Na
edição de Conan the barbarian 35, o cimério está no deserto com um amigo
(carinhosamente chamado de “cara de macaco”) quando encontram um homem em
farrapos sendo atacado por um bando de beduínos.
Qualquer
pessoa sensata se afastaria dali o mais rápido possível, mas Conan nunca foi
uma pessoa sensata e resolve salvar o homem. Antes de morrer, o pobre coitado
murmura: “Você tentou me salvar! Eu agradeço, mas é tarde demais... no momento
em que contemplei o olho azul de Kara Sher”.
A belíssima página dupla antecipa os perígos da cidade perdida.
O
tal olho azul é uma pedra muito valiosa e famosa no deserto. A fala do homem
desperta a cobiça do cara de macaco e o cimério resolve acompanhá-lo.
O
leitor esperto percebe logo que essa é mais uma trama de tesouros amaldiçoados.
Pelo jeito havia muitos eles na era hiboriana.
A história gira em torno de uma jóia amaldiçoada.
A
pista sobre isso é dada logo na belíssima página dupla produzida por John
Buscema e Ernie Chan na qual os dois personagems encontram a cidade perdida. O
texto de Roy Thomas diz: “Sob a fraca iluminação da lua, erguem-se as ruínas de
uma gigantesca e portentosa construção, corroída pelo tempo e parcialmente
coberta pelas areias do deserto! Súbito, um pensamento ameaçador surge na mente
de Conan... Kara Sher significa CIDADE DOS MORTOS!”.
Texto e desenho criam todo um clima de mistério em torno da ameaça.
Embora
seja uma trama manjada, A jóia de Kara sher consegue ser uma grande história
graças principalmente, à excelência do trio criativo. A ameaça é apenas um
morcego gigante, mas tanto o texto quanto o desenho criam um clima de mistério
e terror em cima disso, de tal forma que o leitor sente que está de fato diante
de um demônio.
Essa
história foi publicada no Brasil em Heróis da TV 54. Aliás, a capa da Abril é
melhor que a capa original.
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