Dylan Dog está num barco no rio Tâmisa com sua namorada
quando a embarcação é atacada por um monstro marinho. Pouco depois, uma nave
alienígena atinge o Big Bem e solta flores. Medusas se espalham por Londres
transformando as pessoas em zumbis assassinos teleguiados.
Essa é a trama de “O ladrão de ideias”, volume 17 de Dylan
Dog da Mhytos. Uma história repleta de referências a filmes e obras de terror e
ficção científica e que parece ser composta apenas de eventos isolados.
O desenho lembra muito Milo Manara.
A Bonnelli parece escolher apenas os melhores roteiristas da
casa para escrever as histórias do detetive do pesadelo e Giancarlo Marzano não
é excessão. Sua trama, muito bem bolada, merece figurar entre as melhores
histórias do personagem.
O ladrão de ideias é o tipo de HQ que chegamos no final e
percebemos que nada era o que achávamos e temos que ler de novo para finalmente
entender o que realmente estava acontecendo.
Coisas estranhas começam a acontecer em Londres.
Os desenhos de Ugolino Cossu são um acréscimo muito bem vindo
a essa HQ memorável. Com um traço que lembra muito Milo Manara (embora sem o
mesmo nível de detalhamento), Cossu consegue ir do terror à ficção científica
com facilidade. Além disso, sua narrativa visual é facilmente compreensível, o
que ajuda muito o roteiro.
Em tempo: essa é uma das melhores capas que já vi desse título.
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