quarta-feira, fevereiro 28, 2007


Ontem à noite terminei de assistir o último capítulo da série Anos Incríveis. Eu tinha comprado a coleção completa, mas fui assistindo homeopaticamente, degustando cada episódio. A série toda é muito boa, mas o último episódio é... basta dizer que fechou com chave de ouro. O texto final é ótimo:


"Crescer acontece num piscar de olhos. Um dia você está de fraldas, no outro você já se foi. Mas as lembranças da infância ficam com você a longo prazo. Me lembro de um lugar... uma cidade... uma casa como muitas outras casas... um quintal como muitos outros quintais... numa rua como muitas outras ruas. E o negócio é que... depois de todos esses anos, eu ainda olho pra trás... maravilhado." (tradução de Juliano Maesano , que escreveu um ótimo artigo sobre a série no Digestivo Cultural)


As razões para gostar de Anos Incríveis são muitas: as ótimas atuações, o fato de acompanharmos o desenvolvimento de um garoto, dos 12 aos 18 anos, os ótimos textos e ótimos diálogos. Vendo esse episódio, cheguei à conclusão de que foi assistindo Anos Incríveis que eu finalmente aprendi a escrever diálogos. Diálogos absolutamente naturais, como se estivéssemos flagrando pessoas normais conversando. E até o texto parece da série parece ter alguma ressonância nos textos de quadrinhos que eu escrevia na época.

O novo filme da Turma da Mônica, Uma aventura no tempo, está estourando nas bilheterias, batendo inclusive filmes oscarizados. A informação é do Universo HQ.

Uma boa propaganda deve unir uma boa idéia com uma boa realização. Tenho visto inúmeros exemplos em que ocorre o desastre por falta de um ou de outro. Uma propaganda sem uma idéia-base vira um amontoado de informações sem sentido, aquilo que costumamos chamar de propaganda poluída. Por outro lado, uma boa idéia sem uma boa realização fica incompreensível. Exemplo disso é um outdoor do Detran exibido na cidade de Macapá. O outdoor mostra um garotinho fazendo sinal de OK e, ao lado dele, o texto "Sai para beber e fez vira-vira com os amigos". A primeira vez que vi, tive a impressão de que era um incentivo à bebedeira. Depois de observar o outdoor com muita atenção, consegui ver, no cantinho, um carro virado, como se fosse uma placa de trânsito. Percebi que a idéia tinha sido interessante: fazer um trocadilho do vira-vira do copo de cerveja com o ato de virar o carro. Mas só quem estiver muito interessado percebe o carrinho no cantinho do anúncio. E para quem não vê esse detalhe, passa a mensagem de que o Detran incentiva os motoristas a beberem...

Programação de cinema

CINE SHOPPING MACAPÁ
sala 1:ROCKY BALBOA sessões:16:30-19-21:20H
sala 2: O MAR NÃO ESTÁ PRÁ PEIXE às 17:10H ; O AMOR NÃO TIRA FÉRIAS ás 19H e DÈ JÁVU às 21:25HCINE
SANTANA
sala 1: XUXA GÊRMEAS às 17:10H e UMA NOITE NO MUSEU às 19 e 21:20H
sala 2: A MENINA E O PORQUINHO às 16:55H e DIAMANTE DE SANGUE às 18:55 e 21:25H

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Psicopatas: vidas de mentira


