sexta-feira, dezembro 01, 2023

Fundo do baú - Jambo e ruivão

 


Na década de 1950, William Hanna e Joseph Barbera estavam prestes a ficar desempregados. O sistema cinemascope destacava os defeitos dos desenhos e era possível que o departamento de animação na MGM fosse fechado. Preocupados, procuraram um dos executivos da produtora com a proposta de fazer desenhos animados para TV. O que ouviram foi que desenhos animados não tinham futuro na tela pequena. Agências de publicidade e outros estúdios também diziam o mesmo.

O jeito foi criar uma nova empresa para fazer animações para esse novo meio. Assim surgiu a Hanna-Barbera.

O grande desafio era que a TV pagava pouco e o tempo de execução era mínimo. A solução foi o reaproveitamento de cenários, de cenas e animar o mínimo possível os personagens. Se ele estivesse falando, por exemplo, o corpo permanecia parado. Muitas vezes usava-se o recurso do narrador em off, que contava partes da história que não fora possível animar – muitas vezes sobre uma imagem parada. Essas limitações seriam compensadas por roteiros divertidos e interessantes.

O primeiro desenho criado pela nova empresa foi Jambo e Ruivão. Tratava-se de um cachorro atrapalhado e um gato esperto ajudando o professor Gizmo. Na primeira história, Ruivão sem querer aciona o mecanismo de lançamento de um foguete e o trio é lançado ao espaço sem comida, sem equipamentos e praticamente sem combustível.

Eram episódios curtos, de alguns poucos minutos, que, unidos, formavam um episódio maior, de 20 a 25 minutos. O esquema era dos seriados matinês, com cada episódio terminando numa situação de suspense e cada novo episódio começando com um pequeno resumo (com repetição de cenas do episódio anterior).

A atração estreou em dezembro de 1957 e foi o primeiro desenho animado feito exclusivamente para TV. Seu sucesso consolidou a Hanna-barbera como produtora de animação para a tela pequena e abriu espaço para diversas outras séries.

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