Um dos momentos mais memoráveis da fase de J.M. DeMatteis e Mike Zeck à frente do Capitão América foi o encontro do sentinela da liberdade com o andróide Deathlok.
A saga, publicada a partir
do número 286 da revista, inicia com uma visão sombria do futuro: “Bem-vindos à
cidade de Nova York no ano de 1999! Como você pode ver, a cidade mudou um pouco
nesses últimos anos! Algumas pessoas até acham que ela melhorou! (...) Eu
lembro que gastava a maior grana naqueles restaurantes frescos para comer alguns
bifes e algumas batatas fritas. Hoje você encontra comida de graça em quase
todo lugar. É claro que alguns ainda não se acostumaram com o gosto de carne
humana, mas é preciso dar um tempo para a gente... somos novos nisso!”.
Enquanto isso, o desenho mostra uma tribo urbana matando um homem com um golpe
na cabeça.
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A história mostra uma versão distópica do fututro. |
A sequência demonstra como
a dupla DeMatteis-Zeck estava afinada. O roteirista sabia trabalhar a
humanização e o drama da história enquanto Zeck, no auge de seu estilo,
conseguia unir um desenho anatômico com sequências altamente expressivas.
Em seguida, vemos o clone
de Deathlok sendo enviado para o passado. Sua missão é encontrar o Deathlok
original, que foi enviado para o passado sem memória e agora serve a uma
organização criminosa.
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O grande momento da história: Deathlok atira no seu clone. |
Claro, que nesse meio
tempo, o clone se encontra com o Capitão América e este o ajuda em sua missão.
A história termina com os dois entrando na corporação Brand, enfrentando
capangas e a impactante aparição do Deathlok original, que atira no seu clone
em uma sequência de forte carga dramática e de suspense.
Uma curiosidade é que, quando publicou a história, em Almanaque do Capitão América 87, a editora Abril mudou a capa. Dentro da mira, tiraram a imagem do Capitão feita por Mike Zeck e colocaram uma outra imagem, provavelmente desenhada por Sal Buscema.
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