A principal característica de um psicopata é a mentira. Todas as pessoas mentem, em uma situação ou outra, mas os psicopatas mentem o tempo todo, às vezes só pelo prazer de mentir, sem ganhar nada em troca, e é comum que eles mesmos acreditem em suas próprias mentiras. As mentiras são aliadas a uma grande capacidade de convencimento. Eles são capazes de dizer que já saltaram de para-quedas para logo em seguida dizer que nunca andaram de avião e ainda assim convencerem os interlocutores.
Eles não só se contentam em dizer que são neurocirurgiões ou advogados. Eles usam e abusam dos termos técnicos das profissões que fingem ter.
Alessandro Marques Gonçalves fingia que era médico e, forjando documentos, conseguiu empregos em três grandes hospitais de São Paulo. Quando foi descoberto, em 2006, já havia aleijado 23 pessoas e é suspeito da morte de 3. "Ele usa termos técnicos e fala com toda a naturalidade. Realmente parece um médico", disse o delegado que o prendeu.
Marcelo Nascimento Rocha fingiu ser filho da companhia aérea Gol e enganou diretores de novelas, atrizes, repórteres. Dono de muita lábia e simpatia, ninguém jamais desconfiou que ele não fosse quem dizia ser.
A professora carioca Ana (nome fictício) conheceu um rapaz que parecia ser o sonho de toda mulher: era bonito, atencioso e dizia ser diretor de uma multinacional, por isso vivia viajando para os EUA e Europa. "Em 5 meses a gente estava quase se casando, então a mãe dele revelou que era tudo mentira, que o filho dela enganava as pessoas desde criança. Depois que descobri as mentiras que ele me contou, passei um tempo me perguntando como tinha sido tão burra para acreditar naquilo.".
Ted Bundy costumava fingir que estava com o braço engessado e pedia ajuda de suas vítimas para levar livros até seu carro. Quando elas estavam sem ter como reagir, ele as atacava. Aparentemente nenhuma vítima jamais desconfiou que ele estava fingindo.
Além da incrível capacidade para mentir (ou incapacidade para dizer a verdade), os psicopatas são envolvidos por uma aura de simpatia e magnetismo.
Mesmo tendo matado e mutilado dezenas de mulheres, Ted Bundy tinha um fã clube que protestava contra seu julgamento e, na prisão, acabou se casando com uma fã.
Essa máscara de sociabilidade é criada para torná-los pouco suspeitos. Seu charme faz com que eles se saiam bem em entrevistas de emprego e acredita-se que o, acabou se casando com uma feu julgamento e, na pris cndy tinha um fpsicopatas shaja muitos psicopatas espalhados em profissões como políticos, altos executivos e policiais.
Ted Bundy era um político respeitado e muitos acreditavam que ele seria candidato ao governo da Califórnia, antes de serem descobertos seus crimes.
John Wayne Gacy Júnior era membro do conselho católico inter-clubes, membro da defesa civil de Ilinois, capitão comandante da defesa civil de Chicago, membro da Sociedade dos Nomes Santos, Homem do Ano, presidente do Jaycees (sociedade beneficente), tesoureiro do partido democrata. Quando a primeira dama Rosalind Carter visitou a cidade de Chicago, fez questão de tirar fotos com ele. Todas as pessoas que o conheciam estavam certos de que ele seria candidato a algum cargo pelo partido Democrata. Além disso, Gacy Júnior costumava vestir-se de palhaço para alegrar crianças em hospitais. O tipo de homem que qualquer mãe deixaria cuidando de seu filho... até encontrarem seu porão cheio de corpos de garotos.
Esse verniz de civilidade faz com que constantemente as autoridades estejam muito perto de prendê-los, mas não o façam, mesmo depois de interrogá-los. O psicopata parece alguém acima de qualquer suspeita.
O charme e a capacidade de mentir despudoradamente faz com que eles conquistem a confiança de chefes, que demitem aqueles que atrapalham a ascensão profissional do psicopata.
Exemplo disso é Dave, um executivo de uma empresa de tecnologia. Logo na primeira semana de trabalho, o chefe notou que ele gastava mais tempo fazendo picuinhas entre funcionários do que trabalhando. Além disso, ele plagiava descaradamente relatórios de colegas. Quando o chefe recomendou sua demissão, Dave foi reclamar na Diretoria e acabou conseguindo a demissão do chefe. Com sua lábia, ele passou dois anos no emprego antes de descobrirem os que ele estava causando um enorme rombo na empresa.
O psicólogo Paul Babiak, autor do livro Snakes in suits - when psychopaths go to work (cobra de terno - quando os psicopatas vão trabalhar) diz que muitas grandes empresas têm em seu quadro de funcionários psicopatas: "O poder e o controle sobre os outros tornam grandes empresas atraentes para psicopatas".

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

O primeiro-ministro inglês declarou que vai começar a tirar as tropas do Iraque. Essa declaração soa como: “Vamos cair fora antes que a coisa exploda!”, mas Bush interpretou de uma maneira que só ele consegue. Para o cowboy presidente, os ingleses estão saindo porque já cumpriram sua parte na guerra. Enquanto isso, o Iraque vive o seu momento de maior violência desde o início da invasão...
O filme Zuzu Angel mostra bem o que é, na minha opinião, o período do negro da Ditadura Militar: a época em que toda resistência armada contra o regime havia sido eliminada e os carrascos, a tigrada, como diz Hélio Gápari, voltou-se para o cidadão comum. A partir desse momento, qualquer um poderia ser alvo da fúria dos militares: o dono de uma banca de jornais que vendia jornais de oposição, o presidente da OAB, artistas... Zuzu Angel e Herzog foram os grandes mártires dessa época que deixou como resultado uma paranóia doentia na sociedade brasileira.

Assistimos Zuzu Angel (Sérgio Resende, 2006). O filme conta a história da estilista brasileira, famosa nos EUA, que teve um filho preso, torturado e morto pela Ditadura Militar. A partir de então, empreendeu todos os esforços para tentar achar o filho do corpo e depois, quando ficou claro que nem o corpo existia mais, denunciar o ocorrido. É um filme que poderia cair facilmente no dramalhão, algo como foi Olga, mas foi salvo pelo ótimo roteiro e pela direção inspirada. Os personagens são muito bem trabalhados, como ótimas interpretações de Patrícia Pillar no papel título e Daniel de Oliveira como o filho. Um recurso narrativo interessante foi contar a história através de flash-backs. Zuzu recebe a confissão de um dos torturadores que mataram seu filho e está fugindo dos militares, na tentativa de passar os documentos para a Anistia Internacional. E o restante da história é contado com flash backs sobre flash backs, de forma não-linear. Um filme soberbo. Destaque também para a ótima abertura com fotos da época e a pungente música: “Dê um rolê”. Recomendo.


