A revista Marvel Two-In-One 42 trouxe um encontro inusitado: Capitão América e Coisa.
Na trama, a SHIELD consegue recuperar o cubo cósmico, mas ele
é roubado pelo vilão Victorius, que se converteu a uma seita maluca, os
entropistas. Aparentemente, o objetivo dessa seita é fazer com que as pessoas
alcancem a entropia. Para quem não conhece o termo, a entropia é a terceira lei
da termodinâmica e se refere à tendência de caos e perda de energia do
universo. Metaforicamente, a entropia pode ser associada à morte e à
destruição.
A entropia é um tema interessante e poderia dar uma grande
história, com grandes implicações filosóficas, mas o roteiro de Ralph Macchio
não avança muito além do óbvio e da eterna escaramuça entre heróis e vilões.
O vilão é baseado em um conceito da física.
À certa altura a narrativa simplesmente paralisa para que o
vilão possa contar sua história e seus planos. Mais clichê, impossível.
Mas essa história tem suas curiosidades. Uma delas é que ela
une dois desenhistas tão díspares quanto o Capitão o Coisa: Sal Buscema e John
Byrne. Cada um faz metade da história e a diferença de traço é tão grande que
parece que estamos lendo outra história.
Homem-Coisa, um personagem mal-aproveitado.
A outra é a participação do Homem-coisa, que acaba sendo quem
de fato resolve a situação, embora de forma totalmente inconsciente. A
narrativa ajuda a criar um clima interessante: “Sua expressão não é de alegria
nem de triunfo pela posse do objeto... mas, naqueles olhos monstruosos surge um
brilho imperceptível! Um brilho que não é o simples reflexo das estrelas”. Mas,
mais uma vez, o roteiro não vai muito além da promessa e a caracterização do
personagem fica apenas nisso.
Sinceramente, eu considero que o Homem-coisa é o personagem
mais subestimado da Marvel. Em termos de mitologia e construção é melhor até
mesmo que o Monstro do Pântano. Só que, ao que constrário do personage da DC,
ele nunca teve um autor que explorasse todo o seu pontecial.
No Brasil essa história foi publicada no Almanaque do Capitão
América 63, a editora Abril.
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