sábado, outubro 12, 2024

Thor – Em busca dos deuses

 


Em 1996 a Marvel zerou alguns dos seus principais títulos e colocou-os sob a batuta dos, na época, superstars Jim Lee e Rob Liefield. Com resultado muito irregular (a série de Liefield no Capitão América era tão ruim que tiveram que trocar a equipe criativa no meio), em 1998 a editora voltou a zerar as publicações, retornando-as para o universo Marvel regular.

Para produzir o título do deus do trovão foram escalados o roteirista Dan Jurgens e o desenhista John Romita Jr. A estadia dos dois à frente do título fez tanto sucesso que durou dezenas de edições.

Algo que fica claro, já no primeiro número, é o objetivo da dupla de retornar a grandiosidade do título que víamos na década de 1960.

O título resgata a grandiosidade do herói. 


A história começa com a polícia cercando uma creche onde sequestrou crianças e quer a presença de Thor. O herói, nessa nova versão, aparece então numa página dupla impressionante que remete diretamente ao trabalho de Jack Kirby à frente do gibi. Thor aparece descendo dos céus, sendo visto de baixo para cima num ângulo grandioso.

Com a chegada de Thor, o homem liberta as crianças e se identifica com Heimdall, o guardião da Ponte do Arco-íris, cuja forma teria sido modificada pelo maldoso Loki e pede para ser levado para Asgard.

A sequência é uma desculpa para mostrar ao leitor o que aconteceu com o reino dos deuseus nórdico. O local está destruído, com as torres desmoronadas e sem moradores. Além de cumprir essa função descritiva, a sequência deixa dois ganchos: o maluco realmente seria Heindall?  O que aconteceu com os habitantes de Asgard?

Vencer o Destruidor parece impossível. 


Como toda história de super-herói precisa de um vilão, esse aparece lá pelo meio da história: é o invencível Destruidor, uma armadura, aparentemente ocupada por um militar (mais um gancho: como isso aconteceu?) que parece empenhado em destruir Nova York. Quando Thor chega às docas, o personagem já está sendo combatido pelos Vingadores. Seguem-se páginas e mais páginas de ação nas quais John Romita Jr. mostra que aprendeu todas as lições tanto de seu pai quanto do Rei Kirby. O ao ler sentimos que os heróis estão diante de um adversário realmente invencível.

Toda a contenda é entremeada por sequências focadas num paramédico chamado Jake Olson que parece empenhado em dar até mesmo a própria vida para salvar outras pessoas.

No final do volume dois percebemos que os destinos de Thor e Olson estarão entrelaçados, fazendo com que mais um aspecto das aventuras clássicas seja retomado.

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