DÊ UM ROLÊ (Morais/Galvão)


Não se assuste, pessoa

Se eu lhe disser que a vida é boa

Enquanto eles se batem

Dê um rolê e você vai ouvir

Apenas quem já dizia:

Eu não tenho nada

Antes de você ser, eu sou

Eu sou Eu sou o amor da cabeça aos pés

É só te beijando o rosto

De quem dá valor

Pra quem vale mais um gosto

Do que cem mil réis

Eu sou, Eu sou, Eu sou o amor da cabeça aos pés

Pequeno guia de leitura de blogs


Muita gente que visita blogs não sabe exatamente como eles funcionam e acabam aproveitando pouco seu conteúdo. O que tenho percebido como principal problema, é a hipertextualidade que acaba escapando de muitos. Os blogs oferecem diversas oportunidades de hipertexto, especialmente se forem hospedado em bons provedores como o blogspot. Através dele, é possível pular para outra página e aprofundar o assunto.
A maneira mais óbvia de fazer isso é usar o Leia mais. Ou o clique aqui. Mas também é possível colocar links no meio do texto, sem quebrar a seqüência, como em: Um site americano publicou imagens de quadros famosos adaptados a super-heróis.
Confesso que, no meio do texto, costumo colocar certas mensagens escondidas em links no meio do texto. Assim, se você passar o mouse e ver uma mãozinha, siga a mãozinha. Pode ter uma boa surpresa do outro lado.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

InterNey Blogs estréia como primeiro portal profissional de blogs brasileiros

Entra no ar no dia 22 de fevereiro o InterNey Blogs, portal que reúne weblogs de todo o Brasil oferecendo possibilidade de remuneração a seus autores
Estréia na próxima quinta-feira, dia 22 de fevereiro, o InterNey Blogs (www.interney.net/blogs) , portal de weblogs brasileiros hospedado no InterNey.Net. O InterNey Blogs (IB) abrigará, em sua estréia, 21 blogs de autores de diferentes regiões do Brasil. Trata-se do primeiro portal brasileiro de blogs profissional, que oferecerá aos seus autores a possibilidade de remuneração.
A iniciativa do InterNey Blogs é do empresário e analista de sistemas Edney Souza, que desenvolveu para o InterNey.Net um inovador sistema de otimização para mecanismos de buscas: "Minha primeira preocupação com o InterNey Blogs foi permitir que todos tivessem liberdade para fazer seu blog da maneira que bem entendessem. Escrever sobre o que quiser, quando quiser, como quiser, no layout que quiser", diz Edney. "A segunda foi organizar esse material coletivo de forma que ele pudesse ser divulgado e monetizado, agregando valor e audiência para todos".
Segundo Edney, o IB deverá repetir os conceitos que deram certo em seu próprio blog, o InterNey. "Eu já conheço os anunciantes que pagam bem, que tipo de anúncio as pessoas mais clicam, as melhores posições para se colocar esses anúncios, as palavras e assuntos que geram audiência e cliques", afirma. O sistema de anúncios criado pelo empresário analisa o texto da página e identifica palavras com potencial comercial. Com base nessas palavras, ele gera anúncios automaticamente. "A idéia é converter audiência em remuneração. O lucro do portal será repartido em proporção à audiência que cada blog gerar", diz.
Para formar o time inicial de blogueiros, Edney Souza convidou o jornalista, publicitário e blogueiro Alexandre Inagaki, criador e editor do conhecido blog Pensar Enlouquece, Pense Nisso ( www.pensarenlouquece.com), finalista do Prêmio iBest (http://www.premioibest.com.br/) por três anos consecutivos e eleito um dos três melhores weblogs em português pelo prêmio internacional The BOBs ( http://www.thebobs.com/) em 2006: "Para a seleção dos participantes procurei reunir alguns dos blogueiros mais conhecidos do país e jornalistas de vários veículos e lugares do Brasil, a fim de dar ao portal a credibilidade que ainda não é devidamente creditada à ferramenta blog. O resultado é uma seleção bastante variada".
O InterNey Blogs hospedará, além do Pensar Enlouquece, Pense Nisso, outros conhecidos blogs brasileiros, como Ao Mirante, Nelson!, de Nelson Moraes, de Goiânia (GO), Uma Dama não Comenta , de Gabi Cavalcante, do Rio de Janeiro (RJ), Filmes do Chico, de Chico Fireman, de Salvador (BA), e o blog coletivo Virunduns, que compila os erros mais comuns cometidos pelos cantores de plantão, como "trocando de biquíni sem parar", "Scubidu dos sete mares" e "Alagados, Flinstones, favela do Avaré". O IB também convidou para escrever blogs jornalistas como Ricardo Schott, da revista Bizz; Carol Costa, da TV Record; Dalila Góes, do Correio Braziliense; André Rosa de Oliveira, da Gazeta Esportiva; e Alexandre Carvalho, da revista Paisà, entre outros.
Para Inagaki, o "jornalismo de blog" ganha em relação ao "jornalismo de web" praticado na maioria dos portais porque é mais ágil, possui linguagem mais informal e interação maior com os leitores. Inagaki também ressalta a liberdade que os blogueiros possuem de emitir suas próprias opiniões, desvencilhados de obrigações como deadlines, limitação de caracteres ou pautas pré-estabelecidas. No InterNey Blogs, os autores terão total liberdade de criação – do conteúdo, à forma até a periodicidade. Sua principal missão, além da manutenção do seu blog, será de divulgar o seu espaço.
"Fiz um grande investimento em infra-estrutura e trabalho com desenvolvimento de sistema há mais de 15 anos. Os participantes do portal são escritores de talento. Obtive muito sucesso divulgando o InterNey.Net, mas sempre tive carência de conteúdo. E muita gente que escreve muito bem não teve sucesso em divulgar seu blog. A proposta do InterNey Blogs é essa: dar maior visibilidade a bons textos e um novo status à blogosfera brasileira", finaliza Edney Souza.

