Atualmente, quando pensa no Hulk, poucas pessoas lembrariam no monstro de Frankstein. No entanto, essa, segundo Stan Lee foi uma das principais referências na criação do personagem. Segundo o roteirista, Martin Goodman, chefão da Marvel pediu para Lee criar algo baseado no monstro vivido na tela por Boris Karloff.
Anos depois, Jack Kirby afirmou que a ideia para o personagem surgiu quando viu uma mulher levantando um carro para salvar seu filho preso nas ferragens, demonstrando o poder que podemos ter em situações de stress. No entanto, nada na primeira história, publicada em The incredible Hulk 1, de 1962 (e aqui republicada no primeiro número da Coleção Clássica Marvel dedicada ao personagem), parece indicar isso. Tudo na verdade, leva a crer que Karloff foi mesmo a principal referencia.
No início o Hulk era muito parecido com o monstro de Frankstein. |
Para começar, na primeira história, Bruce Banner não se transforma no Hulk quando está bravo, mas quando fica noite. É um esquema tirado diretamente das histórias de terror: de dia humano, de noite monstro.
Além disso, visualmente, o personagem se parece muito com o Frankstein de Karloff. Mesmo transformado, ele continua com sapatos, por exemplo, assim como calça e camisa (rasgados, é verdade, mas ainda estão lá). O visual que conhecemos, com o Hulk com a calça rasgada formado uma espécie de bermuda só surgiria posteriormente.
Jack Kirby consegue um efeito impressionante ao mostrar Banner sendo bombardeado pelos raios gama. |
O personagem mudaria muito, mas já nessa primeira história fica clara a sintonia da dupla de gênios Stan Lee – Jack Kirby, como no momento em que Banner é bombardeado pelos raios gama. Kirby faz um ótimo trabalho com luz e sombras, quase como a se a imagem fosse um raio-x, enquanto Lee nos brinda com o texto: “O mundo parece congelar, oscilando no limiar do infinito quando um aterrador grito ecoa pelo ar”.
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