O Pavio foi uma revista jornalística que editei no ano de 2007. A proposta era fazer um tipo de jornalismo diferenciado cuja proposta era resumida no slogan: "Informação não precisa ser chata". Atualmente isso já tem até um nome dentro do jornalismo: infotenimento (informação + entretenimento). Todas as matérias tinham toques de humor, fosse no texto, no título ou nas chamadas. Além disso, raramente usávamos fotos, dando preferência a desenhos humorísticos.
A revista trazia também um encarte, o Tira com fritas, que publicava quadrinhos, crônicas humorísticas etc.
O primeiro número enfrentou certa rejeição por conta da proposta, mas a partir do número dois começamos a receber propostas de jornalistas já estabelecidos no mercado, que queriam colaborar com a publicação, mas nem sempre enviavam material que se encaixava no que queríamos. Na época eu fiz um texto explicando como escrever para a Pavio. O primeiro item era: "Não se censure. Deixe que o editor censura você".
Voltada para o público universitário, acabamos fazendo muito sucesso entre os estudantes de ensino médio (os exemplares que meu filho levava para a biblioteca da escola eram disputados a tapa) e no último número já tínhamos anúncios de todas das faculdades do estado.
Entre os talentos revelados pela Pavio está Ana Girlene Oliveira, hoje um dos nomes mais importantes do radiojornalismo amapaense.
Infelizmente a revista durou apenas quatro números.
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