Relação de blogs participantes:
Ao Mirante, Nelson! - Nelson Moraes (Goiânia/GO)
Bar do Edney - Edney Souza (São Paulo/SP)
BloGóes - Dalila Góes (Brasília/DF)
Cintaliga - Luciana Rayol (Belém/PA) & Patrícia Köhler (São Paulo/SP)
Uma Dama Não Comenta - Gabriela Cavalcante (Rio de Janeiro/RJ)
Discoteca Básica - Ricardo Schott (Rio de Janeiro/RJ)
Eclipse - Marcele Fernandes & marido (Rio de Janeiro/SP)
Enloucrescendo - José Teixeira Câmara (Embu das Artes/SP)
Filmes do Chico – Chico Fireman (Salvador/BA)
Guindaste - Carolina Cesar Costa (São Paulo/SP)
Guloseima - Luciana Mastrorosa (São Paulo/SP)
Hedonismos - Marcos Donizetti de Almeida (Embu das Artes/SP)
Jornalista de Merda - André Pugliesi (Curitiba/PR)
Loser - Pedro Ivo Resende (São Paulo/SP)
Marmota, Mais dos Mesmos - André Rosa de Oliveira (São Paulo/SP)
MetaPub – Blog coletivo
Na Minha Rolleiflex - Alexandre Carvalho dos Santos (São Paulo/SP)
Pandorga - Ricardo Sabbag Zipperer (Curitiba/PR)
Pensar Enlouquece, Pense Nisso - Alexandre Inagaki (São Paulo/SP)
Tudo Vai Ser Diferente - Suzi Hong (São Paulo/SP)
Virunduns – Blog coletivo

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Fomos assistir A Banda. Ficamos na sacada da casa de um amigo na Feliciano Coelho. Nunca tínhamos visto. Como é o maior bloco de sujos do Brasil, seria uma vergonha sair de Macapá sem conhecer. Até que foi interessante, uma manifestação cultural autêntica... mas o que mais me impressionou foi a quantidade de gente. Tinha pelo menos 100 mil pessoas, metade da população de Macapá. Se considerarmos as pessoas que estavam em suas casas, só assistindo, acho que o evento contava com 75 % da população da cidade. Impressionante!

Três dicas do Blog dos Quedrinhos para quem prefere ler no Carnaval


Três sugestões rápidas para quem prefere aproveitar o feriado para ler (bons) quadrinhos. Todos os títulos foram lançados neste mês.
- "Ken Parker – Os Garotos de Donovan", com argumento de Giancarlo Berardi, roteiro de Maurizio Mantero e desenhos de Carlo Ambrosini (capa ao lado); a edição, de número 59, é o último volume da coleção publicada pela editora Tapejara;
- "Aldebaran – A Expedição", com texto e desenhos do brasileiro Leo; este quarto volume, lançado na semana passada pela Panini, continua a saga de Aldebaran, agora sob os olhos da protagonista Kim (que cresceu, e como);
- "Brichos", com textos de Paulo Munhoz e Érico Beduschi e arte de Antonio Eder; mostra a história dos personagens do desenho animado homônimo, ainda em cartaz nos cinemas; a edição, de capa dura, traz uma inteligente trama voltada para o público infantil.

Programação de cinema


CINE SHOPPING MACAPÁ
sala 1: DEJA VU às 19 e 21:20H e O MAR NÃO ESTÁ PRÁ PEIXE às 17:10H
sala 2:O AMOR NÃO TIRA FÉRIAS às 16:15 - 19 - 21:30H
CINE SANTANA
sala 1 : UMA NOITE NO MUSEU às 19 e 21:20H e XUXA GÊMEAS às 17:10H
sala 2: A MENINA E O PORQUINHO às 16:55 e DIAMANTE DE SANGUE ÀS 18:55 e 21:25H

domingo, fevereiro 18, 2007

Música de domingo


Pequeno Dicionário do Amor (Brega'n'bass do Amor)
Marco André


O amor flagela,o amor migalha,o amor congela,o amor navalha.

