domingo, outubro 13, 2024

Tropa Alfa - O toque da morte

 


No começo da série de heróis canadenses, John Byrne parecia mais interessado em desenvolver os personagens individualmente do que em criar tramas para o grupo. Nós números 7 e 8, o foco da atenção eram os irmãos Estela polar e Aurora. 

Na história, eles vão visitar Raymonde Belmonde, um homem que ajudou Jean-Paul no passado. Mas o homem, que atualmente é dono de um restaurante, está sendo ameaçado por um gângster que tem o poder de matar apenas com o toque da mão. 

A relação entre os personagens é pouco desenvolvida. 


A história tem ótimos momentos de ação e a narrativa límpida, fluída, de Byrne. É algo que você lê com muita facilidade.

Mas tem também os problemas típicos de John Byrne. A relação entre Belmonde e Jean Paul não é esclarecida, de modo que o cozinheiro parece apenas um motivador para o herói, um personagem sem vida própria. 

O vilão mata com um toque da mão. 


Há um plot Twist no final, totalmente forçado e meio sem sentido, uma vez que o mafioso confunde Aurora com outra pessoa que só conhecia por ligação de telefones públicos. Sério? Quem faz um acordo com um gangster usando telefone público, sem encontrá-lo pessoalmente? E o que essa pessoa ganharia com esse acordo?
A narrativa de Byrne é fluída e repleta de ação. 


John Byrne, além de ótimo desenhista, sempre tinha boas ideias, mas sempre parecia que estava faltando alguma coisa.  

Aí é que você percebe a falta que faz um Claremont na dupla.

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