O desenho animado A estrela de Belém consegue
dar uma abordagem totalmente diferente à história do nascimento de Jesus ao
focar não nos seres humanos, mas nos animais.
O personagem principal é o burrico Bo, que,
vivia preso a uma roda de moleiro e tinha o sonho de integrar a caravana real.
Ao fugir, ele acaba se machucando e é acolhido por Maria, que cuida dele apesar
dos protestos de José.
Nesse meio tempo, os sábios do oriente se
dirigem à região com presentes para o rei que vai nascer. Ao perceber que a
criança pode ser uma ameaça ao seu trono, Herodes manda um assassino com dois
cães com o objetivo de eliminar a criança.
O roteiro, muito bem amarrado, consegue fazer
com que todas a história seja vista do ponto de vista dos animais. Até os
camelos dos sábios ganham protagonismo - e cada um deles tem caracterização
diferente, tanto do ponto de vista visual quanto em termos de personalidade. O
mesmo ocorre, por exemplo, com os cães do assassino, cada um com sua
personalidade.
Esse é um dos segredos do filme: a ótima
galeria de personagens, a começar pelo carismático Bo e pela ovelhinha que se
junta ao grupo. O burrico, a ovelha e um pássaro precisam proteger Maria e
garantir a segurança do menino que vai nascer.
Atrapalhado, Bo muitas vezes acaba criando
uma confusão total na tentativa de salvar Maria, como quando destrói toda uma
feira.
Algo que me chamou atenção é que não existem
pontas soltas. Até cenas que parecem puramente humorísticos, como a Bo caindo
no penhasco, acabam tendo importância na trama.
Ao tratar de forma leve e divertida sobre o
primeiro Natal, esse é um ótimo filme para assistir com a família nesse período.
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