O amor desarma,o amor guerreia,o amor corre nas veias,o amor joga na vala.

O amor semeia,o amor desmata,o amor permeia,o amor te mata.

O amor é sacrilégio,o amor não tem colégio,o amor te sacaneia,o amor te desampara.

O amor, de amor austero,amor de amor perfeitinho,é amor de amor sem destino,é amor de amor sem elo.

O amor, de amor imperfeito,amor de amor paralelo,é amor de amor no peito,amor de muito carinho.

O amor supera o sonho,o amor, sonhando, embarca,o amor chuta a canela,o amor dá de trivela,o amor é farofeiro,o amor é magnata.

O amor come poeira,o amor rompe o silêncio,o amor é conseqüência,o amor é contra-senso.

O amor é indefeso,o amor sucumbe ileso,o amor começa e pára,o amor sobe à cabeça,o amor desce a porrada.

O amor, de amor austero, amor de amor perfeitinho, é amor de amor sem destino,é amor de amor sem elo.

O amor, de amor imperfeito, amor de amor paralelo,é amor de amor no peito,amor de muito carinho.

O amor é lindo,o amor é love, o amor é índio,o amor é rock.

O amor é black,o amor é blue, o amor é vinho,o amor é cool.

O amor é leveo amor é trash,o amor é sério,o amor é riso.

O amor é paraíso,o amor é infernal,o amor é impreciso,o amor é pontual.

O amor é night,o amor é dia, o amor noite, o amor é fria.

O amor é loucura,o amor é tesão,o amor é fissura,o amor é solidão.

O amor é luta livre,o amor é ioga,o amor tem sinusite,o amor advoga.

O amor é bicha,o amor é machista, o amor é futurista, o amor não marca hora.

O amor, de amor austero,amor de amor perfeitinho, é amor de amor sem destino,

é amor de amor sem elo.

O amor, de amor imperfeito,amor de amor paralelo, é amor de amor no peito,amor de muito carinho.
Recebi por e-mail e achei interessante compartilhar

DOMINIO PUBLICO
Convoco todos a lutar para impedirmos um desastre.Imaginem um lugar onde se pode ler gratuitamente, as obras de Machado deAssis, ou *A Divina Comédia *, ou ter acesso às melhores historinhasinfantis de todos os tempos. Um lugar que lhe mostrasse as grandes pinturasde Leonardo Da Vinci. Onde você pudesses escutar músicas em MP3 de altaqualidade. Pois esse lugar existe! O Ministério da Educação disponibilizatudo isso. Basta acessar o site: www.dominiopublico. gov.brSó de literatura portuguesa são 732 obras! Estamos em vias de perder tudoisso, pois vão desativar o projeto por desuso, já que o número de acesso émuito pequeno. Vamos tentar reverter este absurdo, divulgando e incentivandoamigos, parentes e conhecidos, a utilizarem essa fantástica ferramenta dedisseminação da cultura e do gosto pela leitura. Divulgue para o máximo depessoas, por favor.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

O caso do filho do encadernador


Li O caso do filho do encadernador, autobiografia de Marcos Rey (editora Atual). Li em tempo recorde, como costuma acostecer com texto desse autor paulista. Mas houve uma razão a mais: uma gripe, com garganta inflamada, que me convidava a ficar sentado em uma cadeira espreguiçadeira ou deitado em uma rede.
Marcos Rey é meu escritor brasileiro predileto, depois de Monteiro Lobato, e é muito interessante perceber como as suas vivências serviram de inspiração para os livros infantis. O juvenil O mistério do cinco estrelas, por exemplo, surgiu da admiração que o autor sentia pelos grandes hotéis cariocas e pela convivência com seus funcionários, numa hospedaria.
Interessante também perceber uma coincidência: nós dois consideramos seu melhor romance O último mamífero do Martinelli, no qual um refugiado político esconde-se em um abandonado edíficio paulista no período da ditadura militar (aqui neste blog há uma resenha desse livro, procurem aí, crianças!).
Algumas citações:
“O amor pelos quadrinhos tinha algo a ver com o que senti pelo atlas. Eles me levavam a regiões desconhecidas: florestas habitadas por feras perigosas, pantanais traiçoeiros, desertos percorridos por tribos sanguinárias, geleiras ameaçadoras, territórios vulcânicos eternamente em chamas, mares bravios, tragando embarcações e também Chicago com seus gangsteres empunhando metralhadoras”.
“Descobrir um grande escritor é sempre um estímulo para quem se inicia no ofício, e por Edgar Allan Poe nenhum aprendiz passa indiferente. E, se passar, jamais chegará a lugar algum”.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

