sábado, janeiro 22, 2022

Fundo do baú – Defensores da Terra

 


A abertura de Defensores da Terra já mostrava a salada que misturava os três personagens de aventura da King Features Syndicate em uma única animação: uma batalha espacial mostrava Flash Gordon pilotando um jato ao estilo Guerra nas estrelas. A imagem pulava para uma pantera rugindo (oi?), o Fantasma andando por cima de elefantes e depois emitindo um raio de seu anel, imprimindo a marca do fantasma no pulso de um Ming com feições ocidentais. Ming contra-ataca, mas seu raio, ao invés de acertar o guardião da selva, acerta o mágico Mandrake, que na sequência invoca um dragão que destrói o laboratório de Ming.

Personagens que ganham poderes que não têm nos quadrinhos, vilão de uma série em outra, personagens de períodos históricos distintos, tudo isso fazia parte da série Defensores da Terra, desenho animado produzido pela Marvel no ano de 1986.

O desenho, além de dar poderes ao Fantasma e ao Mandrake, também apresentava os descendentes dos personagens. Rick Gordon (filho de Flash Gordon), L. J. (filho de Lothar), Jedda (filha do Fantasma) e Kshin, um menino órfão adotado por adotado pelo Mandrake.

Apesar de todas as estranhezas, o desenho fez sucesso, e chegou a ter 65 episódios produzidos. Também deu origem a vários produtos licenciados, incluindo um gibi publicado pela Marvel escrito por Stan Lee e Michael Higgins (com desenhos de Alex Saviuk e Fred Fredericks), que durou apenas três números.

Essa foi a primeira e única versão desses personagens em animação e acabou apresentando esses personagens clássicos para uma nova geração.

No Brasil o desenho foi exibido inicialmente no SBT e teve um impacto inusitado: até então os leitores do Fantasma o conheciam com o uniforme vermelho e essa foi a primeira vez que a maioria o viu com o uniforme na cor original. Pouco tempo depois, a própria editora Globo mudaria a cor do personagem.

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