela não teria tanto impacto se nas proximidades não tivesse um planeta habitado. Assim, ele retratou um planeta seres inteligentes sendo destruído no processo.
A idéia dos autores para a continuação dessa trama era simples: Fênix voltava para a Terra, derrotava os X-men, mas o Professor Xavier, com a ajuda do lado bom de Jean, acabaria afastando a Fênix Negra e reduzindo os poderes da heroína aos níveis de quando ela se chamava Garota Marvel. Em seguida, a imperatriz Lilandra, do Império Shiar, aparecia e levava os X-men para a Lua, onde eles deveriam combater a Guarda Imperial. Com a vitória da Guarda, Jean passaria por um processo no qual perderia todos os seus poderes e sairia do grupo. Com isso, o problema dos super-poderes da Fênix (que dificultava a elaboração dos roteiros) seria definitivamente resolvido.
Acontece que nesse período a edição que mostrava a Fênix destruindo um planeta habitado caiu nas mãos do editor-chefe da Marvel, Jim Shooter e esse ficou horrorizado. Para ele, não havia a opção final feliz. A personagem tinha que sofrer. Ele exigiu que a personagem fosse enclausurada num asteróide, onde seria torturada por toda a eternidade. Claremont e Byrne, ao ouvir essa exigência, disseram: Por que não a matamos de uma vez? E foi isso que fizeram. A edição, que já estava pronta, foi retrabalhada para que a Fênix acabasse se suicidando para evitar se transformar novamente na Fênix Negra.
A morte da personagem causou uma comoção sem tamanho entre os fãs. Nunca tinha acontecido de uma personagem importante, em plena ascensão, morrer nos gibis de super-heróis. A edição com a morte esgotou rapidamente e, a partir daí o título começaria seu caminho para se tornar o mais vendido do mercado.
Embora já começassem a chamar a atenção desde o início da nova fase, os X-men só se tornaram um sucesso estrondoso a partir da saga de Protheus.
Protheus era um mutante extremamente poderoso, capaz de manipular a realidade. Mas tinha um defeito: para viver, precisava possuir corpos de pessoas, que não sobreviviam muito tempo. Essa necessidade constante de corpos criaria uma verdadeira carnificina por onde ele passava.
A trama mostrava que a série era revolucionária e estava anos luz à frente da maioria dos quadrinhos publicados na época.
Para começar, havia a violência. Protheus era um vilão de verdade, que matava pessoas friamente e representava um perigo real para a humanidade. A relação dele com o pai, de amor e ódio, mostrava um aspecto psicológico avançado para os gibis de super-heróis. Até mesmo seu poder de alterar a realidade, era algo novo nos quadrinhos.
Diante de um inimigo tão perigoso, só restou uma opção aos X-men: matá-lo usando contra ele sua única fraqueza: o metal.
Na década de 1970, super-heróis não matavam, sob circunstância nenhuma, mas a revista dos X-men estava mudando padrões.
A saga seguinte cairia como uma bomba nos gibis de super-heróis e seria a grande responsável pela popularidade do título nos anos seguintes.
Os autores resolveram trazer a Fênix de novo, mas como lidar com uma personagem que tinha poderes muito maiores do que os dos outros membros? Simples: transformando-a em uma vilã!
A Saga da Fênix mostrava a personagem tendo flashbacks do que parecia ser uma encarnação passada dela, em que ela participava do Clube do Inferno, sendo esposa de um dos seus líderes, Jason Wyngarde. Na verdade, tratava-se de uma trama de um antigo inimigo dos X-men, o Mestre Mental, que pretendia dominar a heroína para usar seus poderes em interesse próprio.
A revista começou a chamar a atenção dos chefões de Marvel e a equipe acabou sofrendo duas interferências editoriais. A primeira delas é que a Mansão X deveria justificar o nome de Escola para Jovens Superdotados do Professor Xavier e, portanto, deveria ter pelo menos um aluno. A segunda é que a revista deveria ser usada como trampolim para o lançamento de uma personagem baseada na dance music, Cristal.
Claremont e Byrne fizeram Xavier voltar à equipe e pedir para seus pupilos contatarem duas novas mutantes. Uma delas era Cristal, a outra era uma jovem chamada Kitty Pryde que tinha poderes de atravessar a matéria.
Kitty Pride acabou sendo um achado, pois providenciou uma identificação com o público jovem. Além disso, ela foi a primeira heroína declaradamente judia dos quadrinhos.
Em busca das duas novas mutantes, os X-men acabam tendo de enfrentar o Clube do Inferno e uma nova vilã, a Rainha Branca. Essa personagem fez grande sucesso com os leitores. Era loira, linda, e só usava roupas fetichistas.
Os heróis conseguem derrotar os oponentes e decidem entrar na sede do Clube do Inferno para descobrir porque estavam sendo caçados. Ao entrarem na sede do clube, acabam sendo derrotados depois que o Mestre Mental toma o controle da Fênix, que passa a se chamar Rainha Negra.
Um único mutante sobrevive: Wolverine, e a ele resta a missão de libertar os companheiros. As sequências em que ele anda pelos esgotos, derrotando os inimigos é seu ponto máximo. A partir dali, ele se tornaria o herói mais popular dos X-men e um dos mais populares dos gibis de super-heróis.
Wolverine consegue libertar os amigos e Fênix, liberada do domínio do Mestre Mental, vinga-se do Clube do Inferno. Mas a saga estava apenas chegando ao seu ápice. Na sequência, Jean Grey perde o controle e transforma-se na Fênix Negra.