O caso do assassinato brutal do menino João Hélio faz por um lado, surgir uma grande revolta. A mãe implorou duas vezes para que a deixassem tirar o menino do carro, ao que o bandido retrucou: “Não, sua vagabunda, anda logo!!”. O menino foi arrastado por sete quilômetros. Quando um carro emparelhou com eles e perguntouo que era aquilo que estava sendo arrastado, um dos bandidos respondeu: “É um boneco de Judas!”.
Mas, junto com a indignação, surgem os deterministas sociais, dizendo: “Eles são só fruto do meio. Viraram bandidos por que viveram entre bandidos, coitados”. E tocá-lhe fazer passeatas pela paz, que provocam risadas por parte dos bandidos e aumentam o descaso do governo.
A ciência há muito tempo tem demonstrado que não existe determinismo social ou genético. Ninguém é condenado a virar bandido por viver em uma ambiente de criminalidade ou por ser filho de bandido. A possibilidade de escolha é real. Achar diferente seria uma ofensa aos milhões de pessoas que vivem em condições semelhantes e nem por isso viram bandidos.
As novas teorias e descobertas, como a teoria da complexidade, nos mostram que somos livres para escolher nossos caminhos, mas também somos responsáveis por nossas escolhas. Ninguém escolhe por nós.
Quem faz o que esses bandidos fizeram já chegou a um nível de total desprezo pela vida humana, um nível de psicopatia que dificilmente tem volta. São pessoas que matariam a própria mãe sem pestanejar. Se soltos, voltarão a matar quem se colocar entre eles e seus objetivos. Alguns inclusive voltarão a matar por prazer, incapazes de sentir remorso.
É o que acontecerá, provavelmente ao menor de idade. Ficará preso até completar 18 anos, depois se verá solto para voltar a matar. Um psicopata em potecial.
Se por um lado é importante medidas sociais que melhorem a vida dessa população em situação de risco, por outro lado, é necessária uma melhoria urgente do sistema prisional e uma modificação nas leis, de modo que se possa manter presos aqueles são perigos reais para a sociedade.
Se algo não for feito, em pouco tempo casos como esse se tornarão tão banais quanto as mortes por bala perdida, que nem são mais noticiadas pelos jornais.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007




Charges publicadas no Blog Caneta sem Fronteira, do publicitário Walter Jr. A morte morte do menino João Hélio chocou todos nós e mais chocante ainda é perceber que nunca parece ser o fundo do poço. Sempre parece haver um ponto mais abaixo para a barbárie humana e para a incompetência do Estado em manter a segurança dos cidadãos comuns. É numa hora dessas que a gente se pergunta: para que Estado? Para que as pessoas pagam tanto imposto? Quando o Estado vai finalmente tomar uma atitude.
Uma nova rádio está operando em caráter experimental em Macapá (a Fort Fm 99,9) e o assunto na cidade é a ótima seleção de músicas. Depois de meses, liguei o rádio para ouvir e gostei muito. Paralamas do Sucesso, Maria Rita, Rita Lee, Roberto Carlos... no tempo em que ouvi não repetiu uma única música. Mas todos sabem que isso vai durar pouco. Assim que a rádio começar a operar comercialmente, vai começar a ter os mesmos defeitos das outras: vai tocar no máximo 20 músicas, que são as mesmas que tocam em todas as emissora, os locutores não vão se conter e vão passar a maior parte do tempo falando sobre as músicas... e aí eu vou voltar a ouvir MP3. Seja no pen-drive, no notebook ou no som do carro, eu posso ouvir MP3 durante dias seguidos só com músicas selecionadas e sem voltar a ouvir uma só faixa.
É o MP3 que vai decretar a morte das rádios que estão aí. Por que passar horas ouvindo bobagem para conseguir ouvir uma música que preste se você pode colocar 200 músicas num só CD?
O mesmo vai acontecer com a TV. A matéria de capa da revista Superinteressante é sobre como o seriado Lost está decretando o fim da TV convencional (assunto que eu já tinha antecipado num texto aqui neste blog). Para exemplificar: na Internet já se pode conseguir episódios da terceira temporada de Lost. Enquanto isso a Globo ainda está passando (no pior horário possível) os primeiros episódios da velha segunda temporada. Chego a achar graça quando as chamadas da Globo falam em mistérios e novidades que todo mundo que curte o seriado já conhece há muito tempo. Dentro de alguns meses, já vai ser possível encontrar nas locadoras a terceira temporada inteira.
Em suma: as rádios e televisões convencionais estão com os dias contados. Chegamos à era em que o receptor pode fazer sua própria programação.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007


