Amizade,
luto e tecnologia como elementos de terror. O telefone do senhor Harrigan,
filme de John Lee Hancock, reúne todas essas características comum a muitos dos
livros de Stephen King.
Na história,
o garoto Craig vê sua vida mudar quanto um
milionário o contrata para ler livros para ele. A partir daí começa a se desenvolver
uma relação muito improvável entre esse jovem pobre e o velho milionário, uma
amizade sedimentada principalmente na literatura, uma paixão em comum. Há um
outro ponto em comum: ambos perderam suas mães muito jovens.
Essa história sofre uma reviravolta
quando o velho morre e o garoto passa a acreditar que está recebendo mensagens
dele no celular. Esse é o toque sobrenatural da história, como não poderia
faltar em uma história de King.
Mas engana-se quem acha que se trata de
uma história de terror. O telefone do Sr Harrigan está muito mais para a
Jornada do Herói do que para a Jornada do Horror. Os elementos sobrenaturais aí
são na verdade veículos para a jornada de auto-conhecimento e redenção do
protagonista.
O telefone do Sr Harrigan é um filme tocante,
cujos personagens prendem a atenção do leitor e ganham simpatia mesmo com seus
defeitos. Uma boa pedida na Netflix.
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