Entre as
várias histórias sobre psicopatas que escrevi para a Calafrio, uma das mais
interessantes foi a que relatava a saga de Charles Mason, o guru hippie
assassino.
O roteiro
foi escrito às pressas para que a HQ saísse o mais próximo possível da morte do
psicopata. Os desenhos do paraense Fábio Vermelho, com seu traço underground
contribuíram em muito para o resultado final impactante. Sua arte final suja
funcionou perfeitamente para o tema, assim como a diagramação pouco
convencional com os balões de legenda irregulares.
Eu queria
que a imagem doentia de Mason dominasse o olhar do leitor desde o primeiro
momento, o que acontece de fato, mas algo que poucos perceberam é que a começa
com Mason novo e termina com ele velho, já próximo da morte e o olhar deles é
oposto.
Mason novo
parece olhar para o leitor e, ao mesmo tempo, para o futuro, para os fatos que
serão relatados e o Mason velho parece olhar para o passado. Em tempo: o título
da história (O homem mais diabólico que já andou sobre a terra) se refere à
famosa frase da promotoria durante o julgamento. Essa história foi publicada na
revista Calafrio 59.
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