A jornalista Alcinea Cavalcante teve que passar uma tarde nas dependências da Polícia Federal, onde foi indiciada por causa de um comentário de um leitor, que dizia que certo político do Amapá fede. A Polícia Federal, aparentemente, não tem muito o que fazer no Amapá e anda muito preocupada com o uso ou não de perfumes por parte de políticos.
Quem mora em estados democráticos não tem idéia de como funciona a democracia no Amapá. Sabe-se, por exemplo, que o Dono do Amapá mandou proibir a exibição do desenho animado Os Simpsons por achar que um dos personagens era uma alusão a ele.
Depois dizem que sou pessimista quando digo que o progresso da sociedade tem sido o progresso das formas repressivas, mascaradas em uma suposta democracia, que deixa de sê-lo quando estão em jogo os interesses dos poderosos.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

É impressionante. Ano passado nós nos inscrevemos no pacote Internet Sem Limite (nome fantasia do pacote Internet Não Existe) da Telemar/Oi Internet. No começo o serviço era muito bom. A gente tinha que esperar alguns minutos para conectar, especialmente no horário de pico, mas não passava disso: minutos. Então, com o tempo, os minutos se tornaram horas. A gente ligava o computador, ia fazer outra coisa e deixava conectando. Quando parava de fazer barulho, a gente ia mexer na net. Em alguns horários, como de manhã bem cedo, era possível conectar em questões de minutos. Agora, nem isso. Hoje acordei seis da manhã e coloquei para conectar. Quando deu oito horas, desisti. E pensar que pago R$ 39,90 por esse plano Internet Não Existe. O pior é que todas as conexões discadas passam pela Telemar e os meus amigos que têm UOL fazem a mesma reclamação. Ah, uma concorrência faria bem, não é mesmo?

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Psicopatas: uma mente perversa


Você provavelmente não sabe, mas conhece pelo menos um psicopata. Especialistas acreditam que até 3% da população pode ser composta de pessoas com esse tipo de transtorno de personalidade. Isso significa que a cada trinta pessoas, uma é psicopata. E, o mais importante: é aquele que você menos desconfia.
A maioria das pessoas quando pensa num psicopata, pensa num louco assassino, de cabelos despenteados e cara de mau. Alguém de quem você certamente fugiria se encontrasse numa rua deserta à noite. As ilustrações de Jack, o estripador, refletem essa idéia. Ele geralmente é mostrado com os olhos esbugalhados, a boca distoricida, uma faca na mão e outra contraída em esgar de raiva e ódio. Na verdade, no caso de Jack e da grande maioria dos psicopatas, essa imagem é a mais distante possível da realidade. As prostitutas que foram vítimas de Jack sabiam dos outros assassinatos e não deixariam se aproximar qualquer pessoa suspeita. Além disso, a situação em que ocorreu os crimes demonstra que as vítimas confiavam no assassino. Uma delas até comeu uvas oferecidas por ele.
Quando a canadense Leslie Mahaffy chegou em casa depois de uma festa e descobriu que os pais tinham deixado a porta fechada, achou que estava com sorte ao encontrar um rapaz de boa aparência e educado, que se ofereceu para ajudá-la. Ela foi com ele até sua casa, onde acabou trancafiada e serviu de escrava sexual durante duas semanas antes de ser morta, esquartejada e colocada em blocos que concretos que seriam jogados em um lago.
A literatura criminal mostra que psicopatas são pessoas simpáticas, acima de qualquer suspeita, pois sabem que se revelarem sua verdadeira face, serão presos imediatamente. Assim, adotam uma máscara social.
A grande maioria dos psicopatas nunca vai matar, mas viverá de enganar e destruir a vida de outras pessoas. "Eles andam pela sociedade como predadores sociais, rachando famílias, se aproveitando de pessoas vulneráveis e deixando carteiras vazias por onde passam", diz o psicólogo canadense Robert Hare, uma das maiores autoridades mundiais no assunto.
Hare começou a se interessar pelo tema quando, recém-formado, arranjou um emprego no presídio de Vancouver. Sua função era atender presos com problemas psicológicos e montar perfis psicológicos para pedidos de condicional. Lá ele conheceu um preso chamado Ray. Era simpático, contava histórias envolventes e tinha um sorriso e que fazia qualquer um confiar nele. E o psicólogo confiou. Certo de que o preso estava dedicado a ter uma vida correta, ele o ajudou a passar para serviços melhores dentro da prisão, como a cozinha. Os dois ficaram amigos, até que Hare descobriu que Ray usava a cozinha para produzir bebidas alcoólicas e vender aos colegas. Os funcionários do presídio alertaram o psicólogo para o fato de que ele não foi o único a cair no golpe. Pouco tempo depois, o psicólogo viu a verdadeira face do psicopata: o gente boa Ray sabotou os freios de seu carro, o que quase provocou sua morte.
A maioria dos criminosos demonstra uma preocupação responsável por seus amigos e parentes. Os psicopatas não se importam com ninguém e não criam laços afetivos.
Henry Lee Lucas confessou que aos 13 anos estrangulou uma mulher que se recusou a fazer sexo com ele. Nos 32 anos seguintes, ele sufocou, apunhalou, baleou ou mutilou cerca de 360 pessoas, entre mulheres, homens e crianças. Nos últimos seis anos de seu reinado de terror ele se aliou a outro psicopata, Elwood Toole, que matou cerca de 50 pessoas que achava que não mereciam viver. Tudo acabou quando Lucas apunhalou e esquartejou a mulher de 15 com quem vivia, sobrinha de Toole.
Donald S. apresentava características desse distúrbio de personalidade desde muito jovem. Na escola, seu comportamento perto de um professor, ou de outra autoridade, era exemplar, mas quando estava longe dos olhos dos adultos, arranjava encrencas para si ou para os outros. Embora continuamente se suspeitasse que fosse ele, sua personalidade carismática fazia com que ele conseguisse se livrar facilmente das acusações. Quando criança, seu comportamento real incluía a mentira, roubos e mal-tratos a crianças menores.
Quando se tornou adulto, passou a viver bem usando uma combinação de charme, atração física e identidade falsa para se manter. Aos 17 anos, passou a falsificar o nome do pai em cheques e viajou pelo mundo. Aos 22 anos, casou-se com uma mulher de 41e esse passou a ser seu modus operandi: ele se casava, deixava que a mulher o sustentasse por meses e, quando se cansava dela, a abandonava para procurar outra vítima. Donald não sentia remorsos ou se preocupava com a dor de suas vítimas. Ele considerava seu comportamento prático e sensato.
O marechal de campo nazista Hermann Goering tinha vários traços de psicopatas. Buscando estimulação, ele se transformou em piloto de caça. Era impulsionado pela missão de exterminar judeus e comandou a morte de milhões deles nos campos de concentração, sem, no entanto, sentir remorso ou culpa. Apesar desse lado selvagem, a maioria das pessoas o considerava genial, generoso e de boa natureza.
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segunda-feira, fevereiro 05, 2007


