Adolf Eichmann foi um dos criminosos nazistas mais
procurados do mundo. Sua principal função era criar condições práticas para a
solução final, ou seja, a morte de milhões de pessoas de raças indesejáveis.
Era ele que cuidava da logística para que os judeus encontrados nos mais
diversos locais da Europa fosssem enviados para campos de extermínio, como
Treblinka, Birkenau e Auschwitz.
Entre o fim de abril e o início de maio de 1945, Eichmann
percebeu que a alemanha inevitavelmente perderia a guerra e resolveu fugir.
Antes de partir, deu à mulher e aos três filhos cápsulas
de veneno. “Se os russos vierem, mordam as cápsulas. Se forem americanos e
ingleses, não precisa”, disse ele.
Disfarçado como cabo, topou com um pelotão americano e
levado para um campo de prisoneiros. Lá identificou-se como o cabo Adolf Barth,
da força aérea alemã. Foi transferido para outros campos e em cada local
adotava um nome diferente.
Finalmente, conseguiu escapar e adotou a identidade de
Otto Heninger. Viveu durante alguns tempo na própria Alemanha, criando
galinhas.
Ele voltou a ficar sob os holofotes durante os
julgamentos de Nuremberg. Vários nazistas citaram Eichmann como um dos
principais autores da solução final. Até Dieter Wislinceny, compadre de
Eichmann, denunciou-o e chegou a propor ajudar os americanos a encontrá-lo como
forma de diminuir sua pena.
Percebendo o perigo, Eichmann fugiu da Alemanha. Foi para
a Áustria e depois para a Itália, onde encontrou a rede de proteção aos
nazistas montada pela igreja católica. Eichmann recebeu documentos da Cruz
Vermelha e fugiu para a Argentina, onde viveria até a década de 1970, quando
seria preso pelo serviço secreto de Israel.
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