quarta-feira, dezembro 14, 2005

Exploradores do futuro: Asimov


Edgar Franco, professor da PUC Minas e autor do livro HQTRÔNICAS: do suporte papel à rede internet, costuma dizer que eu sou o Stephen King brasileiro, em uma referência à minha extensa produção literária. Pessoalmente, acho que uma comparação mais acertada seria com Isaac Asimov. Igualmente prolífero, Asimov escrevia sobre tudo. Quando havia um tema que lhe interessava, mas ele não sabia o bastante, Asimov estudava sobre o assunto até o ponto de conseguir escrever um livro sobre o mesmo. Sua obra vai desde contos de ficção-científica a um guia da obra de Shakespeare, passando por livros de referência, como O Cronologia das descobertas científicas (que foi meu livro de cabeceira na época do mestrado). Certa vez lhe perguntaram o que ele faria se soubesse que ia morrer em breve e ele respondeu: “Datilografar mais rápido!”.
Ele escrevia dez horas por dia, todos os dias da semana. Uma única vez a esposa o convenceu a sair de férias. Foram para um hotel na beira da praia. Ele, todos os dias, pegava sua máquina de escrever portátil e ficava trabalhando à beira da piscina...
Asimov adorava escrever e ler, tinha uma curiosidade insaciável e, quando escrevia, mal chegava às últimas laudas, já estava doido para trabalhar em outro projeto (era, provavelmente, um viciado em informação). Sua capacidade de trabalhar tema difíceis de maneira fácil era sua principal característica. Era também bastante egocêntrico e adorava escrever sobre si mesmo.
Isaac Asimov é o personagem do terceiro número da revista Exploradores do Futuro, da editora Duetto, nas bancas por R$ 14,90. A edição, primorosa, não só acompanha os passos do autor, como ainda analisa sua obra e o contexto no qual ela surgiu. Os números anteriores foram sobre Júlio Verne e HG Wells.

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