É indubitável que
Stan Lee e Jack Kirby criaram uma mitologia moderna.
Nenhum personagem
encarnou tão bem isso quanto o Thor. Vindo diretamente da mitologia nórdica,
ele permitia a Kirby explorar a grandiosidade e a Lee a nobreza. Mas no início
a revista se destacava mais pelas características do gênero super heróis do que
por sua herança nórdica.
Foi Quando a dupla
teve a ideia de lançar uma série derivada, na qual podiam explorar em mais
detalhes os aspectos mítico do personagem que Thor se tornou o personagem que
conhecemos hoje.
Com apenas cinco
páginas, contos de Asgard recontava grande parte das lendas nórdicas e mostrava
o melhor da Marvel. Essa série conectou definitivamente o Thor dos quadrinhos
com o Thor da mitologia, dando uma identidade única à revista.
Talvez em nenhum
outro momento da Marvel Jack Kirby se mostrou tão a vontade. Fascinado pelas
lendas nórdicas, ele está em seu elemento ao recontar as lendas desde o
surgimento do universo até a criação dos deuses e dos homens.
A dupla também
aproveita para apresentar os personagens secundários, como Heimdall, o guardião
da ponte do arco íris, ou Balder, e estabelecer o universo das histórias.
Além de contos
retirados diretamente da mitologia nórdica, Kirby e Lee criaram também cria
contos inéditos, surgidos exclusivamente da imaginação dos dois.
Contos de Asgard é
também uma pérola da síntese narrativa. Em apenas cinco páginas a dupla
conseguia apresentar os personagens, estabelecer um conflito e resolvê-lo,
geralmente de maneira surpreendente.
Essa HQs foram
reunidas em um volume da coleção de clássicos Marvel da Salvat. A edição tem
dois problemas: um problema menor é a capa, que não traz um desenho de Kirby, e
a coloração digital, muito escura, que esconde detalhes do traço. Mesmo assim é
um item essencial na coleção de qualquer aficionado pela Marvel.
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