sábado, agosto 17, 2024

O Ponto de Fuga


 

O encerramento do primeiro curso de quadrinhos realizado no Pará foi marcado por uma noite em uma pizzaria na qual compareceram até gente que não fazia parte do mesmo. Estava ali a nata dos quadrinhos paraenses: Andrei Miralha, Paulino, Marcelo Marat, Bené, eu, Alan Noronha e muitos outros.

O nome do grupo era uma referência à técnica de perspectiva, mas carregava também uma forte simbologia. O grupo era um ponto de fuga para todos nós diante de todas as dificuldades e incompreensões da sociedade e até da família. Era um local onde poderíamos nos refugiar juntamente com outras pessoas que compartilhavam da mesma paixão pelos quadrinhos.
Criado o grupo, a primeira iniciativa foi fazer uma exposição para marcar a criação do Ponto de Fuga. Essa exposição aconteceu no saguão da Biblioteca pública Arthur Viana em setembro de 1991. Além dos originais de quadrinhos expostos, havia as revistas em quadrinhos do acervo da biblioteca infantil (aquele mesmo que descobrira e que estava ajudando os bibliotecários a catalogarem). Bené colaborou com uma imagem do Rorschach em tamanho A3, em aguada, que foi colocada no painel principal da exposição.
Foi um sucesso.
A biblioteca era um local pelo qual passavam milhares de pessoas todos os dias, de modo que a exposição chamou muita atenção, inclusive de pessoas que também tinham o desejo de fazer quadrinhos e se juntaram ao grupo. Também houve uma boa repercussão na mídia (eu fazia jornalismo na UFPA e agia como assessor de imprensa do grupo). Aliás, virou uma tradição fazer, todo ano, uma exposição ou um grande evento com palestras, geralmente no Dia do Quadrinho Nacional.


(Trecho do meu livro A árvore das ideias - Lin para baixar: marcadefantasia.com/livros/quiosque/a_arvore_das_ideias/a_arvore_das_ideias.htm)

Sem comentários: