terça-feira, agosto 13, 2024

Conan – A sombra do mausoléu

 


Nos muitos anos nos quais trabalhou em Conan, Roy Thomas não só o transformou em um dos personagens mais populares da Marvel e dos quadrinhos, mas também ampliou sua mitologia, indo muito além daquilo que Robert E. Howard havia escrito.

A história A sombra no Mausoléu, publicada em Conan the barbarian 31 se encaixa nessa categoria.

Na época em que se passa essa história, Conan era mercenário a serviço da tropa turaniana. A história começa com os homens da colina atacando o tropa.

John Buscema sabia dar movimento a uma cena de impacto. 


A imagem grandiosa, cortesia de John Buscema e Ernie Chan, mostra os selvagens pulando sobre os soldados. O texto, primoroso, dizia: “O sol estava em seu ponto mais alto quando os homens das colinas atacaram! Havia machados em suas mãos... velhos ressentimentos no peito... e gritos de guerra em seus lábios contorcidos”.

Para escapar ao ataque, os soldados se refugiam em uma caverna, mas a solução é provisória: em algum momento eles terão que sair e se defrontar com o numeroso grupo. Mas o chefe dos selvagens faz uma proposta: se um dos soldados aceitar enfrentar o campeão deles (um homem monstruosamente enorme) e vencê-lo, o grupo poderá partir em segurança.

Como vencer um gigante? Talvez com uma espada mágica. 


O capitão da guarda reflete: “Para vencer aquele gigante, eu precisaria de uma espada encantada, mas como conseguir algo assim?”.

A frase traz para Conan lembranças de sua juventude (e aqui uma sacada genial de Thomas, que pede a Buscema que mostre o cimério da mesma forma como ele retratado por Barry Smith, estabelecendo, assim, que a fase do desenhista inglês mostrava a juventude do bárbaro).

No flash back, Buscema mostra Conan com o mesmo visual de Barry Smith. 


No flash back, Conan enfrenta um urso branco e cai numa câmera, onde encontra uma espada enfeitiçada, que transforma sua sombra em inimigo.

Um dos charmes dessa HQ, além de mostrar um detalhe desconhecido da vida do cimério, é o final, com uma muito bem bolada ironia do destino.

Essa história foi publicada pela editora Abril em heróis da TV 51.

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