Simon Wiesenthal tornou-se famoso em todo o mundo como o
mais importante caçador de nazistas. Nascido em 1908, em Buczacs, na região de
Lvov (Ucrânia), ele passou os últimos dias da II Guerra no campo de
concentração de Mahthausen, na Áustria. Foi salvo pelos americanos e passou a
colaborar com eles reunindo provas para serem usadas contra os nazistas nos
julgamentos de Nuremberg.
Após esse trabalho, ele se juntou com 13 outros
voluntários e fundou o Centro de Documentação Judaica, com sede em Lins, na
Áustria, que tinha como objetivo recolher depoimentos de sobreviventes de
campos de concentração, além de descobrir nazistas escondidos e levá-los à
justiça. Em 1954 o centro foi fechado
por conta da falta de colaboração das autoridades com o projeto. Mas a captura
de Adolf Eichmann, na Argentina, fez com que as investigações ganhassem um novo
impulso e novas capturas começassem a ocorrer. O centro foi então transferido
para Israel.
Em 1966 ele conseguiu localizar, na Áustria, Karl
Silberbauer, reponsável pela prisão de Anne Frank. Ele chegou a atuar até mesmo
no Brasil, onde conseguiu a captura de Franz Stangl, comandante dos campos de
concentração de Treblink e Sobibor.
Na década foi criada em Los Angeles uma
associação batizada com seu nome voltada para a defesa dos direitos humanos,
preservação da memória do holocausto e monitoramento dos grupos de direita.
Seu trabalho de documentação ganha relevância diante da
fala de um nazista que teria declarado a Wiesenthal: “Você contaria a verdade
(sobre os campos de extermínio) às pessoas na América. E sabe o que ocorreria,
Wiesenthal? Elas não acreditariam em você. Diriam que você está louco. Poderiam até
colocá-lo num asilo. Como pode alguém acreditar nessa história terrível – a
menos que a tenha vivenciado?”.
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