O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do PFL, expulsou, aos berros e empurrões, um idoso que estava aguardando atendimento num hospital. Esse é o mesmo prefeito que contou piada sobre o desabamento do metrô... É assim que os políticos brasileiros tratam a população...
O Miguel Delalor, quadrinista paraense, atualmente morando e trabalhando na França, manda dizer que o Leo saiu do Brasil fugindo da ditadura militar e que, aparentemente, participou da resistência ao regime. Obrigado, Miguel! Ah, mande mais detalhes sobre a série de álbuns que você está publicando aí na Europa...
O projeto de lei 6581.2006, de autoria do deputado Simplício Mário, que estabalecia mecanismos de incentivos à produção, publicação e distrição de revistas em quadrinhos nacionais, foi arquivado.

Internet


Incrível! Passamos, eu e meu filho, o final de semana inteiro tentando conectar a internet, nos mais diversos horários. Não conseguimos. Antigamente no início da manhã era até possível conectar, agora, em qualquer horário é impossível. Meu filho, que precisava fazer uma pesquisa para a escola, teve que ir numa lan house...

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Antonio Éder não é só um dos meus melhores amigos. É também um grande desenhista e um quadrinista fantástico. Agora é também cineasta. Leia no Universo HQ sobre o desenho animado e a história em quadrinhos Brichos, que ele está lançando em parceria com o roteirista Paulo Munhoz.
Morreu Sidney Sheldon, o criador da série Jeannie é um Gênio. Leia aqui uma matéria sobre sua morte na qual ele diz que inspirou seu estilo literário nos roteiros para televisão, deixando o leitor sempre no suspense ao final de cada capítulo
Aí está a capa do meu livro. Confesso que gosto muito de escrever para esse público jovem e escrever esse foi muito divertido, pois Robin Hood, eu acabei descobrindo, é um personagem bonachão. A capa ficou bem legal, hein?
Uma coisa interessante em Aldebaran é o contexto político. Como se sabe, o autor, Leo, é brasileiro. Pelas fotos, deve ter pouco mais de 40 anos, o que significa que ele viveu o finalzinho da ditadura militar. Essa experiência reflete na HQ. Aldebaran é dominada por uma ditadura de militares, que se preocupam apenas com interesses próprios. As prisões cheias de presos políticos, as mulheres prisioneiras sendo obrigadas a engravidar para aumentar a população do planeta... tudo isso é resultado das experiências políticas de um autor que vem de um país com pequena tradição democrática, e isso faz com que Aldebaran seja, de certa forma, algo diferente no quadrinho europeu. Embora no final da saga a ditadura seja substituída por uma democracia, esses planetas de terceiro mundo parecem estar destinados a regimes autoritários, tanto que em Betelgeuse, o próximo planeta colonizado pelos humanos, já começa a se esboçar um regime ditatorial. Na maioria dos quadrinhos europeus, regimes ditatoriais é algo contra o qual se deve lutar, mas que ainda não se realizou (como em XIII). Nos quadrinhos do brasileiro Leo, a ditadura já está instalada e é a chegada dos terranos que traz a democracia. Como se vê, mesmo numa história de ficção-científica, a experiência de vida (inclusive política) do autor aparece.