McCoy, Kirk e Spock estão voltando para a
Enterprise levando uma comissária acontemetida de uma grave enfermidade e que
morrerá se não for tratada. É quando a nave auxiliar é interceptada por uma
criatura energética e forçada a pousar em um planeta próximo. Lá eles descobrem
um ser humano que se revela ser o criador da dobra espacial. Mas ele deveria
estar morto há muitos anos? Como ainda estava ali, vivo?
Esse é o enredo de “Metamorfose”, episódio da
segunda temporada da série clássica. O enredo parece interessante e tem aquele
sense of wonder que iria caracterizar alguns dos melhores episódios de
Jornadas. No entanto, o resultado é um episódio arrastado, que parece ter sido
pensado para metade do tempo de tela.
É também um episódio em que a maioria das
coisas não se encaixa. Descobre-se que Cochrane, o criador da dobra espacial, foi
salvo e rejuvenecido pela criatura energética chamada Companheiro e foi o Companheiro
que levou a Galileu ao planeta, para que o seu parceiro tivesse companhia
humana.
Aí começam os problemas. Primeiro Kirk e Spock
tentam matar a criatura (em total contradição com outros episódios em que o
encontro com “monstros” é resolvido com diálogo e compreensão de suas motivações).
Quando finalmente decidem conversar, tentam convencer Companheiro a salvar a
comissária e ele se recusa dizendo que não pode. Ora, se ele salvou Cochrane
da morte, porque não pode também salvar a comissária? Qual o sentido de levar companheiros
para Cochrane e deixá-los morrer? Quando Kirk descobre que o companheiro
na verdade é companheira, Cochrane se revolta e diz que foi usado, mas
quando a criatura entra na comissária, ele aceita a situação e até se apaixona
por essa junção das duas – paixão instantânea!
A impressão que dá é que o roteirista Gene L. Com
pensou num conceito interessante, mas não conseguiu desenvolvê-lo.
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