Na década de 1960 vários seriados de ficção científica
tinham episódios com monstros – vide Viagem ao fundo do mar, que tinha sempre o
monstro da semana. E alguns episódios da série clássica usam esse recurso, mas
o subvertem esse clichê de maneira extremamente inteligente. Ótimo exemplo
disso é Nômade, episódio da segunda temporada.
Na história, a Enterprise se depara com um ser
mecânico que exterminou milhões de pessoas. Ao trazê-lo a bordo, descobrem que é
um antiga sonda espacial terrestre, que se encontrou com uma sonda alienígena,
teve seus bancos de memória danificados, ao mesmo tempo em que se tornava
extremamente poderosa, e passou a seguir uma nova diretriz: destruir toda a
imperfeição, sendo imperfeição toda a forma de vida.
A sonda só não destrói a enterprise porque acha
que Kirk foi seu criador, já que ela foi projetada por um antepassado do capitão
da enterprise.
Há muitos elementos de destaque no episódio. O tema
é tão bom que serviu de base para o primeiro filme da fraquia. E a solução, lógica
ao invés de física, mostra que Jornada era um seriado muito além de seu tempo. Também
chama atenção os diversos truques para mostrar a Nômade. A sonda se movimenta
pela nave e isso acontece, na maioria das vezes, por truques de cenário, para
esconder o suporte, ou mesmo truques de câmera, como colocar a câmera ao lado
da sonda, acompanhando-a.
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