Na sua fase à frente do Homem de aço, John Byrne fez histórias grandiosas, mas fez também pequenos e emocionantes contos. Um bom exemplo desse último é a história publicada em Superman 4.
Na trama, um terrorista
entra em uma lanchonete e dispara uma metralhadora, matando diversas pessoas.
“Tolos, animais! Foi por isso que lutamos?”, grita ele. “Eu e Mickey não fomos
vítimas de uma explosão no Vietnã só para vocês poderem desperdiçar suas vidas
assim!”.
Nessa época os super-heróis ainda sorriam. |
Nessa mesma lanchonete
estava Jimmy Olsen, que chama o Superman para resolver a situação.
Aqui vale um parêntese sobre
a belíssima splash page que mostra o herói chegando. Ele parece descer
suavemente, como se flutuasse, sua imagem tomando quase toda a página. No
rosto, um sorriso de uma época em que o super era um personagem simpático. “É
melhor não ser outro pneu furado, Jimmy!”, diz ele.
Byrne era um mestre da narrativa. |
Apesar do Sanguinário estar
armado até os dentes e ter pego uma senhora como refém, é um adversário sem
importância para alguém como o homem de aço. Mas acontece que Lex Luthor armou
o terrorista com uma pistola que dispara estilhaços de kriptonita, o que faz
com que ele se torne uma grande ameaça.
Surpreendentemente, no final
é Jimmy Olsen que resolve toda a situação, em um belo plot twist. Esse final
reflete sobre a chaga social que foi a guerra do Vietnã e sobre como a guerra
nada tem de gloriosa.
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