quarta-feira, fevereiro 09, 2022

Capitão América e Coisa – A seita do cubo cósmico

 


A revista Marvel Two-In-One 42 trouxe um encontro inusitado: Capitão América e Coisa.

Na trama, a SHIELD consegue recuperar o cubo cósmico, mas ele é roubado pelo vilão Victorius, que se converteu a uma seita maluca, os entropistas. Aparentemente, o objetivo dessa seita é fazer com que as pessoas alcancem a entropia. Para quem não conhece o termo, a entropia é a terceira lei da termodinâmica e se refere à tendência de caos e perda de energia do universo. Metaforicamente, a entropia pode ser associada à morte e à destruição.

A entropia é um tema interessante e poderia dar uma grande história, com grandes implicações filosóficas, mas o roteiro de Ralph Macchio não avança muito além do óbvio e da eterna escaramuça entre heróis e vilões.

O vilão é baseado em um conceito da física. 


À certa altura a narrativa simplesmente paralisa para que o vilão possa contar sua história e seus planos. Mais clichê, impossível.

Mas essa história tem suas curiosidades. Uma delas é que ela une dois desenhistas tão díspares quanto o Capitão o Coisa: Sal Buscema e John Byrne. Cada um faz metade da história e a diferença de traço é tão grande que parece que estamos lendo outra história.

Homem-Coisa, um personagem mal-aproveitado. 


A outra é a participação do Homem-coisa, que acaba sendo quem de fato resolve a situação, embora de forma totalmente inconsciente. A narrativa ajuda a criar um clima interessante: “Sua expressão não é de alegria nem de triunfo pela posse do objeto... mas, naqueles olhos monstruosos surge um brilho imperceptível! Um brilho que não é o simples reflexo das estrelas”. Mas, mais uma vez, o roteiro não vai muito além da promessa e a caracterização do personagem fica apenas nisso.

Sinceramente, eu considero que o Homem-coisa é o personagem mais subestimado da Marvel. Em termos de mitologia e construção é melhor até mesmo que o Monstro do Pântano. Só que, ao que constrário do personage da DC, ele nunca teve um autor que explorasse todo o seu pontecial.

No Brasil essa história foi publicada no Almanaque do Capitão América 63, a editora Abril.

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