A proposta da revista World´s Finest era trazer Batman e o
Super-homem em histórias em conjunto. Isso por si só já era um grande desafio,
já que a diferença de poder entre os dois é enorme. Além disso, como a DC ainda
vivia sob a égide do Comics Code, as histórias não poderiam trazer, por
exemplo, violência.
A solução era fazer histórias inusitadas, como a vez em que
encapuzado e o homem de aço lutaram em campos opostos. Publicada em World´s Finest
176, essa história, desenha pelo mestre Neal Adams em início de carreira, já
começa com uma situação chamativa: uma pessoa misteriosa revelando as
identidades secretas do Batman e do Super-homem.
Então começa a história, com Clark Kent entrevistado um
famoso e clássico ator. No meio da entrevista, o ator joga uma bomba química no
repórter e revela a roupa do super-homem. Então se descobre que o ator é, na
verdade, Dur, Tontor 2 de um planeta do sistema Sirius. O Tontor 1 foi
assassinado e o seu vice fugiu para a Terra para pedir ajuda ao homem mais
poderoso do universo para não ser morto também. O homem de aço não se faz de
rogado e coloca o alienígena na fortaleza da solidão.
A identidade dos heróis revelada? Quem será o responsável?
Na sequência, um alienígena aparece para o Batman, diz que
conhece sua identidade secreta e se revela como um policial espacial
perseguindo um fugitivo – e o fugitivo seria exatamente aquele alienígena que o
super está mantendo na fortaleza da solidão.
Começa aí um embate entre os dois heróis que envolverá também
suas contrapartes femininas, como a super-moça (que se alia ao Batman) e a Batgirl
(que se alia ao Super-Homem).
Batman e Super-Homem agora estão em campos opostos.
A grande questão é: qual dos dois alienígenas está mentindo?
Claro que no final tudo não passa de um acordo entre os dois
heróis, que apenas fingiram estar em lados opostos na história.
É uma trama curiosa, divertida, que realmente cria várias
situações de suspense. Mas cheia de furos. Muito difícil por exemplo, imaginar
que alguém usaria uma máscara em cima de outra máscara e isso não ficasse
óbvio. Ou que um humano normal conseguisse sair da fortaleza da solidão.
No final, vale mais pelos desenhos incríveis de Neal Adams,
com sua diagramação inovadora e seus ângulos inusitados.
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