Inspetor Buganga é um daqueles exemplos em que a tradução nacional é melhor que o título original. Chamado nos EUA de Inspector Gadget, o personagem é um atrapalhado, munido de mil invenções que não servem para nada. Bugiganga, em bom português é quinquilharia, objeto de pouco valor.
A série, uma
co-produção franco-americana-canadense foi criada por Bruno Bianchi, Jean
Chalopin e Andy Heyward e estreou em setembro de 1983.
O personagem
principal é um investigador que sofre um acidente e é transformado em uma
espécie de androide com vários aparelhos embutidos, como um pescoço que se
estica. Seu inimigo é o Garra, que acha que perdeu uma das mãos por culpa do
Inspetor e por isso persegue.
O humor do
desenho surge do fato de que o Inspetor é ingênuo e atrapalhado ao ponto de imbecilidade,
sendo constantemente salvo por sua sobrinha Penny, dona de um livro-computador
super avançado.
No episódio
Bugiganga Mágica, um mágico está na cidade e convida o Inspetor para seu show. O
mágico na verdade está a serviço do Garra, e quer usar o espetáculo tanto para
se livrar do Inspetor, e ao mesmo tempo, roubar dois cofres de bancos da cidade.
Tudo que está
acontecendo é muito óbvio para o expectador e para Penny, mas Bugiganga não
desconfia de nada, nem mesmo quando tentam derrubar um cofre em cima dele. O herói
acaba sendo salvo pelo seu cachorro Crânio, mas o confunde com um dos homens do
Garra. Aliás, isso se repete ao longo do episódio: ele acha que os vilões são
amigos e que os amigos são inimigos. O mágico tenta matá-lo de todas as formas,
sem que Bugiganga perceba o que está acontecendo. “Você está pensando em me
serrar no meio? Que legal!”, diz ele à certa altura.
No final,
toda a situação se resolve graças à Penny, mas é o Inspetor quem recebe o
elogio: “Bom trabalho, Buginga, não sei como faz isso!”, diz o chefe de
polícia. “Mágica, chefe!”, responde o inspetor.
O desenho fez
sucesso o suficiente para ganhar um filme live action, em 1999.
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