A nova criatura derrotou facilmente os X-men e foi para o espaço alimentar-se. Sua fome de poder era tão grande que ela sugaria a energia de uma estrela. Byrne achou que devorar uma estrela não teria tanto impacto se nas proximidades não tivesse um planeta habitado. Assim, ele retratou um planeta seres inteligentes sendo destruído no processo.
A idéia dos autores para a continuação dessa trama era simples: Fênix voltava para a Terra, derrotava os X-men, mas o Professor Xavier, com a ajuda do lado bom de Jean, acabaria afastando a Fênix Negra e reduzindo os poderes da heroína aos níveis de quando ela se chamava Garota Marvel. Em seguida, a imperatriz Lilandra, do Império Shiar, aparecia e levava os X-men para a Lua, onde eles deveriam combater a Guarda Imperial. Com a vitória da Guarda, Jean passaria por um processo no qual perderia todos os seus poderes e sairia do grupo. Com isso, o problema dos super-poderes da Fênix (que dificultava a elaboração dos roteiros) seria definitivamente resolvido.
Acontece que nesse período a edição que mostrava a Fênix destruindo um planeta habitado caiu nas mãos do editor-chefe da Marvel, Jim Shooter e esse ficou horrorizado. Para ele, não havia a opção final feliz. A personagem tinha que sofrer. Ele exigiu que a personagem fosse enclausurada num asteróide, onde seria torturada por toda a eternidade. Claremont e Byrne, ao ouvir essa exigência, disseram: Por que não a matamos de uma vez? E foi isso que fizeram. A edição, que já estava pronta, foi retrabalhada para que a Fênix acabasse se suicidando para evitar se transformar novamente na Fênix Negra.
A morte da personagem causou uma comoção sem tamanho entre os fãs. Nunca tinha acontecido de uma personagem importante, em plena ascensão, morrer nos gibis de super-heróis. A edição com a morte esgotou rapidamente e, a partir daí o título começaria seu caminho para se tornar o mais vendido do mercado.
sábado, junho 13, 2009
Muvuca, sempre a muvuca
Já começou, de novo, a muvuca do bairro do Congós. Música alta e bebidas alcóolicas. Ontem estava vendo a entrevista com um fiscal da prefeitura dizendo que é proibida a venda de bebidas alcóolicas em logradoros públicos. Tava na hora deles fazerem uma visita à Arena do Congós...
Jornada
Fomos assistir ao novo Jornada. Não é uma obra-prima, mas salvou a franquia. É empolgante, respeita a série original, dá uma explicação convincente para um recomeço. Só faltou um pouquinho de filosofia. O que? Matrix também era de ação e tinha muita filosofia.
Quanto aos atores: O Spock e o Kirk estão ótimos. Uhura e McCoy estão bons. Os outros ainda precisam se acostumar melhor com os personagens.
sexta-feira, junho 12, 2009
Veja aqui uma relação das melhores capas de livros. Interessante, mas, claro, subjetiva, como toda lista. Mas vale uma olhada.
quinta-feira, junho 11, 2009
A revista Você SA publicou uma interessante matéria sobre o uso do Twitter no trabalho. Vale a leitura.
Esquadrão classe A
Eu acho que nunca falei aqui sobre o Esquadrão Classe A. Sempre que ia falar, aparecia alguma outra coisa e eu esquecia. Depois de Logan´s run, esse era meu seriado favorito. Era a história de militares que foram acusados por um crime que não cometeram e são perseguidos. Em meio às perseguições, eles encontram tempo para ajudar uma pessoa em necessidade. O padrão dos episódios era até mais ou menos rígido: fugindo dos militares, eles chegam a um local onde pessoas estão sendo exploradas ou ameaçadas e conseguem reverter a situação, terminando com um final feliz. Para vencer eles contavam com a força e a invetividade de BA (que sempre criava um tipo de arma bizarra, como um canhão que lança repolhos), a maluquice do Murdock, a sedução do Cara-de-pau e, principalmente, a estratégia de Aníbal.
Uma variação eram os episódios que começavam com uma cena aparentemente sem sentido, como de um vendedor de cachorro-quente conversando com uma pessoa aturdida por ter marcado com o Esquadrão, mas não encontrá-los. Os fãs logo percebiam que o vendedor de cachorro quente era ninguém mais que Aníbal, que fazia isso para descobrir se a pessoa não era um espião do exército.
Esse seriado fez muito sucesso no SBT no início dos anos 1980. Todo mundo da escola assistia... e cada um se identificava com um personagem. Tinha sempre o palhaço da turma, que se identificava com o Murdock. Tinha o cara que fazia sucesso com as meninas, e que gostava, claro, do Cara-de-Pau. Tinha os fortões, que se espelhavam no B.A. (eu costumava ficar longe desses). Eu sempre me identifiquei com o Aníbal e suas estratégias mirabolantes. Sempre achei que nenhuma das qualidades dos outros personagens valeria alguma coisa sem a estratégia de Aníbal.
Agora, o Esquadrão Classe A vai virar filme, com Lian Neeson no papel de Aníbal. Um bom ator para um bom personagem.
Tem capítulo novo no blog do Galeão. Confira. Para quem não sabe o que é Galeão, vai uma sinopse:
Galeão é uma obra de fantasia histórica que se passa em algum lugar do Atlântico, no século XVII. Depois de uma noite de terror, em que algo terrível acontece, os sobreviventes descobrem que estão em um navio que não pode ser governado e repleto de mistérios. A comida está sumindo, alguém está cometendo assassinatos, uma mulher é violentada e o tesouro do capitão parece ter alguma relação com todo o tormento pelo qual estão passando.
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