Como as estrelas na terra, filme indiano de 2007 lançado recentemente aqui pela Netflix é uma obra que entrará para qualquer lista de melhores obras sobre a educação.
O filme conta a história de Ishaan Awasthi, um menino de nove anos que já reprovou a terceira série e irá reprovar novamente de ano, o que faz com que os pais o coloquem num colégio interno.
Visto como rebelde e preguiçoso, o garoto na verdade sofre de dislexia. As letras “dançam” na frente dele, o que faz com que ele seja incapaz de ler ou escrever.
A história do garoto muda quando o professor de artes do colégio interno percebe o problema do garoto e começa a ajudá-lo (a sequência em que ele ensina contas usando uma escada é um dos momentos mais interessantes). Mais ainda: o professor descobre que Ishaan não só não é burro, como é um gênio da pintura.
A primeira parte peca por um problema que dizem ser comum nos filmes indianos: o excesso de musicais. Há momentos em que eles funcionam, como quando estão mesclados com animações. Mas chega num ponto de exagero em que tudo vira motivo para um musical. O garoto está triste? Música. A família vai deixá-lo no colégio interno? Música. Entra o novo professor de música? Música com dança.
A história engrena de fato quando o diretor Aamir Khan se concentra em contar a história, deixando as sequências de música mais pontuais.
Descontado esse exagero nos musicais, Como as estrelas na terra é um filme divertido e emocionante que aborda perfeitamente o assunto dislexia.
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