Aurora é um filme clássico de F.W. Murnau
(de Nosferatu) com roteiro de Carl Mayer (Caligari) considerado um dos melhores de todos os tempos.
À primeira vista
trata-se de um filme muito bem dirigido, com roteiro óbvio: uma mulher
da cidade convence um ingênuo rapaz do interior a matar a esposa e fugir
com ela para a metrópole. E a trama parece girar em torno da indecisão
do homem de cumprir o que prometeu. O que segura é a direção,
absolutamente revolucionária para a época, que deve ter um injetado
criatividade expressionista alemã no cinema americano. Numa cena, por
exemplo, o protagonista é atormentado pela imagem da mulher sedutora, um
espectro que inclusive o abraça (num efeito especial impressionante
para a época).
Entretanto,
perto do final, o filme apresenta uma virada que transforma a história,
tirando dela seu ar ingênuo e introduzindo suspense.
A platéia americana parece não ter entedido e o filme foi um fracasso, mas deixou uma marca eterna no cinema americano, em especial o "noir", que teve grande influência do expressionismo.
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