Até o número 3 da revista dos Vingadores parecia faltar alguma coisa. Com uma formação tão díspare, o grupo carecia de algo que os unisse. Faltava uma liderança, faltava o Capitão América.
Stan Lee já
havia testado o personagem em Strange Tales 114. O sentinela da liberdade havia
sido o herói mais popular da Marvel durante a II guerra mundial, mas ele teria
a mesma força com a nova geração? A prova definitiva de que sim veio em Avengers
4.
E essa volta
foi triunfal, a começar pela incrível capa no melhor estilo Jack Kirby com o Capitão
em primeiro plano, numa perspectiva inclinada e um escorço forçado que fazia a
imagem parecer explodir em ação. É uma composição tão impactante que já foi homenageada
por diversos outros artistas.
O Capitão é encontrado congelado.
A história a
maioria dos leitores já conhece: após lutar contra Os vingadores, Namor vai
parar no polo norte, onde encontra esquimós idolatrando um homem preso num
bloco de gelo. Irritado, como sempre, Namor expulsa os esquimós e joga o bloco
de gelo na água, fazendo com que ela derreta.
Em seguida o
homem misterioso é resgatado pelo submarino dos Vingadores, que inicialmente
desconfiam que ele seja um falso campitão américa e só se convencem depois de
uma luta (troque socos antes, pergunte depois).
Na melhor tradição Marvel, os heróis brigam antes e conversam depois.
Como stan
lee e Jack kirby produziam essas histórias a toque de caixa, as incoerências
eram inevitáveis. Por exemplo, como capitão poderia saber que ele foi
idolatrado por esquimós se, enquanto isso acontecia, ele estava inconsciente?
Em outra sequência, Namor encontra com os guerreiros de atlântida e a silhueta
mostra homens com cilindros de oxigênio. Se os atlantes respiram dentro d´água,
por que precisam de cilindros de oxigênio?
Mas, apesar
dessas incoerências, é uma história memorável, de ação contínua. E, desde os
primeiros quadros, o Capitão já demonstra as razões pelas quais se tornaria o
personagem mais importante e o líder natural dos vingadores.
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