Desde o dia 7 de julho de 1944, aviões e bombardeiros
norte-americanos e britânicos passaram a voar sobre as linhas ferroviárias que
levavam a Auschwitz. Para bombardear as linhas ou o campo não seria necessário
nem mesmo um desvio de rota. De julho a novembro de 1944, as áreas de
Blechhammer e outros alvos próximos a Auschwitz foram atingidas dez vezes em
operações que envolveram 2.800 aviões. No dia 20 de agosto, em uma operação com
227 aviões, 127 dos quais de grande porte, foram despejadas 1.336 bombas sobre
a fábrica I.G. Farben-Monowitz, a menos de dez quilômetros a leste das câmaras
de gás de Auschwitz. Estas permaneceram intactas. Entre os dias 7 e 20 de
novembro, uma refinaria de petróleo, distante cerca de 75 km de Auschwitz, foi
atacada dez vezes. O próprio campo foi atingido acidentalmente duas vezes.
Muitas dessas missões voaram durante longo tempo sobre os trilhos da morte e
bombardeá-los teria sido extremamente fácil. Os líderes judeus acreditavam, à
época, que se fossem danificadas as estradas de ferro que levavam os judeus à
Polônia haveria pelo menos um atraso nas deportações.
Então, surge a pergunta: por que os campos de
concentração, ou as linhas ferroviárias que levavam até eles não era bombardeadas?
Não faltavam apelos feitos pelas lideranças judaicas. Muitas pessoas que
conseguiam fugir dos campos informavam os aliados sobre o que estava
acontecendo e evidências mostram que Stalin, Roosevelt e Churchil já sabiam do
holocausto desde 1942. Até mesmo fotografias foram tiradas dos campos de
concentração.
Os comandantes aliados alegavam que os ataques aos campos
não seriam viáveis e que a única forma de ajudar os judeus era apressando a
derrota do III Reich. Além disso, argumentavam que ataques aos campos poderiam
matar também os prisioneiros.
A verdade cada vez mais evidente é que não havia qualquer
interesse por parte dos líderes Aliados em salvar judeus e outros povos
perseguidos pelos nazistas. O único que parece ter se interessado pelo assunto
foi Churchil, mas sua opinião não teve peso diante dos líderes da URSS e dos
EUA.
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