Esse número marca também a primeira capa de autoria de Buscema no título. |
Se há uma dupla que definiu o gibi do Conan foi John Buscema
e Ernie Chan.
A dupla estreou em Conan The barbarian 26, numa história
chamada O momento do grifo.
Era a parte final da saga que começara do Cerco de Makalet.
A HQ começa com uma splash page mostrando o feiticeiro
Karam-Akkad morto pela espada do cimério. Em seus momentos finais ele puxara a
cortina que cobria seu espelho mágico e revelara a imagem de conan matando-o
circundada por um leão, uma águia e uma serpente.
Ao publicar a história, a Abril juntou a splash page inicial com a sequência do número anterior. |
Já nessa primeira página percebemos o quanto a dupla arrasava.
Buscema faz uma imagem de grande impacto, e Chan enche essa imagem de detalhes,
como os vitrais, o tecido, as paredes. E, aliado a isso, uma percepção de Conan
como um verdadeiro bárbaro. Embora o desenho de Barry Smith fosse extraordinário,
sua concepção de Conan não trazia a crueza que o personagem pedia – e só foi
alcançar com Buscema e Chan.
Uma das partes mais interessantes dessa história é a revelação
a respeito de quem é o deus vivo, razão pela qual a guerra é travada e o
destino irônico que o roteiro lhe reservou. Um final surpreendentemente crítico
para um conflito que levou à morte de milhares de pessoas.
O final revelava uma forte crítica social. |
O célebre roteirista e editor Archie Goodwin, ao ler essa
história, teria dito a Roy Thomas que a HQ “era um legítimo manifesto a
respeito de como as guerras e religiões podem manipular a humanidade”.
No Brasil essa história foi publicada em Superaventuras
Marvel 14.
Uma curiosidade: Buscema odiava a arte-final de Chan, mas não
sabia que a orientação para detalhar mais os desenhos na arte-final vinha do
editor-chefe Roy Thomas, como forma de agradar os leitores saudosistas do
grande Barry Smith.
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